Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 6
A Covardia Do Chefe


Notas iniciais do capítulo

Hello!!!

Até que não demoramos dessa vez, não é pessoal? ;)

Agradecemos a Ana Oliver, Daniela Nicacio, NatiiYoshino, CherryChan, Carol Costa e Just a Girl, que mandaram lindos reviews para nós *O* Valeu mesmo, meninas!

Perceberam a capa nova? Créditos a ClaraQ do N!C que fez um trabalho maravilhoso!

E agora, aqui vai o sexto capítulo...

Boa Leitura!



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Sakura dirigia como louca, enquanto Sasuke, Itachi e Naruto interrogavam Kabuto nos fundos da van, e Hinata tomava conta de uma Ino baleada.

– Sakura! - Sasuke surgiu ao seu lado, com uma expressão séria em seu rosto. - Pare a van!

A rosada obedeceu sem pestanejar e descansou a cabeça no volante por um instante.

– A Ino precisa de você - sussurrou o Uchiha, próximo a ela, em uma falha tentativa de tranquilizá-la. - Itachi vai dirigir agora.

A verdade era que Sakura estava angustiada; aquela seria sua primeira cirurgia oficial, ou algo do tipo, sem que ela terminasse a faculdade. O nervosismo preenchia seu corpo, como um raio eletrocutando seu íntimo e mandando choques para sobressaltá-la.

E se algo desse errado?

"O pessimismo é a desvantagem de um profissional, Sakura", dizia Tsunade, com suas palavras sábias que chegavam a apartar o coração mais inquieto e a mente mais perturbada.

Como Sakura sentia falta de tal aconchego. Tsunade era a única pessoa que sempre a aconselhou da melhor maneira, dando um rumo a vida da Haruno – coisa que sua mãe e seu pai jamais faziam de maneira correta. Mas agora Sakura não teria o aconchego que tanto precisou; agora era ela por ela.

– Não sei se vou conseguir – murmurou a rosada, apertando o volante com força, como se quisesse desafiar o indivíduo que conseguiria tirá-la dali.

– Não sei...

– Você consegue – Sasuke segurou o rosto da Haruno entre suas mãos. – Agora vá lá de uma vez e salve sua amiga, se não quiser que eu a arraste!

Sakura acabou concordando. Não duvidava que o Uchiha teria coragem suficiente para levá-la a força, portanto, decidiu ir com suas próprias pernas. Passou por Sasuke, decidida a terminar com aquilo.

– Certo garotos, melhor vocês darem o fora daqui! – Hinata exibiu seu ar autoritário, enquanto mexia em seus longos cabelos lisos, aparentando tanto nervosismo quanto Sakura.

Naruto assoviou, enquanto abandonava seu lugar no veículo.

– Quanta gentileza, gata – fez uma careta, antes de deixar a van, sendo seguido por Itachi e Sasuke. O último fechou a porta do veículo, com um barulho que ecoou pelos tímpanos frágeis das garotas.

Decididamente, nem Hinata ou Sakura tinham o controle da situação.Ino balbuciava coisas sem sentido, enquanto tremia e arfava sem parar. Sua face estava suada, como o restante de seu corpo.

– Ela está suando frio – constatou Sakura, lançando um olhar ansioso para sua amiga “bipolar”. – Com certeza efeitos da infecção...

– Não temos antibióticos – informou Hinata, passando as mãos por suas madeixas escuras. – O que vamos fazer?

Sakura mordeu os lábios diversas vezes, buscando paciência, calma e tranquilidade.

O que sua mestra faria em uma situação como essa?“Lave o ferimento”, diria a sábia Tsunade. Um ensinamento tão óbvio, mas que havia fugido por completo da mente atordoada de Sakura.

– Tem uma faca? – questionou, sem tirar os olhos de sua amiga loira.Hinata sorriu-lhe fracamente.

– Claro, querida. – ironizou, tirando uma adaga de seu cinto. – Espero que sirva.

– Algo que corte já serve – explicou Sakura, pegando a arma oferecida por sua amiga, e sem pré-aviso, passou a lâmina pelo tecido que compunha a roupa de Ino, exatamente na região onde a bala atingiu-a.

Entregou a adaga para Hinata, enquanto retirava a parte do tecido que cortara, com apenas um puxão. O ferimento de Ino ficou exposto; quinze centímetros de uma perfuração ensaguentada.

Sakura já estava acostumada com visões assim, portanto, não se abalou. Infelizmente, não pôde dizer o mesmo de Hinata, que parecia prestes a vomitar.

– Melhor você ficar com os garotos – sugeriu a Haruno, encarando a Hyuuga.

A garota expirou, controlando-se novamente.

– Não, tudo bem – disse, encarando a rosada. – Eu aguento.

Sakura não insistiu, embora não apostasse tanto na resistência da amiga. Hinata sempre tivera fraqueza em relação a cirurgias e feridas, característica que não mudou muito ao decorrer dos anos.

Ino agonizava de dor, e Sakura precisou de toda sua coragem e experiência médica para saber qual procedimento deveria ser feito para algo tão simples quanto aquilo.

“Simples”, ironizou, balançando a cabeça. O que parecia ser, nem sempre era.

Sakura pegou uma garrafinha d’água em sua mochila – que por sorte estava cheia -, e aos poucos foi derramando o conteúdo na ferida exposta da amiga.

Ino gritou de dor, estremecendo em sua agonia. Hinata tomou a frente e segurou a Yamanaka pelos ombros, prendendo-a contra o banco da van.Sakura terminou de lavar o ferimento e logo que todo o sangue foi retirado, a garota conseguiu visualizar a bala de fúsil, penetrada fundo no corpo de Ino.

– Que droga! – exclamou Hinata, parecendo perceber o que estava por vir.Ino ainda tremia, suas pálpebras caídas e uma expressão de desespero em seu semblante, mesmo que estivesse sofrendo em seus próprios delírios, e não absorvendo a realidade ao seu redor.

– Ino, me desculpe por isso – murmurou Sakura, respirando fundo, e posicionando suas mãos. Hinata fechou os olhos no momento, parecendo não querer presenciar quando sua amiga realizasse o ato. Sakura não a culpou; aquilo seria tão doloroso para ela quanto para Ino.

E com um respirar fundo, a rosada levou sua mão a ferida. Sem qualquer aviso, segurou a ponta da bala do fúsil e com um uma espécie de grunhido, a puxou com toda força que pôde.

O grito soou para além daquela estrada deserta, onde a van estava estacionada, e pareceu atingir quilômetros.

– Ela conseguiu – constatou Sasuke, tranquilo perante tudo aquilo. No fundo, sabia que Sakura conseguiria.

Itachi parecia ansioso para entrar na van, e Sasuke não culpava seu irmão mais velho; afinal, mesmo que este não estava “apaixonado” por Ino, era óbvio que ele se preocupava com a Yamanaka.Sakura abriu a porta da van, com um solavanco. Hinata foi a primeira a sair, e correndo se distanciou dos amigos, buscando ar puro.

– Foi tão ruim assim? – brincou Sasuke, observando a Hyuuga se dirigir aos arbustos e colocar todo seu almoço para fora.

– Foi pior – Sakura abraçou o Uchiha, buscando ar mais uma vez. Separou-se do moreno, que a encarava com ar de indagação. – Ino precisa de antibióticos, urgentemente!

– Putz – Naruto fez uma careta, entendendo perfeitamente a situação.

– Ela não pode ficar sem isso? – questionou Itachi, em tom de preocupação. – Tipo, até a missão terminar...

A mão de Sakura voou contra a face do Uchiha, que quase caiu para trás. Naruto caiu na gargalhada, e Sasuke, por mais sério que fosse, riu com gosto.

Mas Sakura não achava a situação nem um pouco engraçada, e no momento apontava um dedo na cara de Itachi.

– Não me importo com o relacionamento que você e a Ino tiveram! – falou a rosada, que mesmo com sua estatura baixa comparada a de Itachi, conseguia passar certo medo. – E nem com a proposta que você fez a ela depois que descobriu que ia ser pai! Mas não admito Itachi, em hipótese alguma, que você ouse deixar a Ino de lado nessa missão, entendeu bem? Você já feriu ela demais, então é justo que ela seja bem tratada como todos nós merecemos caso sejamos baleados também! Portanto, pode passar o dinheiro dos antibióticos que Sasuke, Naruto, Hinata e eu iremos comprar! E você sr. Itachi, é bom que cuide da Ino enquanto isso, ou vai se ver comigo!

E dizendo isso - tão rapidamente que precisou de várias arfadas para recuperar o ar -, deu as costas para o “cunhado”, caminhando para longe do grupo, sem saber ao certo para onde ir.

– Ela dá medo – comentou Naruto, rindo feito um maluco. Itachi soltou um bufo, massageando a face. Quantas vezes mais ele levaria bofetadas naquela missão, ainda mais de garotas? Só faltava Hinata para coroar sua humilhação.

– Bah – resmungou ele, simplesmente, adentrando a van.

Sasuke riu, antes de seguir atrás de Sakura, passando por uma Hinata com aparência esverdeada.

– Se eu não soubesse pelo que você passou, diria que está grávida – brincou Naruto, ajudando sua garota a se colocar de pé novamente.

– HaHa – Hinata limpou a boca com as costas da mão. – Eu não suporto sangue e feridas – esclareceu, timidamente.Naruto arqueou uma das sobrancelhas, parecendo confuso.

– E como você se tornou agente-espiã da Legião? – questionou.Hinata deu de ombros.

– Sou boa no que faço, mas não quer dizer que precise mexer com sangue o tempo todo. Até aturo meus próprios ferimentos, mas o dos outros é horrível! – Fez uma careta, que Naruto considerou engraçada e fofa.

– Em quantas coisas mais você é boa, srta.Hyuuga? – o Uzumaki esboçou um de seus sorrisos maliciosos, que fez Hinata revirar os olhos.

– Você não saberá tão cedo. – O beijou brevemente, antes de se afastar e entrar na van novamente.

Naruto ficou para trás, com um enorme sorriso bobo na cara.

Enquanto isso, Sasuke se aproximava sorrateiramente de Sakura, que observava as estrelas que brilhavam no céu escuro, sem lua. A envolveu com seus braços, sentindo o adocicado perfume de seus cabelos róseos.

– Desculpe por brigar com seu irmão – disse a Haruno, com um leve quê de diversão em sua voz.Sasuke encolheu os ombros.

– Como se eu me importasse. Peça desculpas a ele, oras. – Ficou em silêncio por um tempo, antes de acrescentar. – E Itachi está merecendo cada tapa na cara que está levando.

– Só falta a Hinata – Sakura sorriu.– Só falta a Hinata – concordou o Uchiha, virando-a de frente para ele. – Mas vem cá, porque resolveu convocar eu, o Dobe e a Hinata para irmos comprar os antibióticos com você? Quer deixar a Ino e o Itachi sozinhos para se matarem?

Sakura mordeu os lábios, como sempre fazia quando estava nervosa.– É que... – Parou por um momento, pensativa.

– Suponho que seja mais seguro se formos juntos. Itachi pode se cuidar e proteger a Ino, mas nós quatro teremos de ir até uma farmácia, roubar os antibióticos e torcer para que os agentes da Akatsuki não nos localizem e nos metralhem no caminho.

Sasuke franziu o cenho.

– Você é tão positiva – ironizou, revirando os olhos.

– Sou realista. - Selou seus lábios aos do moreno, encarando-o em seguida. – E sim, quero deixar Ino e Itachi sozinhos.

– Só você para crer que esses dois vão se acertar – Sasuke balançou a cabeça em reprovação.

Sakura sorriu radiante.

– Ora, eu nunca erro, querido. – debochou, pendurando-se no pescoço do moreno.

– Espero que esteja errada nisso – Sasuke pareceu preocupado por um instante. – Não quero que você corra perigo de novo quando formos roubar os remédios.

– É inevitável, Sasuke – sussurrou a rosada, tão perto que os lábios de ambos quase se tocaram mais uma vez. O Uchiha ficou em silêncio por um instante. Por fim, suspirou e selou seus lábios nos da rosada, inebriando-se com o gosto doce que a garota possuía.

(...)

No esconderijo principal da Akatsuki, um dos agentes acabava de adentrar o escritório mais vistoso que havia entre todos os covis dos terroristas.

Quadros antigos estavam pousados nas paredes escuras, e cortinas cinzas permaneciam fechadas as costas do chefe, enquanto móveis de madeira rara permaneciam impecavelmente limpos, tal como o chão de piso escuro.

– Senhor – o agente-mensageiro, Zetsu, se pronunciou, recebendo um mexer de cabeça como incentivo para que falasse. – Não há sinal do bando que está em missão especial pelo grupo Uchiha.

O homem ergueu-se de sua poltrona, dando a volta em sua mesa. Seus movimentos indicavam tanta imponência quanto os de qualquer outro terrorista da Akatsuki.

– Pois rastreie-os – ordenou, com a voz calma, embora firme. – Quero saber onde estão.

– Sim senhor – o agente saiu do escritório, tão rapidamente quanto surgira.

A porta se fechou com um baixo ruído, enquanto o chefe se dirigia ao fundo de sua sala.

Moveu um dos quadros mais antigos que decoravam seu escritório, localizando um botão vermelho ali. Apertou-o, e com um ranger, a parede que até então parecia sólida, se moveu.

O homem visualizou o conjunto de celas que ali haviam, com um corredor escuro ligando-as. Adentrou o ambiente, fechando a parede as suas costas, apertando uma sequência de números no visor que permanecia intacto dentro da passagem.Caminhou tranquilamente pelo conjunto de celas, observando cada uma vazia. Ele não costumava colocar muitas prisioneiras naquele recinto, pois levantaria suspeitas demais. Afinal, garotas gritam demais e alguém poderia descobrir seu segredo.

O chefe ficou de frente para a última cela, onde uma garota algemada, se viu obrigada a deitar-se no colchão velho que havia na cela, logo que o homem começava a destrancar a prisão.

Era assim, há exatos seis anos.Muitas vezes, a garota já tentara fugir, mas nunca deu em nada. O homem era mais forte e poderoso, e conseguia castigá-la das piores maneiras possíveis – surras dolorosas, que deixavam marcas tanto fisícas, quando psicológicas. Com o tempo, o chefe passou a abusar da jovem, ato que se tornou costumeiro e periódico.

Definitivamente, a garota preferia a época das surras a ter de passar por aquilo.

– Bom noite, vadia – o homem entrou na cela, fechando-a em seguida. – Tudo bem?

A garota limitou-se a lançar o olhar mais repugnante que conseguiu. O chefe começava a tirar seu terno e desenrolar a gravata, lambendo os lábios para sua jovem diversão.

Lágrimas escaparam pelos olhos castanhos da garota, enquanto o homem fazia o que queria com seu corpo. Nojento, pensou ela, mas não adiantava xingá-lo. Nada que dissesse o atingia. Ele era um monstro e merecia morrer.

A jovem lembrou-se de sua antiga vida, de seu namorado e dos sonhos que nutria. Eles ainda estavam longes de retornar para ela, mas agora já não eram impossíveis.

Porque a garota tinha um segredo, e transformava sua identidade secreta perante três garotas que lutavam contra a Akatsuki.

Essa era sua esperança de sair dali. Ajudar três garotas, e dar as pistas necessárias, para que estas a libertassem.Bastava esperar e torcer, para que tudo desse certo no final.

[...] Ela poderia saber de tudo, mas o que não sabia, era de seu próprio futuro. No final, a mandante das mensagens sofria tanto quanto ela, Sakura, a filha do presidente do Japão [...]


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Notas finais do capítulo

Eita, vocês nem sabem como está perto da mandante das mensagens ser revelada :) Quem aí tem um palpite? Lembrem das pistas: olhos castanhos, jovem, etc.

Comentem, meninas! E QUEM ESTÁ A FIM DE RECOMENDAR, hum? Hahahahahaha. Cobranças a parte, leitoras! A Bianca quem tá me matando para que eu dissesse isso ;)

Enfim, tenham um ótimo fim de semana! Se tudo der certo, postamos na próxima sexta-feira õ/

Thanks! Beijokas!