Entrei em meu carro e não conseguir parar de pensar em outra coisa a não ser porque ele tinha me feito àquela pergunta. Às vezes eu não aceitar que ele não acreditava no amor. Às vezes por mais que doloroso seria a historia de amor, e bom vive-lo e não deixar nenhuma oportunidade ir embora. Eu tinha medo de amar alguém porque eu sabia que quando eu sentisse algum sentimento totalmente diferente de todos os que eu já tinha sentido na minha vida. Eu iria fazer aquela pessoa de minha vida e concertesa não iria me arrepender de sofrer, chorar e viver a cada momento com aquela pessoa. Sim eu acreditava no amor. E achava que ele era o motivo maior de todas as pessoas serem felizes. Uma das coisas que eu nunca acreditei era no sempre. O sempre, um dia acabava. Sempre acabava.

Dirigir ate a minha casa e lá estava Eduardo brincando na terra com a sua amiga de infância a Julia. Ela era nossa vizinha mais bonita que tinha, bem mais bonita aos olhos do meu irmão. Ela tinha a idade dele e eles viviam juntos. Para mim aquilo era um amor infantil.

- Minha irmã chegou Julia – Saiu o Eduardo gritando pela rua até a mim e pulou em meus braços.

- Opa... – Dizia eu agarrando ele em meus braços, ele agarrava meus cabelos – Como você está?

- Eu to bem, a mamãe hoje esta uma arara então toma cuidado – Dizia ele, ao colocar ele no chão.

- Ta certo, vou tentar amansar a fera. – Eu olhei para Julia, ela era tão pequena e fofa – Oi linda.

- Oi Mary – Dizia ela com aquela voz fina de princesa.

Eu sorri para ela e logo Julia e Eduardo voltaram a brincar. Eu entrei em casa e a minha mãe estava deitada no sofá vendo novela.

- E então, como foi à escola? – Ela nem se moveu apenas sabia que eu estava passando pela sala.

- Foi bom, tem novos alunos – Eu estava quase subindo a escada.

- novos alunos? Aqui? Nossa isso sim e novidade – Ela começo a rir.

- Eu sei que você já sabia e não quis me contar sobre isso – Eu me virei e olhei para ela.

- Eu sabia sim, queria surpresa você sempre diz que essa cidade não tem nada de novo, agora você tem novidade – Ela sorria para mim

- Novidade que logo, logo vai virar apenas uma coisinha que chegou aqui – Então eu comecei a subir as escadas.

- Se não gosta daqui onde você mora Marisa, more com seu pai. – Ela disse num tom de voz irônico.

Preferi ignorá-la.

Acabei adormecendo.

No outro dia não tinha escola, eu fui até a cozinha e peguei alguma coisa para eu comer e subi para meu quarto e logo de cara quando eu abri a porta eu me deparei com a vista mais bonita que eu já tinha visto na minha vida. Meu quarto tinha paredes roxas e uma delas era totalmente branca e a janela eram enormes e estava aberta e estava nevando. A neve era tão linda que eu deixei a bandeja com comida cair. Eu fiquei mais de três anos esperando que nevasse em Via Marta era bastante difícil nevar lá apenas fazia bastante frio. Mas nunca chovia. Era surpreendente eu corri ate a janela e a abri. Fiquei observando a neve por horas e depois coloquei meu casaco mais quente e fui ligar para Carla.

- Alo, Carla está? – Dizia eu desesperada

- E vou chamá-la. Quem esta falando? – Dizia a voz da mãe dela.

- E diz a ela que e a Mary e que eu estou passando ai, acredite dona Meridiana esta nevando – Eu sorria ao falar no telefone

Ela fez um ar de surpresa no telefone, até mesmo ela quem morava em Via Marte há muitos anos nunca tinha visto a cidade nevar.

- Nossa, vou avisá-la, pode deixar Mary. – Ela dizia com uma voz contente.

Desliguei o telefone eu nem sabia se tinha sido na cara dela mais tudo bem eu estava em pânico. Corri até meu carro sem dar satisfação para minha mãe percebi que não tinha como eu ir de carro ate a casa da Carla e então resolvi ir de a pé. Caminhei sozinha pela rua e sorridente, vi crianças jogando bolinha de neve nos outros e brincando como se nunca fossem tão felizes como naquele dia. Era um dia maravilhoso. Então resolvi ir correndo ate a casa de Carla e quando eu penso que não passei pela frente da casa dos Tristans. Eu só consegui ver o Daniel ele era totalmente forte e bonito. E parecia que ele tinha ficado bem mais bonito naquela paisagem. Estava Rachel e o Paolo também lá fora, eles estavam brincando de fazer um boneco de neve. Eu passei as pressas mais parecia que eu era bem notada pra Paolo.

- Mary ? – Gritou ele, olhando para mim e parando de fazer o boneco de neve.

Eu olhei e sorri, e então resolvi da apenas um oi, para não dizerem que eu era má educada.

- Ola, Paolo. – Eu já estava bem perto dele nesse instante

- O que faz por aqui? – Ele parecia bem curioso no seu tom de voz.

- Eu estou indo para a casa de uma amiga minha ta nevando e isso eu esperava deis dos meus quatro anos, então finalmente chegou o grande dia eu diria. – Eu falava tão empolgada que ate mesmo ele se assustou – Você não esta a fim de ir lá comigo? Quero dizer você e seus irmãos?

Ele me olhou e em seguida olhou para os irmãos dele, e eles estavam nos olhando como se entendessem o que se passava. Ele olhou para Rachel e entendeu o olhar dela e sorriu para ela. Daniel fez um sinal com a cabeça e levantou uma das sobrancelhas e depois olhou para mim.

- Eu vou, eles vão ficar. Mas antes os conheça – Disse Paolo voltando a me olhar. – Rachel essa e a Marisa, da escola eu lhe falei dela hoje. – Rachel me olhava e se aproximava de nos.

- Ola Marisa, prazer em conhecê-la nunca vi meu irmão tão entusiasmado com a presença de alguma mulher – Ela dizia olhando para o irmão e começo a rir. Paolo logo lançou um olhar de tipo ‘por favor, não fale essas coisas para ela’.

- Prazer em conhecê-la Rachel, você e tão... – Eu fiquei sem palavras queria dizer a qual bonita ela era, mas não dei conta, então sorri acho que ela tinha entendido o que eu queria dizer.

- Obrigada, você também é. – Ela mordia os lábios e sorria para nos. Rachel era muito baixa tinha no máximo um metro e cinqüenta. Tinha olhos castanhos cor de mel e os cabelos negros, ela parecia à branca de neve. Ela parecia com o irmã Parrot.

- Ah e esse e o Daniel nosso irmão mais velho – Disse Paolo depois de uns minutos de silencio.

- Ola Daniel, prazer em conhecê-lo – Disse eu olhando para ele e então meus olhos se hipnotizarão. A beleza dele era encantadora.

- Prazer Marisa... – Ele disse, sorrindo para mim.

- Vamos então, depois eu te apresento o meus outros irmãos. Eles não gostam muito de frio – Dizia Paolo me fazendo acordar depois de ser hipnotizada pelo irmão.

- Tchau, depois conversamos melhor – Dizia eu, saindo de perto de Rachel e Daniel.

Rachel correu até mim.

- Marisa, adoraria passar um tempo contigo – Ela dizia numa voz tão meiga e sincera.

- Eu também posso marcar um dia de sair, juntas eu e você. – Eu olhava para ela, e o Paolo me olhou e acabou fazendo uma cara de deboche.

Ela olhou para o irmão e entendeu que ele não tinha gostado muito do assunto dela sair comigo. Logo ele colocou uma de suas mãos em meu ombro e saiu a me puxar.

- Vamos Marisa, até mais tarde Rachel, avise meu pai que eu tive que dar uma saidinha – Ele disse com uma de suas mãos em meu ombro e dano tchau com uma de suas mãos sem olhar para trás.

Logo ele tirou a mão de meu ombro e coloco as suas mãos em seus bolsos da calça. Eu fiquei andando ao lado dele por uns instantes sem falar nada. Eu admirava a neve e estava tão encantada, ate o silencio foi rompido por ele.

- E então aonde sua amiga mora? – Ele olhava para o chão, sentindo o frio da neve bater sob seus pés.

- Mudanças de planos, vamos para a colina – Eu olhei para ele com um olhar malicioso e sorri e mordi meus lábios lentamente

- Esta me seduzindo? – Ele me olhou e admirou meus lábios e minha mordida e começo a rir e balançou a cabeça.

- E se eu estivesse? O que faria? – Eu olhava, não olhava e sim encarava

- Você rápida demais nas coisas. Você nem me conhece – Dizia ele olhando em meus olhos

Eu fiquei calada eu sabia que ele estava certo.