Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 16
Capítulo 16 Especial


Notas iniciais do capítulo

Sabe, eu adoro fic desse tipo e sempre tive vontade de escrever sobre isso, então apareceu essa idéia na minha cabeça.Espero que gostem.
Boa leitura!



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James.

Quando se está nervoso em relação a guerra iminente, os N.I.E.M's, o quadribol e sua incrível namorada, nada como uma guerra de bola de neve para acalmar.Eu podia ter dezessete anos e responsabilidades nas costas, mas quem resiste a uma pequena travessura divertida?

No início, estava apenas eu, os marotos, Marlene e Franco. As meninas, por algum motivo, não acharam muito conveniente a nossa idéia e Lily ficou o tempo todo na biblioteca. Entretanto, nossa brincadeira se expandiu quando mais grifinórios e lufanos entraram na brincadeira. Logo a confusão ficou enorme e tive que McGonagall pegassem eu e os marotos, já que somos, geralmente, os líderes de confusões.

Avistei Almofadinhas e corri até lá, levando muita neve na cara.

– Ei Sirius, vamos sair daqui, logo a McGonagall vai chegar e pôr a culpa em nós.

– Sabia que eu estava pensando a mesma coisa - disse ele, virou-se para trás e gritou - Aluado.

Aluado se virou e Almofadinhas fez gestos com a mão para dar o fora. Ele assentiu e correu até nós.

– Cadê o Rabicho, droga, e o Franco? - perguntou Almofadinhas.

– Não sei, acho melhor irmos e se encontrarmos eles pelo caminho, avisamos.

– Certo.

Assim, saímos de fininho da bagunça e chegamos no castelo, onde ninguém nos podia culpar por nada. Ao meu lado, Sirius riu.

– Imaginem a cara de McGonagall quando ela vir a bagunça lá fora.

– É, eu imagino sim - disse uma voz atrás de nós.

Não preciso acrescentar que pulamos na mesma hora, mas por sorte era apenas Lily, que estava com sua melhor cara desconfiada.

– O quê vocês estão aprontando, hein? - perguntou ela com as mãos na cintura.

– Nada - disse Almofadinhas abanando a mão.

– E que bagunça é essa lá fora que estavam falando?

– Nada, meu amor, agora se me der licença, eu preciso...

– Nada disso, mocinho - disse Lily enquanto me segurou pela camisa - vocês vão me contar direitinho que bagunça é essa ou os levo para McGonagall.

– Ah, qual é, Lily. Vai entregar seu próprio namorado?

– Vou.

Eu olhei para ela.

– Talvez não - ela voltou com a palavra - Mas parem me me enrolar. O que vocês estavam aprontando?

Nós nos olhamos incertos do que deveríamos dizer. Tecnicamente, não tínhamos feito nada errado, mas quando guerras de neve tomam proporções grandes, as coisas ficam feias.

– Er - começou Aluado - Nós estávamos fazendo uma inocente guerra de bola de neve.

– E?

– E então apareceram as quatro casas de Hogwarts e agora parece um cenário da primeira guerra bruxa - completou Almofadinhas.

– Então saímos de fininho para a professora não nos pegar.

– A coisa mais sensata que James já fez na vida - disse Aluado.

– Hey.

– E não passou nem por um minuto pela cabeça de vocês a idéia de mandá-los parar e voltar para seus salões comunais?

– Lily, você já tentou parar uma guerra de neve com mais de cem alunos?

– Er, não.

– Nem eu e nem quero tentar, obrigado.

Lily rolou os olhos. Pelo menos, isso era um sinal que estávamos seguros.

– Certo, então por que nós não... Ai.

Apertei minha nuca onde algo ou alguém havia batido.

– Almofadinhas, por que me bateu?

– Eu não te bati.

– Então foi quem? Nick-quase-sem-cabeça?

– Sei lá, vai ver que foi pirraça.

– O que é isso? - perguntou Aluado.

Segui seu olhar e vi um objeto no chão. Era uma espécie de ampulheta com círculos em volta presos por um cordão.

– Eu sei o que é isso - disse Lily pegando o objeto - É um vira-tempo. Deve ter sido isso a bater em você, James.

– Certo, certo, mas quem jogaria isso em mim?

– Sei lá, os sonserinos? - palpitou Aluado.

– O Ranhoso?

– Almofadinhas!

– Ok, ok, o Snape. Mas me dá isso aqui, quero voltar para ontem de noite antes de receber aquela detenção.

– Nada disso - disse Lily puxando o vira-tempo para si - Vou entregá-lo à McGonagall.

– Nada disso, digo eu. Tantas detenções que nós podemos evitar.

– Vocês são uns irresponsáveis, mexer com o tempo é perigoso.

– Ei, não me inclua nesses irresponsáveis - disse.

– Nem a mim - disse Aluado.

– Agora eu sou irresponsável por querer salvar minha pele?

– É - dissemos todos juntos.

– Que seja - então em um movimento rápido, Almofadinhas tentou tirar o vira-tempo das mãos de Lily. Porém, como Lily é incrível, ela percebeu isso e então aquilo se transformou em uma espécie de cabo de guerra.

– Solta, seu irresponsável.

– Me deixa, Lily.

– Sou só eu que penso que algo vai dar errado? - perguntei.

– Não - respondeu Aluado - Com certeza algo vai dar muito errado.

– Solta.

– Não, solta você.

– Solta logo, seu cachorro.

– Não.

– Solta.

Almofadinhas puxou com força para lado, algo que deu, como já previsto, extremamente errado. Ele puxou com tanta força o cordão, que Lily soltou e o vira-tempo voou para a direita. Infelizmente, o que estava à nossa direita era uma parede. O vira-tempo quebrou , a areia se espatifou na parede e o mundo começou a rodar.

O mundo rodava cada vez mais depressa e eu tinha vislumbres de pessoas passados ao lado. Era realmente muito confuso. Eu já estava ficando realmente enjoado quando finalmente parou. Ficamos algum tempo apenas nos recuperando da tontura. A primeira pessoa a quebrar o silêncio foi Lily, com sua belíssima voz.

– Sirius Black - gritou ela.

– Tá, tá, tá, eu errei, desculpe, desculpe, não grite.

– Seu irresponsável - murmurou ela massageando as têmporas.

– Será que voltamos no tempo? - perguntou Aluado.

– Provavelmente - disse.

– Ai, meu Merlin, que não tenhamos voltado muito, por favor, por favor.

– Calma, Lily, talvez nós só...

– Harry? - disse uma voz atrás de mim tocando meu ombro - O que você está fazendo...

Eu virei e a pessoa ficou espantada. Era uma garota bonita com mais ou menos o tamanho da Lily. Tinha cabelos volumosos castanhos e agora um semblante atônito. Ela murmurou algo inaudível, mas logo tratou de se recompor.

– Er, desculpe, mas quem são vocês? - perguntou ela com com um sorriso nervoso.

– Só uma perguntinha antes de respondermos. Vai ser esquisito, mas pode nos dizer em que ano estamos? -perguntou Lily.

– No final de 1998.

– Seu idiota - gritou Lily batendo em Almofadinhas, que tentava fugir dela.

Eu fiquei bastante surpreso. Não voltamos, mas avançamos para o futuro. Devíamos ter viajado o quê? Vinte anos? Vinte um? Aquilo era bem estranho.

– Continuando - disse a garota com um tom de voz mandão - Quem são vocês?

– Ah, desculpe, eu sou Remo Lupin, este é James Potter, a garota ruiva é Lily Evans e o garoto sendo espancado é Sirius Black.

A boca da menina abriu e os olhos abriram levemente. Ela parecia ter perdido a voz.

– Você está bem? Nos conhece? - perguntei. Lily ainda perseguia Sirius que ficava rodando em volta de Remo.

– Eu, eu, eu - ela balançou a cabeça - Vocês são de que época?

– No final de 1977.

– Ai, meu Merlin, vocês estão muito longe do seu tempo, precisam voltar. Mexer com o tempo é perigoso.

– Engraçado, já ouvi isso antes. Só tem um probleminha, moça, o vira-tempo que usamos quebrou.

– O quê? - disse a garota quase gritando - Não, não, não, não, não, como vou aparecer na casa da senhora Weasley com eles? Ah, e Harry?

– Quem é Harry?

Ela olhou para mim como se só agora tivesse se dado conta que estava falando alto.

– É que... Pode mandá-los parar - pediu a garota apontando para Lily, Almofadinhas e Remo.

– Ok. Ei vocês, dá pra parar?

Eles pararam e olharam para mim. Depois disso, se entreolharam e se ajeitaram, um pouco envergonhados.

– Escutem - disse a garota - Eu sou Hermione Granger, é um prazer conhecê-los, mas vocês tem que ir embora, estão muito longe do seu tempo. Como seu vira-tempo está quebrado, vou levá-los à professora McGonagall. Ela saberá o que fazer, eu espero. Venham.

Ela virou-se e foi caminhando conosco atrás dela.

– Me digam, por que só garotas são sensatas? - perguntou Lily ainda olhando feio para Almofadinhas.

– Calma, Lily - disse colocando meu braço em seus ombros - Nós vamos ver McGonagall e tudo vai se acertar. Talvez ela consiga um novo vira-tempo para nós.

– É, você não precisava ficar me batendo.

– Cuidado com o que fala Almofadinhas, ainda estou com raiva de você - ameaçou Lily. Ela fica tão linda com raiva.

Nós fomos até a sala do diretor Dumbledore. Eu esperava que fosse a sala da professora McGonagall, mas não comentei. Ambos devem nos ajudar.

– Esperem aqui - pediu Hermione e subiu.

– Por que não podemos simplesmente entrar? - indagou Almofadinhas.

– Ah, Almofadinhas, deve ser esquisito quatro adolescentes do passado simplesmente entrar na sala do professor Dumbledore - disse Remo.

– Concordo - disse - E você, meu lírio, nada a declarar?

Ela balançou a cabeça cansada.

– Podem subir - disse Hermione depois de algum tempo de espera.

Subimos e quando entramos na sala não encontramos Dumbledore e sim McGonagall. Ela não havia mudado quase nada, apesar das rugas e dos cabelos mais grisalhos.

– Oi professora - dissemos todos nós.

– C-Como, como vocês vieram para aqui? - perguntou McGonagall.

– Culpa do Almofadinhas - rosnou Lily.

Sirius simplesmente colocou suas mãos para trás, olhou pro teto e começou a assoviar.

– Por acaso nós encontramos um vira-tempo, então Lily e Sirius começaram a brigar - disse Remo - Por infelicidade, o vira-tempo acabou se espatifando na parede. Tudo começou a girar e paramos aqui vinte anos depois e conhecemos Hermione Granger. E é basicamente isso.

– Francamente senhores - disse Minerva olhando severamente para Lily e Sirius.

– Almofadinhas queria usá-lo de maneira irresponsável - disse Lily com raiva - Eu estava tentando levá-lo a senhora, mas o idiota puxou com tanta força que bateu na parede.

– Óbvio, só podia ser o Black - disse uma voz desdenhosa.

Viramos em direção ao som e nos deparamos com algo inacreditável. O Ranhoso em um quadro.

– Snape? - perguntei assustado.

– Como o Ranhoso pôde ser diretor de Hogwarts? - perguntou Almofadinhas igualmente assustado.

– Sirius - disse Lily gravemente - Não o chame assim e Severo é muito capaz.

– Obrigado, Lily - disse o Seboso.

– Por nada.

– Ranhoso? - perguntou Hermione confusa.

– Se já acabaram a discussão, acho que o problema deve ser resolvido o mais rápido possível - disse McGonagall.

– Isso - disse Hermione e Lily.

– Infelizmente, não temos mais vira-tempos disponíveis facilmente - disse a professora.

– Como não? O ministério tem vários estoques deles.

– Bem, é que - respondeu Hermione um pouco vermelha - Houve um acidente por lá há alguns anos atrás.

Eu suspirei.

– Então como vamos voltar para casa?

– Eu vou entrar em contato com outros ministros e certas pessoas. Agora, peço que me deixem falar a sós com a senhorita Granger, depois digo a vocês como ficarão.

Nós assentimos e descemos as escadas.

– Cara, como o Ranhoso pôde ser diretor de Hoggwarts? - perguntou novamente Almofadinhas.

– Eu não sei, se McGonagall estava aqui, então não é porque desapareceram pessoas sensatas. Entretanto, já que ele foi mesmo diretor, significa que a professora ficou doida.

– Não fale assim dela, James - disse Remo - Deve ter tido algum motivo e pelo o que eu vi, McGonagall continua tão sã quanto era antes. Agora cale a boca e vamos esperar pelo o que vai acontecer conosco.

Assim, esperamos em silêncio até alguém falou:

– Harry? Eu não sabia que estava em Hogwarts.

A pessoa tocou meu ombro e me virei. O garoto teve a mesma expressão de Hermione. Espantado. Afinal, quem é esse Harry?

– Hã, desculpe, confundimos você com alguém - disse o garoto com cabelos cor de areia ao lado de um garoto com pele bem escura.

– É, já ouvi isso.

– Nossa, mas, você parece muito com o Harry.

– Quem é essa esse Harry?

– Não conhece Harry Potter? - perguntou o garoto incrédulo - O menino-que-sobreviveu?

Parte minha achava que era loucura a outra estava um pouco surpresa por ele ter meu sobrenome. Eu olhei para os marotos e Lily, eles tinham a mesma expressão confusa.

– Ah, eu acho que...

– Simas, Dino? - perguntou Hermione ainda descendo as escadas - Olá, esses são uns parentes distantes do Harry, sabe eles estão um pouco cansados, por que não vão para a sala comunal ou terminar alguma tarefa?

– Ok - disse o garoto olhando confuso para o amigo e foram embora.

– Quem são esses? - perguntou Lily.

– Alguns amigos. Bem, voltando ao seu caso, já decidimos como vocês não ficar.

– Quem é Harry Potter? - perguntei.

– Er, primeiro vamos falar sobre vocês. Amanhã começa o recesso de natal e vocês poderão ou ficar aqui ou ir comigo para a casa da senhora Weasley, uma senhora muito simpática. Só que a professora McGonagall não acha uma boa idéia vocês ficarem aqui, então vocês irão comigo.

– E devemos confiar em você? - perguntou Almofadinhas.

– Sou muito responsável, a professora confia em mim e conheço Harry Potter... Que no caso é seu filho.

– O quê? - perguntamos todos juntos assombrados. Como é estranho. Em um instante você está brincado de guerra de bola de neve e no outro você tem um filho.

– Partiremos amanhã para a casa da senhora Weasley, onde Harry está. Voiu mandar uma carta a ela contando esse contratempo e vocês vão ir dormir. Eu só preciso encontrar... Ah, Neville.

Um garoto de rosto redondo que estava passando virou o rosto. Ele me parecia familiar. Ao olhar para mim fez uma cara confusa, mas não perguntou se eu era... bem... o meu filho.

– Sim?

– Você algumas camas vagas em seu dormitório, né? - perguntou Hermione.

– Tenho, mas o que isto tem a ver?

– Quero te apresentar algumas pessoas, dentre elas parentes do Harry.

Ele olhou novamente para nós e deu um pulo de surpresa.

– Estes são James e Lily Potter?

– Na verdade eu sou Lily Evans.

– Quase Potter.

– Mas ainda não.

– Como vocês?

– Eles usaram um vira-tempo - disse Hermione - Que está quebrado. Eles vieram parar aqui tem algum tempo.

– Oh. Isso quer dizer que... Ah, sim. Então eles vão ficar no meu dormitório?

– Isso. James, Sirius e o professor Lupin - disse Hermione e logo tapou a boca.

Encaramos ela surpresos.

– Eu vou ser professor? - perguntou Aluado.

– Se deu bem, Aluado - disse Almofadinhas.

– De qualquer maneira - disse Hermione parecendo furiosa, talvez consigo mesma - Este é Neville Longbottom.

Novamente estávamos surpresos. Lily tapou sua boca parecendo maravilhada.

– Você é filho da Alice e do Franco? - perguntou ela.

– Sou.

Lily deu um gritinho e abraçou o garoto. Eu lutei por um instante contra o ciúme, mas sabia que era sem sentido. O garoto além de ser de outro tempo, era filho de um dos meus grandes amigos.

O pobre do garoto ficou assustado.

– Desculpe - disse Lily depois de soltar o garoto - Sou um grande amiga dos seus pais e eu torço muito por eles. Nossa, você é tão a cara deles.

– E-emfim - disse Hermione - Vocês ficarão no quarto dele. Neville, não conte para Simas e Dino, não é muito bom que as pessoas saibam que eles vieram para cá. Então, vamos pro dormitório.

Assim, nós fomos para o dormitório cansados. Fora um dia muito cheio. Quando nos acomodamos no dormitório de Neville e Lily no de Hermione, começou uma espécie de interrogatório por parte de Neville, que ficava o tempo todo perguntando sobre os pais como se não os conhecesse. Apesar disso, o garoto era bem legal e ele também falou brevemente sobre Harry, mas nada muito detalhista. Disse que ele era a minha cara, mas que os olhos eram verdes (provavelmente os da Lily), ele era um bom aluno, principalmente em Defesa Contra as Artes das Trevas e também um ótimo jogador de quadribol, onde era apanhador. Eu não me senti alegre, orgulhoso ou coisa do tipo. Estava mais curioso. Saber sobre ele era mais como se estivessem falando sobre outra pessoa.

Na manhã seguinte, eu acordei como se estivesse tido um sonho muito maluco. Só depois que soube que tudo era verdade, foi que me levantei para ir tomar o café da manhã, mas antes que pudesse sair do dormitório, Hermione apareceu lá com torradas e sucos de abóbora em uma bandeja.

Quando o trem chegou, Hermione nos levou depressa até o último vagão. Neville também estava lá

– Tinha tantos vagões livres, para quê ficar no último? - perguntei.

– Para não serem vistos. Entendam, estamos em uma época bem diferente da de vocês e se as pessoas os virem, talvez possam os reconhecer e isso não é bom, pode alterar o passado e o futuro.

Lily suspirou ao meu lado.

– Ela tem razão.

– Ok, Ok, então por que não nos conta sobre o que está acontecendo nessa era enquanto não chegamos na estação?

Ela nos contou coisas incríveis. Voldemort havia causado uma grande confusão em nossa época, mas no final havia aparentemente morrido. Muitas pessoas foram levadas à Azkaban, mas alguns safados, conseguiram enganar ou subornar o ministério. Mesmo assim, a época de Hermione e Harry, era tomada pelo medo de Voldemort e dos comensais da morte. Ainda contou que Voldemort havia voltado no quarto ano dela. Ele causou muita dor e sofrimento para as pessoas, mas finalmente na primavera daquele ano ele finalmente havia caído. E agora as pessoas estavam tentando se habituar a essa nova etapa da vida delas. Porém, quando eu perguntei a ela quantas pessoas foram necessárias para matar Voldemort, ela desviou o olhar e apenas disse que foi um bruxo bastante poderoso.

Quando chegamos a estação, Neville se despediu e fomos com Hermione procurar a tal da senhora Weasley. Ela era uma mulher rechonchuda com um rosto amigável e um cabelos ruivos flamejantes. Ao lado dela, estava um homem um pouco careca, com cabelos igualmente vermelhos, um garoto alto que devia ser filho deles e por fim, uma cópia minha. O ultimo garoto tinha os mesmos cabelos arrepiados que eu, usava óculos, a mesma altura, o mesmo queixo. As únicas diferenças, era uma cicatriz em forma de raio, um nariz um pouco menor e olhos verdes. Exatamente iguais aos da Lily. Disso, me senti bastante feliz. Eu teria um filho com Lily.

– Senhor e senhora Weasley - disse Hermione - Quero lhes apresentar algumas pessoas.

– Santo Merlin - disse o garoto que parecia ser Harry e o ruivo mais novo.

– Meninos - disse Hermione com um sorriso.

Ela abraçou o moreno e depois beijou o ruivo. Nós ainda estávamos surpresos.

– Então - disse - Você é Harry Potter e segundo o que Hermione disse, meu filho?

– Hã - disse o garoto um tanto incerto - É.

– Uau - disse Lily sorrindo e abraçou o garoto.

Harry pareceu bastante assustado como se não acreditasse que aquilo estava acontecendo. Só depois de um tempo, foi que abraçou Lily.

– Você é tão parecido com James - disse ela.

– Lily, você está abraçando demais as pessoas ultimamente.

– Deixe de ser ciumento, ele é seu filho.

– E o Neville?

– Ele é filho do seu amigo.

– Ah que seja. Bem, é um prazer te conhecer.

– I-igualmente - disse o garoto.

– Isso é irônico - disse Remo.

– É. E aí, Pontas júnior - disse Almofadinhas disse dando tapinhas nas costas do garoto.

– Pontas Júniar? - perguntou Hermione e o ruivo.

– Pontas é o meu/seu apelido - dissemos eu e Harry. Nos encaramos e todos riram.

– É um prazer conhecer os pais do Harry - disse a mulher ruiva com um sorriso no rosto - Eu sou Molly Weasley ,esse é Arthur Weasley, meu marido e o outro ruivo é nosso filho, Ronald.

– Muito prazer - dissemos eu, os marotos e Lily.

– Então vamos logo para a casa.

Nós demos as mãos e aparatamos para algum lugar. O lugar era grande e a casa alta e um pouco torta. Apesar de tudo, era muito aconchegante.

– Senhora Weasley, onde está Gina? - perguntou Harry.

– Ah, ela avisou que vai demorar um pouco, mas logo estará aqui.

– Obrigado.

Ele se virou e seguiu Hermione e Ron, como ele pediu para ser chamado. Eu, Sirius, Remo e Lily ficamos um pouco atrás, mas eu não resisti a me intrometer.

– Então - disse me aproximando de Harry - Quem é essa Gina?

Ele ficou vermelho até os pés. O ruivo ao seu lado, ficou levemente emburrado.

– Ela é... minha namorada.

– Deixe-me adivinhar - pediu Almofadinhas - Ela é ruiva?

– É.

– Potter e sua fixação por ruivas.

– Ei - disse Lily.

– Esse é o quarto em que vocês vão ficar - disse Ron - Era o antigo quarto dos meus irmãos, Fred e Jorge, mas eles não estão mais nessa casa.

Nos acomodamos, sentamos no chão e começamos a conversar. Logo descobri que Harry e Ron eram bem legais. Eles jogaram quadribol durante seus anos letivos e odiavam Ranhoso.

– Vocês já terminaram seus estudos? - perguntou Lily.

– Mais ou menos - disse Ron.

– Depois da batalha de Hogwarts, a professora McGonagall assumiu a diretoria e deu a escolha para os alunos a voltar ou não para Hogwarts. E só eu decidi voltar.

– Aham - concordou Harry.

– Boa escolha, Harry - disse Almofadinhas - Eu também não aguentaria mais um ano lá.

– Na verdade eu gosto muito de Hogwarts.

– Ei - chamei - Por acaso Hermione me disse que eu Aluado foi professor de lá. Como ele era?

– Ótimo - disseram Harry, Rony e Hermione e Remo corou.

– Foi o melhor professor que tivemos - disse Hermione sorrindo.

– Somente, talvez, à exceção de Harry.

– O quê? - dissemos nós do passado.

– Rony - censurou Hermione. O ruivo pareceu perceber algum erro e se encolheu no canto.

– Você foi professor? Como assim? - perguntou Aluado.

– É que - disse Harry - No nosso quinto ano, o ministério interviu em Hogwarts e colocou uma sapa velha como professora de Desefa Contra Artes das Trevas, que não ensinava nada. Somente a sonserina gostava dela. Então, com raiva dela, nós meio que criamos um clube secreto de defesa.

– E Harry foi nosso professor - disse Hermione.

– Uau - dissemos nós os marotos - Cara, isso foi incrível.

– Isso foi extremamente perigoso - disse Lily - E se ela os pegassem?

– Na verdade ela nos pegou - disse Harry.

– Só houveram algumas coisas e ela foi arrastada por centauros.

Aluado abriu a boca, mas foi interrompido por Rony.

– Por favor, não tente entender.

– Mesmo assim, boa Harry - disse - Se a sapa velha era tão chata assim para chegar nesse ponto, você nos orgulhou, também não iríamos ficar parados.

Harry sorriu.

Então de repente a porta foi aberta.

– Oi Harry, a mamãe me disse que você já tinha...

Uma bonita garota ruiva se calou ao nos ver.

– É impressão minha ou tem dois Harry's aqui?

– Na verdade tem dois Potter's aqui. Prazer, sou James Potter.

Estendi minha mão a ela. Ela apertou incerta e olhou para Harry.

– É, é um prazer, sou Gina Weasley.

– É, Harry já falou sobre você - disse Almofadinhas com um sorriso torto.

– Sirius? - perguntou ela olhando assustada para meu amigo - Me digam. Como é que James Potter, Sirius, o professor Lupin e essa garota estão aqui?

– Vira-tempo - disse Harry - E essa garota é Lily Evans.

– Oh. Eu pensava que não existia mais vira-tempos.

– Aparentemente na sua época sim, mas na nossa ainda existem.

– E esse idiota fez o favor de quebrar - disse Lily fuzilando Sirius com os olhos.

– Oh. Bem é um prazer conhecer os pais do Harry.

– E não é um prazer conhecer a mim e Aluado?

– Mas eu já os conheço - disse Gina se sentando - Em uma versão mais velha, mas conheço.

– Isso vai ser uma história bem interessante para contarmos à Rabicho - disse.

– Não - disse Harry, Rony e Hermione.

Olhamos estranho para eles, que se entreolharam nervosos.

– Quer dizer - disse Rony - É melhor não contarem, sabe, para...

– Não mexer com o tempo - completou Hermione

– Isso.

Os dias se passaram e estávamos nos dando muito bem e devo dizer que gostei especialmente de Harry. Apesar da aparência, sua personalidade havia sido puxada da Lily. Ele era inteligente sério, um pouco maroto e divertido, mas na maior parte do tempo não aprontava nada. Sua namorada também era bem divertida, além de bem bonita, mas é claro que nunca ousaria dizer isso em ocasiões do dia-a-dia.

Rony e Hermione faziam um casal um pouco incomum. Ele era um pouco desajeitado e desleixado e ela era estudiosa e correta. Rony tinha um lado maroto e Hermione era responsável. Brigavam algumas vezes por motivos idiotas, mas que logo acabava com um sorriso. De um certo modo parecia comigo e Lily, só que nossas diferenças não eram tão bem resolvidas, antigamente.

Infelizmente, o recesso de natal acabou e nós tivemos que ir embora e mais infelizmente ainda, Minerva havia achado solução para nosso problema. Iríamos, definitivamente, embora daquela época.

Naquele momento, estávamos apenas eu, Sirius, Harry e Rony. Aluado ainda estava no banho e Hermione e Lily já tinham descido.

– Que chato, já vamos embora - disse Almofadinhas depois de dar um tapinha amigável no ombro de Rony.

– Eu queria lhes apresentar à Jorge, ele iria adorar conhecer os marotos - disse Rony.

– Ele iria se enturmar - disse Harry com um sorriso.

– Potter - uma voz gritou na porta.

Eu e Harry viramos o rosto. Uma ruiva de olhos verdes parecia divida entre ira e tristeza. Ela caminhou até Harry e botou o dedo indicador em seu peito.

– Como você ousa enfrentar e matar o maior bruxo das trevas de todos os tempos? E além disso, nem nos contar?

– O quê? - perguntei. Harry estava calado um pouco assustado.

– Leia isto. É o jornal de hoje.

Só depois que ela disse isso foi que percebi que estava com um jornal em sua mão. O peguei e li.

Família Malfoy finalmente inocentada das acusações.

Segundo o ministro, Kingsley Shacklebolt, os Malfoy foram inocentados das acusações de envolvimento com o Lord das Trevas por terem desistido dessa vida criminosa, tomando consciência que aquele não era o caminho certo. Lembrando que foram acusados de envolvimento com a ressurreição do Lord e ter sido um dos seus grandes aliados e compartilhadores das idéias de um mundo puro.

Seu pobre filho, Draco Malfoy, um dos que mais sofrera durante os tempos sombrios, disse que sua família apenas havia entrado para o círculo do Lord por temê-lo. Estavam extremamente assustados, mas no fim confiaram no Eleito para derrubar Voldemort.

Agora que não é preciso mais ter medo de dizer o nome desse bruxo terrível, devemos agradecer à Harry Potter, aluno do mesmo ano de Draco Malfoy, que acabou com a tirania do Lord das Trevas. Um bruxo formidável que aos dezessete anos caçou e matou o Lord, mesmo sendo tão marcado por sua cicatriz.

Ainda não se sabe detalhes da queda de Voldemort, mas garantimos que graças ao Eleito não precisamos mais temer por nossas vidas.

Por Rita Skeeter.

Eu olhei pasmo para Harry. Ele... Ele havia matado Voldemort?

– Como você ousa ir por aí caçando o maior bruxo das trevas? - gritei agora igualmente bravo como Lily.

– Isso meio que não era algo que pudesse evitar - disse Harry.

– Onde nós estávamos nisso? - perguntou Lily - Nunca teríamos deixado você fazer uma maluquice dessas.

Ele alternou o olhar entre nós, mas não disse nada. Ele parecia triste. De repente uma ideia foi se formando na minha cabeça.

– Não diga que estamos mortos - disse.

Harry olhou para seu amigo e depois baixou sua cabeça.

– Não era para vocês saberem disso - falou Harry.

Lily ficou abalada. Ele caminhou devagar para trás até chegar perto de mim. Almofadinhas estava chocado também.

– Como? Seus pais não são alguém que se deixe ser morto facilmente.

– Vocês foram traídos. Não sabiam quando Voldemort os atacou. Não tiveram a mínima chance - disse Harry ainda de cabeça baixa.

– Quem nos traiu? O que mais nós não sabemos? - perguntou Lily.

– Eu não posso contar.

– Harry.

– Não posso. Pode alterar o futuro.

– Por favor?

Harry continuou calado, provavelmente para nunca mais abrir a boca. Ele levantou a cabeça com os olhos marejados.

– Eu sinto muito. Obliviate.

***

– E não passou nem por um minuto pela cabeça de vocês a idéia de mandá-los parar e voltar para seus salões comunais?

– Lily, você já tentou parar uma guerra de neve com mais de cem alunos?

– Er, não.

– Nem eu e nem quero tentar, obrigado.

Lily rolou os olhos. Pelo menos, isso era um sinal que estávamos seguros.

– Certo, então por que nós não voltamos pro Salão Comunal, ficamos de frente para a lareira e pedimos para um elfo doméstico trazer algo para nós?

Mesmo de mau gosto, Lily aceitou o convite e fomos, abraçados, ao nosso Salão. O bom era que não tinha muitas pessoa lá, provavelmente estava na guerra de neve. Sentei ao lado de Lily em um sofá e a olhei.

– Não fique brava, o mundo é uma coisa surpreendente. Não se sabe o que pode acontecer.

– Não estou brava, só acho que deveriam se comportar mais como adultos.

– Para quê? Agir como adulto às vezes cansa - disse brincando - Uma guerra de bola de neve é muito divertido, você deveria tentar.

– Eu passo essa, obrigada.

Eu sorri e a beijei. Aquela garota definitivamente seria minha para sempre.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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