Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hehe, consegui postar mais cedo!!



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O dia prometido do jantar chegou, era 23 de dezembro de 1977. Eu estava super animada, minha roupa e meus sapatos estavam separados perto da minha cama. Petúnia iria ficar na casa de Válter para não ter que ir junto, já que ela também foi convidada. Mellany também estava por lá.

– Lily você vai ficar linda – disse ela com um sorriso.

– Eu sei.

– Você está ficando muito convencida.

– Créditos ao James.

– Estou realmente pensando se ele é o melhor para você.

– Ué, Sirius também não é a melhor das companhias, mas isso não pareceu deter você.

Ela ficou vermelha tão de repente que me lembrou a um semáforo.

– O- o que você está querendo dizer com isso?

– Eu? Nada, querida.

Mel me atirou uma almofada no rosto e começamos uma guerra de travesseiros. Devíamos estar fazendo bastante barulho pois dona Annelise escancarou a porta.

– Ei, que anarquia é essa? – gritou mamãe.

– Mamãe, não diga anarquia no modo pejorativo.

– Você, não me corrija. Que barulheira é essa?

– Nada, só uma guerrinha de travesseiros – disse Mel.

– Pelo o amor de Deus, Lílian, você logo vai fazer dezoito, se comporte como uma adulta. Você também Mel. Vá se arrumar, Lily.

Eu resmunguei alto e revirei os olhos. Mamãe torceu a boca, mas saiu do quarto.

– Pois é, está na hora da minha deixa – disse Mel.

– Ok, até depois, feliz natal – disse abraçando-a.

– Mas ainda não é natal.

– Bem, sua mãe provavelmente não vai te deixar sair de casa nos próximos dois dias então...

Ela riu – Certo, feliz natal para você também.

Mel foi embora e eu fui tomar banho. Sequei o cabelo, passei um pouco de maquiagem e pus o vestido. Ele era verde claro de alças bem solto. Na cintura tinha um cinto marrom e acaba um pouco depois do joelho. Meus sapatos eram de tonalidade escura.

Pus um cordão e uma pulseira delicada e me olhei no espelho. Até que não estava tão mau e a cor dos meus olhos combinava com o vestido.

Saí do quarto e desci as escadas. Mamãe e papai já estavam prontos. Mamãe usava um vestido longo azul. Seus cabelos estavam presos em um coque e ela então pareceu anos mais nova. Ela também carregava uma travessa com suflê de chocolate. Papai estava elegante e de terno, com sua postura rígida.

– Então, você sabe o lugar, Lily? – perguntou mamãe.

– Eu? Não.

– O quê? Como vamos para lá?

– Os empregados da família de James vem nos buscar.

– Uau, eles tem empregados?

– Eles são uma família bem rica, mamãe. E nem venha pensar o pior da sua filha, hein?

– Por que eles não dizem seu endereço?

– Eles estão sendo perseguidos.

– O quê? – perguntaram mamãe e papai em uníssono.

– Ah, por favor, não venham com drama. Eu sendo nascida trouxa estou em tanto risco como ele, mas isso não significa que vou ficar confinada aqui. Eu não expliquei a vocês a atual situação do mundo bruxo?

Meus pais se entreolharam ainda um pouco indecisos, mas decidiram continuar o jantar. Quando deu exatamente sete e meia, nós ouvimos um estampido forte do lado de fora.

Meus pais se sobressaltaram e foram correndo para fora e eu cheguei a conclusão de que iríamos aparatar. Não era a melhor forma de viajar. Segui meus pais e fui para fora. O ar estava congelante, mas não parecia incomodar os dois homens vestidos de brancos a minha frente.

– Família Evans? – perguntou um deles com uma voz assustadoramente profunda.

– Exatamente – disse – Vamos aparatar?

– Sim, senhorita.

Assenti e me virei para meus pais.

– Aparatar é aquele negócio que você falou que parece tele transporte.

– Tele transporte? – perguntou o outro cara de branco que tinha os cabelos louros.

– É, mamãe. Não é melhor maneira de viajar, mas não há nenhum risco. Só, de maneira alguma, largue nossas mãos, ok?

Meus pais assentiram um pouco amedrontados.

– Podemos ir então? – perguntei.

Eles assentiram.

Todos nós demos as mãos e paramos em um grande jardim. Mamãe teria caído se meu pai não estivesse lá e quase vomitou. Papai também não tinha apreciado muito a viagem. Bem, eu apenas me senti desconfortável. Não nevava, mas a temperatura estava baixíssima.

– Obrigada – disse sorrindo aos empregados tremendo de frio.

– Iremos acompanha-los até a mansão Potter e então voltaremos à nossas tarefas.

Eu assenti e eles nos levaram até a enorme casa à nossa frente. Ela era esplêndida. Feita de pedras, parecia bem antiga, mas ainda tinha aquela beleza misteriosa e magnífica. A porta era enorme feita de madeira e parecia estar muito bem iluminada por dentro.

Eu assoviei.

– Nunca mais duvido que a senhora Potter tenha comprado uma loja de doces.

– Ela o quê? – perguntou minha mãe espantada.

Eu abanei a mão deixando o assunto para lá. Os empregados abriram a porta e eu embasbaquei.

O ambiente interno era tão grande quanto externo e estava bem mais quente. O piso era de madeira clara e tinha um tapete na entrada. As paredes continham luminárias de velas, quadros e janelas. No teto alto tinha um lustre com várias velas que era lindo, por sinal. Nas laterais havia outros cômodos e corredores. Mais ao fundo tinha uma grande escada que se dobrava para dois lados opostos. No meio do local havia uma escultura de pedra de quase dois metros. Havia uma base de com uma cruz cravada nela e uma espécie de manto estava pousado na cruz. Era tão realista que tive a vontade de tocá-la e ver se era ou não real.

Eu fiquei boquiaberta. Um dos empregados pegou um sininho do bolso e balançou.

– A família Evans está aqui – disse o de voz profunda.

Passos rápidos foram ouvidos e logo um James de terno, apesar de faltar a gravata, apareceu de um dos cômodos de baixo. Seus cabelos estavam rebeldes como sempre, mas ele tinha um lindo sorriso no rosto.

– Lily – ele gritou risonho vindo rápido em minha direção – Ahn, senhor e senhora Evans. Sejam bem vindos à minha casa.

– Você mora aqui? – perguntei incrédula.

– Sim. Mudamos muito ano passado e esse, mas conseguimos voltar para nossa casa original. Vamos, vamos para sala de visitas. Ah, senhora Evans pode deixar o suflê com Michael.

O homem louro de branco deu um passo para frente.

– Ahn? Ah certo – minha mãe despertou do mesmo transe que eu – Aqui senhor.

Ele olhou para mamãe de modo estranho como se surpreendesse que ela tivesse lhe chamado de senhor. Ele assentiu e pegou o suflê.

– Agora temos que ir, boa noite família Evans, senhor James.

– Boa noite – dissemos todos nós e eles seguiram para outro lugar.

– Agradáveis, hein, seu empregados – comentei e mamãe me deu um tapa no braço – Ai.

James riu – Eles são filhos de antigos empregados que tínhamos aqui, mas eles morreram muito tempo atrás e mamãe os criou desde então, eles tinham uns nove anos. Agora eles têm vinte seis e vinte sete anos. Eles são muito leais a nós, mesmo nós estando sendo perseguidos. Sempre dissemos que eles não precisam trabalhar, mas acho que eles se sentem em dívida conosco. Enfim, venham comigo.

Ele nos levou a outro cômodo enorme, agora com sofás poltronas, uma mesa de vidro no centro com um jarro de plantas. Havia mesas com gavetas espalhadas pela sala que também continham vasos com flores. Nas paredes tinham algumas molduras da família e outros quadros belíssimos. No fundo havia uma lareira e em cima havia um quadro enorme com o brasão da família Potter. Janelas também preenchiam o espaço.

Tirando os quadros e os vasos, o local parecia o Salão Comunal de Hogwarts.

O casal Potter estava em um dos sofás e eles logo se levantaram para nos cumprimentar. A senhora Potter estava alegantíssima com um vestido vermelho e o senhor Potter estava de terno e uma gravata borboleta laranja berrante.

– Oh, bem vindos, então são vocês os pais da Lily – disse senhora Potter e deu um grande abraço em mim e nos meus pais.

Para o estereótipo de gente rica, o casal Potter era bem descontraído.

– Vamos, sentem-se – disse senhor Potter.

Nos sentamos e papai fez questão de sentar entre mim e James. Conversamos alegremente sobre nossas famílias, os novos acontecimentos e sobre nós, claro.

– Ah, eu adorei a Lily. Ela não sabe o quanto ajudou meu filhinho – disse senhora Potter sorridente – Eles formam um lindo casal.

– Com certeza, seu filho também é muito gentil, senhora Potter – disse mamãe que logo se tornou amiga dela – Apesar dele ter deixado Lily um pouco mais rebelde.

Todos riram, menos James que levantou uma sobrancelha.

– Eu estou aqui sabia?

– Ei James – disse o senhor Potter – Por que não vai mostrar Lily o resto da casa?

– O quê? – disse papai.

– Ah, não se preocupe, senhor Evans. Ensinei muito bem a James que não se deve desrespeitar uma moça. Mesmo que esta seja sua namorada.

Papai ainda não estava convencido, com certeza se lembrando de nosso momento juntos no meu quarto. Felizmente, ele deixou nós irmos.

James pegou minha mão e voltamos para a sala de entrada. Eu comecei a rir.

– Você viu a cara do meu pai?

– Ah não, desculpe, estava tentando manter meu pescoço a salvo.

Eu ri.

– Então, o que está achando da casa? – perguntou James.

– Ainda me pergunta? Aqui é magnífico, nem acredito que você more aqui.

James riu.

– A família Potter é bem antiga, então temos muitas posses. Mas o que eu mais gosto daqui é meu quarto e a sala de visitas. Sabe por que?

– Porque ela se parece com o Salão Comunal da Grifinória?

– Exatamente.

– Ei, e qual é a da escultura?

– Ela representa nosso antigo antepassado, Ignoto Peverell. Sabe quem ele foi?

– Não.

– O primeiro dono da minha capa de invisibilidade.

Eu fiquei surpresa.

– Sério? Essa capa é tão antiga assim?

– Uhum. Dizem que ele ganhou essa capa da própria morte, mas eu acho que ele apenas era um maldito de um gênio.

– Nossa, lá em casa, o mais perto disso é uma estatuetazinha de uma bailarina.

James riu.

– Ei e onde está Almofdinhas?

– Achei que não ia perguntar – disse uma voz no meu ouvido e eu pulei para o lado soltando um belo de um grito.

Sirius tirou a capa de invisibilidade e os dois idiotas começaram a rir. Eu revirei os olhos.

– Infantis.

– Desculpa, Lily, não podia deixar de fazer essa – disse Sirius rindo.

Em certo momento, finalmente os bobalhões pararam de rir. James tentou por seu braço em meus ombros, mas em afastei, cruzei os braços e empinei o nariz.

– Não.

– Ah, qual é Lily? Foi só uma brincadeirinha.

Eu continuei em minha pose, mas ficava difícil quando seu namorado é mais forte e teimoso que você. Desisti e ele me abraçou por trás.

– Já disse que você está linda?

– Não.

– Pois está – dito isso ele me deu um beijo na bochecha que me fez corar.

Eu era namorada dele, certo, mas ainda me constrangia com aqueles atos repentinos de James.

– Olha, ela ficou vermelha – disse Sirius apontando o dedo para meu rosto. Eu dei um tapa na mão dele.

Assim, eu e os dois patetas, a quem chamo de namorado e amigo, andamos pela casa.

A biblioteca era incrível. Dois andares só de estantes com diversos livros, jornais, pergaminhos e tinteiros. Mesas, cadeiras e tapetes estavam dispostos pelo cômodo. Para completar uma lareira com um fogo crepitante. Eu quase que não saí de lá. Com certeza iria voltar mais vezes à casa de James.

Havia também um enorme corredor aveludado das cores vermelha e dourada formando desenhos delicados. Nele continha vários quadros de pessoas com legendas em baixo.

– Isso aqui é chamado de Corredor Genealógico. Infelizmente não temos conhecimento de nosso primeiro ancestral e os retratos só começaram a ser uma tradição a partir do bisneto de Ignoto. Aqui contém nossos parentes, seus parceiros, filhos, netos, filhos e assim vai.

– Tenho um lugar parecido com este na casa da minha família – disse Sirius – Só que é um quarto. Provavelmente meu nome foi apagado.

– Por que?

– Porque eu fugi de casa, dãã.

– Bem, impressionante. E onde está você, James?

– Lá no final do corredor. Eu não gosto muito de passar por aqui, demora para atravessar.

– E como ele faz para comportar todos esses quadros?

– O corredor está cercado de magia, ele se expande naturalmente quando um novo membro nasce. Parece até estar vivo. Minha mãe me disse que quando eu nasci, antes mesmo de colocarem um retrato meu, já tinha uma legenda com meu nome.

Quando finalmente o corredor acabou e vi o quadro de James, com seu sorriso travesso e uniforme escolar, encontrei uma porta normal de madeira. James abriu e vi um pequeno jardim coberto de neve e uma rua iluminada por postes elétricos. Poucas pessoas passavam por ali e as casas estavam com enfeites natalinos, como qualquer outro bairro.

– A casa, originalmente, começou por aqui. A partir que meus antepassados começaram a enriquecer, compraram terrenos e enfeitiçaram a casa para parecer uma simples casa antiga aos trouxas.

– Legal – disse fascinada – E os seguidores de Voldemort não consegue achar vocês?

– Agora não. Antes não tínhamos proteções, mas agora usamos feitiços poderosos para nos proteger.

– Quais?

– Feitiços de proteção, ilusão, invisibilidade. Ou seja, esta casa é quase tão enfeitiçada quanto Hogwarts.

– Eu duvido.

– Isso porque você não esteve para ver. Venha, vamos ver meu quarto e o de Almofadinhas.

Para não ter que atravessarmos o enorme Corredor Genealógico, aparatamos de volta para a sala, mas de subirmos as escadas, ouvimos um sino tocando.

– Ah – disse James – O jantar está pronto. Vamos comer, depois eu lhe mostro.

Assim, todos nós fomos comer e tivemos um adorável jantar. Senhora Potter fez os dois únicos empregados sentarem-se à mesa e comerem junto com eles. James comentou que ela sempre os obriga a fazer isto.

Todos adoraram a sobremesa da minha mãe e ela não se coube em satisfação. Durante todo tempo, fazíamos piadas, contávamos histórias e a mamãe não deixou de fora as minhas, principalmente as constrangedoras.

Quando demos conta das horas, mamãe se apressou para ir embora.

– Oh, meu Deus temos que ir. Já está muito tarde, obrigada senhora Potter pela hospitalidade – agradeceu mamãe.

– Ora, não seja por isso, senhora Evans – disse senhora Potter – Durmam aqui.

– Ah, não, não, senhora, não queremos incomodar.

– Como incomodar? Somos apenas quatro em uma imensa mansão, adoraríamos que ficassem aqui – disse senhor Potter.

– E temos vários quartos reservas.

– Ah, mas a minha filha mais velha, Petúnia, ela...

– Ela disse que ia ficar até o dia de natal na casa do Válter – disse.

– Oh, bem, verdade, mas...

– Fiquem, não sejam caretas. Posso emprestar algumas roupas – disse senhora Potter

– Ahn, mas...

Mamãe tentou, mas não conseguiu. Acabamos ficando para dormir na mansão. Eu não reclamei da nada. Senhora Potter ofereceu um quarto para mim e outro para meus pais, mas papai me obrigou a dormir com eles. Como se eu fosse fazer o que ele estava pensando.

Assim, senhora Potter nos emprestou roupas para nós trocarmos e pijamas. James e Almofadinhas logo me fizeram rodar a casa todinha. Ali tinha uma cozinha enorme, um escritório para o senhor Potter, quartos extras, tinha até uma sala de jogos. Então James me mostrou seu quarto.

Lá, como no resto na casa, era bem grande. Tinha duas camas, duas mesas e cadeiras, janelas grandes, pôsteres nas paredes, armários e guarda-roupas. Estava meio bagunçado, mas era muito legal o quarto deles.

Quando já era quase onze e meia, meu pai me chamou para ir dormir dizendo que já estava muito tarde. Mas eu sabia que ele não estava era me querendo deixar perto de James. E só por implicância, dei um longo beijo de boa noite em James na frente do meu pai e acenei para ele. James acenou de volta meio que em transe, às vezes ele ficava assim quando eu dava um beijo intenso nele inesperadamente. Dei boa noite a ele, Sirius e o casal Potter.

Me ajeitei para dormir e me joguei na cama com um sorriso. Aquele natal iria ser muito bom.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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