Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 2
Capítulo 2




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Chegamos finalmente nas propriedades de Hogwarts . Descemos do trem e fomos tentar encontrar uma carruagem. Nós estávamos andando procurando quando ouvimos um grito assustado. Nos viramos e vimos Potter olhando para aparentemente o nada.

– O que será que houve? – perguntei

– Por que ele está olhando para o nada? – perguntou Marlene

– Ah! Ele deve estar vendo os testrálios – disse Carly, uma menina da lufa-lufa que era nossa amiga, e ao dizer isso foi-se embora.

– Testrálios? – perguntou Dorcas e Franco

– Ahn? – perguntou Marlene

Eu também não lembrava. Alice era a única que parecia saber do que se tratava.

Então de repente eu me lembrei.

– Se lembram do nosso quinto ano? Quando estudávamos Trato de Criaturas Mágicas?

– Sim – disseram Dorcas e Franco

– Vagamente – disse ela e eu dei um olhar de reprovação para a mesma – E não me olhe com essa cara. Oras, faz muito tempo que não estudo sobre essa matéria.

– Ai ai, no nosso quinto ano estudamos os testrálios, criaturas aladas que só são visíveis aos olhos de quem já viu a morte.

– Ahh – disse Marlene provavelmente se lembrando da aula. Ou apenas para se livrar do assunto – Isso quer dizer que Potter viu alguém morrer?

– É o que parece.

– Eles puxam a carruagem não é? – perguntou Franco para sua namorada.

– Aham

O rosto de Marlene se contorceu num misto de interesse e pena, mas não falou mais nada.

Encontramos uma carruagem vazia e nos acomodamos. Ficamos conversando até chegarmos no castelo de Hogwarts e fomos para o Salão Principal. Assistimos a cerimônia de seleção e começamos o banquete. Durante o mesmo, comemos, bebemos, conversamos, rimos e matamos a saudade dos amigos. Após terminarmos de comer, Dumbledore finalmente se levantou, fazendo o salão inteiro ficar em silêncio.

– Boa noite! Aos novatos, umas boas-vindas. Aos veteranos, um bom retorno. É com grande prazer que damos início à um novo ano letivo. Agora vamos aos avisos. Primeiramente peço a vocês uma salva de palmas para o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, o professor Klaus – dizendo isso, bati palmas junto aos outros enquanto avaliava o novo professor. Era jovem, alto, magro, cabelos e olhos castanhos e um nariz meio grande. Parecia meio desengonçado. Dumbledore continuou - Devo dizer para os alunos novos que é terminantemente proibido a entrada na floresta da propriedade. O mesmo vale para os mais velhos. O Sr. Filch, nosso zelador, me pediu para lembrá-los que é proibido o uso de magias nos corredores do colégio durante os intervalos das aulas. Para os interessados em Quadribol, os testes começaram na segunda semana de aula. E mais uma coisa. Receio ter de dizer que estamos vivendo em um tempo difícil, perigoso. Pessoas cruéis e sem escrúpulos, fazem com que vocês pensem que não tem mais lugar seguro. Mas devo informá-los que Hogwarts sempre ajudará a aqueles que merecem. Também quero que saibam, que mesmo em tempos sombrios como este, sempre haverá luz e esperança. Agora cama!

Comovida pelas sábias palavras, me levantei com a esperança de tempos melhores no coração e segui para a Torre da Grifinória. Entramos e nos sentamos diante a lareira. Franco, infelizmente, foi conversar com o grupinho dos marotos.

– O que vocês acharam do professor? – perguntou Alice

– Ele até que é bonitinho – disse Marlene

– Ele é um professor Marlene – disse

– Eu sei pessoas maliciosas – disse Marlene revirando os olhos – Apenas estava comentando que ele é mais bonito do que um professor normalmente aparenta ser.

– Enfim, eu o achei meio... Hum... Não sei dizer – disse Dorcas

– Desengonçado? Atrapalhado? - indiquei

– É, mais ou menos. Tomara que ele seja bom, porque se não o pessoal não vai deixar ele em paz.

– Principalmente Marlene – brincou Alice e todas nós rimos da cara de Marlene, que estava com raiva.

– Olha o respeito!

– De qualquer forma, não foi isso o que quis dizer. Quis dizer que da forma como o avaliamos, os garotos não o vão levar muito a sério. Se fosse um pouco mais jovem podia se passar por um aluno do último ano.

– Eu também notei isso. Por que será que Dumbledore escolheu alguém tão novo? – disse Alice

Mas antes que alguém pudesse opinar, Nick Harley, um amigo nosso, apareceu.

– O que vocês acharam do novo professor?

– Ele parece meio novo não acha?

– Eu soube que ele é um auror, mas já que não teve gente que quisesse a vaga do cargo ele se ofereceu. Ele não parece muito durão não acham? – disse Nick com um sorriso travesso.

– Não vá se meter com um auror Nick. Ele não viraria um se não capaz – avisou Marlene e confesso que isso me surpreendeu. Ela normalmente adorava peças pregadas por alunos nos professores.

– Qual é mamãe, que mal vai fazer?

– Dependendo da brincadeira – disse Marlene parecendo pensativa – você pode pegar detenção, suspensão ou ele te transformar em um rato de bueiro.

Nick pareceu levar em conta os riscos, mas orgulhoso como era, apenas resmungou e foi-se embora. Ficamos conversando até Black chegar e passar o braço em volta dos seus ombros.

– E aí Lene – disse ele.

– Oi – respondeu ela

– Olá Alice, Dorcas, Lily – saudou Remo. Os outros dois marotos apenas cumprimentaram com a cabeça. James sorriu quando olhou para mim, mas não disse nada.

– Lene? – perguntou Dorcas - Vocês estão saindo?

– Com a agradável permissão de minha querida mãe!

– É, eu meio que me esqueci de contar – sorriu Marlene como pedindo desculpa – Estamos saindo desde as férias.

– Ah

– Eu vou dormir – anunciei e fui seguida por Dorcas.

– Eu também, não quero ficar aqui sobrando – disse ela olhando para Alice e Marlene.

Nos despedimos e fomos dormir.

As semanas seguintes pareceram voar e o professor Klaus, demonstrou ser bastante rigoroso e assim como McGonagall, tinha poder sobre a sala.Estávamos no último ano e mesmo com a pressão dos N.I.E.M’s, os professores não diminuíram as tarefas. Uma particularmente difícil para mim, era a de Transfiguração. Não pensem errado de mim, eu era muito boa nessa matéria, mas as tarefas exigiam conhecimento de todo o ano e conclusão exata dos textos complicados. Eu era a única na Sala Comunal e tentava fazer nervosamente a tarefa já que era para o dia seguinte. Eu normalmente deixava os deveres em dia, mas eu achei meio complicado e deixei por último. Eu estava caindo de sono e num certo momento não agüentei mais e desabei sobre os livros.

Minha mente viajou e foi parar num bosque. Era bonito e tinha muitas flores. Então apareceu Pettigrew anormalmente baixo. Era um pouco mais alto que meu joelho e estava ralhando comigo por ter levando bomba nos N.I.E.M’s e não ter passado em nada. Agora livros gigantes saltitavam para longe de mim. Aparentemente desapontados comigo e então um centauro apareceu do nada, agarrou meus ombros e começou a sacudir dizendo ‘Lily, Lily,Lily”

Abri meus olhos e percebi que alguém realmente estava me sacudindo.

– Lily - chamou uma voz masculina.

Me virei e deparei-me com Potter. Pisquei sem saber por que ele estava me acordando e principalmente me perguntando onde eu estava. Ao lembrar da minha falta de responsabilidade apenas falei:

– Oh, olá Potter.

– Você parece cansada. Por que não vai dormir?

– Por que você não vai dormir – disse com raiva.

– Eu estava indo fazer isso.

– O que? Você estava fora da sala?

– Não, estava aqui mesmo – disse ele e apontou para uma poltrona no fim da sala, onde eu não podia ver – estava terminando as tarefas.

– Ah, tá, então já pode subir

Ele, no entanto, olhou para a minha tarefa e apareceu um sorriso enviesado no seu rosto.

– Fazendo a tarefa na última hora Lily?

– Primeiro, é Evans. Segundo, não enche.

Ele soltou uma risada baixinha.

– Isso está errado – falou apontando para uma parte do texto.

– É? – perguntei esquecendo-me de ficar brava com ele. Estava desesperada.

Assim, ele se sentou e me ajudou a fazer o dever. E descobri que ele era um ótimo professor. Ao final, quando finalmente terminei disse:

– Obrigado Potter

Ele abriu um sorriso de orelha a orelha.

– De nada. Aliás você pode me chamar de James – agora seu sorriso estava meio esperançoso.

– Não

– Ahh – disse ele desapontado - Bem, valeu a tentativa. Até amanhã!

– Até!

Nos levantamos e fomos dormir sem dizer nenhuma outra palavra. Nesse momento resolvi acreditar que Potter havia mudado um pouquinho, mas ainda assim não ia cair nas cantadas dele. E assim eu fui dormir e não sonhei com mais nada.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?



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