Burning escrita por Absolutas


Capítulo 43
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras!! Eu demorei, mas voltei! Aqui está mais um capítulo e espero que não tenham desistido de mim...
P.S. Nas notas finais tem os links para as imagens dos atores que são parecido com o Nathan e com o Josh; e como eu estou meio sem tempo, não deu pra pesquisar os outro então eu fico devendo, ok?
Boa leitura para vocês!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/438158/chapter/43

CAPÍTULO 36

Antes que eu me desse conta, o fim de semana já havia chegado. Era incrível ver como, mesmo com a saudade que eu sentia dos meus pais, eu me sentia feliz. A Academia de Não-Humanos era um lugar ótimo e tenho que admitir que não devia ter postergado tanto na minha decisão de vir para cá.

No sábado de manhã, após ajudar nas tarefas domésticas, decidi ir à biblioteca – uma vez que eu teria o dia livre; eu sempre gostara de ler, até havia decidido fazer literatura na faculdade antes da minha vida virar de cabeça para baixo.

A biblioteca era a maior construção de toda a Academia; alta e glamorosa. Entrei no prédio e comecei a andar pelos corredores cercados por prateleiras enormes repletas de livros.

Depois de alguns minutos procurando, encontrei dois romances que me interessassem e me sentei em uma das mesas compridas e vazias, abrindo os livros e lendo-os.

Quando chegou a hora do almoço, devolvi os livros às prateleiras e voltei para a minha casa, onde ajudei Jéssica a pôr a mesa para o almoço, uma vez que Josh e Jeff já haviam cozinhado. Fiquei surpresa ao descobrir o quanto eram bons na cozinha, a comida estava deliciosa!

Após um almoço repleto de brincadeiras, Katherine e Kiara ficaram para lavar a louça, Josh saiu, Jeff e Kayla foram treinar, Ian foi para a sala ver TV e Jéssica eu subimos – cada uma para seu quarto. Porém, antes que eu entrasse em meu quarto, ela me chamou.

–Lorena?

– Sim?

– Você... você e o Nathan estão juntos não estão? – perguntou. Eu me virei para olhá-la, e ela me encarava, os olhos verdes curiosos e tristonhos.

– Sim. – respondi.

– Como soube que ele gostava de você? – perguntou. – Foi ele quem te disse?

– Sim, ele se declarou primeiro. Por quê?

– É que... – ela hesitou. – Deixa para lá. É bobagem.

Então se virou e entrou em seu quarto. E foi nesse momento que percebi que minhas suspeitas estavam corretas. Ela realmente gostava do Josh. Contudo eu sabia que, apesar de ser gentil e divertido, Josh jamais olharia para ela, pois Jéssica era uma garota ainda, tinha apenas quinze anos e Josh tinha vinte e três ... e estava claramente apaixonado por Chloe.

Entrei em meu quarto com um sentimento forte de solidariedade. Não que eu me identificasse com Jéssica – apesar de tudo de ruim que aconteceu na minha vida, nunca sofri de um amor platônico – contudo, eu via nela a garota inocente que eu era aos quinze anos de idade.

Decidi tomar m banho antes de voltar a biblioteca para saciar minha curiosidade em relação aos livros, porém, meus planos foram refeitos quando saí do closet e encontrei um bilhete debaixo da porta. Nele dizia:

Estou com saudades.

Encontre-me na entrada da Academia, hoje ao anoitecer.

Ass: Nathan.

Imediatamente fiquei eufórica. Eu não vi Nathan hoje e senti falta dele a manhã toda. Sorri para o bilhete e caí de costas na cama, suspirando.

Foi então que alguém bateu na porta.

– Entre. – falei.

– Com licença. – pude ouvir a voz suave antes de enxergar os cabelos louros e lisos na altura dos ombros, e as feições delicadas de Jéssica.

– Jéssica?

– Desculpe atrapalhá-la, mas não vejo outra pessoa com a qual eu possa falar sobre isso. – ela falou baixinho.

– Não está atrapalhando... Fique a vontade. – encorajei-a.

– É que você parece ser uma pessoa confiável, e eu preciso de um conselho. – disse Jéssica, sentando-se na cadeira em frente a escrivaninha.

– Do que precisa? – perguntei, embora já soubesse.

– É que... eu... – ela respirou fundo. – Eu estou apaixonada pelo Josh. – disse ela em um fôlego só. – E eu não sei o que fazer. – admitiu.

– Jéssica...

– Chame-me de Jess. – pediu.

Eu sorri.

– Tudo bem. – concordei. – Jess, eu acho que já havia notado isso.

– Está tão na cara assim? – os olhos dela se arregalaram ao fazer a pergunta.

– Não, não. – tranqüilizei-a. – É só que eu aprendi a ser um pouquinho observadora.

– Ah.

Ficamos em silêncio por um minuto.

– E então? O que me diz? – perguntou ela por fim.

– Bom, - comecei, um pouco receosa em entristecê-la. – Como eu disse, eu aprendi a ser observadora, e sendo assim, eu percebi, que você e eu não somos as únicas apaixonadas por aqui.

– Não?

– Não.

– E quem mais está...apaixonado.

– Josh.

– O Josh? – perguntou franzindo a testa. – Mas ele não está apaixonado por...?

– Você? Não. Não que eu tenha percebido. – tentei deixar a voz o mais suave possível ao revelar-lhe isso.

Notei que os olhos de Jéssica se encheram de lágrimas e, por um momento, tive vontade de mentir; de dizer-lhe que era por ela que ele estava apaixonado, contudo, sabia que isso seria pior. Ela engoliu em seco.

– Então, por quem? – perguntou com a voz embargada.

– Pela Chloe. Ao menos foi isso o que pareceu. – Jéssica pareceu não conseguir mais segurar as lágrimas que escorreram livremente por seu rosto. – Sinto muito. Não devia ter dito. – sussurrei.

– Não. – disse ela em meio à soluços. – Obrigada por me contar a verdade.

– Não quero que fique triste. – murmurei.

– Eu ia ficar de um jeito ou de outro. É melhor assim.

– Você é uma pessoa sábia. – elogiei-a.

– Não tanto quanto eu gostaria. – falou enxugando as lágrimas e se levantando da cadeira. – Eu vou indo, preciso ficar sozinha.

– Tudo bem. – concordei.

– Lorena, eu gostaria de contar com seu...

– Sigilo? – interrompi-a. Ela assentiu. – Pode ficar tranqüila, não vou contar a ninguém.

– Obrigada. Mesmo. – agradeceu.

– Disponha. – sussurrei, mas já era tarde demais. Ela já havia se retirado.

–------------------

Após minha conversa com Jéssica, eu não consegui encontrar vontade de voltar a biblioteca e permaneci deitada na cama escrevendo algo como um diário no editor de texto do meu laptop. Havia começado a fazer isso por insistência de Nathan, que dissera que seria proveitosamente útil registrar minhas memórias e aprendizagens em algum lugar.

Quando deu a hora marcada, me olhei no espelho, para garantir que estava apresentável e praticamente corri até o local do encontro.

Cheguei a praça, mas ela estava vazia, então resolvi esperá-lo sentada em um dos bancos.

– Lorena! Lorena! – ouvi a voz de Nathan me chamar.

– Nate? – perguntei me levantando e olhando em volta. Não o encontrei a princípio, mas sentia algo estranho e assustador que fez os pêlos da minha nuca eriçarem.

– Lorena! – repetiu ele.

Olhei em volta novamente e então o encontrei.

Nathan se encontrava do lado de fora do portão da Academia – as mãos no bolso da calça jeans escura contrastando com a camiseta branca de algodão.

– Nathan! – repreendi-o. – O que está fazendo aí?

– Vem cá. – disse ele ignorando minha pergunta. – Quero te mostrar uma coisa.

Eu achei estranha a atitude dele, porém não contestei. Ele era Nathan a final, sempre seria uma caixinha de surpresas.

Andei até o portão hesitante – a sensação estranha que eu sentira quando chegara aqui ainda me perturbando e, quando abri o portão de ferro e me coloquei ao seu lado, senti uma presença atrás de mim. Mas antes que pudesse me virar para ver quem era, senti algo pressionando o meu nariz e então tudo ficou escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nathan -
http://atrevida.uol.com.br/upload/imagens_upload/brant_daugherty_atrevida_gatos.jpg
Josh -
https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR95weASMmF4QjsdOT_cExbXSttXI9k1fhr6ePG5oFPufAaxHNH



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Burning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.