Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Lílian.

Alguns dias se passaram desde meu “acerto de contas” com James e devo dizer que meu namoro com ele não era tão diferente da época em que éramos amigos. Claro, exceto pelos beijos e uma maior liberdade para falarmos sobre nossos sentimentos, mas, bem, James sempre foi carinhoso e divertido comigo. O mais diferente foi mesmo a reação das pessoas. Elas ficaram totalmente surpresas ao nos verem andando de mãos dadas e nos beijando

Apesar de tudo, eu admito. Aquilo tudo estava sendo muito incrível para mim. Nunca achei que pudesse amar tanto aquele maroto.

Naquele momento, logo de manhã, eu estava conversando com Marlene e Dorcas.

– Eu já estou farta de tanto estudo e tarefas, quero que chegue logo o Natal – disse Marlene.

– É, mal posso esperar para ver minha família – disse – Estou com tanto saudade da minha mãe, do meu pai, até da Petúnia.

– Daquele trasgo de vestido?

– Não seja rude, Marlene, ela é legal, só tem medo da magia.

– Ai Lily, você é muito boazinha.

Eu corei.

– E daí, isso não é uma qualidade?

– Qualidade até de mais. Fala sério, Lily, a garota não te suporta e é obrigação de irmãs se suportarem.

– Bem, pois então somos alienígenas adotadas por um casal trouxa.

– Ai, Lily – reclamou Marlene batendo sua mão na testa em sinal de impaciência. Sinceramente ela não tinha o direito de fazer aquele gesto já que a aturei em suas mancadas muito mais que ela me aguentou com meus defeitos/qualidades.

– Olá – disse uma voz que eu conhecia.

James me abraçou por trás e encostou sua cabeça na minha.

– Do que estão falando? – perguntou ele.

– Intrometido você, hein – disse Marlene com um sorriso torto.

– Ora, sou seu amigo não?

Marlene apenas levantou a sobrancelha.

– Estávamos dizendo que Lily é boazinha de mais – disse Dorcas.

– E deve ser mesmo para ter me aturado por três anos pedindo para sair com ela.

– Isso é um pedido de desculpas? – perguntei meio divertida meio incrédula.

– Bem, não, apesar de tudo, não me arrependo de nada.

Eu olhei para ele e cerrei os olhos. Ele deveria ter muito cuidado com o que iria falar.

– Ahn – ele olhou nervoso para os lados – menos naquela vez em que você saiu com tinta no cabelo.

– E?

– E quando fiquei berrando por você de madrugada.

– E?

– E quando enfeiticei o Ranhoso por estar frustrado.

– Eu não sabia dessa – disse surpresa. E admito que fiquei com um pouco de raiva.

James começou a balbuciar e gaguejar, nervoso. Porém, foi Marlene que salvou a pele dele.

– É melhor ficar calado, James, antes que queime seu filme totalmente.

– Hein?

– É uma expressão trouxa, James.

– Mas você não é trouxa.

– Faço estudo dos trouxas. Sei lá, ver se entendo melhor a doida da Lily.

– Hey.

As malucas riram e até James.

– Olha aqui, mocinho, você não está em uma posição muito boa para rir de mim.

– Ah qual é, Lily. Eu fiz isso ano passado, eu era idiota.

– Correção, você é um idiota – disse Marlene arrancando risinhos de Dorcas. Não devo nem falar que assumi minha melhor que cara zangada.

– Hã, mas um idiota muito fofo e lindo – disse ela.

James abriu um sorriso. Convencido.

– Tudo bem, agora será que posso roubar a Lily por um minuto?

– Claro – disse Dorcas.

Assim, ele me levou para um canto mais afastado e olhou pra mim. Eu não sabia como, mas mesmo só com aquilo, ele fez meu coração bater mais forte.

– Sabe, desde que contei pros meus pais que estamos namorando eles ficaram doidos.

Eu ri.

– Então eles querem que você fique lá em casa no feriado de natal. O que acha? – continuou ele.

Aquela me pegou um pouquinho de surpresa. Eu queria conhecer os pais de James, mas eu também estava com muitas saudades da minha família.

– Hã, eu não sei James. Eu estou com muita saudade da minha mãe, do meu pai e eles vão me apresentar um novo namorado de Petúnia.

– Petúnia?

– Minha irmã – disse revirando os olhos.

– Você tem uma irmã?

– Tenho. Não sabia?

– Não, você nunca me disse.

– Oh, desculpe. Bem, ela está muito feliz, blá, blá blá e eles querem me apresentar.

James ficou um pouco chateado. Não que eu não queira passar esse tempo com ele, mas também tenho minha família.

– Por que não marcamos um dia para apresentar nossos pais um para outro?

– Gostei da ideia – disse ele sorrindo – Só devo avisar que às vezes minha mãe costuma ser um pouco... Excêntrica.

– Não se preocupe, minha mãe também vai ficar doidinha quando souber que estou namorando.

– Não é sério, uma vez quando estávamos em uma loja de doces, ela não gostou do atendimento que lhe deram e ela acabou por comprar a loja. Todinha.

– O quê? – perguntei incrédula.

– Sério, aí ela ampliou a loja e agora posso pegar doces de graça.

Eu ri.

– Ok, minha mãe é pouquinho mais pobre, não conseguiria comprar uma loja.

– Bem, então na hora que quiser algum doce, é só me pedir.

– Olha, está sendo bem mais benéfico namorar você do que pensei – eu brinquei.

– Engraçadinha, agora vamos tomar café, estou com fome – disse ele pondo seu braço em meus ombros.

Dei um sorriso e o beijei. Eu tinha que ficar na ponta dos pés para fazer isso. Eu não era muito mais baixa que ele, mas ainda tinha que fazer essa proeza.

Depois fomos ao Salão Principal, onde encontramos o resto dos marotos e nos sentamos.

– Aí estão os pombinhos – disse o idiota do Sirius com um sorriso torto – Estavam por aí, “conversando”? – ele fez aspas com os dedos.

– Almofadinhas, meu querido – chamei-o.

– Sim, querida?

– Fica calado se não lhe boto uma focinheira.

Remo engasgou com o suco e James também não se aguentou e começou a gargalhar. Sirius ficou emburrado, mas todos estavam muito alegres para que ele ficasse zangado por muito tempo.

Depois fomos para a aula de Defesa Contra Artes das Trevas. A sala, como em muitas outras vezes, estava vazia. Provavelmente seria uma aula prática. Apenas esperava que tudo não acabasse com um duelo entre sonserinos e grifinórios.

– Ei Pontas – chamou Sirius.

– Sim?

– Não seria muito legal se ele mandasse fazermos uns feitiços explosivos?

– É, séria uma ótima desculpa para... – Ele parou de falar e olhou para mim por um instante. Eu achei aquilo um pouco esquisito – Para acabar com a sala inteira

Nós continuamos a conversar quando o professor chegou. Mesmo com seu jeito meio desengonçado, fez a sala ficar em silêncio.

– Bem, hoje, faremos uma aula prática sobre patronos. Vocês sabem que uma das criaturas das trevas usadas por Você-Sabe-Quem, é o dementador. São criaturas terríveis que sugam toda sua felicidade e o único modo de detê-los é usando o patrono. Vamos, peguem suas varinhas.

Obedecemos e olhamos para ele.

– Você já fez isso? – cochichei para James.

– Sim e um corpóreo. Advinha qual o meu.

Eu pensei um pouco. O único animal que eu poderia relacionar a James, seria um cervo, já que é sua forma animaga.

– Um cervo?

– Exato – disse ele sorrindo.

– Bom – continuou professor Klaus – Primeiramente, quero que relaxem e pensem na lembrança mais feliz que temos.

– Que tipo de instrução é essa? – perguntou um sonserino.

– São os passos necessários para fazer um patrono, agora pensem na lembrança.

Eu tentei pensar em algo do tipo, mas não era tão fácil. Eu tentei pensar na infância, com certeza eu era muito feliz quando Petúnia ainda não me ignorava, mas não devia ter uma lembrança tão importante assim. Então decidi usar aquela em que cheguei em Hogwarts. Aquele castelo havia tanto me intimidado como me fascinado naquela época, com certeza foi uma das lembranças mais felizes que tinha.

– Agora digam, expecto patronum.

– Expecto patronum – disse a sala inteira.

De muitas só saiu um vaporzinho prateado, como eu, mas alguns grifinórios e sonserinos conseguiram. Entre eles estavam os marotos, Alice e Franco. E exatamente como ele disse, o patrono de James era um cervo. O de Sirius um cachorro ,Pedro um rato e o de Remo um lobo. Mas o mais estranho, era que os patronos de Alice e Franco eram iguaizinhos. Coincidência não?

– Oh, parabéns aos senhores, conseguiram fazer um patrono corpóreo – disse professor Klaus sorrindo – Sabiam que isso é algo bastante difícil de se fazer?

– Hã, desculpe professor, mas não alimente ainda mais o ego deles – disse Dorcas.

Então a sala ficou dividida entre a concordância e os risinhos.

– O que é isso, Dorcas? – perguntou Almofadinhas – Não temos culpa se somos brilhantes.

– Certo, certo, para quem ainda não conseguiu, procure uma lembrança mais feliz e se concentrem nela.

Obedecemos e a sala ficou em silêncio novamente. Eu pensei em muitas lembranças, mas nada me pareceu extremamente feliz. Distraída, olhei para James e sorri. Talvez alguma lembrança com ele. Ele sempre me deixou feliz, bem, atualmente. Então pensei no dia em que nos beijamos. Eu sorri involuntariamente.

– Agora digam o feitiço – disse professor Klaus.

– Expecto Patronum – dissemos novamente.

Daquela vez, da minha varinha, saiu um pouco mais que um vapor prateado. Tinha algumas patas e algumas orelhas.

– Essa lembrança parece boa, apenas se concentre mais – aconselhou James.

Concentrei na lembrança mais ainda. Praticamente relembrei o episódio. Quase dava para ver o rosto de James. Me preparei e lancei o feitiço.

Quando abri os olhos vi uma corça prateada andando pela sala. Era linda, mas ao prestar atenção ao meu redor, percebi umas risadinhas de algumas pessoas.

– O que foi? – perguntei confusa a James que também estava com um sorriso.

– Quer saber uma curiosidade sobre o patrono? Quando alguém está apaixonado, seu patrono se transforma no mesmo patrono da pessoa que se ama.

Com vergonha até o último fio de cabelo, não pude evitar de ficar vermelha.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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