Como assim um bebê?! escrita por MariGuedes


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Desculpe, passei quase uma e meia do dia previsto. Mas aqui está, não sei se tem alguém no Nyah! a essa hora, mas... Espero sinceramente que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/438074/chapter/8

Chega o dia da Avaliação. Estou sem ideias para choca-los, já que fiz bastantes estripulias ano passado. Tenho ficado tensa. Essa nota definiria a vida da minha pequena Rue. Tenho estado bem tensa e ela tem sentido isso, pois seus movimentos são mais bruscos intercalados com momentos de calmaria. Peet fica louco com meu stress e fica estressado também. No fim, fica todo mundo nervoso.

Menos é claro Haymitch e Effie. Eles se acertaram e ficam juntos o tempo inteiro, mas não de melação. Ele sabe que eu tiraria sarro dele se o fizesse, mas vê-lo se permitir amar e ser amado é algo que eu realmente não esperava ver.

Meu noivo – ou namorado, não sei – construiu uma forte ligação com nossa filha, o que eu acho lindo de se ver. Ele fica um tempão falando com ela, que se mexe sempre que ouve nossa voz. Uma graçinha e eu nem a vi.

Eu passo o dia inteirinho esperando terminar os treinos para tirar a cinta e agora tenho que coloca-la para a Avaliação. Droga. Desculpe, filha, mas tenho que te apertar um pouquinho! Com ela, parece que eu nem estou grávida, algo quase mágico, se não fosse insuportavelmente desconfortável.

Desço de mãos dadas com Peeta, e não quero soltar sua mão por nada nesse mundo. Mas ele é chamado. Reluto em soltá-lo, mas tenho que deixa-lo ir. Rue se mexe, percebendo o clima e passo a mão na barriga, numa tentativa de acalma-la. Estou sozinha então posso fazer o que quiser sem que outros tributos vejam.

Logo eu sou chamada, meu coração acelera com a expectativa e minha filha se mexe. Ao entrar na sala e olhar o Idealizador Chefe, lembro-me da ultima parada da Turnê. Lembro-me da indireta de Snow sobre Seneca, atualmente substituído por Plutarch. Lembro do quão enigmático Plutarch foi com sua frase: “começa a meia noite”. Ele mesmo tem um relógio do tordo. Engraçado, não?

Nós não podemos ver o que os outros tributos fizeram, então está tudo remexido. Não faço nem ideia do que fazer. Percorro com os olhos, a sala e vejo um boneco alvo e tinta. Já perdi tempo e faço tudo o mais rápido que posso. Uso os nós que aprendi com a doce Mags e faço uma corda de forca. Penduro e escrevo “Seneca Crane” com tinta vermelha. Estou de costas para os idealizadores, que estão curiosos. Me afasto e reverencio.

–Está dispensada, Senhorita Everdeen.

Sorrio zombeira e saio. Ouço um comentário: “surpreendente que tenha feito isso nas condições em que se encontra”.

Então esses idiotas também sabem que eu estou grávida?! Snow contou e eles compactuaram. Eles me enojam. Uma repulsa. Ódio na sua mais pura forma. Algo que nunca senti antes, a não ser por Snow. Estão colocando não só a minha vida e a de Peeta em jogo – literalmente – mas da minha filha ainda não nascida e indefesa. Doentes! Rue se mexe e eu automaticamente passo as mãos sobre ela.



Logo estou no meu andar onde Peeta estava aguardando junto com Haymitch e Effie – que estão abraçados – novidade! – e eles se levantam e me bombardeiam de perguntas.

–O que você fez? – ele pergunta.

–Você primeiro.

–Fiz uma pintura da sua aliada, a pequena Rue. Quis que eles sentissem a culpa da morte dela. Quis que voltassem seu ódio para mim e dar mais chances de sobrevivência a vocês duas. E você?

–Eu? Bem, eu... PegueiumbonecocomonomedeSenecaeenforquei – falo rápido.

–VOCÊ O QUÊ?! – Peeta e Haymitch falam juntos.

–Eu fiz por impulso. Eu não queria.

–Como pode ser tão irresponsável? A nossa filha! Você pôs nossa filha em risco!

–E-Eu não queria... Eu não pensei... – eu estava com lagrimas nos olhos.

Sai correndo e me tranquei no quarto – imaturo, eu sei – mas foi o que eu precisei no momento. Apoiei-me na porta e escorreguei até o chão. Rue movia-se bruscamente, sentindo minha atenção. A culpa me consome.

–Desculpa, filha! Desculpa. Amo você. Desculpa a mamãe – eu chorei.



Não tardou para Peeta bater na porta. Ele pediu para entrar, mas não respondi. Precisava ficar sozinha. Coisa que não acontece a tempos.

Mas eu não consigo ficar sozinha por muito tempo. Não posso ficar longe do meu Peete, então abro a porta e me jogo sobre ele.

–Desculpa, desculpa, desculpa... – eu repito.

–EU entendo. Você fez o que pensou ser o melhor. Não sei mais quanto tempo temos juntos. Temos que aproveitar o tempo que temos.

Encaixo minha cabeça no vão de seu pescoço e aspiro seu cheiro. Me acalma nas noites com pesadelos e temo o momento em que o perderei.

–Eu te amo – sussurro em seu ouvido.

–Eu te amo – ele me responde e tira minha cinta, deixando minha barriga bem aparente. Com essa confusão até esqueci.



No fim da tarde as notas serão divulgadas.

Alguém já tirou zero? – pergunto.

–Não, mas sempre há uma primeira vez – Haymitch responde.

As notas passam e ninguém tira menos de oito. Gelo quando chega neu distrito e eu quase piro. EU e Peeta tiramos 12!

Não sei se isso é bom ou mal. Mas não posso perder o sono precioso de que vou precisar na Arena com algo que eu não posso controlar.

Dormi abraçada com meu Peeta, e como já estamos treinados no quesito entrevista com Ceasar, tivemos o dia livre. Eu sei bem que Effie e Haymitch nos deram folga para passarem o tempo juntos.

–Katniss – Peeta chama e eu olho – Vamos fingir, só por hoje que somos um casal normal. Que não vamos voltar para a Arena e viveremos felizes para sempre com Rue no distrito.

A principio estranho, mas a possibilidade de esquecer dessa confusão lá fora. Então confirmo e fazemos um piquenique no telhado. Olho lá de cima os pontinhos coloridos andando lá embaixo, despreocupados e ansiosos para minha morte. Bando de idiotas estúpidos.

Fazer o piquenique com Peeta tornou o dia agradável de uma forma que eu jamais pensei que fosse possível, dadas as condições. Faço uma coroa de flores enquanto ele mexe no meu cabelo. Por um momento penso que somos um casal normal, preocupado em contar para a família da gravidez.

–Amo você – eu digo.

–Não sabe quanto tempo esperei para ouvir isso de você.

–E você não sabe quanto tempo esperei para amar alguém como amo você.

–Também te amo.

Mas nosso momento acaba quando uma Effie sem graça interrompe-nos para nos arrumarmos para a entrevista. Nos separamos e sigo para encontrar minha equipe

Eles se emocionam ao ver minha barriga.

–Já sabe o sexo? – Venia pergunta.

–Sim, uma menininha.

–E o nome? – Octavia pergunta.

–Rue.

É ai que eles se acabam de chorar. Todos eles choram de soluçar e EU tenho que acalma-los. Não fazia ideia de que essas pessoas da Capital sentiam algo. Eles parecem tão artificiais e alienados que vê-los chorar tanto me impressionou. Depois de mais ou menos meia hora, eles se acalmam e começam a pentear meus cabelos – tá, dessa parte eu gosto. Admito -, pintar minha unhas e hidratar minha pele. Eles fazem minha maquiagem e tiram pelos da minha sobrancelha – isso dói muito! – e saem para que Cinna entre.

Nos cumprimentamos e ele me mostra o vestido. O vestido que eu usaria no meu casamento. Ele me diz que fez umas alterações no vestido e diz que devo girar no momento certo. Quando Peeta me pediu em casamento, lançou-se uma votação para o vestido que EU usaria.Intrometido esse pessoal, não? Ponho a cinta e encontro Peeta. Ele usa um fraque. E ele estava particularmente lindo nele, mesmo a roupa sendo tão Capital.

Damos as mãos e ficamos aguardando. Vejo Finnick Odair declarar um poema de amor e milhares de mulheres da Capital suspirarem. Johanna Maison está furiosa – lembro no dia do desfile que ela ficou NUA no elevador, comigo, Peeta e Haymitch. Quase soquei-a de ciúmes. Fiquei me mordendo de ciúmes.

Os tributos fazem apelos discretos – como a maioria – ou escancarados – como Johanna – para que parem os Jogos. Chega minha vez. Beijo a mão de Peeta e vou até o palco. Ceasar é uma pessoa que eu não consigo odiar. Seu carisma e seu jeito extrovertido me fazem rir.

A entrevista segue até que ele fala:

–Que vestido lindo. Gire para nos dar uma visão melhor dele.

Não preciso ver Cinna para saber que é a hora. Giro e vejo o vestido queimar, mas não paro até que ele queima por completo. Meu vestido branco agora está escuro e com assas.

–Parece um pássaro... – Ceasar comenta.

–É um tordo. O pássaro do meu broche.

A sineta toca indicando que meu tempo acabou. Agradeço e quando passo por Peeta digo um “boa sorte” mudo. Observo sua entrevista pela televisão.

–É realmente uma pena que não tenham se casado... – Caesar lamenta.

–Ceasar, você acha que nossos amigos aqui podem guardar um segredo? – ele pergunta e eu tremo. Há um ano, ele disse isso e se declarou para mim.

–Acho que sim Peeta.

–Eu e Katniss nos casamos.

O que?! Esse garoto pirou?!

–Nossa! – nosso apresentador favorito fica surpreso – Mas pouco tempo é melhor que nada, não é?

–É, se não fosse pelo bebê.

Como assim ele comunica essa noticia que diz respeito a NÓS DOIS sem me consultar?! Fico vermelha de ódio e abraço meus joelhos. Sinto as câmeras sobre mim e me mantenho na mesma posição. A confusão e a falação começa. A sineta toca e Peeta saí.

Ele faz gesto de desculpas, mas ignoro,ainda furiosa. E é ai que algo que de fato me surpreende. Um a um os vitoriosos dão as mãos. Só que Chaff, o tributo do Distrito 11, não tem uma mão então seguro o cotoco de seu braço e a mão de Peeta. As erguemos, num gesto de união e revolta. As luzes se apagam antes do momento. É, não somos só eu e Peeta que estamos absurdamente revoltados e infelizes com essa palhaçada que snow fez no 3º Massacre Quaternário.

Eu e Peeta passamos a noite em claro. Chorávamos e nos consolávamos durante a noite. Nenhum de nós conseguiu dormir. Ficamos apenas sentindo a presença um do outro. Nem briguei com ele, só aproveitei o tempo que ainda tinha para ficar em seus braços.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, comentem gente! Adoro receber os comentários. Leitores-fantasmas, eu não mordo, juro. Favoritem e, arrisco pedir, uma recomendação. Isso me faria enlouquecer de felicidade!
BeijoBeijo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Como assim um bebê?!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.