Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente, vocês provavelmente querem me matar certo?
Desculpa, desculpa mesmo a demora, mas sabe é que tanta coisa aconteceu na passagem de tempo entre o último capítulo e esse. É sério.
Foi mal.
Tomara que gostem dessa capítulo super fofo.



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Lily.

Depois da sessão da pior brincadeira do mundo: Verdade ou Desafio, a rotina de mim e dos meus amigos voltaram ao normal. Celebramos o natal e depois de alguns dias voltamos à Hogwarts. Agora, alguns dias depois, mais especificamente dia 30 de janeiro, eu acordei muito empolgada. Era meu aniversário!

Assim que abri os olhos, três vultos pularam em cima de mim.

– Parabéns! – disseram as três em uníssono.

Eu ri enquanto elas tentavam me abraçar uma por cima da outra.

– Tá bom, tá bom, vão me esmagar.

– Está me chamando de gorda, dona Lily? – brincou Marlene.

– Imagina, mas vocês três juntas são muito pesadas. Pra fora.

Elas riram e desceram da cama. Eu me sentei e cocei os olhos.

– Temos presentes – disse Dorcas animada.

Então logo quatro embrulhos caíram sobre minha cama.

– Primeiro o meu – disse Marlene sorridente.

Olhei desconfiada para ela, mas peguei o seu, uma embalagem amarela fina e comprida. Abri e vi um perfume. Passei um pouco no braço e cheirei, era doce e forte ao mesmo tempo. Eu ri com um pensamento.

– É a minha cara, Marlene.

– Você não sabe quantas lojas eu rodei só para encontrar um que combinasse com você. Sabe, você não é muito comum.

Eu ri empurrei ela de leve.

– Agora o meu – disse Alice.

Abri um pacote vermelho e tirei de lá um ursinho marrom de pelúcia com um laço vermelho no pescoço.

– Own, Alice, muito obrigada, mas você não acha que estou grandinha para ursos de pelúcia?

– Você só tem dezoito anos, garota, não está grandinha coisa nenhuma. Além do mais, esse é um presente para a vida toda.

– Obrigada, agora o da Dorcas, qual é?

– Esse aí – ela apontou para o de embrulho azul retangular, largo e grande. Sem saber o que era, o abri empolgada.

De lá tirei um exemplar de um livro. A capa estava toda pintada de roxo e tinha umas criaturas pretas parecidas com dementadores, garotas bonitas vestidas de branco junto de seus namorados, em uma parte da capa estava uma casinha pequena e bonita pintada de amarelo e tinha um palhaço alegre. O nome do livro era: Coletânea dos Maiores Sucessos dos Maiores Escritores Bruxos.

– É um almanaque de histórias com todo tipo de gênero, terror, comédia, romance, drama.

– Oh meu Merlin, Dorcas, eu amei – disse mais verdadeiramente possível.

– Que bom – disse Dorcas sorrindo – Marlene tem razão, você não muito comum, fiquei pensando um bocado de dias sobre qual presente dar.

– Agora abra esse, é especial – disse Alice sorridente.

Eu rasguei o embrulho e vi que era uma foto bruxa emoldurada. A foto era um pouco antiga, foi no final do nosso primeiro ano em Hogwarts. Nela estávamos nós quatro sorrindo em frente à entrada de Hogwarts. Todas baixinhas, Dorcas era a única que se salvava. Ela era a primeira do lado esquerdo, alta, branca e cabelos curtinhos. Eu vinha logo depois, com os cabelos vermelhos e longos e olhos grandes. Marlene, ao meu lado, estava com seu sorriso de marota e com os cabelos presos e finalmente Alice, apoiada em Marlene sorrindo escancaradamente.

– Oh meu Merlin, de onde desenterraram essa foto?

– Eu achei, literalmente, no fundo do baú – riu Dorcas – Eu mostrei para as meninas e tivemos uma ideia.

– Todas nós já temos uma cópia dessa moldura, e no fim do ano, tiraremos uma foto desse mesmo jeito para nos lembrar da nossa amizade para sempre – disse Alice.

– Essa foi realmente a coisa mais fofa que eu já recebi, gente, de verdade, obrigada.

Elas, de novo, pularam em cima de mim e demos um abraço, desajeitado, em grupo.

Depois de agradecer pelos presentes, nos arrumamos para ir às aulas, pois ainda era dia de semana. Descemos as escadas e quase todos os alunos da minha sala vieram me abraçar. Abracei gente até que nem conhecia, mas quem eu queria que me abraçasse não estava ali.

Assim, fui à procura de Almofadinhas e Aluado. Este último estava com uma aparência horrível, com certeza por causa da lua cheia.

– Aluado, você está bem? – perguntei a Aluado.

– Olha só a aniversariante – Almofadinhas sorriu – Feliz aniversário Lily. Aluado só está cansado é isso.

– Parabéns Lily, é sério, não estou tão mal assim – disse Aluado.

Sua aparência contrariava sua afirmação, mas deixei passar.

– Então, vocês viram aquele idiota a qual eu chamo de namorado?

– Não, na verdade não – disse Sirius.

– Quando nos levantamos ele não estava mais no quarto.

O resto do dia foi a mesma coisa. Ninguém tinha ouvido falar de James, até a alunos de outras casa eu tinha perguntado e ninguém sabia. Por causa disso, eu quase não prestei atenção nas aulas, o que era um risco, já que estávamos em véspera de N.I.E.M.s.

Minhas amigas ficaram todo o tempo dizendo “Calma, Lily, logo ele aparece”, “Se concentre na aula, procuramos ele depois”, “Não tem como ele ter sumido de um dia para o outro, logo ele aparece”, “Vai ver ele está planejando uma festa surpresa para você”.

Nada conseguiu me acalmar, então fui perguntar à McGonagall e tudo o que recebi foi:

– Ah, sim senhorita Evans, eu o vi. O senhor Potter veio até meu gabinete hoje de manhã para dizer que precisava se ausentar.

– E a senhora o deixou?

– Ele me explicou seus motivos e eu autorizei sua saída.

– E para onde ele foi?

– Creio que não posso dizer, senhorita Evans, ele me pediu sigilo.

– Mas eu sou a namorada dele!

– Exatamente por isso ele me pediu isso, senhorita. Agora, com licença, eu tenho uma aula para dar e você outra para assistir.

Mesmo inconformada, me forcei para tentar assistir o resto das aulas.

Mais tarde, eu estava no salão comunal fazendo tarefas. Fiquei tão concentrada que nem percebi quando o salão ficou vazio. Nossa.

Então, quando estava terminando um exercício de feitiço, o maldito me aparece. Com um casaco longo e um sorriso irritantemente lindo.

– Feliz aniversário.

Aborrecida, apenas voltei meu olhar para a tarefa.

– Ah, desculpe, Lily, eu tive que sair – disse ele enquanto eu ouvia seus passos.

– E não podia ter avisado?

– Era uma surpresa – ele agora estava bem perto de mim. Ele estava ao meu lado e parecia ter se abaixado.

– Bem, foi uma grande surpresa você ter desaparecido no meu aniversário.

– Olha pra cá, por favor.

Revirei os olhos e virei o rosto. James, de joelhos, estava segurando uma caixinha azul escura de veludo com um anel de ouro com algo escrito.

...

– Casa comigo? – perguntou James.

Meu coração ficou mais ou menos assim: Ta-Tum Ta-tum ta-tum taaaaaaa...

Depois de uma pausa, recuperei os sentidos e balancei a cabeça.

– Desculpe, o quê?

– Casa comigo?

Quase tive um enfarte em comparação com minha recente parada cardíaca.

– Olha, James, você não imagina o quanto eu emocionada, mas você ficou doido?

– Por quê?

– Só tenho dezoito anos, agora que completei a maioridade do mundo trouxa e você nem isso, ainda tem dezessete.

– Mas já tenho maioridade bruxa.

– James...

– Me escute – pediu ele – Olhe a nossa volta, estamos em guerra. Aqui estamos protegidos, mas lá fora não. Quem pode garantir que assim que sairmos de Hogwarts não vamos ser mortos? Eu quero ter a felicidade de você ser oficialmente minha antes que algo ruim possa acontecer.

Eu não sabia se ria, se chorava, se pulava ou se desmaiava. Só sabia que aquele idiota na minha frente, era a pessoa mais importante para mim. Lágrimas começarem a cair dos meus olhos.

– Droga, James, você está me fazendo chorar – eu disse com um sorriso bobo.

– Então você aceita?

Eu olhei para ele e notei algumas coisas que não tinha percebido antes. Suas mãos estavam um pouco arranhadas, como se estivesse sido bicado por um pássaro, suas vestes estavam cheias de poeira e seus cabelos estavam com um pouco de gel, talvez para abaixar os cabelos rebeldes, o que não deu certo, por acaso.

Eu sorri.

– Sim.

James abriu o maior sorriso que já vi, pôs o anel em meu dedo e me beijou. Só que ele, empolgado, deu um impulso muito forte ao me beijar, resultado: a cadeira virou e nós dois nos acabamos no chão.

– Ai – disse James massageando a perna.

Quanto a mim, eu tive um ataque de risos. Sério, daqueles que você simplesmente não consegue parar de rir, até que falte ar e você fica se debatendo. Os motivos eram diversos, ser meu aniversário, minhas amigas terem me parabenizado e me dado presentes incríveis, eu estar noiva, nós termos caído no chão...

Quando me acalmei, ainda estávamos esparramados no chão e eu olhei para ele.

– O que são essas inscrições?

– Estão em runas antigas, significa amor eterno.

Sorri embriaga pela emoção.

– Obrigada.

– Pelo o quê? – perguntou James.

– Por tudo.

Ele riu levemente – Você tem que dizer isso quando nos casarmos, não agora, essa é a regra normalmente.

– Só estou adiantando, caso algo de ruim nos aconteça.

– O quê? Como assim algo ruim? Você acha que nós nos casaremos depois que sairmos de Hogwarts? Nem pensar. Vamos fazer isso no dia da formatura.

– O quê? James é muito cedo. Quando me propôs casamento achei que queria dizer tipo noivo, ter uma aliança, uma espécie de símbolo que enlaça a nós dois, coisas desse tipo.

– Nada disso, quando sair da escola, quero poder dizer a todos que você é minha esposa.

Eu novamente estava tendo um ataque cardíaco, ele tinha que parar de me levar ao extremo em relação aos meus sentimentos.

– Dá para parar com isso, James, estou ficando vermelha – disse pondo as mãos em meu rosto.

De olhos fechados, eu ouvi ele soltar uma gargalhada, o que fez eu irracionalmente sorrir. Ele tirou minhas mãos do rosto, olhou profundamente para mim e disse:

– Eu te amo.

Eu sorri ainda mais e o beijei. Não existia garota que aguentasse todas aquelas palavras sem ficar emocionada. No meu caso, eu sorria feito louca.

– Eu te amo.

Então eu peguei o outro anel e o coloquei no dedo de James e entrelaçamos a mão apenas olhando um para o outro. Ficamos meio embriagados por causa do momento e só despertamos quando ouvimos uma porta bater.

– É isso aí, Rabicho, ganhou a garota direitinho... Opa, acho que estamos interrompendo algo.

– Almofadinhas, meu amigo – disse me levantando e dando um abraço de urso nele.

Ele estranhou o ato, mas retribuiu e logo me lancei para Rabicho. Eu não via ele tinha tanto tempo e ele parecia estar mais bonito. Aliás, tudo para mim parecia mais bonito. Mais colorido. Era estranho e alegre ao mesmo tempo. Estava até ansiosa para ouvir as piadas idiotas dos marotos.

– Hey, o que houve? – perguntou Almofadinhas enquanto sorria confuso.

– Pergunte ao seu amigo, ele sempre me faz ir a extremos no meu humor – disse sorrindo.

– O que houve? – perguntou Almofadinhas com o cenho franzido.

James, que estava com o sorriso mais lindo do mundo, apenas levantou a mão mostrando o anel.

– Há-há, meu garoto – urrou Almofadinhas.

Ele foi até o seu amigo e o abraçou dando tapas nas costas dele.

– Foi amarrado – disse Almofadinhas sorrindo.

Logo depois foi Rabicho que deu um abraço nele, igualmente alegre.

Depois os dois abraçaram a mim de novo, agora entendendo minha reação alegre.

– Onde vocês estavam esse tempo todo? – perguntei.

– No salão principal, jantando, você não?

– Oh, eu não percebei que era tão tarde.

– Quer ir lá, agora? – perguntou James.

– Não, não, eu estou bem.

Nos sentamos no sofá, eu ao lado de James e Almofadinhas e Rabicho no sofá de frente.

Então aos poucos, as pessoas começaram a voltar ao salão comunal com as cabeças enfiadas em livros e pergaminhos e eu me lembrei do que estava fazendo antes de tanta coisa acontecer.

– Ai meu Merlin, minha tarefa – saltei de onde eu e os marotos estávamos conversando e corri para a mesa.

– O que foi? – perguntou James depois de eu sentar novamente na cadeira.

– Eu tenho que terminar essa tarefa e estudar, os N.I.E.M.s estão chegando.

– Okay, vou deixá-la estudar – dito isso ele me deu um beijo na bochecha e voltou para seu grupo de amigos.

Infelizmente, toda vez que tentava fazer a tarefa me perdia porque ficava pensando em James e imaginando nosso casamento. Era pensando nele e voltando a atenção à tarefa e novamente nele.

Vendo que não conseguiria mais estudar, desisti, guardei minhas coisas e me levantei da cadeira. Andei até o sofá onde os marotos estavam e fui para perto de James.

– Droga, James, você está me fazendo ficar avoada. Agora vou ter que ir dormir.

Ele virou sua cabeça para cima olhando para mim confuso.

– Como?

– Por causa de você não consigo mais estudar!

Ele abriu um largo sorriso – Vou levar isso como um elogio. Venha aqui.

Eu ia só dar um selinho nele, mas assim que tocamos os lábios, ele agarrou minha cintura. James se inclinou para trás e me trouxe para junto dele. Pega de surpresa, me desequilibrei e caí sobre ele. Meu joelho direito para parar ao lado do quadril de James para me apoiar no sofá enquanto a outra perna estava meio esticada meio dobrada do outro lado. Meu braço direito, que estava segurando o livro de feitiços, ficou achatado entre o meu corpo e o de James, já minha mão esquerda voou para o pescoço de James. Aquilo foi tão surpreendente e espontâneo que me deu uma leve tontura e tinha uma vaga ideia que Almofadinhas e Rabicho estavam cantarolando “huhuuuuuuuuu”.

Quando separamos nossos rostos, eu ainda estava meio desnorteada e ele deu aquele maldito sorriso maroto.

– Agora pode ir.

Arqueei a sobrancelha e puxei seus cabelos perto da nuca para baixo fazendo sua cabeça inclinar.

– Aaai, ok, ok, você quem manda.

Eu sorri, saí daquela pose constrangedora e me levantei.

– Cuidado com os hormônios, viu, minha amiga – zombou Almofadinhas.

Dei um tapa de leve na cabeça dele e fui para meu dormitório mais do que feliz. Nada que acontecesse naquele dia poderia me entristecer. Cheguei ao quarto com um sorriso enorme.

Lá, as meninas já estavam se preparando para dormir quando perceberam minha felicidade aparente.

– O que houve, raio de sol? – perguntou Marlene sorrindo também.

Sorrindo feito idiota, levantei a mão balançando os dedos mostrando a aliança.

Assim que perceberam, todas as três deram aquele grito histérico que só amigas de verdade conseguem dar. E pela terceira vez no dia, elas pularam para cima de mim.

– Parabéns, Lily, estamos tão felizes – disse Marlene.

– Totalmente – disse Dorcas.

– Agora temos duas comprometidas.

– Espera como assim duas? – perguntei.

– Alice também vai se casar, com o Franco – gritou Marlene.

Então foi minha vez de dar um grito histérico e abraçar Alice.

Estávamos tão felizes que nem ligávamos estar agindo feito garotinhas.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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