Quando chegamos ao estacionamento eu olhava todos os carros, e lógico que o mais bonito dos carros pensei que era o dele. Porem não era. E sim ele tinha uma moto. Então ele parou ao lado da moto dele e me olhou. E abriu a mochila dele e tirou um capacete.

- Ainda ta afim de uma carona?

- Uau...- Fiquei paralisada – Sim e claro que eu quero – Peguei o capacete

Ele pegou outro capacete dentro da maletinha da moto e logo subiu na moto dele, era preta sua moto. E em seguida estendeu a mão para mim, e eu então subi encima da moto.

- Segure firme, em minha cintura – Ele disse e colocou o capacete

Coloquei o capacete e então segurei bem firme a cintura dele e fiquei olhando minhas mãos sobre ela. E então respirei fundo. Senti uma saudade enorme do Paolo nessa hora. Logo estávamos em movimento, ele dirigia bem e o vento batia sobre meu rosto e eu sentia uma sensação de liberdade. Fiquei pensando na sorte que eu tinha em ter encontrado pelo menos uma pessoa sem sã consciência para ser meu amigo. Eu realmente precisava de alguém. De um ombro amigo. Quando chegamos ao nosso prédio ele estacionou direitinho e me ajudou a descer da moto, e então ele saiu.

- E então gosto? – Ele me olhou nos olhos

- Sim amei, você dirigi super bem – Sorri toda meiga para ele

- E, amanha nos vemos então.

- Ei calma, você já vai subir?

- E...Não eu estava esperando você fazer essa pergunta. Porque quando falamos ‘eu já to indo’ E se a pessoa pergunta porque já estamos indo embora e porque ela quer que nos ficamos, caso contrario ela não quer – Ele sorriu

- E você ta certo.

- Vem, vamos lá pra cima, onde fica a piscina.

- Tudo bem.

Formos indo para a área de lazer do nosso prédio e nossa que lugar bonito, muito bem decorado uma piscina enorme e nosso prédio era bem alto. Aonde ficava a piscina dava pra ver praticamente a cidade inteira.

- Mas então, porque realmente você veio morar aqui?

- Por que eu briguei com a minha mãe e ela achou melhor eu vim passar um tempo aqui

- Ah então você não vai ficar pra sempre?

- Não, não mesmo.

- E eu vejo que você odeia aqui

- Não é isso, eu não suporto calor, não gosto das pessoas daqui elas são tão idiotas

- E nisso eu concordo com você

Ficamos calados por um tempo.

- Ei ta vendo aquelas duas estrelas ali ? – Ele chegou bem perto de mim e apontou para duas estrelas no céu, bem brilhantes elas

- Sim estou.

- Vamos batizadas por nossos nomes. Bernardo e Marisa. – Ele me olhou e sorriu

- Tudo bem, então agora elas nos pertencem.

- Sim, e quando você olhar pro céu se você um dia for embora, lembre de mim. Que eu sou seu amigo. E que eu sempre vou estar ao teu lado

Eu realmente fiquei sem graça.

- Nossa. Eu nem sei o que te dizer.

- Não precisa dizer nada. – Ele se encostou-se à bancada do prédio e ficou olhando o céu e eu fiquei olhando com ele. Bernardo era bem diferente de muitos, era romântico, amigo, companheiro, engraçado e legal. E eu precisava esquecer o Paolo urgente, eu corria perigo estando com ele. E eu não queria me meter em encrenca.

- Eu tenho que ir Marisa. – Ele se virou para mim

- E eu também meu pai deve ta preocupado.

- Ele não esta, ele me ligou pedindo para você vim para casa comigo, por isso te dei uma carona

- Nossa, quer dizer que só me deu uma carona por causa disso é?

- não, mesmo se ele não tivesse pedido eu iria lhe oferecer uma carona

- Ah acho bom mesmo você dizer isso

- Por que se não fosse o que você iria fazer?

- Iria lhe dar um soco

- Duvido que você me bata

- Não duvide de mim

- Bate aqui então – Ele passo a mão dele no braço

Eu fiquei muito nervosa na hora, ele estava duvidando do que eu era capaz de fazer. Eu fui com tudo. Fechei o meu punho e quando fui para bater nele, ele segurou a minha mão com força e me puxou para perto dele, e encostou meu corpo sobre o dele e meu coração acelerou e a respiração dele era forte. E então ele aproximou os lábios no meu e sorriu e me olhou nos olhos.

- Eu podia te beijar agora. Mas você não quer – E então ele me soltou

Eu olhei para ele com meus olhos arregalados, nossa eu queria o beijo dele sim. Porem eu não sabia se era o certo. Fiquei olhando para ele sair da área de lazer, e fiquei ali pensando. Quando me dei conta que eu poderia perder uma oportunidade de felicidade corri ate o Bernardo e puxei-o pela mão e o virei de uma vez.

- Quem te disse que eu não quero esse beijo? – E então aproximei meus lábios dos dele e ele sorriu para mim e então iniciamos um beijo calmo

Depois daquele beijo eu não conseguir para de pensar em Bê. Mas ao mesmo tempo eu pensava se era o que eu deveria fazer, se era o que Paolo queria e eu acho que era sim o que ele queria depois de colocar na minha cabeça que iria esquecer Paolo de vez finalmente comecei a me entregar a cada dia a Bernardo.