Como assim um bebê?! escrita por MariGuedes


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ei gente linda! Agradeço a todos que comentaram, que favoritaram e, especialmente, a JUSSARA CULLEN pela primeira recomendação que já recebi na vida! Muito obrigado a todos! Sem mais delongas, o capítulo 9, senhoras e senhores!



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Amanheceu e eu ainda estava deitada com Peeta. Sentia necessidade de estar com ele por tanto tempo quanto pude. Seguimos juntos para tomar café. Sempre que dava, toca meu braço no seu, ou entrelaçava nossas mãos. Peeta decidiu-se por se sacrificar na Arena por Rue. Eu não sei o que sentir: ficar triste por perder Peeta pouco depois de tê-lo ou ficar feliz por minha filha ter a chance de viver.

–Pombinhos, acho que está na hora de se arrumarem. Só então noto que ainda estou de pijama e Peeta também. Nos separamos para trocar de roupa, mas assim que o fiz, fui chamada para ir para a arena, onde vestíamos a roupa própria que nos dariam.

Assim que chego ao corredor, busco desesperada Peeta. Um ultimo olhar antes de partir, mas não o vejo. Suspiro e subo no telhado, onde entro no aero. A viajem segue silenciosa e em dado momento, as janelas são fechadas para que não tenhamos visão da Arena antes do previsto.



Encontro Cinna, ele me dá a roupa. Leve e fina, num tom azulado e aparentemente impermeável. Vou me trocar e volto com a cinta. Ele me diz que não preciso e que todos já sabem. É bom não estar com aquela armadilha da Capital. Ficamos tensos e em silencio até que a campainha toca o que nos indica que devemos ir para os tubos de vidro. Analisando-os em, parecem tubos de ensaio, como se fossemos só experimentos, e me dá arrepios.

Entro e o vidro se fecha, mas não subo e estranho. De repente a porta é escancarada e dois pacificadores entram com chutes e começam a agredir meu amigo.

–Nãaaao! – grito quando ele cai desacordado.

Mas eles me ignoram e continuam a agredi-lo. Grito, esperneio e me debato quando eles o levam desacordado da sala. Logo a plataforma começa a subir e percebo que foi uma tática de Snow para me distrair na Arena. Filho da mãe. A luz do Sol me cega momentaneamente. O chão parece se mover, refletindo a luz solar quando percebo. É mar. Definitivamente, esse não é lugar para a garota em chamas.

Percebo que todos detêm os olhos em minha barriga que apareceu “do nada”. Ignoro os olhares de choque e procuro Peeta. Acho-o há algumas plataformas de distancia. Só tenho tempo de sorrir quando o sino soa. Todos estão distraídos e pulo na água antes de todos. Nado mais devagar do que de costume devido a correnteza e a barriga, mas ainda chego antes. Pego meu arco e flecha e um cinto de facas quando vejo Finnick Odair. Faço menção de acerta-lo mas ele me mostra a pulseira de Haymitch.

Lembro-me de quando Effie decidiu que deveríamos ser um time e que cada um deveria ter algo dourado. Eu tinha o broche e ela sua peruca e deu a Haymitch uam pulseira – que agora se encontra no pulso de Finnick Odair – e um medalhão a Peeta.

–Abaixe – eu abaixo e ele lança deu tridente no tributo masculino do distrito 2 – Nunca confie no 2.

Pegamos umas armas e olho ao redor em busca de Peeta. O vejo preso em sua plataforma. Faço menção de ir, mas ele nega e vai, alegando que eu não devo de exceder nas minhas atuais condições. Rue se agita bastante. Sinto-a mexer o tempo todo e nem posso aproveitar o momento. Mags se junta a nós e caminhamos bastante, a fim de nos afastarmos do banho de sangue que já começou. Mags deve ter mais de oitenta então Finnick carrega-a nas costas com imensa facilidade.



Caminho de mãos dadas com Peeta, enquanto mantenho a outra sobre minha barriga, de forma protetora. A sensação de perigo a vida da minha filha me perturba e fico em estado de alerta três vezes mais. Percorro os olhos o tempo inteiro. O arco em meu ombro, mas de forma que consiga usa-lo rapidamente.

A floresta começa a ficar mais densa e meu Peeta se voluntaria para seguir a frente, já que Finnick está com Mags e eu estou grávida. Fico no meio enquanto Peeta corta as folhas.

E tudo de repente desandou. Vi a “brecha na armadura” tarde demais. Um grito se formava em minha garganta quando Peeta acerta o campo de força e com uma barulho bem alto é jogado.

–Peeta! – entro em desespero.

Ponho minha cabeça em seu peito, onde sempre ouvia o som calmante de seus batimentos cardíacos. Mas dessa vez não ouço nada. Choro mais do que um dia achei possível acontecer. Abraço-o com força, seu corpo imóvel.

Finnick me afasta e quando penso em voltar, vejo a cena mais estranha que já vi na vida. Finnick beijando Peeta. Demoro alguns segundos para assimilar que finnick faz massagem cardíaca. Minutos eternos se passam, e quando eu já perdia as esperanças, ele tose e abre os olhos.

–Peeta... – eu o abraço – Nunca mais faça isso comigo. Você morreu – eu não sei se isso é apropriado de dizer no momento, mas não me importo.

–Eu sei. Tem um campo de força bem adiante – ele diz com um sorriso.

–Amo você – sussurro em seu ouvido.

–Também amo você – ele sussurra de volta.

–Bem, casalzinho, demos que seguir adiante, para mais longe.

Seguimos caminhando, mas temendo que algum de nós esbarre no campo de força, pegamos algumas nozes para ficar jogando antes de andar. Mags abre algumas para comer.

–Não coma. Pode ser venenosa! – advirto.

Mas ela resmunga que já está comendo tem tempo. Dou de ombros e sigo de mãos dadas com Peeta, mesmo que ele siga a frente. Andamos até anoitecer. Montamos acampamento.

–Katniss – Finnick me chama e eu olho – como sabia do campo de força?

Pensei em contar a verdade, mas senti que não deveria,então disse que ouvi com meu ouvido modificado pela Capital.

–Katniss, você andou demais, deve estar cansada. Precisa descansar! – Peeta ralha comigo.

–Sim papai – eu reviro os olhos e me deito – Mas com duas condições. Primeiro: me acordem quando passar os tributos que morreram e dois: deite comigo.

–Pode deixar, eu fico de guarda – Finnick se oferece.

Penso seriamente em dizer que não, pois não confio nele totalmente, mas ele me devolveu meu Peeta. É uma prova de que posso confiar nele maior do que poderia esperar. Deito sobre o peito de Peeta e ele mexe em meus cabelos enquanto desenho círculos em seu peito. Logo a noite em claro começa a pesar e logo meus olhos se fecham para um sono sem sonhos.



Acordo algum tempo depois e vejo Finnick acordado, mas muito sonolento.

Um barulho resoa pela arena. Parece uma batida de relógio. Conto doze e logo depois doze raios atingem a arvore mais alta da Arena.

–O que é isso? – eu pergunto – Por que doze?

–Talvez por ser o número de distritos – ele diz sonolento – Nem vi que estava acordada.

–Pode dormir, deixa que eu fico. Você está com tanto sono que uma grávida poderia nos atacar – digo zombeira.

–Mas...

–Peeta precisa descansar assim como você e além de mim, quem o substituiria? Mags?

–Ele sorri levemente, se deita e dorme instantaneamente. Mas seu sono é inquieto. Ouço-o chamar por Annie. Peeta está tão cansado que dorme como uma pedra, mas não tenho como saber se ele tem pesadelos. Ele nunca se debate. Segundo ele, seus pesadelos são sobre me perder e fica bem quando me vê. Mags está dormindo, serena, como uma vovozinha inocente. Nem parece que já ganhou os Jogos alguma vez na vida.



As horas se passavam e eu estava com sono novamente, mas sem coragem de acordar Peeta o Finnick. Alterno momentos acordada com cochilos. E é ai que eu vejo uma nevoa âmbar espiralada chegar perto de nós. Coço os olhos e me belisco para ver se a névoa e real e de fato é. Quando está perto o suficiente para ser tocada eu o faço e dói imensamente.

–Corram, a névoa é venenosa! – eu grito – Eles se levantam correndo, pegando o que dava.

Vez ou outra caiamos e a nevoa nos alcançava. Onde ela tocava, bolhas horríveis se formavam. Peeta estava muito mal e não conseguiria continuar sozinho e eu só não bastava Finnick estava bem mal e com Mags, mas mesmo assim tenta e caí.

–E-Eu não consigo – ele diz.

Mags assente, beija levemente os lábios de seu companheiro de distrito e segue para a névoa. Só temos tempo de ver seu rosto se contorcer de dor. Ajudo meu aliado a carregar Peeta e logo o canhão soa. Seguimos para a praia e a nevoa não nos alcança. Parece estar presa por uma parede invisível.

Toco a ponta dos dedos na água. Dói como o inferno, mas as bolhas e a dor do ferimento somem como mágica.

–A água ajuda – digo e eles e eu entramos na água.

Eles soltam resmungos de dor e depois de alivio. Sentamo-nos na areia quando percebo algo que me assusta e um arrepio de pânico percorre a minha espinha dorsal.

–Peeta, Rue não está se mexendo desde a névoa, mesmo com toda a agitação desde então.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas, comentem, vai! São esses comentários que vocês me mandam que me impulsionam a escrever todo dia, mesmo com algumas horinhas atrasada. Comentários, recomendações e pessoas que favoritam me fazem bem feliz, só pra frisar. Nos vemos no 10º capítulo!
BeijoBeijo



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