Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Lílian

Depois do interrogatório das meninas sobre como havia sido o encontro, eu finalmente pude dormir. O problema era que eu não tinha um pingo de sono. Continuava pensando sobre o passeio. James havia sido tão legal, engraçado. Era impressionante como nossa conversa é fácil. E foi bem engraçado ver aquela loja com artigos estranhos de natal.

Então só pela madrugada é que eu consegui dormir. Que droga, eu não deveria ter dormido tão tarde, mesmo que isso tivesse sido involuntariamente.

Meu sonho havia sido um pouco estranho. Eu estava vestida e arrumada como uma boneca dos anos 1960. Um vestido verde de bolinhas, o cabelo ruivo armado e luvas brancas. Eu estava no que se parecia em uma casa de boneca. O teto rosa, mobílias coloridas, um sofá roxo, um toca disco e no armário laranja, estava um porta retrato. A moldura era bonita e ricamente moldada com o que se parecia ser ouro. Entretanto, não havia sido a moldura que chamara minha atenção, era a foto. Ela não se mexia, como a dos bruxos, mas estava se transformando. Uma hora aparecia minha família, até Petúnia, depois, as tonalidades foram mudando e pude distinguir um certo sorriso. Era o sorriso de James, alegre e contagiante. Logo a imagem ficou nítida e pude ver o rosto de James. Eu sorri. Contudo, após um tempo, as tonalidades voltaram a mudar e comecei a ver minhas amigas e os marotos, todos juntos e abraçados.

Almofadinhas era o mais engraçado na foto. Ele estava totalmente sendo segurado nos braços por Aluado e Rabicho, e ainda estava com aquele sorriso sarcástico no rosto. As meninas estavam de braços cruzados e uma expressão de censura. Era tão engraçado que soltei uma gargalhada. Mas então, as cores voltaram a mudar e pareciam mais escuras até poder ver um sorriso. Não era o de James, nem parecia ser alegre. Era um sorriso cruel, maldoso, mas também parecia como se tivesse alcançado seu objetivo. Uma parte do rosto se formou, mas do nariz para cima, as cores simplesmente desapareceram. Estava tudo negro.

A pessoa, ou a foto, começou a gargalhar, mas era uma gargalhada do mal. Qual quer fosse a pessoa, estava me dando calafrios, mas quando decidi me afastar dali, pude enxergar um movimento e uma varinha sendo levantada. Não sabia como era possível, mas a pessoa, ou a foto, lançou um feitiço contra mim. Felizmente, havia me abaixado antes disso. A pessoa começou a gargalhar ainda mais e ainda sem saber como era possível, vi uma mão podre sair de lá. Logo a cabeça e o corpo estavam saindo também da foto. A pessoa era horripilante e tinha uma capa preta que o escondia completamente. Eu queria correr dali o mais rápido possível, mas meus pés estavam grudados no chão. Estava paralisada.

Finalmente, o que quer que fosse, a pessoa saiu completamente de lá. Só então eu consegui me mover. Que maravilha. Um bruxo doido estava querendo me matar e tinha apenas alguns metros de vantagens. Perfeito!

Então, como uma verdadeira mocinha indefesa de histórias de terror, comecei a correr pela casa. Eu continuava sendo perseguida pela pessoa que estava gargalhando. Olhei para trás e vi que a casa atrás dele estava enegrecida, como se estivesse desaparecendo. Meu coração estava disparado e senti como se gelo estivesse sido injetado em minhas veias. Corri ainda mais. Por alguma razão, eu sabia que aquela pessoa era muito perigosa. Após passar por vários cômodos e descer muitas escadas, eu cheguei ao que parecia ser a sala de estar e vi a porta principal. Eu me senti extremamente aliviada. Poderia sair dali e me ver longe daquele maníaco. Contudo, como a sorte não sorrira para mim desde que havia me mudado para aquela casa, a porta não abria. Puxei, repuxei, esmurrei e ela não abria. Virei-me sentindo derrotada. A pessoa no capuz deu a última gargalhado do mal e levantou a varinha. Fechei os olhos esperando o inevitável. Mas quando ele lançou o feitiço, eu não fui atingida. Um bruxo havia se postado perante a mim e rebatido o feitiço. Eles começaram a duelar e eu fiquei só assistindo.

Então eu sinto mãos eu senti mãos agarrando e acordei com um grito. Sentei-me na cama e vi uma Dorcas assustada.

– Ai meu Merlin, Lily. Não grite assim. Quer me matar do coração? – disse Dorcas.

– É, Lily. As meninas no quarto ao lado poderão achar que está sendo violentada – comentou Marlene.

– Desculpe, desculpe.

– Anda. Se levante, se arrume e vamos descer. Aposto que o James deve estar todo sorridente querendo arrastar você para o lado dele – disse Alice.

Eu simplesmente revirei os olhos e fui me arrumar. Depois de descermos, percebi que Alice estava certa. James ainda não tinha ido tomar o café-da-manhã. Junto a ele estava Franco e Nick.

– Bom dia – disse James sorrindo.

– Bom dia. E onde estão os outros?

– Já foram para o Salão. Almofadinhas pensou em esperar pela Marlene, mas desistiu assim que viu Nick.

– Ainda bem – disse Marlene entrelaçando o braço no de Nick.

– Então vamos? – perguntou Alice junto a Franco.

Quando estávamos nos corredores, me afastei um pouco de James e fui para o lado de Dorcas.

– Ei Dorcas, você não disse que tinha sido legal o seu encontro com Fontaine? – sussurrei perto dela.

– Foi, mas não deu certo entre a gente.

– Como assim?

– Não consigo vê-lo como namorado – disse ela suspirando logo em seguido.

Dei um sorriso caridoso para ela e voltei para o lado de James. Chegamos ao salão e nos sentamos nos bancos ao lado de Almofadinhas, Aluado e Rabicho. Almofadinhas parecia estar mau humorado.

– E aí pessoal? – disse Marlene se sentando longe de Sirius.

– Olá – disseram eles.

– Eu estou faminto – disse James se servindo de ovos e salsichas.

Eu escolhi mingau de aveia.

– Ei Pontas, veja o que está aqui – disse Aluado jogando o Profeta Diário para James.

James leu o artigo da capa e vibrou.

– Há-há. Chudley Channons ganha dos Tornados não é Almofadinhas?

– Cale a boca.

James começou a rir ainda mais e espichei o pescoço para ver do que aquilo se tratava. Logo na manchete, estava em letras enormes, a seguinte frase: Tornados ganha de Chudley Chanonns por noventa pontos. Placar final: 240 a 150.

Legal. Me afastei e comecei a conversar com Alice.

Então, logo depois fomos para as aulas. A primeira já seria Poções. Hoje teríamos de converter o veneno chamado Difamio em um antídoto contra insônia. O Difamio acelera os batimentos cardíacos até causar um ataque. O que temos que fazer é misturar ervas, raiz de mandrágora, pedaços de derítero, vagem de sudorífera e deixá-los exposto ao frio. O problema, era que essa conversão exigia que mexêssemos tantas vezes no dia de lua cheia e também, demorava a preparar o derítero. Teríamos que cozinhá-lo durante um dia inteiro para amolecer sua carapaça e ainda descascá-las, e isso demora um bocado. Ao menos, essa poção ajudaria na nota final.

Assim, logo coloquei o derítero no caldeirão fervente. Quando comecei a preparar e cortar as vagens, percebi que quem estava do meu lado era James, não Marlene.

– Hã, minha parceira é a Marlene, James.

– Ela não fez objeção quando perguntei se poderia ficar no lugar dela.

Eu apenas revirei os olhos e voltei minha atenção ao corte da vagem de sudorífera, ou melhor, esmagá-las. Descobri no quinto ano que esmagá-las dá mais seiva do que cortá-las. Só que em alguma hora, acho que apertei descuidadamente, pois ela voou e bateu no olho de James.

– Ai.

– Desculpe, ela voou da minha mão.

– Tudo bem. Me diga, você estava esmagando essa coisa? Não deveria cortá-la?

– Esmagá-las dá mais seiva. É segredo viu? – disse colocando um dedo nos lábios.

Ele fez aquela coisa engraçada de fechar um zíper imaginário na boca. Atrás de mim, ouvi Marlene rir.

– Algum problema, dona Marlene?

– Nada, é que vocês são muito fofos juntos. Você fica melhor com ele do que com Jimmy.

Eu fiquei vermelha na mesma hora e estava pronta para gritar com ela, mas James falou primeiro.

– Que Jimmy?

– Não sabia, James? Lily e Jimmy Wibler quase namoraram antes da família dele ser caçada.

– É mesmo? – perguntou ele virando-se para mim, como se exigisse explicações.

– O quê? Tinha todo o direito de namorar com quem quisesse. Não era comprometida com você.

– E agora é? – perguntou a irritante da Marlene.

– Não foi isso que eu quis dizer! – disse vermelhíssima.

– Foi o que pareceu.

– Você está vermelha – disse James.

– Mas eu não queria dizer isso. Você sabe muito bem, Marlene.

– Não sei de nada – disse a malandra colocando a mão na boca e olhando para o teto.

– Sabia que você fica muito linda envergonhada – disse James.

– Dá para parar com isso, Marlene. Estou tentando fazer minha poção.

– Não estou te impedindo.

– Está parecendo um tomate. Eu adoro tomates – disse James.

– Está sim. Você começou a falar sobre o Jimmy.

– Mas o que eu disse foi a pura verdade.

– Dá para me falar sobre esse tal de Jimmy?

– Não interessa. Não precisava ter comentado isso.

– Mas isso...

– HEI – gritou James.

– O QUÊ? – perguntamos eu e Marlene.

Ao olhar ao redor, percebi que todos estavam olhando para nós. Fiquei ainda mais vermelha, se é que era possível. James e Marlene também coraram ao perceber os olhares da turma.

– Algum problema, senhorita Evans? Potter? – perguntou professor Slughorn.

– Não nada, desculpe.

Dei meu último olhar mortal para Marlene e voltei a fazer minha poção. Argh. Marlene sabe como tirar alguém do sério. Mas eu não tive a sorte de terminar minha poção em paz. James ficava todo o tempo me importunando sobre Jimmy. Como ele não tem o direito de ficar tão bravo assim e fazer esse interrogatório todo, não respondi sobre ele.

– Ora, vamos Lily. Por que não pode me dizer quem era esse tal de Jimmy Wibler?

– Porque não é da sua conta.

– Por favor? – implorou ele novamente com uma cara muito fofa. Seus olhos castanhos de repente me hipnotizaram e não pude resistir. Suspirei e respondi.

– Foi apenas um garoto por quem me interessei ano passado, mas não cheguei a namorá-lo.

– Como eu não sabia que você estava interessada nele?

– Talvez porque isso não fosse da sua conta?

– Claro que é. Tenho que conhecer a concorrência. Aliás, não namorou?

– Não. A família dele foi perseguida e ele foi embora com a família.

– Mas se ele não tivesse ido embora, você poderia tê-lo namorado?

Pensei um instante.

– Talvez.

James fez uma cara desolada. Estava tão triste, que derreti por dentro. Tá, eu não gosto dele na forma romântica, mas não gosto de vê-lo triste assim.

– Ah, vamos James. Ele não está mais aqui, não é?

James pensou um pouco e assentiu levemente para o lado.

– É tem razão.

– Mas isso ainda não é da sua conta.

– É, ainda não.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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