Burning escrita por Absolutas
Notas iniciais do capítulo
Voltei!!
Gostaria de agrdecer a todas que comentaram no capítulo anterior: Rafa book Freak, Carolina Lorena e Thaisbarb. Muito obrigada mesmo!! Esse capítulo é para vocês!
Boa Leitura!!
P.S. Nas notas finais, contém o link das imagens que faltavam, ok?
CAPÍTULO 37
Meus ouvidos zuniam, meus sentidos estavam retardados e eu não via nada além de sombras e vultos quando abri um pouco os olhos. Ainda assim, soube que estava em um lugar escuro e úmido – um som de goteira soava ao longe – e que não estava sozinha. Meu corpo parecia entorpecido – meus dedos das mãos e dos pés formigavam, mas isso não me impedia de sentir que minhas costas estavam apoiadas contra algo duro e frio, provavelmente o chão. Minha respiração era lenta e entrecortada, o que me permitia ouvir a respiração e os soluços da pessoa que estava comigo, embora eu não soubesse quem era.
Não sei se passaram minutos ou horas até que eu me sentisse normal de novo; ou pelo menos o suficiente para me sentar. Quando o fiz, levei minhas mãos aos olhos, esfregando-os até que meus olhos se ajustaram a escassez de luz que dominava o recinto.
Notei que os soluços vindos da pessoa ao meu lado cessaram e eu virei a cabeça para o lado na tentativa de descobrir quem era, porém a escuridão não me permitiu distinguir nada além da silhueta feminina.
– Você acordou. – sussurrou. – Pensei que ela faria algo pior com você, mas me sinto melhor sabendo que ao menos está viva.
– Quem é você? – perguntei tentando reconhecer a voz – mas o fato de ela estar sussurrando não ajudava em nada na minha tarefa. – Não consigo vê-la direito está muito escuro. E onde estou?
– Sei que você tem recursos o suficiente para iluminar esse lugar. – falou ela. – Se o fizer, talvez eu possa responder à sua segunda pergunta. Quanto a primeira... – ela respirou fundo, e de algum modo o som pareceu carregado de tristeza e agonia. Não era para menos, pensei, aqui com certeza não um lugar feito para deixar as pessoas felizes. – Bom, não sei se você se lembra de mim, mas já nos falamos. Sou a Taylor.
– Taylor! – exclamei com descrença. Então, para confirmar se era mesmo ela, usei meu poder para “acender” minhas mãos e iluminar o lugar. Percebi que era mesmo Taylor ao meu lado quando vi seus cabelos ruivos iluminados pelo fogo. – O que estamos fazendo aqui? Eu não consigo me lembrar direito do que aconteceu... Só me lembro de receber um bilhete de Nathan, e... – eu ofeguei. – Nathan! Eu o vi segundos antes de desmaiar! Será que...
– Não. – interrompeu-me Taylor. – Não foi ele. Foi Dorothea.
– Mas eu o vi...
– Acredito que ela nunca tenha te contado, mas ela é como nós. Tem dons incomuns também.
– Então ela mexe com a mente também? – perguntei.
– Não. – falou Taylor. – O poder dela é outro. Não sei ao certo o que é, mas sei que é um dom parecido com o seu, um poder mais ofensivo, algo para ataque e não defesa. – esclareceu. – Mas acho que quem você viu, foi um dos subordinados dela. Brad. Ele tem o poder de mudar de forma.
– Ah. – estava aliviada por não ter sido Nathan, mas fiquei horrorizada comigo mesma por ter cogitado a hipótese. E preocupada. Se eles entraram lá para entregar aquele bilhete, podiam muito bem ter ferido alguém. Eu tremi.
– Está com frio? – perguntou, embora ela estivesse tremendo.
– Não. – tranqüilizei-a. – Mas você está.
– Sim. Aqui é um pouco úmido.
Eu olhei em volta com a ajuda da luz do fogo em minhas mãos e vi que havia algumas folhas secas e galhos pequenos espalhados pelo chão.
– Taylor?
– Sim?
– Junte essas folhas. Posso acender uma fogueira, isso vai esquentá-la.
Taylor me olhou por alguns segundos – um olhar digno de pena. Ela parecia emocionada com a minha atitude. Ela assentiu e olhou para baixo, começando a fazer o que lhe pedi. Quando as folhas e galhos estavam amontoados, eu aproximei minhas mãos e acendi a fogueira improvisada.
Com minhas mãos livres agora que já não precisava mantê-las acesas, apoiei-as no chão frio e olhei em volta examinando o local. Era parecido com o meu dormitório no reformatório, só que um pouco maior. Havia uma goteira – ou seria uma infiltração? – no teto e grades grossas de ferro presas com um cadeado e uma corrente nos deixava imponentes, uma vez que estávamos presas. As paredes de tijolos não eram rebocadas o que deixava o local parecido com os calabouços dos castelos nos filmes.
– Lorena? – chamou Taylor.
– Humm?
– Eu tenho que te contar uma coisa.
– O que? – perguntei curiosa.
– Foi minha culpa. – lágrimas escorriam de seu rosto quando ela falou isso.
– Não foi sua culpa. – falei, tentando consolá-la.
– Sim, foi minha culpa. – disse com autoridade. – Eu os levei até você.
– Como?
– Você me viu aquele dia na floresta. Eu vi que me reconheceu.
Foi então que uma lembrança distante inundou minha mente. Sim, eu a havia visto dias depois de ter chegado há Academia. Eu tinha feito tanto esforço para deixar para lá – pensando que imaginara tudo – que não teria me recordado se ela não tivesse dito.
– Era você mesmo? Pensei que tivesse imaginando coisas...
– Não, você não está louca. – garantiu. – Dorothea me mandou lá. Ela pediu para que eu te encontrasse, e eu o fiz. Foi minha culpa. Perdoe-me.
Eu arfei.
– O que? – eu quase gritei. – Por que fez isso? Nunca pensei que me odiasse!
– Eu não te odeio. – declarou.
– Não? Então por que fez isso? – insisti. Eu estava pasma, nunca pensei que Taylor fosse capaz de tal coisa. Ela me parecera uma pessoa de boa índole, contudo, provou o contrário.
– Ela está com o meu irmão. – falou. – Estava, pelo menos. – ela soluçou, as lágrimas corriam livremente por seu rosto. – Ela o matou.
– Irmão? - perguntei.
– Sim eu tenho... Eu tinha – sua voz falhou. – um irmão. Ela o mantinha preso para me manipular, mas ela o matou. E eu só descobri pouco antes dela me trazer para cá. Logo depois que eu descobri onde você estava.
– Eu sinto muito. – sussurrei, a raiva que eu sentira dela há alguns segundos atrás, sendo substituída por um sentimento intenso de compaixão.
– Eu também. Ele era minha única família... Tinha apenas quinze anos. – um choro histérico tomou conta de Taylor e ela se debruçou sobre os joelhos que estavam dobrados, molhando a calça jeans surrada que vestia.
– Não posso dizer que sei como se sente, mas deve ser horrível.
– Você não sabe o quanto. – murmurou ela em meio aos soluços.
Olhei para o lado, deixando-a com seu luto e dobrei os joelhos envolvendo-os com meus braços, enquanto pensava em um modo de tirar a mim e a Taylor dessa prisão medonha.
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Ian -
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Jordan-
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Jerry Bennet-
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Jeff -
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Jeremy -
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