Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper
Notas iniciais do capítulo
Hehehe, vocês me desculpam por demorar tanto?
Foi mal mesmo, eu confesso, tive preguiça, mas aí para piorar, me mudei e fiquei quase dois meses sem internet. Triste vida.
Gomenasai.
Lílian.
Eu estava dormindo tranquilamente quando fui acordada por um berro:
– Lily!
Eu me levantei de supetão olhando para os lados sem entender nada. Então uma juba de cabelos castanhos me abraçou.
– Melinda?
– Eu mesma – ela disse se separando de mim com um enorme sorriso.
Eu passei a mão no rosto e grunhi.
– Puxa, por que me acordar desse jeito? Não podia ser de um modo mais normal.
– A culpa é sua por ser dorminhoca. Já são dez horas, querida, e eu não vejo você tem uns três anos.
Eu olhei para ela e vi sua cara de criança mimada. O olhar pidão e o biquinho. Não aguentei.
Sorri e a abracei novamente.
– Agora será que eu posso, sei lá, lavar o rosto, escovar meus dentes em paz ou você vai vir me assustar também?
Ela riu: - Não, tudo bem, pode ir.
Ao chegar ao banheiro eu vi meu estado. Cabelos assanhados, olhos inchados, marcas do travesseiro no rosto...
Melhorei minha aparência e desci as escadas.
– Ah, como é bom ver minha filhinha caçula em casa – disse minha mãe logo vindo me abraçar.
– E sua filha mais velha, não é bom? – perguntou a própria.
– É claro que é, mas você já é adulta e mora aqui.
Petúnia rolou os olhos.
– De qualquer forma, estou indo me encontrar com Válter.
– Ah e como está indo o casamento? – perguntei.
– Vai indo. Hoje vamos escolher o Buffet.
– Legal e você já escolheu o vestido de noiva?
– Sim, é um de ceda branca lindíssimo.
– E caríssimo – disse minha mãe.
– Bem, eu tenho que ir. Tchau.
Ela deu uma jogada de cabelo e foi embora rebolando.
– Sua irmã se tornou ainda mais distante de você – notou Melinda.
– É, mas já estou acostumada Mel, não ligue para aquela exibida.
– Não chame sua irmã de exibida – disse mamãe.
– Ok ok - disse imitando a jogada de cabelo de Petúnia e arrastando Melinda para a cozinha.
– Então, ouvi dizer que você tem um namorado? - perguntou Melinda enquanto bebíamos limonada.
– Sim.
Ela fez um som estranho entre um grito e uma risada.
– Como ele é? Quando isso aconteceu? Como aconteceu? Onde aconteceu?
– Qual pergunta você quer que eu responda primeiro?
– Qual é o nome dele?
– James Potter.
Ela franziu as sobrancelhas e inclinou levemente a cabeça.
– Não era aquele garoto que você odiava que vivia fazendo brincadeiras de mau gosto com seus colegas?
– Eu nunca odiei ele.
– Então você já gostava dele?
– Também não. Eu só... não gostava dele, mas ódio nunca tive por ninguém.
– E como passou a gostar dele?
– Foi esse ano, ele parou de ser tão infantil, apesar de ainda continuar um pouco idiota.
– E quando vou conhecer ele?
– Hoje mesmo.
– O quê?
– Eu contatei com ele ontem e ele vai vir para cá encontrar comigo e para aproveitar vai falar os detalhes do jantar com nossas famílias.
– Legal eu quero muito ver esse garoto.
– Vamos lá para fora, quem sabe não encontramos com ele.
Melinda balançou a cabeça e foi andando. Ela estava mais alta que eu e bem bonita. Com toda aquela alegria, todos os garotos deviam estar atrás dela.
– Mãe – eu gritei – Estou saindo com a Mel.
– Tá – gritou ela de volta.
Mas antes de botar o pé para fora de casa, olhei meu reflexo num espelho da casa. Ajeitei rapidamente o cabelo e saí.
Assim, fomos andando conversando animadamente para um parque próximo. Ele estava cheio de crianças correndo, brincando no escorregador e se pendurando em árvores.
Sentamos em um banco e ficamos observando as crianças. Estava falando sobre Hogwarts para Melinda, nada anormal, só coisas em comum com as outras escolas. O ritmo puxado dos estudos, professores chatos, outros legais, um diretor diferente, seleção de casas.
Então levei um susto ao me abraçarem por trás no pescoço.
– Lily – disse uma pessoa pela segunda vez no dia, mas dessa vez eu reconhecia a voz.
Ele fazia força sobre mim e eu ia me curvando sob seus braços.
– Ai, James, já pode me largar.
Ele virou a cabeça de um jeito que podia me olhar. Seus cabelos espetados penderam para um lado.
– Poxa, Lily, não nos vemos tem dois dias e já me manda te largar.
Rolei os olhos com um sorriso no rosto e depois o beijei.
– Muito bem, o casalzinho já pode se largar não é? Não vim ficar de vela.
– Almofadinhas! – exclamei alegre.
– Ruiva.
Separei-me de James e o abracei.
– Então você veio também.
– Claro, não perderia a chance de conhecer algumas garotas tro...
– Almofadinhas, James, gostaria que conhecessem minha amiga Melinda.
Apontei para ela e eles viraram a cabeça como se só percebessem agora que ela estava lá. Almofadinhas se empertigou, tossiu e estendeu sua mão.
– É um prazer conhecê-la, senhorita – disse beijando a mão de Mel.
– Muito prazer.
– Olá, e eu sou James – cumprimentou James, mas ele não beijou a mão de Mel.
– Já ouvi falar de você.
– Sério? E o que acha da minha pessoa.
– Combina com a Lily.
James sorriu largo – Eu sei.
Eu bati de leve no seu braço.
– Então, foi difícil conquistar essa daí?
– Você não tem ideia.
Almofadinhas riu e eu senti o rosto esquentar. Idiotas.
Assim, ficamos andando pelas ruas enquanto conversávamos, mais longe estava Almofadinhas e Melinda, que pareciam estar achando um ao outro muito interessante.
– Então, o que você acha? Dos dois? – perguntei ao James.
– Hum, eu acho que talvez dê certo. Almofadinhas parece estar bastante interessado nela.
– Como estava com Marlene?
– Não sei dizer, o relacionamento dele com Marlene foi algo mais lento, com essa Melinda foi mais rápido. Talvez ele goste dela ou só seja um interesse momentâneo.
Mais tarde voltamos para casa.
– Mãe, tem alguém aqui querendo falar com a senhora.
Rapidamente passos dela foram ouvidos e ela veio.
– Oh, olá James o quê... – Então ela reparou em Sirius – E quem é você, querido?
– Sirius Black, senhora – disse ele estendendo a mão, mas ele não beijou a da minha mãe.
– Muito prazer. Amigo da Lily?
– E de James.
– Então senhora Evans – disse James – Vim aqui falar sobre o jantar dos nossos pais.
– Oh claro, deixe-me só terminar de arrumar algumas coisas. Por enquanto podem ficar a vontade.
Mamãe saiu e eu levei os meninos para a sala de estar.
– Então é assim uma casa de trouxas – comentou Sirius de repente.
– Sirius!
– Trouxas? – perguntou Melinda.
– É como, ahn, a família dele chama pessoas do subúrbio.
– De trouxas? E o que é que tem a sua família?
– Ahn, minha família é bem poderosa, digamos.
– E rica, suponho?
– Sim, mas eles são muito chatos.
– Mas a minha não é, então ele se instalou lá na minha casa.
Eu estava quieta, sentada no sofá e acariciando Luigi, um gato branco antigo da família. Ele na verdade nunca tinha sido da família, apenas se afeiçoou um pouco à gente vinha às vezes passear pela casa.
– E quem é esse? – perguntou James notando agora.
– Luigi.
Ele se sentou do meu lado e coçou as orelhas do gato. Luigi ronronou.
Talvez James tivesse esse poder de encantar todos a sua volta.
– Não me contou sobre ele.
– Ele não é exatamente meu, ele vive pelas ruas. Só aparece aqui algumas vezes por comida e carinho.
– Hey – falou Almofadinhas – E quem é o bichano?
– Luigi, um gato preguiçoso e aproveitador.
Sirius também se moveu para acaricia-lo, mas algo engraçado aconteceu. O gato chiou para ele, demonstrando claramente que não gostava nada do nosso amigo sangue-puro. Almofadinhas rosnou para ele, fazendo soar quase como um cão.
Eu e James rimos muito.
Passado alguns minutos, mamãe voltou e se sentou.
– Agora pode falar.
– Bem – começou James – Minha mãe estava pensando em fazermos o jantar em dois dias. O que acha?
– Muito bem e aonde?
– Na casa em que for mais conveniente para a senhora. Poderia ser na minha casa, mas caso for incomodo, podia ser em outro canto.
– Não, não, pode ser na casa dela. Que horas?
– Às sete horas.
– Confirmado. A senhora Potter gosta de suflê?
– Gosta, mas não precisa se incomo...
– Não, não, não, será um tremendo insulto se ela recusar provar meu suflê de chocolate.
Eu sorri. Essa era minha mãe, uma tremenda cozinheira. Para ela, a melhor do que cozinhar era ver os outros provando de sua comida. Ela trabalha em uma pequena confeitaria pelo bairro e nas horas vagas, cozinha para os mais pobres.
– Tudo b...
A porta as sala se abriu rápido e Petúnia entrou correndo.
– Mamãe, mamãe, quero te mostrar... – ela se interrompeu ao perceber a presença de James e Sirius – Ahn, bom dia.
– Oi Petúnia, estes são James Potter, namorado da Lily e Sirius Black, amigo deles.
O olhar de Petúnia recaiu principalmente sobre James. Ela o olhou dos pés à cabeça, parando um bom tempo em seus cabelos. Ela detestava cabelos assanhados. Uma curva na boca dela mostrou que não o tinha aprovado.
– Prazer, mas será que posso chamar minha mãe um instante.
– Muito bem, confirme com a senhora Potter, James, eu e John estaremos lá. Fiquem à vontade.
Então ela saiu junto da filha mais velha.
– Então essa é sua irmã? – perguntaram James e Sirius em uníssono.
– Que nem gêmeas, não é? – disse Mel com um sorriso torto.
– Mas ela não se parece nada com você – disse James surpreso, então começou a rir – E eu estava preocupado que houvesse uma segunda Lily para encher meus olhos.
Eu corei na mesma hora.
– Então, Sirius – falou Mel – Por que não vamos lá no jardim enquanto me explica esse seu apelido?
– Ahn? Ah, claro.
Os dois saíram e nós ficamos sozinhos.
– Então, o que está achando da casa de Lily? – perguntei.
– Igual a você, bonita, charmosa e aconchegante.
Eu sorri vermelha.
– Isso porque não viu meu quarto. Vamos.
Peguei-o pelo pulso e o levei até meu quarto. Ele não estava em seu dia mais organizado, mas não estava ruim. As paredes eram lilás claro, tinha um guarda roupa, uma escrivaninha e minha cama. No chão estava minha mala, alguns pôsteres de cantoras trouxas nas paredes, várias fotos com minhas amigas e na escrivaninha, vários livros trouxas e da escola.
Olhei para James e vi seu sorriso.
– Ainda mais sua cara, mas sabe acho que prefiro o dormitório feminino de Hogwarts.
– Por quê?
– Porque lá posso te chamar a hora que quiser. Gritar por você. Aqui eu nunca vou poder fazer isso.
Pus minhas mãos para trás e dei de ombros.
– Bom, não tem ninguém aqui para conferir.
James sorriu daquele jeito maroto – Acho que está andando muito comigo.
Então ele me agarrou pela cintura e me trouxe para um beijo. Um verdadeiro beijo. Um que demonstrava o quanto demoramos a perceber que éramos imperfeitos, mas perfeitos juntos.
O beijo estava se aprofundando e ele me puxava mais para si enquanto meu coração martelava contra o peito. A sensação era ótima. Parecia que toda a felicidade do mundo havia pairado sobre mim.
Mas uma voz nos separou.
– Lily...
Era meu pai. Ele fez uma carranca enorme ao perceber James ali.
Eu olhei rapidamente para meu namorado e vi que ele estava da cor de um pimentão. Eu deveria estar da cor dos meus cabelos.
– Er, oi pai.
Mas ele apenas continuou encarando James. Como James não era idiota, tratou logo de se despedir.
– É, então daqui dois dias, Lily. Digo tchau ao Sirius por você.
Ele provavelmente ia me beijar, mas ficou atrapalhado pela presença do meu pai e apenas me deu tapinhas no ombro. Inclinou levemente a cabeça para meu pai e saiu. Também pude perceber pelo som que dois passos depois, ela correu como um louco para a escada.
Eu apenas fiquei desviando meu olhar do meu pai e batendo no chão com o pé.
– Eu não quero aquele garoto aqui no seu quarto.
– Não precisa agir assim, papai, não se preocupe.
– Eu já decidi, vocês só vão ficar aqui em casa em um lugar em que eu possa ver vocês.
– O senhor realmente quer ver, digo, ver a gente junto?
– Não, pensando melhor, não. Mas vocês vão ficar em um canto que saibam que não vão poder passar disso que estavam fazendo.
– Papai! Não precisa fazer uma insinuação dessas.
– Você logo vai fazer dezoito anos e está com um namorado desses, é bom se acostumar com essas insinuações.
– Mas você deveria saber que sua filha não faria o que está insinuando tão precipitadamente. Ela tem consciência e o namorado dela também.
– Ela tem certeza?
– Absoluta.
– Mesmo assim. Quarto ou qualquer outro lugar pouco movimentado da casa nunca mais desacompanhados.
Assim, sem esperar uma resposta, ele fechou a porta. Eu provavelmente ainda estava vermelha e um sorriso boboca no rosto. Então esperei um tempo antes de chamar Melinda para conversarmos.
–Ei por que James saiu correndo daqui?
– Ahn, papai nos pegou nos beijando aqui.
Mel caiu na gargalhada.
– Nossa, eu queria estar presente para ver isso.
– Idiota.
– Mas realmente você me surpreendeu. Eu não esperava um James como aquele.
– E como você esperava?
– Um garoto chato, implicante e burro.
– E por que achava isso?
– Pelo o que você me contava dele. Então, de repente, aparece um garoto lindo, gentil e divertido. Garota, você tirou a sorte grande.
– Acho que sim, visto que a maioria das garotas em Hogwarts quer ele.
– Vamos, dê adjetivos de apaixonada. O que mais ele é?
– Hum, brilhante, um dos garotos mais inteligentes da escola, um pouco travesso, um pouco sério. Ah e é jogador de um time nosso da escola.
– Futebol?
– Não, está mais para basquete.
– Hum.
– E também é um dos maiores encrenqueiros da história da escola.
– Lílian Evans, quem diria, hein? Namorada de um encrenqueiro.
– Felizmente, ele se ajeitou esse ano.
– Felizmente, hum?
– Felizmente.
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E aí??