O Segredo escrita por Rayssa Cristina


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Conhecendo um pouco mais sobre Paolo.



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Quando eles passaram pela gente eles nem se quer olharam passaram com o nariz empinado todos eles. Eles conversam bem baixos e não deu para nos entendemos o que diziam todos da escola olhavam para eles. Só conseguíamos ouvir a risada de Rachel que era bem escandalosa.

- Ah sim...

- Não terminei ainda, eles são filhos de um dos melhores advogados da nossa cidade agora. Eles moravam em Ultra Blanco uma cidade enorme mais o pai dele recebeu uma promoção e eles vieram para cá. Falaram-me que Parrot, Rachel e Paolo e o Daniel aceitam numa boa mais o único que não aceitou foi aquele ali – Ela apontava pra um deles o mais quieto e com cara de quem estava morrendo de raiva por estar ali, ele era bonito tinha cabelos bagunçados e castanhos bem claros. Olhos verdes cor de mato, tão branco que poderíamos ver as suas veias. Mas a belezas de todos eles eram incomum – Esse e o Felipe Tristan.

Ele foi o único que passou pela gente e nos olhou, os outros irmãos deles eram muito digamos que metidos. Ele olhou e abaixou a cabeça logo em seguida. Seu olhar era triste e frio ao mesmo tempo.

- E o melhor eles todos estão na nossa sala. Ou melhor, apenas Felipe, Parrot, o resto e do terceiro ano. – Dizia Carla totalmente empolgada.

- Nossa, eles são tão bonitos. Todos eles – Disse eu meio incomodada com a beleza deles.

- E eu tenho que concordar. Vamos bateu o sinal.

Eu nem tinha ouvido bater o sinal meus olhos simplesmente ficaram paralisados quando o ultimo o Felipe pelo que me disseram passou por nos. Ate que a tonta da Carla me cutucou.

- Ta ai ainda, volte ao seu mundinho. – Dizia ela rindo.

- há ha, vou para sala – Eu sai na frente, ela sabia que eu odiava quando ela fazia isso ou dizia ‘mundinho’.

Eu fui andando para a minha sala quando alguém simplesmente bateu sobre meu braço faltando o arrancar e não era drama meu. Eu olhei e era a aluna nova a Parrot, eu já vi logo de cara que não íamos nos dar bem. Ela quando bateu no meu braço olhou para mim com uma cara feroz, de quem iria voar na minha cabeça se eu falasse algo.

Fui logo andando para meu lugar e quem estava sentado nele o Felipe. Respirei fundo e tive que me sentar ao lado de Michael. Michael era um cara super afim de mim, eu nunca dava bola pra ele porque a Carla o amava totalmente, não achava justo da moral a ele por isso. Apesar de Carla ser insuportável ele era a minha amiga. Talvez a melhor se eu acreditasse nesse negocio de melhores amigos pra sempre. Deixei de acreditar nisso quando era pequena.

Eu não gostava muito de falar do meu pai, ele já tinha outra família e tudo o mais. Eu não queria ser a intrusa na vida dele e da mulher dele, ate que ela era legal me tratava super bem ao contrario dos contos de fadas ela não era uma madrasta malvada. Meu pai tinha uma filha pequena a Michele, ela era linda. Meu pai era um homem muito bonito. Agradecia a Deus por ter puxada a beleza dele. Isso não quer dizer que minha mãe seja feia apenas que ele era bem mais bonito que ela. Eu sempre me perguntava o que minha mãe tinha na cabeça quando deixou meu pai aquele gato por o James, ele não era nada perto do meu pai e nunca vai ser.

A aula já tinha começado e eu estava ali tão distraída como sempre que nem prestei a atenção quando o professor chegou na nossa turma. Eu estava sentada no fundão e não queria papo com o Michael. Ele era o aluno mais inteligente, mais bonito, e mais popular. Os assuntos dele eram tão chatos que me davam sono. Era sobre como ele era bonito, como ele era talentoso e como ele era popular e todas as meninas queriam ir com ele no baile de final de ano. Eu ficava surpresa quando ele vinha me chamar para ir ao baile, ele sempre sabia que iria levar um não mais gostava de persistir. Às vezes eu ate gostava de conversar com ele.

- Bom dia alunos quero silencio porque eu vou explicar a matéria nova. E falando em novo temos dois alunos novos aqui hoje não e mesmo Felipe e Parrot Tristan. Por favor, eu quero que se apresentem a nossa turma. – Dizia o professor sem olhar para a gente a nenhum momento.  

Parrot foi a primeira a se levantar e depois o Felipe, eles olharam em volta e ela tinha a cara tão fechada e o Felipe apenas um olhar triste.

- Me chamo Parrot Tristan como devem saber, eu tenho dezessete anos. Eu moro ali perno das colinas e tenho quatro irmãos, uma menina e três meninos. Formos praticamente obrigamos a vim morar aqui, nos odiamos cidade pequena. – Ela sorria ao dizer isso – Mas vamos nos acostumar. Garanto.

A voz de Parrot era tão suave, ao mesmo tempo de dar medo em alguém, ela era daquele tipo de menina que não se brincava com os sentimentos dela.

- Muito bom Parrot, sente-se – Disse o professor agora se virando para nos e sentando em sua mesa – Você agora menino – Ele aponta para o Felipe.

- Eu... – Ele levantou o rosto e passou a mão em seu nariz como se tivesse caçando e olhou em volta – Me chamo Felipe, sou irmão de Parrot, viemos para cá porque meu pai foi promovido, eu tenho dezoito anos. E eu amo o tempo daqui e bacana. – Foi quando ele me olhou e fixou o seu olhar para mim, eu olhei para ele mais desviei o olhar ele continua olhando, como se eu fosse uma sei lá não dava pra explicar o olhar dele. Era sombrio.

- Agora que se apresentaram a minha turma eu quero me apresentar a vocês; eu me chamo Dionathan e eu sou o professor de todas as matérias de vocês, a única matéria que eu não dou aula e Educação Física, e espero que sejam bem vindos. – O professor Dionathan falava como se estivesse morrendo nunca tinha o visto falar com empolgação e sim como se não ligasse para nada, ele era estranho mais era legal ele sempre passava todo mundo mesmo. Mas quando ele queria pegar no pé de um aluno ele conseguia e eu não queria que ele pegasse no meu pé esse ano.

 

- Carla – Eu estava cutucando ela – Vamos e a hora de sair um pouco desse mundo.

- Vamos – Ela se levantou

Então estamos indo para a lanchonete eu estava morrendo de fome e peguei meu dinheiro e fui andando com a Carla até lá. Mas algo estranho aconteceu eu estava já na fila para comprar alguma coisa para mim comer e tinha percebido que meu dinheiro tinha sumido. Eu comecei então a olhar para o chão fiz duas vezes a ‘trilha’ que eu tinha pegado para ir até a lanchonete e nada do dinheiro. Como assim eu tinha perdido o dinheiro que estava na minha mão? Eu fiquei furiosa comigo mesma.

- Eu empresto o dinheiro – Dizia Carla tentando me acalmar.

- Eu não quero seu dinheiro eu quero o meu. Eu não sei aonde eu perdi como pode uma pessoa ta com o dinheiro aqui nas mãos e de repente ele já não esta – Eu me sentei numa cadeira da lanchonete e fiquei ali olhando para a mesa.

- Calma vamos achar – Dizia Carla olhando para a família Tristan.

- Que merda Carla – Eu nem conseguia me mexer de tão desapontada comigo mesma eu estava.

Eu estava distraída pensando aonde eu tinha perdido o dinheiro sinceramente aquele assunto me deixava frustrada. Respirei fundo e quando eu olhei para cima para passar a minha mão lentamente sobre meu cabelo e abrir meus olhos o Paolo um dos Tristan estava me encarando. Levei um susto na hora os olhos dele eram bem bonitos e gentis eu fiquei apavorada por um segundo eu tinha esquecido a historia do dinheiro.

- Você perdeu seu dinheiro? – Dizia ele sem parar de me olhar

- Sim eu perdi... Como sabe? – Eu estava surpresa demais.

- E que a escola e pequena e todos aqui já sabem que perdeu o seu dinheiro. Era quanto exatamente? – Ele dizia com tanta calma.

- Apenas quinze reais, para a semana inteira. – Eu disse olhando para os lados.

- Toma... – Ele colocou as mãos no bolso e tirou vinte reais para mim – Depois você me devolve.

- Não, muito obrigada eu não quero de verdade. – Eu não poderia mesmo aceitar o dinheiro dele, não aceitei nem o de Carla porque aceitaria o dele.

- Você tem um defeito, e orgulhosa demais para admitir que esta errada e pedir ajudar. – Ele disse meio que já se virando e colocando os vinte reais no bolso.

- Não tenho só esse defeito, acredite.

Ele se virou para mim novamente.

- Você tem vários, mais esse e o pior de todos. – Ele então sorriu e saiu de perto de mim e se virou quando já estava perto da mesa que ele e seus irmãos estavam sentados – Apropozito eu me chamo Paolo.

Eu apenas consegui sorrir, eu não fiquei paralisada com a gentileza dele. Mas ao mesmo tempo eu me perguntava como ele sabia desse meu defeito não tinha como uma pessoa saber que você e orgulhosa assim tão do nada. Eu apenas recusei o dinheiro porque eu achei que não seria o justo eu aceitar, alias eu nem o conhecia direito e uma coisa e certa eu nunca aceitei nada de estranho. Por mais que ele estudasse na mesma escola que a minha, eu não queria pertuba-lo com essas minhas idiotices como perder meu dinheiro e nem saber aonde eu o enfiei. Quando o sinal tocou e eu notei que ele não tirava os olhos de mim e isso me deu certa agonia apesar dele estar no terceiro ano ele fazia Educação Física comigo. Ou melhor, com a nossa turma. E por incrível que pareça tínhamos aula exatamente de Ed. Física.

Eu e as outras meninas da minha turma formos para o vestuário feminino nos trocar era vez do nosso jogo. Que sorte a nossa logo no primeiro dia e a gente logo jogando. Eu não sabia como me enfiar num lugar aonde ninguém pudesse me enxergar. Logo eu troquei de roupa e voltei para a quadra, sim a nossa quadra era enorme. E lá estavam Paolo e o seu irmão o Daniel. Paolo não parava de me olhar por nenhum instante eu já estava ficando sem graça com aquilo tudo.

-  Vamos meninas, hoje e dia de vôlei. – Disse o nosso professor Marcelo de Ed. Física – Quero ver todas vocês se mexendo, por você Denise forme um grupo de cinco meninas e você Karlaime forme outro.

Denise e Karlaime eram as aulas mais violentas da escola inteira. E ninguém curtia muito jogar com elas. Elas eram competitivas demais. Eu estava no grupo de Karlaime.


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