Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oie,
foi mal pela demora, tava meio ocupada.
Boa leitura!



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Eu estava na minha cama olhando distraidamente para a janela. Ontem, James havia se declarado para mim. Na hora eu não sabia o que fazer. Meu coração queria aceitar e beijá-lo, mas aquilo simplesmente não aconteceu. Simplesmente saí correndo. Não sei o que havia dado em mim. Eu venho gostado de James há um tempo e estava seriamente pensando em ser namorada dele, mas infelizmente meu maldito sistema nervoso não me deixou.

Hoje, mal tive coragem de olhar na cara de James. E agora eu estava sentindo falta dele. Não sei quando veio esse sentimento, mas quando veio me atingiu fortemente. Frustrada com tudo, me senti estranhamente sufocada naquele quarto. As paredes imbatíveis e muitas camas ao redor para bisbilhotar minha confusão. Levantei-me e sai de fininho do quarto.

Abri a porta com cuidado e andei furtivamente pelos corredores do castelo. Sempre me escondendo para não ser pega. Quando aliviada consegui sair do castelo, segui para os arredores do lago. Ao longe, vi quem eu menos esperava sentado debaixo de uma árvore. James. Vendo ele, meu coração deu um giro de 360° e começou a bater forte, e sem pensar muito nisso, meus pés me levaram até lá.

– Olá – disse me sentando ao lado dele.

James pareceu surpreso.

– Olá. O que a faz vir aqui?

– Nada, só vim pensar um pouco.

– Eu também – disse ele com um leve sorriso.

Passamos um bom tempo assim até que de repente eu disse:

– Eu sinto muito.

– Ahn?

– Sinto muito pelos seus pais. E também por ter sido rude com você no começo do ano mesmo tendo acontecido isso.

Ele riu. Ahn?

– Não, tudo bem, eles estão bem apesar de tudo. Mas falando sobre você ser rude, eu devo admitir que até gostei.

– Ahn? – disse fazendo uma cara que deve ter sido engraçada, pois ele riu.

– Sabe, quando voltei para Hogwarts, pessoas com quem eu nunca falei, disseram que sentiam muito, que estavam penalizados. Sinceramente, mesmo aquelas palavras fossem verdadeiras, eu não gostei daquele tipo de atenção. Fez-me sentir como se eu fosse garotinho assustado que acaba de perder os pais. Mas aí vem você sendo a mesma. Mandando-me lhe chamar de Evans e não aceitando meus gestos de amizade– disse ele agora sorrindo – Me fez ver o quão verdadeira você é. Não importa a situação, você sempre mantém sua personalidade. Pode me chamar de estranho, mas eu gostei.

Eu estava cada vez menos entendendo a lógica desse garoto.

– Desculpe, é que eu sou um pouquinho teimosa.

– Um pouquinho? – disse ele com uma sobrancelha levantada.

– É, talvez bem teimosa, mas isso não vem ao caso. Bem, eu demoro para confiar nas pessoas.

– Por isso você demorou a aceitar ser minha amiga?

Talvez fosse minha cabeça, talvez o jeito como ele me olhou, talvez o toque de tristeza na voz dele, mas aquilo me afetou. Eu não podia mais me imaginar sendo inimiga ou colega dele. Evitando um constrangimento eu olhei para cima e tentei manter minha voz o mais calma possível.

– É, mesmo com minhas amigas, eu demorei a confiar totalmente. Acho que é porque eu sou muito desconfiada.

– Eu gosto de pessoas desconfiadas.

Eu olhei para ele pelo canto do olho e vi que ele estava sorrindo.

– O-o que você disse ontem, é verdade?

– Mas é claro! Quem você conhece que é louco por você desde o quinto ano?

Ele deve ter dito isso sem pensar porque ficou envergonhado.

– Mas, por quê? Por que você, dentre todas as garotas do mundo, me escolheu?

Ele pensou um pouco antes de dar a resposta.

– Bem, na verdade não sei. Acho que é por que você é única. Você é forte, supera tantas coisas, é gentil. Apesar de desconfiada, você é muito leal. Além de ser linda. Eu não sei exatamente porque te escolhi, mas eu sei que foi a escolha certa.

Ele disse isso com um sorriso enorme que me fez ficar vermelha.

– Você está vermelha.

– É óbvio, idiota. Como acha que uma garota fica após ouvir isso.

Ele riu. Idiota.

– Eu respondi sua pergunta, agora você responde uma minha.

– Certo.

– Por que você nunca gostou muito de mim?

Eu poderia dizer que ele era arrogante, metido, prepotente, se achava, era galinha, idiota, piadista, malicioso, encrenqueiro, me dava nojo, mas o que eu disse surpreendeu mais a mim do que a ele.

– Porque na época eu não era maluca.

Ele sorriu e começou a se aproximar. Logo seu rosto estava muito próximo ao meu. Nossos narizes se tocaram e ele fechou os olhos. Então eu senti o gosto de seus lábios. Eram doces, maravilhosos. Em algum momento que eu não sei, havia fechado os olhos e colocado minha mão em seus cabelos. Aquilo era tão bom. Era muito mais forte do que eu já havia sentido por qualquer outra pessoa. Amava aquele ser e ele correspondia. Poderia ter ficado assim pela eternidade, mas uma hora tínhamos que voltar a respirar.

James se separou e olhou para mim surpreso, mas com um sorriso travesso.

– Agora vejo a sua maluquice.

Eu dei um soco de leve no seu braço e ele começou a rir. Quando parou, voltando a me beijar, me conduziu para chão fazendo eu me deitar na grama macia. Sem malícia, sem segundas intenções. Eu deitada e ele apoiado sobre as mãos em cima de mim.

Apesar de minha cabeça estar totalmente vazia, meu lado responsável soou. Estávamos no meio da madrugada, fora do castelo, deitados e ainda por cima nos beijando. Isso iria dar em encrenca. Assim, botei minha mão em seu peito o empurrando para cima.

– Se continuarmos assim, alguém vai nos ver e não quero arranjar detenção logo agora.

Ele me olhou entristecido, mas concordou.

– Tudo bem, vamos.

Levantei-me, mas senti sua mão segurar a minha. Um familiar arrepio passou pela minha espinha, aumentada de intensidade pelo medo de sermos pegos.

– Espera, não pretende voltar pro castelo sem nada para se esconder né?

– E você tem?

– Tenho.

Ele foi para um canto e pegou uma espécie de manto. Passou por cima dos ombros e com espanto percebi que metade dele havia ficado invisível.

– Uma capa da invisibilidade? – perguntei admirada.

– Sim, recebi do meu pai.

– Isso explica como você conseguiu aprontar tanto sem que ninguém o visse.

– Credo Lily, que jeito de pensar sobre as pessoas.

– Vai me dizer que é mentira?

Ele olhou para o lado como se estivesse considerando a pergunta.

– Bem, não, mas vamos logo, entre aqui.

Abaixados e cuidadosos voltamos para o castelo e conseguimos entrar no Salão Comunal.

– Isso foi, ahn, estranho. Bem, então até amanhã.

– Espere – disse ele segurando minha mão novamente.

– O que?

– Eh, isso quer dizer que estamos namorando? Ou fez isso por pena, ou alguma coisa parecida?

Eu o olhei indignada. Eu nunca seria capaz de fazer uma coisa dessas. Eu sofri quando vi ele beijando Catherine, me arrisquei ser pega saindo escondido do castelo, o que para mim é grande coisa, o beijei e ele que sempre havia pedido uma chance para mim, desconfia de mim quando finalmente aceito?

– Como pode pensar isso de mim? – perguntei com raiva – Eu nunca iria fazer uma coisa dessas. Não confia em mim?

Depois do que eu disse, ele pareceu pensar direito.

–Desculpe, é que... Faz tanto tempo que eu sonho com isso que, quando finalmente acontece, parece que é apenas mais um sonho.

Quando ele disse isso, minha raiva passou tão depressa quanto veio. Ele apenas estava inseguro. Também não deve ser fácil. A pessoa que você gosta lhe rejeitar a vida toda e de repente a mesma pessoa aparece apaixonada por você. Eu estendi minha mão e ele pegou.

– Não se preocupe – disse isso sorrindo feito boba – Como você mesmo disse, eu sou verdadeira. Eu sou real.

Dito isso, lhe dei um beijo calma, para passar todas as dores e incertezas que ainda podia estar dentro dele. Quando me separei dele, ele ainda parecia surpreso.

– Agora, vamos dormir.

– Então isso significa que estamos namorando? - continuou a perguntar.

– É claro, seu idiota, agora vá dormir.

Antes de ir para o dormitório masculino, ele deu o maior sorriso do mundo e me deu um beijo rápido. Era tão engraçado como ele conseguia mexer comigo. Voltei para o quarto me sentindo a garota mais feliz do mundo.

No dia seguinte, não me interessava se eu estava ainda com a roupa de ontem ou que estava horrível, mas me sentia estupidamente feliz. Levantei-me imediatamente.

– Bom dia – disse com um enorme sorriso na cara.

As meninas estranharam minha ação.

– Bom dia, flor do dia, o que fez a senhorita acordar tão cedo? E com tanto bom humor? – perguntou Marlene.

– Bem, eu tenho uma coisa para contar para vocês.

– Conte.

– Eu, eu estou namorando o James.

Marlene e Dorcas olharam para mim do mesmo jeito como quando disse que iria para Hogsmeade com James pela primeira vez. Alice, no entanto, abriu um enorme sorriso.

– Até que enfim – disse Alice pulando na cama e me abraçando – Parabéns.

– Obrigada – disse sorrindo.

Ela separou-se de mim e olhou para as meninas com um olhar de repreensão.

– Não vão dar parabéns a ela?

– Você acredita nela? – perguntou Dorcas.

– Ora Dorcas, eu conheço o olhar de uma mulher apaixonada, sendo uma delas.

– Bem, então, parabéns Lily.

– Eu ainda preciso ver para crer – disse Marlene.

– Então por que não vamos lá para baixo? Assim saberemos se é ou não verdade – disse Alice.

Levantei-me e me arrumei. Como hoje era domingo não coloquei minhas vestes da escola, vesti uma blusa, jeans e tênis, penteei meus cabelos cuidadosamente e pus meu melhor perfume. Desci e fiquei conversando com as meninas ainda em pé. De repente sinto mãos segurarem minha cintura, me rodar e me beijar. Reconhecendo o beijo, sinto que é James. Porém, estávamos no meio do Salão Comunal e estava lotado de pessoas e assim me afastei.

– Aqui não, tem muita gente – disse vermelha de vergonha.

– Ora, eu passei três anos te pedindo para sair publicamente e ainda fiz uma declaração para você em frente a todos e você não quer me dar um beijo por causa das pessoas?

Ele disse aquilo com uma cara tão fofa que não resisti. O beijei.

– Então é verdade? – perguntou Sirius, Marlene, Dorcas, Remo e Pedro ao mesmo tempo.

Os únicos que não pareciam surpresos eram Alice e Franco.

– E quando foi isso? – perguntou Marlene

– Pontas não te contou? – perguntou Sirius marotamente – Foi ontem, no meio da madrugada perto do lago.

Minhas amigas ficaram escandalizadas.

– Não aconteceu nada, só nos acertamos – garanti.

– E vejo que se acertaram muito bem – observou Sirius.

– Por que você não vai brincar lá fora, cachorrinho? – perguntei

Sirius estreitou os olhos para mim e fez um tipo de rosnado e James, Remo, Pedro choraram de rir.

– Acho que já sei por que você gosta dela Pontas – disse Remo parando de rir.

– Ahn, nós não estamos entendendo nada – constatou Dorcas.

– Coisa nossa, Dorcas – respondeu James.

O dia se passou impressionantemente rápido. Com James me distraindo o tempo todo, me fazendo rir, não consegui fazer todas as tarefas.

– James, é sério, eu preciso terminar isso até amanhã.

– E eu estou te atrapalhando?

– Está sim

Ele fez uma cara tão fofa, parecida com a de cão abandonado que quase não resisti, mas consegui ser forte.

– Vá subir, já está tarde.

– Ok mamãe – disse ele resmungando.

Antes de subir me deu um beijo de boa noite e foi dormir. Eu nunca fui tão feliz. E eu me sentia uma idiota.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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