Mascarado, eu imploro que me mostre tua face! escrita por VivianLidi


Capítulo 11
Capítulo 11




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— Ai. Reclamava da agulha espetando.

— Tenho certeza que a dor dela foi pior.

— O que?! Eu não toquei nela!

Ameaçava o advogado algemado em tom agressivo se levantando da cadeira do médico, em consequência o mesmo colocava num recipiente.

— Podem levar. Indicou para o guarda e o puxou pelo braço.

Ambos saíram da ala médica, indo de volta a delegacia civil, era até cômico ver um homem de camisa amassada gigante e um policial anão ao seu lado. Ambos pararam frente ao delegado enquanto conversava com uma moça familiar.

— Então, eu acho que foi uma noite de curtição pura, por isso me droguei.

Mônica? Se questionava confuso.

— O-ok. O delegado a olhava suntuoso. — Será indiciada por isso.

— O que está fazendo, idiota?

— Meu amorzinho. Sorriu a bonita e pequena moça abraçando o seu suposto namorado. — Você está preso mesmo? Isso é um absurdo, eu não posso fazer sexo nem drogada?

— Q-quê? Menezes corou intensamente.

— Entra no clima, seu babaca! Sussurrou próxima a seus lábios. — Eu terei que prestar queixa sem ter feito nada só para lhe salvar.

— Então teremos que ser bons atores.

— Vo. Antes de concluir a frase Menezes a beijou nos lábios aproveitando a abertura labial que fazia com intuito de falar e pôs sua língua contra a dela. — Q-que saudade! Atuava tonta enquanto se recuperava e Menezes beijava-lhe a bochecha.

— Está vendo? Somos quase noivos.

— Somos? Entrou no papel. — Somos!

— Ah… Então, por que não a impediu de se drogar?

— Eu não sabia, ela apenas atacou minha calça e começou a me tocar com aquelas mãos imensamente macia, fazemos isso todo final de semana o dia todo, inclusive ela adora.

— É, é mais fácil eu ter estuprado ele por minha carência sexual.

Ela é totalmente virgem.

— Lógico que ela não fez isso, eu sou muito macho para deixá-la dominar durante o sexo.

— Tão macho que dobra as próprias roupas depois do sexo.

— Licença! Tossiu o jovem delegado. — Não foi estupro… Não há motivos para estar aqui Menezes, quando o exame sair, você poderá ir… Quanto a ela… Terá que pagar fiança ou permanecer presa.

— Eu vou tirar dinheiro assim que sair daqui, tudo bem? Sussurrou.

— Por favor!

Cúmplices! De uma mentira não tão mentirosa, ela confiava nele e ele entrou no jogo dela. Mônica ainda sentia ódio do rapaz pelo fato de ter deixado isso ir tão longe, mas… O que realmente havia acontecido? Ela preferia uma fonte segura que não fosse prendê-la mais tarde.

Confio. Pensou por fim e foi até sua cela.

— Menezes… Se não estava lá… Onde estava?

— Eu estava no evento da companhia de meu pai, senhor Menezes.

— Você é uma testemunha daquele genocídio?

— Sim.

— Certo. Respirou fundo. — Eu sinto muito mantê-lo por tantas horas aqui, porém ainda requisito de você, será testemunha até o caso se fechar e descobrir quem era o assassino.

— Foi o Heart? Não?

— Eu duvido um pouco disso… Os policiais e a mídia acham que é o Heart… De qualquer forma, sinto muito pelo tratamento que os policiais deram a você.

Foram 12 horas até o resultado do sangue sair…

Negativo.

Letter e Menezes não compartilhavam o mesmo DNA, o sangue era diferente e fora um crime absolutamente plantado e fora de 25% de sucesso. Mas ainda foi uma falha, ele acabou virando testemunha de algo que não queria estar envolvido para não abrirem novas suspeitas sobre ele, o detetive jogaria sujo novamente e ele tinha que proteger a primeira pessoa atingida do seu caso.

Aquela garota imbecil.

O que fariam com o tal anônimo? Menezes quis fecha o caso sem denunciar por calunia e perseguir até o inferno o acusador.

Mais duas horas de testemunho foi liberado, pegou seu carro indo diretamente e logo voltou para salvar aquela dentuça, com dinheiro em mãos de uma fiança de… 5,000 reais, que ela não se “drogue” de novo, isso custou caro!

— Obrigada. Entrou no carro enquanto o cavalheiro segurava a porta e entrou. Menezes o mesmo, enfim ligou o carro.

— Que dia estranho.

— Sim… Eu não estou bem, estou confusa… Eu posso passar a noite com você? Estou achando que é bem mais seguro do que ficar na minha casa e ter algum risco de outra pessoa me drogar.

— Você está suspeitando de alguém?

— Só não é você, por isso te salvei, também me salvei de um exame de delito, mesmo que não fosse ético por parte da médica me liberar, será que Heart fez algo comigo? Aquele tarado!

— Jura? Suspirou profundamente um pouco chateado por ela não ter tido mais nenhuma pista sobre ele mesmo.

Dirigia até sua casa. Quando chegou olhou-a pelo canto de seus olhos a vendo adormecida com lábios entreabertos tentado a beijá-la novamente.

Dessa vez ele a levou pelos braços, sem falta de afeição, hesitação ou a força, apenas a mulher que ele amava nos seus braços, entrando na casa que ele queria que ambos morassem… Mas ela já o havia rejeitado, ele não arriscaria novamente assustá-la com seu excesso de amor... Reprimido.


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