Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Hehehe, vocês me desculpam por demorar tanto?
Foi mal mesmo, eu confesso, tive preguiça, mas aí para piorar, me mudei e fiquei quase dois meses sem internet. Triste vida.
Gomenasai.



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Lílian.

Eu estava dormindo tranquilamente quando fui acordada por um berro:

– Lily!

Eu me levantei de supetão olhando para os lados sem entender nada. Então uma juba de cabelos castanhos me abraçou.

– Melinda?

– Eu mesma – ela disse se separando de mim com um enorme sorriso.

Eu passei a mão no rosto e grunhi.

– Puxa, por que me acordar desse jeito? Não podia ser de um modo mais normal.

– A culpa é sua por ser dorminhoca. Já são dez horas, querida, e eu não vejo você tem uns três anos.

Eu olhei para ela e vi sua cara de criança mimada. O olhar pidão e o biquinho. Não aguentei.

Sorri e a abracei novamente.

– Agora será que eu posso, sei lá, lavar o rosto, escovar meus dentes em paz ou você vai vir me assustar também?

Ela riu: - Não, tudo bem, pode ir.

Ao chegar ao banheiro eu vi meu estado. Cabelos assanhados, olhos inchados, marcas do travesseiro no rosto...

Melhorei minha aparência e desci as escadas.

– Ah, como é bom ver minha filhinha caçula em casa – disse minha mãe logo vindo me abraçar.

– E sua filha mais velha, não é bom? – perguntou a própria.

– É claro que é, mas você já é adulta e mora aqui.

Petúnia rolou os olhos.

– De qualquer forma, estou indo me encontrar com Válter.

– Ah e como está indo o casamento? – perguntei.

– Vai indo. Hoje vamos escolher o Buffet.

– Legal e você já escolheu o vestido de noiva?

– Sim, é um de ceda branca lindíssimo.

– E caríssimo – disse minha mãe.

– Bem, eu tenho que ir. Tchau.

Ela deu uma jogada de cabelo e foi embora rebolando.

– Sua irmã se tornou ainda mais distante de você – notou Melinda.

– É, mas já estou acostumada Mel, não ligue para aquela exibida.

– Não chame sua irmã de exibida – disse mamãe.

– Ok ok - disse imitando a jogada de cabelo de Petúnia e arrastando Melinda para a cozinha.

– Então, ouvi dizer que você tem um namorado? - perguntou Melinda enquanto bebíamos limonada.

– Sim.

Ela fez um som estranho entre um grito e uma risada.

– Como ele é? Quando isso aconteceu? Como aconteceu? Onde aconteceu?

– Qual pergunta você quer que eu responda primeiro?

– Qual é o nome dele?

– James Potter.

Ela franziu as sobrancelhas e inclinou levemente a cabeça.

– Não era aquele garoto que você odiava que vivia fazendo brincadeiras de mau gosto com seus colegas?

– Eu nunca odiei ele.

– Então você já gostava dele?

– Também não. Eu só... não gostava dele, mas ódio nunca tive por ninguém.

– E como passou a gostar dele?

– Foi esse ano, ele parou de ser tão infantil, apesar de ainda continuar um pouco idiota.

– E quando vou conhecer ele?

– Hoje mesmo.

– O quê?

– Eu contatei com ele ontem e ele vai vir para cá encontrar comigo e para aproveitar vai falar os detalhes do jantar com nossas famílias.

– Legal eu quero muito ver esse garoto.

– Vamos lá para fora, quem sabe não encontramos com ele.

Melinda balançou a cabeça e foi andando. Ela estava mais alta que eu e bem bonita. Com toda aquela alegria, todos os garotos deviam estar atrás dela.

– Mãe – eu gritei – Estou saindo com a Mel.

– Tá – gritou ela de volta.

Mas antes de botar o pé para fora de casa, olhei meu reflexo num espelho da casa. Ajeitei rapidamente o cabelo e saí.

Assim, fomos andando conversando animadamente para um parque próximo. Ele estava cheio de crianças correndo, brincando no escorregador e se pendurando em árvores.

Sentamos em um banco e ficamos observando as crianças. Estava falando sobre Hogwarts para Melinda, nada anormal, só coisas em comum com as outras escolas. O ritmo puxado dos estudos, professores chatos, outros legais, um diretor diferente, seleção de casas.

Então levei um susto ao me abraçarem por trás no pescoço.

– Lily – disse uma pessoa pela segunda vez no dia, mas dessa vez eu reconhecia a voz.

Ele fazia força sobre mim e eu ia me curvando sob seus braços.

– Ai, James, já pode me largar.

Ele virou a cabeça de um jeito que podia me olhar. Seus cabelos espetados penderam para um lado.

– Poxa, Lily, não nos vemos tem dois dias e já me manda te largar.

Rolei os olhos com um sorriso no rosto e depois o beijei.

– Muito bem, o casalzinho já pode se largar não é? Não vim ficar de vela.

– Almofadinhas! – exclamei alegre.

– Ruiva.

Separei-me de James e o abracei.

– Então você veio também.

– Claro, não perderia a chance de conhecer algumas garotas tro...

– Almofadinhas, James, gostaria que conhecessem minha amiga Melinda.

Apontei para ela e eles viraram a cabeça como se só percebessem agora que ela estava lá. Almofadinhas se empertigou, tossiu e estendeu sua mão.

– É um prazer conhecê-la, senhorita – disse beijando a mão de Mel.

– Muito prazer.

– Olá, e eu sou James – cumprimentou James, mas ele não beijou a mão de Mel.

– Já ouvi falar de você.

– Sério? E o que acha da minha pessoa.

– Combina com a Lily.

James sorriu largo – Eu sei.

Eu bati de leve no seu braço.

– Então, foi difícil conquistar essa daí?

– Você não tem ideia.

Almofadinhas riu e eu senti o rosto esquentar. Idiotas.

Assim, ficamos andando pelas ruas enquanto conversávamos, mais longe estava Almofadinhas e Melinda, que pareciam estar achando um ao outro muito interessante.

– Então, o que você acha? Dos dois? – perguntei ao James.

– Hum, eu acho que talvez dê certo. Almofadinhas parece estar bastante interessado nela.

– Como estava com Marlene?

– Não sei dizer, o relacionamento dele com Marlene foi algo mais lento, com essa Melinda foi mais rápido. Talvez ele goste dela ou só seja um interesse momentâneo.

Mais tarde voltamos para casa.

– Mãe, tem alguém aqui querendo falar com a senhora.

Rapidamente passos dela foram ouvidos e ela veio.

– Oh, olá James o quê... – Então ela reparou em Sirius – E quem é você, querido?

– Sirius Black, senhora – disse ele estendendo a mão, mas ele não beijou a da minha mãe.

– Muito prazer. Amigo da Lily?

– E de James.

– Então senhora Evans – disse James – Vim aqui falar sobre o jantar dos nossos pais.

– Oh claro, deixe-me só terminar de arrumar algumas coisas. Por enquanto podem ficar a vontade.

Mamãe saiu e eu levei os meninos para a sala de estar.

– Então é assim uma casa de trouxas – comentou Sirius de repente.

– Sirius!

– Trouxas? – perguntou Melinda.

– É como, ahn, a família dele chama pessoas do subúrbio.

– De trouxas? E o que é que tem a sua família?

– Ahn, minha família é bem poderosa, digamos.

– E rica, suponho?

– Sim, mas eles são muito chatos.

– Mas a minha não é, então ele se instalou lá na minha casa.

Eu estava quieta, sentada no sofá e acariciando Luigi, um gato branco antigo da família. Ele na verdade nunca tinha sido da família, apenas se afeiçoou um pouco à gente vinha às vezes passear pela casa.

– E quem é esse? – perguntou James notando agora.

– Luigi.

Ele se sentou do meu lado e coçou as orelhas do gato. Luigi ronronou.

Talvez James tivesse esse poder de encantar todos a sua volta.

– Não me contou sobre ele.

– Ele não é exatamente meu, ele vive pelas ruas. Só aparece aqui algumas vezes por comida e carinho.

– Hey – falou Almofadinhas – E quem é o bichano?

– Luigi, um gato preguiçoso e aproveitador.

Sirius também se moveu para acaricia-lo, mas algo engraçado aconteceu. O gato chiou para ele, demonstrando claramente que não gostava nada do nosso amigo sangue-puro. Almofadinhas rosnou para ele, fazendo soar quase como um cão.

Eu e James rimos muito.

Passado alguns minutos, mamãe voltou e se sentou.

– Agora pode falar.

– Bem – começou James – Minha mãe estava pensando em fazermos o jantar em dois dias. O que acha?

– Muito bem e aonde?

– Na casa em que for mais conveniente para a senhora. Poderia ser na minha casa, mas caso for incomodo, podia ser em outro canto.

– Não, não, pode ser na casa dela. Que horas?

– Às sete horas.

– Confirmado. A senhora Potter gosta de suflê?

– Gosta, mas não precisa se incomo...

– Não, não, não, será um tremendo insulto se ela recusar provar meu suflê de chocolate.

Eu sorri. Essa era minha mãe, uma tremenda cozinheira. Para ela, a melhor do que cozinhar era ver os outros provando de sua comida. Ela trabalha em uma pequena confeitaria pelo bairro e nas horas vagas, cozinha para os mais pobres.

– Tudo b...

A porta as sala se abriu rápido e Petúnia entrou correndo.

– Mamãe, mamãe, quero te mostrar... – ela se interrompeu ao perceber a presença de James e Sirius – Ahn, bom dia.

– Oi Petúnia, estes são James Potter, namorado da Lily e Sirius Black, amigo deles.

O olhar de Petúnia recaiu principalmente sobre James. Ela o olhou dos pés à cabeça, parando um bom tempo em seus cabelos. Ela detestava cabelos assanhados. Uma curva na boca dela mostrou que não o tinha aprovado.

– Prazer, mas será que posso chamar minha mãe um instante.

– Muito bem, confirme com a senhora Potter, James, eu e John estaremos lá. Fiquem à vontade.

Então ela saiu junto da filha mais velha.

– Então essa é sua irmã? – perguntaram James e Sirius em uníssono.

– Que nem gêmeas, não é? – disse Mel com um sorriso torto.

– Mas ela não se parece nada com você – disse James surpreso, então começou a rir – E eu estava preocupado que houvesse uma segunda Lily para encher meus olhos.

Eu corei na mesma hora.

– Então, Sirius – falou Mel – Por que não vamos lá no jardim enquanto me explica esse seu apelido?

– Ahn? Ah, claro.

Os dois saíram e nós ficamos sozinhos.

– Então, o que está achando da casa de Lily? – perguntei.

– Igual a você, bonita, charmosa e aconchegante.

Eu sorri vermelha.

– Isso porque não viu meu quarto. Vamos.

Peguei-o pelo pulso e o levei até meu quarto. Ele não estava em seu dia mais organizado, mas não estava ruim. As paredes eram lilás claro, tinha um guarda roupa, uma escrivaninha e minha cama. No chão estava minha mala, alguns pôsteres de cantoras trouxas nas paredes, várias fotos com minhas amigas e na escrivaninha, vários livros trouxas e da escola.

Olhei para James e vi seu sorriso.

– Ainda mais sua cara, mas sabe acho que prefiro o dormitório feminino de Hogwarts.

– Por quê?

– Porque lá posso te chamar a hora que quiser. Gritar por você. Aqui eu nunca vou poder fazer isso.

Pus minhas mãos para trás e dei de ombros.

– Bom, não tem ninguém aqui para conferir.

James sorriu daquele jeito maroto – Acho que está andando muito comigo.

Então ele me agarrou pela cintura e me trouxe para um beijo. Um verdadeiro beijo. Um que demonstrava o quanto demoramos a perceber que éramos imperfeitos, mas perfeitos juntos.

O beijo estava se aprofundando e ele me puxava mais para si enquanto meu coração martelava contra o peito. A sensação era ótima. Parecia que toda a felicidade do mundo havia pairado sobre mim.

Mas uma voz nos separou.

– Lily...

Era meu pai. Ele fez uma carranca enorme ao perceber James ali.

Eu olhei rapidamente para meu namorado e vi que ele estava da cor de um pimentão. Eu deveria estar da cor dos meus cabelos.

– Er, oi pai.

Mas ele apenas continuou encarando James. Como James não era idiota, tratou logo de se despedir.

– É, então daqui dois dias, Lily. Digo tchau ao Sirius por você.

Ele provavelmente ia me beijar, mas ficou atrapalhado pela presença do meu pai e apenas me deu tapinhas no ombro. Inclinou levemente a cabeça para meu pai e saiu. Também pude perceber pelo som que dois passos depois, ela correu como um louco para a escada.

Eu apenas fiquei desviando meu olhar do meu pai e batendo no chão com o pé.

– Eu não quero aquele garoto aqui no seu quarto.

– Não precisa agir assim, papai, não se preocupe.

– Eu já decidi, vocês só vão ficar aqui em casa em um lugar em que eu possa ver vocês.

– O senhor realmente quer ver, digo, ver a gente junto?

– Não, pensando melhor, não. Mas vocês vão ficar em um canto que saibam que não vão poder passar disso que estavam fazendo.

– Papai! Não precisa fazer uma insinuação dessas.

– Você logo vai fazer dezoito anos e está com um namorado desses, é bom se acostumar com essas insinuações.

– Mas você deveria saber que sua filha não faria o que está insinuando tão precipitadamente. Ela tem consciência e o namorado dela também.

– Ela tem certeza?

– Absoluta.

– Mesmo assim. Quarto ou qualquer outro lugar pouco movimentado da casa nunca mais desacompanhados.

Assim, sem esperar uma resposta, ele fechou a porta. Eu provavelmente ainda estava vermelha e um sorriso boboca no rosto. Então esperei um tempo antes de chamar Melinda para conversarmos.

–Ei por que James saiu correndo daqui?

– Ahn, papai nos pegou nos beijando aqui.

Mel caiu na gargalhada.

– Nossa, eu queria estar presente para ver isso.

– Idiota.

– Mas realmente você me surpreendeu. Eu não esperava um James como aquele.

– E como você esperava?

– Um garoto chato, implicante e burro.

– E por que achava isso?

– Pelo o que você me contava dele. Então, de repente, aparece um garoto lindo, gentil e divertido. Garota, você tirou a sorte grande.

– Acho que sim, visto que a maioria das garotas em Hogwarts quer ele.

– Vamos, dê adjetivos de apaixonada. O que mais ele é?

– Hum, brilhante, um dos garotos mais inteligentes da escola, um pouco travesso, um pouco sério. Ah e é jogador de um time nosso da escola.

– Futebol?

– Não, está mais para basquete.

– Hum.

– E também é um dos maiores encrenqueiros da história da escola.

– Lílian Evans, quem diria, hein? Namorada de um encrenqueiro.

– Felizmente, ele se ajeitou esse ano.

– Felizmente, hum?

– Felizmente.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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