Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias
Notas iniciais do capítulo
Hey!
Antes de mais nada, mil perdões pela demora de quase três semanas. Não foi proposital, juro! A volta as aulas foi cansativa, e a Livia está participando do Concurso 1000 Folloowers do Kat Fanfics, algo que também consumiu seu tempo.
Mas felizmente, e graças ao bom Deus, conseguimos terminar o capítulo õ/
Dedicamos a linda, maravilhosa e incrível (olha o puxa-saco hahahahaha) da xxxNii, que mandou a segunda recomendação da fic! MUITO OBRIGADA *-*
Quero agradecer, também, a Ayuzawa, Bi Hyuuga, Ivy chan, Miah grigori, MikuMisaki, GabbySaku, Daniela Nicacio, Fada Mironga, InoYamanaka, LiaSilva, Siquinha e xxxNii, que comentaram e nos incentivaram por meio de palavras, a continuarmos até o final!
E é isso que faremos, da melhor maneira possível ;)
Boa Leitura!
(Manu) Fanáticos Por Fanfics.
– Mas que merda de trânsito!
Atordoada, piscou inúmeras vezes, sentindo uma dor intensa no lado de seu corpo. Focou seu olhar no teto, mas não era o típico branco que a van do Grupo Uchiha possuía. Ao contrário, era totalmente negro, com desenhos de explosivos TNT em vermelho.
Viu-se deitada em um dos bancos confortáveis, com Ino e Hinata ocupando lugares ao lado do seu. Seus rostos estavam cheios de fuligem, e havia um profundo corte na testa da loira. De resto, pareciam bem.
Tentou se levantar, mas uma onda de dor assomou seu corpo. Retornou para a posição inicial, com um baixo resmungo. Isto foi o suficiente para que Ino e Hinata se virassem para ela.
– Que bom que acordou – disse Hinata, com um breve sorriso. Seu cabelo estava preso em um coque frouxo, e seus olhos azuis continham algo de diferente; um ressentimento (quase) oculto. – Você tem mania de preocupar as pessoas às vezes. – E sorriu minimamente.
Sakura conseguiu se sentar, os olhos fixos em Ino. Nada disse apenas a fitou demoradamente, absorvendo sua imagem, e tentando não chorar. Sua mente estava confusa demais para crer em qualquer um. Àquela altura do campeonato, todos mereciam receber o privilégio da dúvida.
Olhou para frente da van, reconhecendo figuras que lhe prenderam a atenção, mais do que sua (ex) amiga.
Sasuke, Itachi e Naruto se encontravam acomodados, enquanto Madara guiava a van - por vezes emitindo palavrões impronunciáveis -, Fugaku e Mikoto conversavam com os filhos, e Minato e Kushina cuidavam de Naruto, atenciosamente.
– Nossos sogros – sussurrou Ino, com um manear de cabeça, e um sorriso discreto em seus lábios.
Sakura não pôde evitar que um sorriso surgisse. Afinal, estivera certa quanto à hipótese de sentimentalismo levantada mais cedo.
– Que horas são? – perguntou, encarando Hinata.
O sacolejo da van manteve-se duradouro, sem cessar. A morena respondeu por fim:
– Quase sete da noite.
A rosada mal percebera o quão escuro estava o céu.
– Amanhã é sábado – murmurou, quase imperceptivelmente.
– Dia de a Akatsuki concluir seus planos – concluiu Ino, pensativa.
Mikoto se dirigiu até as três, com a típica doçura percorrendo seu semblante, acompanhada de um sorriso.
– Como está se sentindo, Sakura? – Ela se inclinou para a rosada, encostando a palma de sua mão na testa da jovem, verificando sua temperatura.
– Só um pouco atordoada, mas bem. – Olhou ao redor, percebendo que Sasuke e Itachi discutiam algo sério com o pai, aos sussurros. Franziu o cenho.
– Sorte termos passado pela mansão a tempo – comentou Minato, de braços cruzados, próximo delas. - Vimos quando os mísseis a atingiram, e pensamos que estava tudo acabado... Demos um jeito no helicóptero, enquanto Madara ia lá dentro com Fugaku. – Fez uma pausa. - Itachi, Naruto e Sasuke estavam conscientes, e já estavam saindo com vocês. Pensamos que estivessem mortas, mas eles conseguiram protegê-las da explosão.
– A mansão desabou logo que saímos – acrescentou Naruto, aproximando-se também. – Tivemos muita sorte.
Sakura encarou Hinata, e depois Ino. Voltou à atenção para os Uzumaki e a Uchiha.
– O que vai acontecer agora? Vamos para o esconderijo do Grupo Uchiha?
Um novo palavrão proferido por Madara, sendo seguido por uma longa buzinada. Kushina bufou.
– Dá para ser mais educado, Madara? – exasperou-se, irritada.
Mais resmungos por parte do motorista, que pareceu não se importar com a bronca. Minato e Mikoto se entreolharam, respondendo à pergunta de Sakura em seguida.
– Nosso esconderijo foi bombardeado também, Sakura. – disse a sra.Uchiha, com delicadeza. A rosada arregalou os olhos. – Alguns dos nossos empregados foram mortos. Os que sobreviveram, mandamos que fugissem...
– Mas eles são preparados para qualquer ataque – Naruto suspirou. – A essa altura, já devem estar bem longe daqui...
Hinata foi quem se pronunciou sob a notícia nada promissora.
– E agora? – perguntou ansiosa. Os olhos vagaram de Minato e Kushina, para Mikoto, como se esperasse que uma ideia genial surgisse por parte deles. – Vamos... Abortar missão?
Novamente, uma trocada de olhares que não surtiu um efeito animador. Eles não precisaram falar nada. Apenas a ação de se entreolharem, significava que eles não tinham um plano naquele momento.
– Não sei o que deu errado – murmurou Sakura, mexendo nos cabelos com uma das mãos. – Sinceramente, não sei. Sasuke tinha certeza de que não estavam nos espionando! E... – seu olhar voltou-se para Ino. A desconfiança pairou no ar, e a loira pareceu perceber que seria alvo de acusações.
– Não! – A Yamanaka se colocou de pé, com uma aura de fúria. – Não fui eu, se é o que está pensando!
– Bom, eu não teria motivos para desconfiar de você, certo? – A Haruno foi irônica. – Traiu a gente, se juntou a Akatsuki, tentou me matar, e por algum motivo louco está conosco agora, como se nada tivesse acontecido!
– Ok, parou! – Itachi se aproximou também, enquanto Minato, Kushina e Mikoto voltavam para frente, indo falar algo com Fugaku. – Sakura, a Ino NUNCA fez parte da Akatsuki! Ela SEMPRE trabalhou para a Legião, entendeu? Acha que eu também não desconfiei? – acrescentou com rispidez, e Sakura suavizou a expressão. – Ela está do nosso lado, e eu não sou tão idiota a ponto de não ter certeza disso!
A rosada encarou Ino, que havia retornado a posição inicial, mantendo-se em total silêncio. Suspirou.
– Se você fizer mais alguma merda – começou em tom ameaçador. – Juro que corto sua garganta!
Ino sorriu, sem nada dizer. Naruto limpou a garganta, atraindo as atenções.
– E a pergunta que ninguém responde é... E agora? – falou, um pouco alto demais.
Sakura lembrou-se de Shizune morrendo em seus braços, de Tsunade dizendo que ajudaria de Tenten se arriscando pela amiga...
Todo o esforço, de todos naquela van, não poderia ser simplesmente esquecido. Sakura pensou em sua mãe, e um sentimento ruim assomou seu peito. Precisava acertar as coisas, ou pelo menos tentar.
Conseguiu se levantar com esforço, e se dirigiu até a frente da van.
Seu pai (mesmo que não conseguisse chamá-lo assim com tanta facilidade) continuava dirigindo como um louco, aparentemente sem um rumo definido.
A jovem pulou para o banco do passageiro, sentindo uma pontada em cada parte de seu corpo. Ignorou a dor.
– Mas que merda de trânsito! – gritou o Uchiha, fazendo pouco caso da presença da filha ao seu lado.
Sakura bufou.
– Dá para parar essa merda de van antes que eu me irrite? – questionou-o, entre dentes.
Madara a olhou de soslaio. Por fim, guiou até o acostamento, e parou. Encarou a rosada.
– O que é? – foi grosseiro, mas ela não se importou.
– Temos um plano, ou não temos? – perguntou, com firmeza.
O homem riu com escárnio.
– Não sei se percebeu, mas estamos fudidos! – enfatizou, batendo no volante.
A Haruno umedeceu os lábios.
– Você ficou com meu Sidekick antes da missão começar... – relembrou.
Madara franziu o cenho.
– Foi mal, mas ele já era. – interrompeu-a, cruzando os braços. – E eu não posso te dar um novo porque a minha conta no banco tá totalmente zerada agora...
Sakura respirou fundo, buscando paciência.
– Não é isso – apressou-se em dizer. – Uma amiga minha recebeu uma ligação alguns dias atrás. Era a mandante das mensagens. – percebeu que todos estavam atentos à conversa naquele momento. – Ela... Estava pedindo socorro. Descobri que meu próprio p... Que Kisashi – corrigiu-se em tempo. - Estava... Abusando dela, mantendo-a presa em algum! Não houve mais mensagens ou ligações desde então.
Fugaku se pronunciou completamente sério.
– Enquanto estavam em missão, estivemos avaliando e negociando com alguns grupos – falou, refletindo. – As mensagens de texto foram cuidadosamente analisadas, e já tínhamos uma suspeita de quem era... – Lançou um olhar furtivo a Sasuke. – Mas como não queríamos agir antes da hora, resolvemos aguardar.
– Vocês nunca entram em campo – disse Itachi, com a cabeça de Ino apoiada sobre seu peito. – Nunca se metem diretamente...
– Isso é um erro – concordou Kushina, serenamente. Minato a abraçava pela cintura. – Sempre soube disso, mas minha opinião não vale de nada...
– Não fale assim, querida. – O loiro a repreendeu, com um suspiro. – Só que nós sempre cuidamos de tudo. Vocês, mulheres, são a parte...
– Reprodutiva? – sugeriu a ruiva, com a sobrancelha arqueada.
– A questão é – Fugaku apressou-se em dizer, e Minato pareceu grato por tal atitude. – Que vocês – lançou um olhar para os jovens. – Serviram perfeitamente durante todo esse tempo. Mesmo que não tenham analisado os arquivos precisamente, se saíram muito bem... Como uma distração!
– O QUÊ? – Hinata se levantou perplexa. – Distração? Que... Mas que história é essa? – Encarou Naruto, como se o acusasse, e este tratou de erguer os braços para o alto.
– Eu não sei de nada! Nem olha para mim! – Ele exclamou.
Madara deu de ombros, sob o olhar incrédulo da filha.
– Por que acham que foram até o Olho de Vidro?
– Para encontrar o Kabuto – Itachi respondeu, olhando para o pai, em seguida para o tio. – Ele tem ligação com o Pain e precisávamos dele para prosseguir com a missão.
– Ele não sabia muita coisa – Sasuke relembrou do interrogatório que ele, seu irmão e Naruto haviam feito com o agente duplo. – Ou pelo menos não se importava de morrer. Nós metemos uma bala no cérebro dele, e o jogamos em um córrego qualquer.
Fugaku se manteve sério, encarando o filho caçula.
– Esse não foi o único motivo para terem ido até o Olho de Vidro. – disse, fitando Minato por um instante.
O loiro pigarreou. Todos os olhares estavam voltados para si, atentos e inquisitivos.
– Nós precisávamos que os chefes dos grupos que estávamos negociando, acreditassem que vocês eram bons – lançou um olhar furtivo a Kushina. – Nada melhor do que invadirem o Olho de Vidro, quebrando as regras, e matar grande parte dos líderes mais poderosos das gangues.
Não houve respostas. Apenas trocas de olhares, estando estarrecidos demais para falar qualquer coisa.
– E serviu para alguma coisa? – Foi Ino quem fez a pergunta, com certa irritação em sua voz.
– Claro que sim. – respondeu Mikoto, de certa forma apreensiva. – Nós... Conseguimos fechar acordo com...
Mas ninguém soube com quem os chefes do Grupo Uchiha tinham fechado acordo, pois o disparo atingiu o teto da van, interrompendo a matriarca dos Uchiha de chofre.
Madara fora o autor do susto, colocando-os em alerta.
Antes que Sakura pudesse gritar com o Uchiha (obviamente desrespeitando qualquer lei de respeito existente entre um pai e uma filha), este já havia se colocado de pé, e se dirigiu até onde Naruto estava.
O Uzumaki arqueou as sobrancelhas, mas não foi nele em quem Madara prendeu sua atenção; e sim na jovem Hyuuga.
– Ahn... – a morena pareceu tão confusa quanto o namorado.
Madara ignorou a expressão de ambos, e sem hesitar virou o rosto da jovem com grande agilidade, observando algo atentamente.
– Mas o quê...? – começou Sakura, sendo interrompida por um gesto de Sasuke.
Logo, o homem tirou um pequeno adesivo do rosto da morena, tão transparente que quase não se via, a não ser é claro, por um espelho retrovisor quando um raio de sol batesse diretamente no rastreador implantado na Hyuuga.
– Olhem para isso – Madara observava o selo com certo desdém, se afastando do lugar onde Naruto e uma perplexa Hinata estavam. – Um rastreador. Foi isso que estragou toda a missão.
A mente da morena vagou até os acontecimentos mais recentes daquele dia. O encontro repentino com seu pai, até a discussão no semáforo e o tapa marcante.
Tocou sua bochecha direita inconscientemente, onde o selo com o rastreador se encontrara.
Fora ele. Hiashi.
E de todas as maneiras possíveis, sentiu um ódio e rancor de seu pai, por ser tão baixo e ganancioso.
Naruto afastou uma mecha de sua franja negra com delicadeza, e ela repuxou os lábios, em um sorriso contido.
– Não importa agora – Kushina tomou o pequeno selo transparente da mão do Uchiha, observando-o. – Vou dar um jeito nisso, assim que chegarmos ao nosso destino.
– Para onde estamos indo exatamente? – questionou Naruto, cuidadosamente.
Sua mãe respirou fundo, sentando-se ao seu lado. Os olhos arroxeados vagavam de seu filho, para Itachi e Sasuke.
– Vamos encontrar os líderes dos grupos que negociamos recentemente. Eles tinham aceitado nos ajudar caso precisássemos.
– Mas... – Ino pigarreou. – E a Akatsuki, a mãe da Sakura e a mandante das mensagens? – Lançou um olhar para a amiga rosada, que assentiu em concordância. – Como vai ser? Vamos... Agir? – Voltou-se para os mais velhos.
Fugaku pareceu refletir seriamente sobre a questão.
– Como meu querido irmão já disse – enfatizou com ironia, fazendo o mais velho revirar os olhos. – Tínhamos uma suspeita inicial de quem era a vítima do chefe da Akatsuki. Agora que sabemos quem é o líder dos terroristas opostos, não tem porque ocultarmos a informação principal. – Encarou Sasuke e Naruto, como se tudo se resumisse ao seu filho caçula e ao jovem loiro. – É a Karin, nossa antiga agente.
(...)
Kisashi entrou na cela que se mantinha oculta em seu escritório no centro de Tóquio. Estava mais satisfeito do que nunca, já que nada poderia impedi-lo de ter todo o poder em suas mãos.
Caminhou pelo corredor úmido entre as celas de aparência gasta. A escuridão pairava naquele ambiente, tendo apenas um ponto de iluminação, que se encontrava no fundo da prisão.
Uma área circular totalmente deserta, com uma única lâmpada no teto, e duas figuras unidas por correntes ao lado da fonte de luz, pendendo de cabeça para baixo.
O presidente puxou uma cadeira que estava ao canto, e puxou para o centro, ficando cara a cara com os rostos feridos das mulheres.
– Boa tarde – falou, com ironia.
Elas giravam lentamente, os cabelos soltos balançando lentamente. As bocas estavam amordaçadas, e os grunhidos de revolta ou gemidos de dor, eram as únicas coisas que soaram como resposta.
– Hoje é sexta-feira, se querem saber – O sr.Haruno prosseguiu, como se estivesse em uma conversa casual. – E amanhã é o dia da minha ascensão.
A ruiva grunhiu com raiva. Seus óculos tinham sido quebrados, e estavam no chão, enquanto sua face continha inúmeros cortes e hematomas.
– Ah, você disse alguma coisa, ruivinha? – Kisashi cerrou os dentes, repentinamente furioso. – A culpa é sua por estar aí! Se fosse fiel a mim, estaria comigo, e não presa com essa outra vagabunda!
Mebuki choramingava, franzindo o rosto de dor. Estava igualmente ferida, tanto fisicamente, quanto em seu interior. Desejava que aquilo tivesse fim, e que Kisashi a matasse de uma vez, mas ele parecia disposto a deixar que seu sofrimento fosse prolongado ainda mais.
O sr.Haruno se levantou com um sorriso maldoso perpassando seus lábios. Não havia mais a sombra do antigo presidente em seus olhos escuros; apenas a loucura que comandava todos seus pensamentos.
– Não se preocupem – Ele prosseguiu, com um sádico sorriso. – Vocês não morrerão... Ainda.
Fez menção de sair da prisão, mas retornou seu olhar para as mulheres antes disto.
– Aliás – o tom frio destilou suas palavras seguintes. – Sua filha está seguindo os mesmos passos que você, Mebuki. – Um suspiro de falsa decepção deixou a garganta do presidente. – Ela e os amiguinhos terroristas receberão o que merecem. Amanhã haverá uma grande festa. E sinto dizer que esta é a última vez que vejo a cara das duas.
Um grunhido ecoou pela prisão, vindo da sra.Haruno. Kisashi apenas deu-lhe as costas, desta vez deixando definitivamente o esconderijo.
Digitou a sequência de números que compunham a senha, e as trancas se moveram, lacrando a passagem. Naquele instante, alguém bateu a sua porta, e rapidamente o Haruno recolocou a parte da parede falsa, encaixando-a perfeitamente. Puxou o forro, e o colou contra o retângulo, sem deixar a passagem aparente.
Sentou-se à sua escrivaninha, e apertou um botão que se encontrava oculto por pastas e papéis. A porta do escritório destrancou, e um conhecido entrou no escritório.
– É muito bom vê-lo – Kisashi se levantou, apertando a mão do terrorista, e sorrindo para este. – Sasori.
(...)
– M-Mas... – Naruto tossiu demonstrando nervosismo. – Nós vimos o corpo... Era a Karin.
– Da mesma forma que virão o corpo de Ino? – Madara arqueou uma das sobrancelhas para o loiro. – A Akatsuki pode matar uma pessoa sem precisar de armas.
O silêncio predominou na van. Sakura percebeu a tensão em Sasuke e Naruto, e soube que Karin deveria ter sido importante na época em que esteve com o Grupo Uchiha.
– Com quem vocês fecharam acordo? – perguntou Naruto, cruzando os braços, tentando (inutilmente) fingir que tudo estava perfeitamente normal. – Quem são os líderes dos grupos?
– Jiraya e Orochimaru – Fugaku respondeu com a calma percorrendo seu semblante.
Pelo modo como os garotos pareceram surpresos, e pela perplexidade estampada na cara de Ino e Hinata, Sakura concluiu que os homens citados eram extremamente poderosos no mundo deles.
– Ahn... – Ergueu a mão, como se pedisse permissão para falar. Estreitou os olhos, em dúvida, assim que recebeu a atenção de todos. – Quem são estes?
Sasuke exibiu um sorriso enigmático.
– Apenas os caras mais poderosos dentre todos os terroristas. Construíram impérios. Perto deles, o Grupo Uchiha, e a Akatsuki não passa de moscas. – Voltou à atenção para o pai. – Eles vão nos ajudar, ou estão se divertindo com o desespero de todos?
Madara tossiu teatralmente.
– Em primeiro lugar, não estamos desesperados, sobrinho. – Ignorou a revirada de olhos do Sasuke, e continuou. – Em segundo lugar, eles não deixam de cumprir um acordo quando fazem um.
– E que acordo foi esse? – Hinata arqueou uma das sobrancelhas.
Mikoto sorriu de um jeito amável.
– Eles nos entregarão o mapa completo do prédio onde reside o escritório do presidente. – explicou, e acrescentou com confiança quando recebeu olhares desconfiados da maioria. – Karin e Mebuki com certeza estão presas lá. Vamos organizar um plano, salvá-las, e desativar a bomba. Simples assim.
– Simples assim? – ironizou Itachi, balançando a cabeça negativamente. – Até um instante atrás vocês nem queriam ajudar...
– Tínhamos a opção de fugir ou permanecer aqui e defender o que nos pertence – Minato sorriu de lado. – Vocês venceram. O Grupo Uchiha está dentro... Mesmo que não tenhamos tantas chances...
– Vamos morrer com classe - Ino falou com uma das mãos entrelaçada a de Itachi, os olhos brilhando em ansiedade. – É um jeito bom de morrer. – Acrescentou mais para si mesma.
Madara tossiu teatralmente uma segunda vez, e Kushina bufou.
– Dá para parar de fazer isso? Não precisa tossir para falar!
O Uchiha a ignorou.
– Tem mais uma coisa antes que sigamos até o nosso destino... – Madara deu de ombros, recebendo o olhar desconfiado da filha. – Uma coisa minúscula. – Acrescentou, e os jovens se mostraram preocupados. Uma pausa dramática (como tinha de ser) e por fim Madara falou. – O cara que tentou abusar de você – Encarou Sakura. – O Sasori...
– Ele está vivo? – A rosada o interrompeu, com um tom apreensivo.
Madara assentiu.
– Então não foi um truque – murmurou, se lembrando do dia em que esteve em um dos esconderijos da Akatsuki, e o mesmo explodira. – Eu me encontrei com ele antes de fingir amnésia...
Balançou a cabeça, e se levantou, saltando para o banco de trás.
– Melhor irmos. – disse, com firmeza. – Quanto mais cedo nos encontrarmos com os líderes dos grupos, mais tempo teremos para pensar em um plano.
Madara ligou a van.
– É assim que se fala! – E ligou o rádio, em poucos instantes começando a cantar Linkin Park desafinadamente, enquanto Minato, Fugaku, Kushina e Mikoto mantinham uma conversa paralela.
Sasuke puxou Sakura para deitar a cabeça em seu ombro.
– Você não está bem. – concluiu, abraçando-a de lado.
A rosada se aninhou em seu peito.
– Não. – concordou, tentando sorrir. – Mas se tudo der certo, todos nós ficaremos bem.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Não tive chances de agradecer, mas muito obrigada àqueles que compreenderam meu drama exagerado (e surto) há alguns capítulos atrás.
Vocês estão mandando suas opiniões, e reconhecemos isto com imenso carinho! Obrigada mesmo por continuarem conosco.
O próximo capítulo não irá demorar tanto a sair (esperamos). Faltam apenas três capítulos para o final... Estão prontas?
Beijos nos corações de todas, e até a próxima õ/