Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 20
Luz, Câmera, Ação


Notas iniciais do capítulo

Hey povo! No, no morremos ;)

Tivemos um sério bloqueio para desenvolver este capítulo. Não sei se é a saudade da fic começando a nos atingir, ou a falta de tempo de ultimamente, mas o fato é que apenas hoje, conseguimos concluir o cap :P Mil perdões!

Agradecemos aos lindos reviews mandados por Ivy chan, Ayuzawa, Fada Mironga, Ana Oliver, GabbySaku, Daniela Nicacio, Liaa Kun, Bi Hyuuga, Miah grigori, MikuMizaki, Nii, Siquinha, InoYamanaka, NatiiYoshino e Camilla Jessy!!! VOCÊS TEM NOÇÃO QUE ESTAMOS COM QUASE 150 LEITORES, 6.000 VISUALIZAÇÕES E 47 FAVORITOS? =D Muito obrigada, gente! Esse carinho nos deixa ainda mais motivadas!

Esperamos que gostem ;)

Antepenúltimo capítulo para vocês.

Boa Leitura!

— Manu (Fanáticos Por Fanfics)



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O céu havia escurecido, e a boate entrava em contraste com a escuridão em derredor, enquanto suas luzes piscavam continuamente no letreiro onde claramente se lia Olho de Vidro.

Jiraya e Orochimaru estavam no interior da boate, e Madara, Fugaku e Minato entraram para conversar com ambos. Kushina e Mikoto ficaram com os outros na van.

– Então – Jiraya ergueu-se para cumprimentar os três conhecidos. – Decidiram bancar os heróis?

Madara cruzou os braços.

– Considerando que se não o fizermos, morreremos de uma maneira trágica... – Ele deu de ombros. – Sim, estamos bancando os heróis...

Fugaku interveio com sua postura severa.

– Creio que ambos lembram bem da parte do trato. Provamos que os garotos são habilidosos.

Orochimaru franziu o cenho.

– Não espere que fiquemos para ajudá-los nessa loucura – E tirou do bolso um pen drive, estendendo-o para o sr.Uchiha.

Minato se deteve a outra questão.

– Vocês vão fugir? – Seu tom não era acusatório, mas possuía um quê de interesse. Considerava Orochimaru, e principalmente Jiraya, grandes exemplos, e não conseguia visualizá-los permitindo que seu império sucumbisse à loucura do presidente.

Madara gesticulou com as mãos, impaciente, mas o Uzumaki não lhe deu atenção. Jiraya exibiu um sorriso zombeteiro.

– O Havaí parece bem mais agradável para mim agora. – comentou, e indicou Orochimaru com um menear de cabeça. – E ele vai se enfurnar na Inglaterra novamente.

– Por falar nisso, já estou mais do que atrasado. – O homem de cabelos escorridos se levantou, pegou sua maleta e acenou para os demais. – Foi bom revê-los. Espero que meu trabalho dê em alguma coisa, afinal. – Um sorriso desdenhoso percorreu seus lábios. – Detestaria saber que o país foi dizimado e que meu tempo foi gasto à toa.

– Agradecemos pela ajuda de vocês – Fugaku alternou o olhar entre ambos. – Faremos o possível e o impossível, para honrar o tempo de vocês.

– Assim espero. – sibilou Orochimaru, antes de se afastar.

Jiraya levantou-se.

– Boa sorte – Estendeu a mão para Minato, que a apertou. Acenou para Fugaku e Madara, e seguiu para fora da boate, desaparecendo de vista em questão de segundos sem olhar para trás.

Minato permaneceu observando a saída do Olho de Vidro, perdido em devaneios. Apenas quando Madara começou a ralhar com ele por ficar “viajando na maionese”, que o loiro seguiu com os amigos para fora da boate.

De alguma maneira, se sentia como se tivesse levado uma bofetada na face. A única pessoa audaciosa o bastante para armar um bom ataque contra Kisashi, estava fugindo para o Havaí naquele momento.

(...)

Pacientemente, o grupo aguardava na van o retorno de Madara, Fugaku e Minato. Tinham estacionado na área exclusiva aos clientes do Olho de Vidro, entre vários carros de luxo.

Kushina estava ao volante, com Mikoto mantendo firme em suas mãos uma .40, parecendo saber o que fazer caso algo acontecesse.

O silêncio e a tensão eram palpáveis. A não ser pelo som do jogo que Naruto usava como entretenimento no tablet de Itachi, qualquer movimento do lado de fora atraía a atenção deles facilmente.

Quando o celular de Sakura vibrou, e emitiu um toque irritante, todos os olhares se voltaram para ela. A Haruno tirou o aparelho do bolso, e se sentou no banco.

O número era desconhecido. Ela franziu o cenho. Sasuke encarava a tela do aparelho por cima do ombro dela.

– Atende. – disse mais como uma ordem do que como uma sugestão.

Sakura conteve o impulso de lembrá-lo que ele não mandava nela, e deslizou seu dedo pela tela, colocando-o em viva voz.

“Tsunade na linha”, a voz da loira soou audivelmente, e Ino e Hinata se entreolharam com incredulidade estampada na face. “Não se preocupe.”

“Por que está me ligando agora?”, Sakura a questionou, com certa indignação.“Demorou tanto assim para se decidir?”.

“Considerando a atual situação, não deve me acusar tão rapidamente.”, a ironia presente na voz de Tsunade fez a rosada se calar. “Não sem antes me ouvir”.

“Pode falar”.

“Suponho que todos estejam me ouvindo, já que você não é suficientemente tola a ponto de esconder uma ligação como essa dos seus amigos.”, Tsunade parecia se divertir. “Portanto vou ser breve. Perdi minha melhor agente e quero vingança. Mandei as demais agentes para outro país, e agora estou dentro do Olho de Vidro, vendo seu pai, Fugaku e Minato saindo. Aparentemente, meus antigos colegas estão prontos para saírem de férias”, a indignação era fácil de ser identificada. “Descobri que o presidente pretende fazer um baile de caridade em sua homenagem, amanhã à noite. É mais uma distração, enquanto o pessoal da Akatsuki leva a bomba nuclear até o escritório do presidente.”

“Onde que vai ser esse baile de caridade?”.

“No Teatro Nacional de Tóquio. Pelo jeito ele pretende reunir seus colegas políticos e a primeira dama.”

O coração de Sakura deu uma cambalhota. Naquele instante, a porta da van se abriu, e Minato, Fugaku e Madara adentraram o veículo. Kushina levou o dedo indicador aos lábios, para que fizessem silêncio, enquanto o Uzumaki fechava a porta com um baque.

“Ele vai matá-la, Sakura.”, Tsunade concluiu pela rosada, que levou uma das mãos aos cabelos róseos. “E com certeza ele vai fazer o mesmo com a Karin Uzumaki.”

“Como descobriu tudo isso?”, perguntou Sakura, franzindo o cenho.

Tsunade riu.

“Tenho meus meios, garota. Sei de muito mais coisas que qualquer um de vocês.”

Madara tomou o celular da mão de Sakura, em um movimento ágil. A Haruno tentou recuperar o aparelho, mas seu pai se afastou antes que conseguisse.

“Que bom que está dando dicas, Tsunade”, o Uchiha usou seu tom de desdém.“É excelente saber que não está fugindo como seus coleguinhas de infância”.

“E você continua o mesmo babaca que seduziu minha antiga agente, Madara”,Tsunade estalou os lábios. “Acredite, eu não estou ajudando por você. Mebuki não merece sofrer mais do que já está sofrendo.”

Madara bufou, e lançou o celular para Sakura. Ela o apanhou no ar, e voltou a falar com a líder da Legião.

“Obrigada, Tsunade-sama.”, a rosada lançou um olhar repreendedor ao pai.“Você não tinha obrigação de nos ajudar, mas o fez... Olha”, acrescentou, em tom mais baixo. “Vi Shizune morrer, e não terei nenhuma piedade contra Kisashi. Ele vai pagar pelo que fez contra todos nós.”

“Assim espero.”, a loira suspirou. “Estarei no baile amanhã. Farei o que for possível para libertar sua mãe, mas vou precisar de ajuda. Tentem se organizar, e formular o melhor plano. A batalha não será tão simples. O armamento da Akatsuki vai além da capacidade de vocês.”

Sakura lançou um olhar aos amigos, que pareciam realmente tensos e pensativos. Fechou os olhos, antes de responder.

“Até amanhã”.

Desligou o celular, e o guardou novamente. Naruto meneou a cabeça lentamente, uma careta tomando conta de seu semblante.

– Estamos ferrados. – concluiu pessimista.

Kushina se voltou para os três recém-chegados.

– O que conseguiram?

Fugaku tirou do bolso um pen drive.

– Isto. – Lançou para Itachi, que o apanhou no ar, e analisou o objeto com interesse. – Orochimaru e Jiraya cumpriram o trato. Espero que ao menos tenham feito isso de maneira eficiente.

Um instante depois, o Uchiha já havia acessado o arquivo que o pen drive continha. Era um mapa completo do escritório do presidente e do Teatro Nacional de Tóquio, e a distância entre ambos.

– 120km. – observou Madara, arqueando uma das sobrancelhas. – Certamente teremos de nos dividir para conseguir fazer as duas coisas.

– Eles detonarão a bomba à meia noite, e estarão levando-a com eles. – Sasuke mantinha as mãos cruzadas em frente ao rosto. – E provavelmente, o controlador vai estar em um notebook, longe o suficiente...

– Ou não! – Ino se pronunciou, atraindo a atenção de todos. – E se o detonador estiver no teatro?

– Isso é apenas uma possibilidade – enfatizou Hinata, pensativa. – Talvez seja isso que eles querem que nós pensemos, para ganharem mais tempo...

– E se o Kisashi imagina que estamos agindo, com certeza fará tudo ao contrário. – completou Mikoto, semicerrando os olhos. – Mas mesmo assim, temos de organizar nosso plano. Para as duas possibilidades.

Itachi colocou o tablet em cima do banco, mantendo o olhar fixo na tela, assim como os demais.

Sakura se pronunciou.

– Acho que sei o que podemos fazer – recebeu os olhares de todos. – Mas precisamos de dois carros. Kisashi não vai descobrir nada, a menos que façamos o que estou pensando.

Madara a encarou com diversão estampada em seu semblante.

– E o que você pretende fazer, minha querida filha?

Sakura apenas o fitou de volta, com um mínimo sorriso surgindo em sua face.

(...)

O BMW preto seguia veloz pelas ruas de Tóquio. O sol surgia no horizonte, dando os primeiros sinais de um sábado ensolarado.

– A van deles está mais a frente. – Hidan falou, segurando um notebook em seu colo. Seu amigo, Kakuzu, pisou no acelerador, virando o volante, enquanto fazia manobras arriscadas por entre os carros. O rastreador piscava na tela do computador, um ponto seguindo continuamente pela rodovia que levava para fora da cidade. – Eles pensam que podem escapar de nós.

Kakuzu riu com desdém, assim como seu parceiro.

Completariam a tarefa que lhes fora dada, e retornariam para a cidade antes do anoitecer.

(...)

– Quanto tempo acha que vão demorar a perceber? – Naruto perguntou a Sakura, que deu de ombros.

– Não sei. Cinco, ou seis horas. – Supôs pouco interessada. – O carro vai continuar acelerando, o que torna difícil a aproximação deles. Então, vai demorar tempo suficiente até que percebam.

Hinata dirigia o Dodge Charger R/T preto, de 1970, em alta velocidade, com Ino no passageiro. Logo atrás, vinham Sasuke, Itachi, Fugaku e Madara, com um Mustang também preto. E por último, Minato, Kushina e Mikoto seguiam com um Nissan Skyline GT-R da geração R34, da cor prata.

– Sorte que os mafiosos têm bons carros – comentou Ino, que estava mais ddo que animada. – E sorte que seu pai é maluco, Saky.

A rosada revirou os olhos, mas não deixou de rir. Madara havia roubado três carros de colecionador, que estavam no estacionamento do Olho de Vidro, sem nem ao menos hesitar. Assim que Sakura terminou de contar seu plano para despistar o presidente e os terroristas da Akatsuki, o Uchiha saltou da van e adentrou a boate, retornando com três chaves.

Ele não disse como tinha feito, e Sakura achou melhor não saber os métodos nada comuns de seu pai.

– Temos tempo para organizarmos um bom plano e arrumarmos o armamento – Sakura estava pensativa, enquanto Hinata mantinha a velocidade alta.

O rádio comunicador chiou no colo da Haruno. Ela aproximou o aparelho dos lábios.

“O que foi?”

“Virem na próxima rua”, a voz de Fugaku ecoou claramente.

“Tudo bem”, Sakura se inclinou no banco.

– Ouviu Hinata?

– Pode deixar – a Hyuuga virou o volante com experiência, reduzindo a velocidade.

Naruto sorriu.

– Onde aprendeu a dirigir assim, Hina?

A morena o encarou por um instante pelo retrovisor.

– Quando se é alguém como eu, você aprende muitas coisas.

Ino revirou os olhos.

– Por favor, não comecem a flertar. Hello! Estamos em uma missão suicida. – cantarolou, levando uma das mãos aos cachos loiros, com certa irritação.

Hinata e Naruto coraram, enquanto Sakura continha o riso.

A morena virou na rua indicada por Itachi, e seguiu por alguns metros, até estacionar. O Mustang preto passou lentamente por elas, sendo seguido de perto pelo Nissan prateado.

Os veículos estacionaram quase no fim da rua, que Sakura percebeu ser fechada. Sasuke, Itachi, Fugaku e Madara foram os primeiros a saírem, e se dirigiram até um portão totalmente fechado, de uma casa que seguia o padrão vitoriano daquele bairro.

Ino lançou um olhar a Hinata, que tirou a chave da ignição e saiu do veículo. Sakura e Naruto fizeram o mesmo, e a loira Yamanaka bateu a porta do passageiro.

Quando se aproximaram o suficiente, a porta da casa se abriu, e uma mulher com uns trinta anos surgiu à soleira. Seus olhos eram de pupilas na cor esmeralda, e seus cabelos eram longos e castanhos claros. Tinha uma beleza sutil, e ao mesmo tempo com uma mancha sombria por trás daquele semblante forte.

– Oh meu Deus! – A mulher avaliou o grupo, seus olhos se arregalaram brevemente. – Quando disse que viria, não sabia que traria todos...

– Olá, Mei. – Madara sorriu de canto, tipicamente irônico. – Podemos entrar ou quer que esperemos pelo trem bala aqui fora?

(...)

A casa da estranha era espaçosa, e confortável. Parecia ser uma construção antiga, até mesmo hereditária, por conta do estilo artístico presente nos quadros fixos às paredes, e aos castiçais dourados em cima das mesinhas na sala de estar e no hall.

– Então, você é a filha do Dara? – A mulher sorriu descrente, enquanto buscava taças e copos em uma mesa atrás de um dos sofás da sala, repleta de garrafas das mais diversas bebidas.

Sakura aquiesceu relutante, se contendo para não encarar o pai naquele instante. “Dara”? Certamente aquele fora o pior apelido que já ouvira em tempos – e seus amigos, assim como ela, pareciam compartilhar a mesma opinião.

– E quem é você? – Ino perguntou, recebendo um olhar repreensivo de Hinata. A loira deu de ombros, e continuou encarando Mei de modo desconfiado, enquanto se sentava em um dos sofás aveludados.

Mei não pareceu ofendida com a desconfiança aparente. Pelo contrário, pareceu curiosamente satisfeita.

– Sou uma antiga amiga de Madara – Mei ofereceu uísque a cada um, em seguida largando-se em uma poltrona. Encarou-os, o cansaço presente em sua face. – Este homem – Indicou o Uchiha em questão com o seu copo de uísque, mantendo os olhos fixos em Ino, Hinata e Sakura. – Foi o motivo da minha desgraça amorosa e da minha desesperança quanto a arrumar um marido. Estou sozinha hoje, e graças a esse psicopata, meninas.

Ino pareceu se divertir, e Hinata franziu o cenho. Sakura tentou não lançar seu copo na direção do pai.

Quantas mulheres ele já havia usado e depois estilhaçado seus corações como se não fossem nada? Duas? Cem? Ou Mil? Sakura maneou a cabeça, desejando não se apegar aquela questão.

– Hum... – Kushina sorriu, parecendo tomar cuidado com o que dizer. – Estamos precisando de ajuda, Mei.

A mulher se limitou a entornar seu copo, e encará-los com o cenho franzido.

– Quem não precisa? Se ajuda fosse vendida, deixariam de comer para comprá-la.

Madara se inclinou na direção de Mei.

Precisamos de ajuda, Mei. E você sabe para quê, portanto... – Fez uma curta pausa, encarando-a com naturalidade. – Se não quiser ver o cafajeste aqui mortinho da silva, é bom conceder sua casa por um dia.

Sakura imaginou que a mulher recusaria de pronto, e que o xingaria de todos os nomes possíveis (e impossíveis). Porém, Mei pareceu preocupada, e a ironia em seu sorriso desapareceu na mesma hora.

– Tudo bem. – Mei se inclinou em sua poltrona. – Só preciso saber o que planejam para destruir o vagabundo do presidente. Topo qualquer coisa.

Fugaku e Minato começaram a explicar o plano, e Mei ouvia atentamente.

– Entendi – a mulher maneou a cabeça positivamente. – Mas é impossível. Não tem como salvarem duas coisas de uma vez. Não é um baile de máscaras, e provavelmente Kisashi pensou que vocês arrumariam um jeito de agir...

Sakura e Sasuke se entreolharam, e a rosada se pronunciou com um mínimo sorriso.

– Bom, é que eu organizei um meio de desviar temporariamente as atenções de Kisashi para nós.

– Lançamos a van em um córrego e colocamos fogo nela – Fugaku parecia levemente amargurado. – Depois metemos o rastreador em um carro de um dos mafiosos que morava fora da cidade. Nada muito elaborado, mas útil.

Sakura não soube dizer se aquilo fora um elogio ou não.

– O que importa – Itachi tomou a palavra, mantendo seu inseparável tablet em mãos. – É que temos todas as pistas. Os chefes deixaram informações básicas como quem vai sair do escritório primeiro em direção ao Teatro Nacional de Tóquio, e quem é o motorista do presidente...

– É o Valdir. Ele é russo – informou Hinata, em seguida com a percepção do que estava acontecendo. – Espere um pouco... Nós não vamos...?

Naruto sorriu para a garota, com um Sasuke igualmente tranquilo ao seu lado.

– Sim minha cara – O loiro encarou Mei. – Nós vamos.

(...)

Mei tinha uma passagem no lugar da lareira, que levava a um esconderijo repleto de armas, equipamentos científicos e explosivos TNT. Aparentemente, ela possuía um hobbie.

Ela parou em frente á uma mesa especialmente iluminada. Tinha vários frascos com líquidos diversos, microscópios, pinças, e outras coisas mais que Sakura identificou sem demora.

– Se vocês forem sequestrar o motorista russo, coloquem em mente que um de vocês tem de falar russo. – A mulher enfatizou como se fosse óbvio.

Sasuke indicou Naruto.

– O Dobe fala russo.

Ino e Hinata se voltaram para o Uzumaki; uma cética, e a outra surpresa.

– Você fala russo? – ecoaram para Naruto, que deu de ombros.

– YA paren' , polnyy kul'tury, devushki (Sou um cara cheio de cultura, meninas). - Naruto falou como se fosse sua língua natal.

Kushina sorriu em orgulho.

– Vejo que o curso de línguas não foi um gasto de dinheiro à toa. – E apertou uma das bochechas do filho, arrancando risos dos amigos.

O jovem pareceu levemente exasperado.

– Mat' , ne zdes'! (Mãe, aqui não)– Naruto olhou para os lados, como um paranoico.

– Pare de falar russo, criatura. – Sakura deu um tapa na nuca do loiro, que fez uma careta.

– Ok. – choramingou, dramaticamente. A rosada se limitou a revirar os olhos.

Mei prosseguiu.

– Isso significa que o garoto tem de estar parecendo o Valdir. Vou criar uma máscara que sirva perfeitamente no disfarce, enquanto vocês – Indicou Sakura, Sasuke, Naruto, Hinata, Ino e Itachi. – Sequestram o cara antes que ele chegue ao serviço.

– Ele sai em meia-hora de casa. – Itachi tratou de avisar, com os olhos fixos em seu tablet.

– Quando chegarem aqui já estará pronto. – prometeu Mei, pegando um pote com alguma mistura e uma cabeça de manequim. Parecia que ela iria modelar a máscara, mas no instante que pressionou um botão na parte de trás da cabeça, Sakura deixou essa hipótese de lado. Mei colocou a máscara na face agora acesa, e pressionou outro botão. Em seguida pegou a imagem de Valdir no tablet de Itachi, e passou em frente aos olhos do manequim. No instante seguinte, a mistura na face da cabeça começou a tomar forma lentamente. – Ah, o que eu faria sem essas tecnologias de hoje em dia...

Sakura voltou sua atenção para os amigos, que já se “serviam” de revólveres fixos na parede do esconderijo. Mei não fez qualquer objeção, e a rosada acabou pegar algumas armas também.

– Voltem logo. – Alertou Mikoto, com uma leve preocupação em sua voz.

– Sim senhora. – Sasuke sorriu de canto, e seu irmão fez o mesmo.

O grupo subiu pelo alçapão sem demora, e seguiram para a saída da casa rapidamente.

(...)

– Pozzhe! (Até mais tarde!) – Valdir gritou para sua esposa, antes de bater a porta de sua residência, a caminho de mais um dia tendo de aguentar as pessoas fúteis que adentravam a limousine do presidente.

Porém, seus planos foram adiados logo que uma moça loira passou por ele correndo, trajando roupas esportivas e ouvindo música.

E que moça.

Olhou ao redor, verificando se alguém o observava, e se pôs a caminhar na mesma direção pela qual a jovem seguia. Era o caminho que usava para chegar ao trabalho, portanto não era como se estivesse traindo sua esposa.

Sobressaltou-se, no entanto, quando a corredora caiu no chão. Ela emitiu o gritinho abafado, e ele se pôs a correr em sua direção.

– Devushka! (Moça!) – Se corrigiu, assim que notou que provavelmente ela não falava russo. - Você está... Bem? – As palavras saíram lentamente, com certa dificuldade por não pertencerem ao seu idioma.

A garota o encarou. Seus olhos pertenciam a azul semelhante ao lápis lázuli, e seus lábios eram rosados. Era linda e adorável, com sua pele de porcelana e suas bochechas coradas.

– Acho que torci o tornozelo – Ela atraiu sua atenção mais uma vez, fazendo uma careta de dor.

– Deixe-me... Ver isso. – Valdir tomou a iniciativa, e cuidadosamente tocou o pé da garota.

Naquele momento, Ino chutou seu rosto com uma força que o lançou para trás. Hinata e Sakura surgiram de trás de alguns arbustos que faziam parte da área verde daquela rua, e trataram de aplicar uma seringa com sonífero no pescoço do motorista atordoado. Em segundos ele adormeceu.

– Idiota – resmungou a Yamanaka, enquanto o ronco do motor do Nissan prata anunciava a aproximação dos garotos. – Contrate uns motoristas mais inteligentes da próxima vez.

– Você quem quis usar o truque da “garota em apuros”, Ino – relembrou Hinata, enquanto lançava o corpo de Valdir no porta-malas do veículo.

– Porque eu sabia que ele seria um idiota. – A loira deu de ombros, e entrou no carro.

A rua deserta se mostrou da mesma maneira mesmo quando o carro virou a esquina e desapareceu. Ninguém notara a ação que acabara de ocorrer, e tão pouco perceberia o sumiço repentino.

A primeira parte dera certo.

(...)

Ao decorrer daquele mesmo dia, tanto Kisashi quanto seus futuros oponentes tiveram diversos afazeres para a noite em que colocariam seus devidos planos em prática.

O entardecer não demorou a cair, e as luzes do Teatro Nacional de Tóquio indicavam o grande evento que perduraria durante toda a noite, uma “sutil” comemoração de misericórdia àqueles que insistiam em ter esperanças de sobreviver.

Após aquele dia, com alguns sacrifícios, Kisashi conquistaria o poder que tanto desejava. Teria grandes potências geoeconômicas em suas mãos, como os Estados Unidos, a Rússia e até mesmo a União Europeia.

Uma grande nação em pleno caos seria o suficiente para que conquistasse seus maiores desejos. Caso não fossem cooperativos, Kisashi reuniria seus homens e efetuaria novos ataques até que alcançasse o topo da hierarquia do poder.

Abriu a passagem que levava ao esconderijo localizado em seu escritório, tão satisfeito que poderia cantarolar.

Certo de que seu escritório estava trancado, adentrou a passagem sem maiores receios. Encontrou Karin e Mebuki, trajando os belos vestidos de gala que comprara a ambas, e pessoalmente entregara a elas mais cedo naquele mesmo dia.

– Vejo que já estão prontas, minhas queridas – Sua alegria era quase palpável, e Mebuki conteve um som de asco. Preferia morrer a passar mais um instante com aquele crápula.

– O que você pretende? – Karin se pronunciou, reunindo uma grande quantidade de coragem. – Pensei que nos deixaria morrer...

– Ah, minha cara – O presidente segurou o queixo da ruiva com uma de suas mãos, e ela estremeceu. – Mas é o que farei. – Sussurrou, e se afastou da jovem, que suspirou em alívio. – Vocês vão morrer, assim como todos aqueles que ainda possuem alguma esperança... – Ajeitou seu smoking. – Só estou dando a chance de aproveitarem um grande baile beneficente.

– E quem vai ganhar com isso? O teatro? – Mebuki arriscou, e Kisashi a encarou.

– Exatamente – Ele semicerrou os olhos para ela. – E é bom que as duas colaborem. Se gritarem, ou tentarem qualquer coisa, mato vocês e qualquer um que estiver por perto. Entenderam?

Ambas se mantiveram em silêncio, mas assentiram com discretos acenos de cabeça. Kisashi fitou as duas por mais um segundo, antes de indicar a saída. Karin e Mebuki passaram por ele, os vestidos longos se arrastando pelo chão, os cabelos presos em penteados simples, além da maquiagem igualmente sutil.

Nada chamativo, porém, que serviria para aquela noite.

Ao saírem da passagem, Kisashi não se preocupou em fechá-la com perfeição, pois se tudo desse certo ele não retornaria àquele lugar nunca mais.

Saiu do prédio arrastando as mulheres consigo, e viu a limousine estacionada, com Valdir aguardando pacientemente ao lado da porta traseira.

– Pode levá-las – Kisashi disse naturalmente frio, e o motorista abriu a porta para que as damas entrassem. – E cuide bem delas.

– Da, g-n prezident. (Sim, senhor presidente). – Valdir assentiu com um menear de cabeça, e indicou o banco traseiro da limousine para que Karin e Mebuki entrassem.

Tudo parecia certo, até o instante em que o telefone de Kisashi tocou. Karin já havia entrado no veículo, mas Mebuki parou à porta.

– O quê? – o presidente exclamou. A sra.Haruno fez menção de entrar na limousine, mas foi impedida por Kisashi no último instante. – Me mantenha informado. – Desligou o celular, e encarou Mebuki, apertando o braço da mulher. – Mudança de planos, querida. Você vem comigo. – Encarou Valdir. – Leve a Uzumaki.

O motorista não teve alternativa que não fosse assentir. Era aquilo ou nada.

Fechou a porta do banco traseiro, vendo Kisashi arrastar sua esposa (ou ex) para outro carro particular que acabava de estacionar. Sem delongas, Valdir deu a volta no veículo que guiaria, e entrou no banco do motorista.

Só teve tempo de ajeitar o retrovisor, quando sentiu seu pescoço ser envolto por um braço, que apesar de feminino possuía uma força fora do comum.

– Você não vai me levar até a festa – Karin sussurrou, pressionando um estilete contra o pescoço dele.

Valdir emitiu uma risada, e a ruiva se viu confusa, porém não recuou.

– Nisso você está certa, prima – Ele disse, e finalmente sentiu o aperto ao redor de seu pescoço diminuir.

Karin abriu a boca, e a fechou novamente, tentando inutilmente balbuciar algo que fosse útil.

– N-Naruto? – A ruiva sentiu os olhos marejarem.

Naruto tirou a máscara perfeita de sua face, e o mecanismo em sua garganta que tornava possível a voz sair como a de Valdir. Passou uma das mãos em seus cabelos escuros, tirando a tinta e tornando visível alguns fios claros.

– Fico feliz em vê-la viva, Karin – murmurou, exibindo um sorriso reconfortante para a prima.

Ela sorriu. Várias lágrimas brilhavam em sua face, e a incredulidade tomava conta de si. Em instantes, Naruto já guiava a limousine para longe daquele prédio, onde por tanto tempo Karin era mantida prisioneira.

Finalmente estava livre.

(...)

– Eles estão mortos. – Madara degustava o champanhe, estalando os lábios. – E aposto que o vagabundo do presidente já ficou cagando de medo ao saber.

Na casa de Mei, aquele grupo aguardava pelo início da “festa de arromba”. Naruto ainda não retornara, mas poucos minutos atrás ligou avisando que havia conseguido salvar sua prima, Karin. Infelizmente, Mebuki ainda estava nas mãos de Kisashi.

A melhor das notícias era que os terroristas (Hidan e Kakuzu) que perseguiam a van tinham morrido detonados assim que o veículo se alto destruiu em frente a eles, consumindo grande parte da estrada e lançando-os diretamente ao mar. Uma morte trágica, mas merecida.

– Não comemore ainda, irmão. – Fugaku colocava as granadas em um cinto, e passava a metralhadora por seu ombro. – Temos muito que fazer.

Mei surgiu na sala, colocando seus brincos de ouro. Trajava um belíssimo vestido vermelho, cheio de brilho da cabeça aos pés.

– Vou a esta festa, ver se consigo alguma coisa. – Mexeu em seus cabelos, antes de pegar a bolsinha de contas e verificar se os seus pertences estavam ali. – Como sou uma antiga amiga de Mebuki, com certeza ninguém vai desconfiar da minha aparência angelical...

– Tome cuidado – alertou Mikoto, exibindo seu tom de preocupação materna.

A mulher apenas sorriu-lhe.

– Sei me cuidar. – garantiu, meneando a cabeça minimamente. – Nos vemos depois.

E saiu, deixando para trás o grupo que aguardaria por notícias, e por sua hora de agir.

– Vou ligar para o Sasuke – A sra. Uchiha pegou seu celular. – Ele e Itachi vão agir daqui a pouco com Hinata e Kushina.

Levou o telefone ao ouvido, e se afastou concentrada demais e exalando aflição por onde andava.

– Tomara que isso dê certo. – disse Minato, suspirando pesarosamente.

Ninguém disse qualquer coisa.

(...)

O Teatro Nacional de Tóquio atraía as pessoas mais conhecidas da sociedade. Carros de luxo e limousines se encontravam estacionados em frente ao local, exalando a riqueza que percorria cada milímetro daquele ambiente. Holofotes seguiam um curso próprio, iluminando os rostos perfeitos, e os trajes de grife.

– Karin está demorando – Mebuki disse lado a lado de Kisashi, cumprimentando e recebendo palavras ensaiadas para comemorar sua “libertação”.Se ao menos soubessem, ela pensava, forçando sorrisos para os demais.

O presidente continuava saudoso, animado demais por sinal. No entanto, em seu íntimo, uma ira se intensificava a cada instante que decorria.

Hidan e Kakuzu tinham morrido, e as malditas famílias Uchiha e Uzumaki (sem contar sua querida filha) não estavam fugindo como ele havia pensado. Provavelmente estariam agindo, e aquilo não seria nada bom.

Tinha de estar preparado, ou poderia ter seus planos seriamente afetados.

– Não fique contente – Kisashi apertou o braço da esposa, atento ao movimento em derredor. – É uma questão de tempo até ele chegar...

Mebuki conteve uma ironia. Sentia que seu marido não poderia estar mais errado.

(...)

– Vamos logo com isso! – Pain apressou os terroristas mascarados, que assim como ele mantinham armas de grande porte presas às costas. – Não temos tempo a perder!

Os homens gritaram em árabe, mas as ordens eram claras; colocar o cilindro revestido de metal, pesando quase uma tonelada, dentro da traseira do caminhão que aguardava já ligado.

Com o auxílio de um trator, a bomba nuclear foi removida do prédio que abrigava o escritório do presidente, e mandada para dentro do veículo.

Pain puxou sua máscara preta para cima, até a altura do nariz. Os companheiros da Akatsuki adentraram a traseira do caminhão, e o terrorista fez o mesmo, fechando as portas com um baque.

Enquanto o caminhão se movia pelas ruas, era possível ouvir a conversa paralela entre os dois terroristas que estavam no banco da frente.

O veículo começou a reduzir, e os terroristas que cuidavam da bomba mal tiveram tempo de iniciar uma conversa. Já haviam chegado ao destino final.

– Vamos desembarcar – avisou Pain, colocando-se de pé, a típica arrogância impregnando suas palavras.

Quando se virou, porém, deu de cara com uma CV.47 apontada para sua testa.

– Correção, Pain – A voz de Itachi soou clara pela traseira do veículo, o dispositivo que alterava sua voz, caído aos seus pés. Hinata e Sasuke se revelavam ao seu lado, tirando suas máscaras e os aparelhos em sua garganta. – Nós ficamos.Você desembarca.


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Notas finais do capítulo

Vixe, já deu para perceber que o próximo cap. será ainda MAIS bombástico?

Quem aí gosta de tretas? õ/ E sangue? õ/ E romances? Õ/

Portanto, PRE-PA-RA! Skahsdauiedalkjshfda.

Em breve, penúltimo capítulo, e o fim da trama :'( Não pera, deixa eu preparar o sorvete e os filmes tristes!

Até a próxima semana (se Deus quiser).

Mega beijos!

— Manu (Fanáticos Por Fanfics)