Stay escrita por Lola


Capítulo 39
Hey Jude


Notas iniciais do capítulo

Título do capítulo, em homenagem a Judith. Gente, ela chegou ♥♥♥

Bem, não demorei tanto assim, ou demorei? Queria agradecer as meninas que continuam acompanhando a Fic, mesmo com a péssima autora que sou. Principalmente minha Brê, que amo de mais ♥

Gostaria de dizer que minha demora, também tem haver com a minha dificuldade para conseguir finalizar a Fic. Gente é serio, eu não consigo encontrar um fim para Stay. Mas como nada é perfeito, tem que acabar, certo?

Gostaria de agradecer a Princesa Jujuba, pela a linda recomendação. (Esqueci de agradecer no último capítulo e.e)

Bem. Isso é tudo. Espero que gostem ♥



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Rick observava a pequena e agitada Judith. Os olhos azuis brilhavam emocionados, enquanto via um pequeno sorriso crescer nos lábios da menina.

– Ela meio que lembra a Lori. - A voz de Beth alcança os ouvidos do xerife.

O homem sorri para a loira. Se permitiu colocar uma das mãos sobre o ombro da mesma.

– Ela é realmente linda, não é? - Pergunta, sem tirar os olhos do pequeno embrulho cor de rosa.

Beth sorriu, notando a felicidade do homem. Por um momento, se imaginou segurando a menina em seus braços.

O xerife não havia percebido o quanto estava próximo da menina Greene, apenas se deixou desfrutar daquele momento, sem pensar no quão errado era aquilo.

Rick se ocupava em lembrar-se dos momentos em que estava ao lado de Lori, contemplando a beleza e delicadeza do mais novo membro na família Grimes. Observava cada detalhe da menina, desde o rosto corado, até as mãos pequenas que se balançavam no ar.

Já havia perdido a conta de quantas vezes tinha reparado em cada detalhe do rosto de Judith, o homem simplesmente não conseguia deixar de pensar no quanto ela era incrivelmente perfeita.

Se assustou ao perceber o quanto estava próximo de Beth, e em como suas mãos, automaticamente, procuravam uma a outra.

A menina sorriu sem graça, reparando na mãos entrelaçadas. Se afastou do xerife, caminhando em passos longos pelo o corredor.

Antes que Rick pudesse ao menos pensar em ir atrás de Beth, ouviu a risada alegre de sua esposa.

Decidiu não pensar em Beth, ou no breve momento que ambos tiveram. Apenas sorriu abertamente para Lori.

– Pronta para ir pra casa?





Conforme as horas passavam, a ansiedade do garoto de apenas oito anos aumentava. Ainda não havia visto a irmã, e sentia saudade da mãe. Estava jogado em um canto da sala, sorrindo gentilmente para os convidados e encarando a grande faixa com as palavras "Bem-vinda, Judith" escrito. Sorriu, pensando no quanto sua situação era irônica. Há meses atrás, a simples menção ao nome da pequena já o tirava do sério, e agora, estava louco para poder pega-la em seus braços.

Sentiu um formigamento na barriga, quando viu Sophia descer as escadas saltitante. Pensou no quanto ela estava bonita com aquele vestido, e em como seus olhos pareciam mais claros ultimamente. Sorriu automaticamente, ao perceber que a garota se aproximava timidamente. Sophia não falava muita coisa, pela a primeira vez parecia não existir um assunto do qual os dois pudessem passar horas conversando.

Carol se perguntava aonde Daryl estaria. Conversava animadamente com todos ali presente, sem deixar de prestar atenção em cada pessoa que entrava ou saia pela a porta.

Sentia um vazio em seu peito, a cada vez que o via indo embora. Depois de tudo o que aconteceu nas ultimas semanas, Carol tinha a sensação de que toda vez que alguém saísse, tinha uma grande possibilidade de não voltar mais.

Se sentiu desconfortável, quando se lembrou das palavras "case comigo". Carol lhe devia uma resposta, mas ela não fazia a mínima ideia do que dizer ao caipira.

Não negaria.

Mas também não sabia que um "sim" sairia de sua boca.

Carol o conhecia bem para saber que Daryl era capaz de faze-la feliz. Também o conhecia bem o bastante para saber que ele não a deixaria se lembrar de Ed, enquanto estivessem juntos. Mas pensava em Sophia, e em como a garota reagiria a isso.

Carol havia acabado de ver o ex marido ser morto.

Não sabia se estaria pronta para olhar nos olhos do caipira, e dizer que aceitava se casar com ele.






Beth atravessou a entrada da fazenda, não se importando com as lágrimas quentes que desciam pelas bochechas rosadas, já que sabia que a casa estaria tão vazia quanto ela naquele momento.

Foi um simples toque.

Ele apenas segurou em sua mão, e isso foi o bastante para fazer tudo dentro da garota se quebrar. Como se seu coração fosse feito de vidro ou papel, e alguém tivesse acabado de rasga-lo.

Há alguns meses atrás, diria a si mesma que não sabia o motivo daquilo tudo. Mas agora, ela tinha pleno conhecimento do que estava acontecendo dentro dela, sabia o motivo de seu coração bater com força, a cada vez que seus olhos se cruzavam com os de Rick, e também sabia porque a simples menção á seu nome, era um bom motivo para sorrisos e suspiros desnecessários.

Beth poderia jurar que estava apaixonada. Ela diria isso mil vezes, se aquilo fosse o bastante para convencer a si mesma.

Mas não... Não era uma simples paixão, porque esse tipo de coisa são como castelos de areia. Não duram e são facilmente desfeitos.

Paixão poderia ser, em sua nada humilde opinião, o sentimento menos duradouro. Era tão simples e rápido, tão falso e quebrável.

Sabia que o fato de saber de cor cada detalhe do rosto do homem, não significava apenas um sentimento passageiro.

Beth o amava.

O amava com tanta intensidade e sinceridade.

Não era nada bobo, não se quebraria. Nunca se quebraria, não haveria uma rachadura sequer. Pois assim como o universo, Beth acreditava que existia algum infinito em tal sentimento

Sabia que era amor, pois quando ele a olhava, Beth se sentia feliz. Tão feliz quanto uma garota de apenas dezessete anos poderia ser, e ela se sentia assim porque sabia que naques raros momentos, aqueles em Rick Grimes pousava os olhos azuis nela, Beth sabia que nem que fossem por milésimos de segundos, ele pensava nela.

E naquele dia, quando decidiu ir conhecer Judith, decidiu também que se livraria daquilo. Se livraria de Rick, e de todo aquele peso absurdo que era carregá-lo em seu peito.

Beth estava pronta. Estava pronta para brigar consigo mesma, e dizer o quão estúpida ela era.

E então ela viu Rick, e ela viu Judith, e viu o quão feliz aquele homem estava. Foi nesse momento, quando ela desejou ser o motivo daquela felicidade, que se deu conta de que não poderia arranca-lo de sua vida, nem se decidisse tirar o próprio coração.

Rick estava marcado.

Era como uma mancha, grande e reluzente, que a cada dia a fazia se lembrar de que todos aqueles sentimentos tão fodidamente fortes, estavam nos olhos dele, a cada vez que olhava para Lori.

Talvez tenha sido por essa razão que Beth fugiu, que correu quando o mesmo a tocou.

Rick nunca a amaria.

Ele nunca a veria como a mulher que lhe deu Judith ou Carl. Nunca a veria como sua esposa, ou a pessoa com quem gostaria de passar o resto de seus dias.

Beth sabia... Sabia que era apenas a filha de Hershel. Era apenas a menina Greene, jamais a mulher de Rick, mas sempre a pequena e frágil Beth.






Daryl entrou pela a porta da frente, se esforçando para sorrir e apertar as mãos das pessoas ali presente. Tentando não pensar no quanto aquilo tudo era um grande exagero da parte de Carol.

Sabia que em parte, era porque ninguém nunca havia se importado o bastante com ele, para lhe dar uma festa de boas vindas... Ninguém, exceto Carol.

O homem sorria abertamente, quando as pessoas lhe diziam que estava bonito. Não corava ou se escondia, apenas sorria.

Por mais simpático que Daryl pudesse parecer, por dentro ele queria apenas sumir daquela multidão. Queria apenas se esconder no lugar mais distante e escuro que encontrasse. A única razão de ainda estar suportando aquilo, era Rick e Carol.

Reparou na grande faixa que atravessava parte da sala. O homem se segurou para não rolar os olhos. Apenas suspirou e procurou por Carol.

Pode observar de longe, Sophia e Carl brincando junto com Lizzie.

A menina logo o viu, e como de costume, correu para os braços do homem.

Daryl estava acostumado com os abraços de Sophia. Até sentia falta deles, as vezes.

– Por que demorou tanto? - A menina pergunta, encarando os olhos vazios de Daryl.

– Porque isso vai ser um saco. - Ele diz, fazendo uma careta.

Sophia riu, balançando a cabeça.

Já esperava essa reação dele.

Daryl odiava festas. Principalmente as que tinham bexigas e faixas escritas "Bem vinda, Judith".

– Mamãe estava te esperando. - A menina diz, segurando na mão de Daryl e o levando até sua mãe.

– Ela está brava? - Pergunta o caipira.

– Não. - Sophia responde, simplesmente. - Mamãe, Daryl chegou.

Carol conversava animadamente com Tyreese. A mulher dava os parabéns ao homem. Iria se casar.

– Pensei que não vinha mais. - Carol sorri, estendendo a mão para ele.

Sophia não demora muito ali, logo ela corre de volta para junto de Carl e Lizzie.

– Já está sabendo? Ty vai se casar. - Daryl levantou as sobrancelhas, surpreso.

– E a noiva já sabe? - Brincou Daryl, antes de estender a mão para o homem. - Sejam felizes.

– Obrigado, cara. - Tyreese diz, sorrindo abertamente para os dois. - Desejo o mesmo a vocês.

Daryl apenas sorriu.

No fundo sentia um pouco de inveja do amigo. Por mais que fosse ridículo de sua parte, imaginava como seria estar em um casamento.

O homem não teve muito tempo para pensar nisso, já que uma voz fina e infantil invadiu o local, gritando a plenos pulmões que Lori e Rick haviam chegado.

Por um momento, tudo o que se ouvia eram murmúrios. Todos ansiosos para conhecer a pequena Judith, o alvo de cada conversa em Woodbury.

A menina se mexeu nos braços da mãe, abrindo os pequenos olhos e sorrindo.

Foi o momento perfeito.

O momento em que ela olhou diretamente para os olhos de Lori e sorriu.

O sorriso mais doce e inocente que ela já vira. O sorriso que gostaria de ter consigo todos os dias de sua vida.

Judith era o seu pequeno brilho. Sua pequena Judy.

Aquela que pegaria uma canção triste, e faria dela a canção mais bela que qualquer um tenha ouvido.

A menina dos olhos mais bonitos e da alma mais sincera. Uma coisa tão pequena e frágil, que fora capaz de parar quase uma cidade toda.

Ela era é tão nova, e nem imaginava o quanto era importante.

Logo as pessoas começaram a cumprimenta-los, e dar os parabéns.

Os olhos molhados de Carl surgiram dentro a multidão. O garoto estava assustado, não por saber que já não era mais o único na vida dos pais, mas sim porque sabia que mesmo sem conhecer aquela coisinha, já a amava mais do que tudo.

– Quer segura-la? - Rick pergunta ao filho.

Carl sorri, estendendo os braços.

E então estavam todos ali. Todos que eram realmente importantes.

Aquele era o momento perfeito.

Aquele seria o fim perfeito.

Mas para Rick e Lori, era apenas o começo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram gente? Odiaram? Comentem, critiquem deem opiniões. Isso sempre me ajuda muito.

EU SEI, EU SEI. BETH E RICK NUNCA SE DESENROLAM. Fica sempre nesse vai não vai, sempre deixando dúvida se vai acontecer ou não. Mas por tudo o que tem acontecido com Rick, não acho que se envolver com outra pessoa faria bem para o nosso xerife. Sem falar que a Judy acabou de nascer. A verdade é que não me aguento, eu até pensei em fazer a Beth se declarar, mas percebi que não ia ser nada legal. Gente, é Brick. Eu simplesmente amo esses dois HUE.

Sei que vocês esperavam uma resposta da Carol, mas ela acabou de se livrar do Ed. Bem, de qualquer forma, prometo a vocês que ainda terá o momento Caryl mais épico de todos.

Gostaram da chegada da Judy? Ela é mesmo perfeita gente ♥

A gente se vê no próximo capítulo, Bjos da Tia Barbie ♥