Mascarado, eu imploro que me mostre tua face! escrita por VivianLidi


Capítulo 10
Capítulo 10




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— Eu quero falar com o delegado! Batia na grade insistentemente enquanto dois policiais o ignorava.

— Cale a boca, pelo amor de Deus. Reclamou um dos policiais.

— Eu quero falar com a policial Maria, escute, eu não teria motivo algum para fazer isso, eu cuido dessa garota desde que era pequena.

— Certo. Bufou o segundo policial.

Não acreditaram, lógico.

Um homem de sorriso suspeito entrou na ala dos presos, era o investigador requisitado após a denuncia anônima.

— Boa noite, Menezes.

— Quem é você? Seus olhos tentavam identificar o homem de alta estatura sorridente.

— Abram a cela por favor e algeme-o.

Executaram o pedido do homem. O interrogador pediu-lhe para o seguir até uma sala especial totalmente fechada.

— Então, o que aconteceu?

— Eu também quero saber.

— É? Sorriu o oposto. — Certo, o senhor foi acusado de aliciar uma jovem estudante que no caso mora ao seu lado, recebemos uma ligação anônima afirmando que viram você levando uma jovem para sua casa nos braços e logo executou o ato.

— Por favor, isso é um absurdo! Onde ela está?

— E o senhor a drogou.

— E-eu… Eu não a droguei.

— Foi encontrado material do seu DNA na roupa íntima dessa moça.

— Isso é mentira! Como conseguiram meu material se… Cerrou o punho na mesa.

— Ela não está conseguindo falar, os efeitos da droga eram muito fortes, onde você conseguiu?

— Simplesmente, porque eu estava…

Na festa? Naquela matança? Não…

— Estava onde?

— Eu me recuso a falar mais alguma coisa.

— Imaginei, o detetive quer falar com você.

O homem saiu da sala, Menezes tremia assustado, tudo bem, ele fazia qualquer coisa por ela, certas brincadeiras pesadas com ela, mas… Ele cuidava dela… Ele… Amava ela.

O detetive entrou jogando pastas na mesa olhando com um sorriso esguio para o homem.

— Boa noite Menezes, tem passado bem?

Ele encarou e logo abaixou os olhos confuso.

— Você não quer conversar sobre o que fez? Tudo bem, eu também me sentiria envergonhado.

— Escute seu pirralho de merda, você sabe bem que eu não fiz nada, talvez a única pessoa que saiba, mas eu me questiono onde conseguiu meu DNA?

— Seu sangue… Letter of Hearts. Sussurrou. — Foi uma falha peculiar, você se cortou na coroa de sword enquanto assaltava, eu não divulguei para a perícia, considere um favor.

— V-você sabe da identidade? Eu ainda duvidei da sua capacidade. Gargalhou. — Conte-me, estou ansioso.

— Se insiste, sei que estava no evento. Novamente abriu um sorriso. — É como se fosse acabar de todas as formas a sua escolha, se citar seu álibi, que no caso estava na festa, seria interrogado pelas mortes e teria sido preso fazendo com que os assaltos parassem aberto a dúvidas sobre sua identidade… Caso continue sem dizer… Será acusado de estupro.

— Você é um rapaz esperto, se tiver uma falha você sabe que vai preso, você é um gênio.

— Sobre isso… A ligação foi anônima, eu não tenho particularidade alguma com isso.

— Mônica não vai admitir isso.

— Ela não sabe, está drogada, essa droga lhe causou amnésia permanente da noite passada.

— Ela ligou para mim, Franja estava na minha casa, eu posso provar que não fiz nada.

— Celular? Ela não quebrou?

— Seu hipócrita gênio! Sorriu-lhe o advogado insano. — Você é doente como eu, mas não é um letter.

— Só existe um Letter… E é você.

— Está de brincadeira, quem acha que foi até a festa e iniciou a matança?

— Sem hipocrisia, não há câmeras e você deve ter entendido isso bem já que lhe fiz o favor de contar.

— Acredite, não existe apenas o Heart, existem mais dois.

— Cale-se!

— E a denuncia anônima será caluniosa… Apenas de suspeitas… DNA plantado de um suposto “eu”… Tire meu sangue e vamos tirar a prova! Eu ainda sou preso como suspeito, seu fracassado, eu fui uma vítima daquele evento e logo ficará pior, a cidade terá como inimigo um falso Heart.

— Um falso Heart? Só por que aderiu a necessidade de matar? As pessoas não esqueceram o que você fez com os proprietários e guardas de museus.

— Quem sabe? São as aberturas, portas mal fechadas por você, saiba que a única pessoa que não é nada para ela é você, por isso queria tanto abrir os olhos das outras pessoas sobre mim, mas não irá me denunciar, pois não tem prova alguma que sou letter, tirando por eu falar, porém posso negar e farei isso até você encontrar um motivo plausível para me denunciar.

Menezes retomou o controle, a face do hipócrita advogado que era, o detetive estava espantado, por que se arriscaria com um sangue se ele estava tão convicto que não era?

— O exame logo será feito, boa noite Menezes.

O detetive saiu atônito, assustado com a reviravolta, tinha certeza que era mais um de seus fracassos… A não ser que… Ele mexesse novamente com o bem mais precioso de Menezes.

— Cebola! Cascão entrou na sala choroso. — E-eu pensei que você estava morto, s-seu pai também… Droga, que susto!

— Você é tão gay.

— Isso é bem sério!

— Beleza.

— Err… Por que está algemado? V-você não é testemunha?

— Fui indiciado por estupro.

— Oi?

— Mônica?

— S-sim? Acordou assustada numa mesa médica aleatória. — Onde eu estou?

— Não se esforce muito, você ainda não se recuperou dos efeitos da droga.

— Que droga? Por favor, onde estão minhas amigas?

— Amigas? Ah… Claro, amnésia.

— Que amnésia. Levantou agora por completo. — O que está fazendo comigo?

— Calma, calma.

— Não! Por que tem cordas me amarrando? Eu apenas saí para beber e agora estou no hospital?

— Isso é uma ala médica da delegacia, Mônica.

Acalmou-se, respirou fundo e tentou ser mais pacífica possível. Não tinha condições de ter feito algo tão ruim. A médica explicou-lhe a situação e Mônica riu, gargalhou, depenou na mesa da médica.

— Qual a graça?

— Não vi M…

Espera… Então… Se eu dizer que não lembro, eu terei que fazer o exame… Ela disse que Menezes me estupr.. Pfff… Não, ele não faria isso, talvez tenha bebido em excesso, mas nem quando estava pior ele fazia algo inconsciente comigo…

— Bem… Menezes é meu namorado senhora. Jamais na face dos céus. — Eu lembro que dormi na casa dele, mas só que eu fui levada para minha casa depois, é lógico, ele trabalha arduamente para me sustentar.

— Onde ele trabalha?

— Ué, que dia é hoje?

— Hoje é dia 27 de junho.

— Oh… Ontem foi o aniversário de Menezes, ele não estava comemorando na empresa da família dele? Claro! Ele me contou algo sobre isso.

— Menezes é filho do dono da empresa, não é?

— Sim, aquela companhia de forneci…

— Entendi… Porém se lembra da noite anterior, seus registros a tiveram como drogada.

— Err…

Pronto, seria presa por tráfico de drogas.

Uma jovem universitária com pré-disposição numa noite aleatória ao consumo de drogas, teria que pagar uma baita fiança.


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