Burning escrita por Absolutas
Notas iniciais do capítulo
Olá queridas leitoras!! Eu demorei, mas voltei! Aqui está mais um capítulo e espero que não tenham desistido de mim...
P.S. Nas notas finais tem os links para as imagens dos atores que são parecido com o Nathan e com o Josh; e como eu estou meio sem tempo, não deu pra pesquisar os outro então eu fico devendo, ok?
Boa leitura para vocês!!
CAPÍTULO 36
Antes que eu me desse conta, o fim de semana já havia chegado. Era incrível ver como, mesmo com a saudade que eu sentia dos meus pais, eu me sentia feliz. A Academia de Não-Humanos era um lugar ótimo e tenho que admitir que não devia ter postergado tanto na minha decisão de vir para cá.
No sábado de manhã, após ajudar nas tarefas domésticas, decidi ir à biblioteca – uma vez que eu teria o dia livre; eu sempre gostara de ler, até havia decidido fazer literatura na faculdade antes da minha vida virar de cabeça para baixo.
A biblioteca era a maior construção de toda a Academia; alta e glamorosa. Entrei no prédio e comecei a andar pelos corredores cercados por prateleiras enormes repletas de livros.
Depois de alguns minutos procurando, encontrei dois romances que me interessassem e me sentei em uma das mesas compridas e vazias, abrindo os livros e lendo-os.
Quando chegou a hora do almoço, devolvi os livros às prateleiras e voltei para a minha casa, onde ajudei Jéssica a pôr a mesa para o almoço, uma vez que Josh e Jeff já haviam cozinhado. Fiquei surpresa ao descobrir o quanto eram bons na cozinha, a comida estava deliciosa!
Após um almoço repleto de brincadeiras, Katherine e Kiara ficaram para lavar a louça, Josh saiu, Jeff e Kayla foram treinar, Ian foi para a sala ver TV e Jéssica eu subimos – cada uma para seu quarto. Porém, antes que eu entrasse em meu quarto, ela me chamou.
–Lorena?
– Sim?
– Você... você e o Nathan estão juntos não estão? – perguntou. Eu me virei para olhá-la, e ela me encarava, os olhos verdes curiosos e tristonhos.
– Sim. – respondi.
– Como soube que ele gostava de você? – perguntou. – Foi ele quem te disse?
– Sim, ele se declarou primeiro. Por quê?
– É que... – ela hesitou. – Deixa para lá. É bobagem.
Então se virou e entrou em seu quarto. E foi nesse momento que percebi que minhas suspeitas estavam corretas. Ela realmente gostava do Josh. Contudo eu sabia que, apesar de ser gentil e divertido, Josh jamais olharia para ela, pois Jéssica era uma garota ainda, tinha apenas quinze anos e Josh tinha vinte e três ... e estava claramente apaixonado por Chloe.
Entrei em meu quarto com um sentimento forte de solidariedade. Não que eu me identificasse com Jéssica – apesar de tudo de ruim que aconteceu na minha vida, nunca sofri de um amor platônico – contudo, eu via nela a garota inocente que eu era aos quinze anos de idade.
Decidi tomar m banho antes de voltar a biblioteca para saciar minha curiosidade em relação aos livros, porém, meus planos foram refeitos quando saí do closet e encontrei um bilhete debaixo da porta. Nele dizia:
Estou com saudades.
Encontre-me na entrada da Academia, hoje ao anoitecer.
Ass: Nathan.
Imediatamente fiquei eufórica. Eu não vi Nathan hoje e senti falta dele a manhã toda. Sorri para o bilhete e caí de costas na cama, suspirando.
Foi então que alguém bateu na porta.
– Entre. – falei.
– Com licença. – pude ouvir a voz suave antes de enxergar os cabelos louros e lisos na altura dos ombros, e as feições delicadas de Jéssica.
– Jéssica?
– Desculpe atrapalhá-la, mas não vejo outra pessoa com a qual eu possa falar sobre isso. – ela falou baixinho.
– Não está atrapalhando... Fique a vontade. – encorajei-a.
– É que você parece ser uma pessoa confiável, e eu preciso de um conselho. – disse Jéssica, sentando-se na cadeira em frente a escrivaninha.
– Do que precisa? – perguntei, embora já soubesse.
– É que... eu... – ela respirou fundo. – Eu estou apaixonada pelo Josh. – disse ela em um fôlego só. – E eu não sei o que fazer. – admitiu.
– Jéssica...
– Chame-me de Jess. – pediu.
Eu sorri.
– Tudo bem. – concordei. – Jess, eu acho que já havia notado isso.
– Está tão na cara assim? – os olhos dela se arregalaram ao fazer a pergunta.
– Não, não. – tranqüilizei-a. – É só que eu aprendi a ser um pouquinho observadora.
– Ah.
Ficamos em silêncio por um minuto.
– E então? O que me diz? – perguntou ela por fim.
– Bom, - comecei, um pouco receosa em entristecê-la. – Como eu disse, eu aprendi a ser observadora, e sendo assim, eu percebi, que você e eu não somos as únicas apaixonadas por aqui.
– Não?
– Não.
– E quem mais está...apaixonado.
– Josh.
– O Josh? – perguntou franzindo a testa. – Mas ele não está apaixonado por...?
– Você? Não. Não que eu tenha percebido. – tentei deixar a voz o mais suave possível ao revelar-lhe isso.
Notei que os olhos de Jéssica se encheram de lágrimas e, por um momento, tive vontade de mentir; de dizer-lhe que era por ela que ele estava apaixonado, contudo, sabia que isso seria pior. Ela engoliu em seco.
– Então, por quem? – perguntou com a voz embargada.
– Pela Chloe. Ao menos foi isso o que pareceu. – Jéssica pareceu não conseguir mais segurar as lágrimas que escorreram livremente por seu rosto. – Sinto muito. Não devia ter dito. – sussurrei.
– Não. – disse ela em meio à soluços. – Obrigada por me contar a verdade.
– Não quero que fique triste. – murmurei.
– Eu ia ficar de um jeito ou de outro. É melhor assim.
– Você é uma pessoa sábia. – elogiei-a.
– Não tanto quanto eu gostaria. – falou enxugando as lágrimas e se levantando da cadeira. – Eu vou indo, preciso ficar sozinha.
– Tudo bem. – concordei.
– Lorena, eu gostaria de contar com seu...
– Sigilo? – interrompi-a. Ela assentiu. – Pode ficar tranqüila, não vou contar a ninguém.
– Obrigada. Mesmo. – agradeceu.
– Disponha. – sussurrei, mas já era tarde demais. Ela já havia se retirado.
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Após minha conversa com Jéssica, eu não consegui encontrar vontade de voltar a biblioteca e permaneci deitada na cama escrevendo algo como um diário no editor de texto do meu laptop. Havia começado a fazer isso por insistência de Nathan, que dissera que seria proveitosamente útil registrar minhas memórias e aprendizagens em algum lugar.
Quando deu a hora marcada, me olhei no espelho, para garantir que estava apresentável e praticamente corri até o local do encontro.
Cheguei a praça, mas ela estava vazia, então resolvi esperá-lo sentada em um dos bancos.
– Lorena! Lorena! – ouvi a voz de Nathan me chamar.
– Nate? – perguntei me levantando e olhando em volta. Não o encontrei a princípio, mas sentia algo estranho e assustador que fez os pêlos da minha nuca eriçarem.
– Lorena! – repetiu ele.
Olhei em volta novamente e então o encontrei.
Nathan se encontrava do lado de fora do portão da Academia – as mãos no bolso da calça jeans escura contrastando com a camiseta branca de algodão.
– Nathan! – repreendi-o. – O que está fazendo aí?
– Vem cá. – disse ele ignorando minha pergunta. – Quero te mostrar uma coisa.
Eu achei estranha a atitude dele, porém não contestei. Ele era Nathan a final, sempre seria uma caixinha de surpresas.
Andei até o portão hesitante – a sensação estranha que eu sentira quando chegara aqui ainda me perturbando e, quando abri o portão de ferro e me coloquei ao seu lado, senti uma presença atrás de mim. Mas antes que pudesse me virar para ver quem era, senti algo pressionando o meu nariz e então tudo ficou escuro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Nathan -
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Josh -
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