Secret Lover's-Dramione escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 58
Invasão




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Finalmente o dia havia chegado.

Depois de semanas passando noites em claro, perdido em pensamentos, totalmente voltado para sua missão, o dia da invasão havia chegado. Draco andara inquieto, chegando a se afastar se sua namorada. Estava mais pálido do que o normal naquele dia, suava frio. Totalmente alheio nas primeiras horas da manhã. Constantemente lembrava-se de uma conversa que tivera com Hermione uns dias antes:

“-Uma vez você me prometeu que não importasse o que fosse minha missão, você não ligaria. Que era meu dever. Preciso saber se continua pensando assim.

—Draco, o que aconteceu?

—Apenas DIGA Hermione! – respondeu o garoto, visivelmente alterado, já passando as mãos pelo cabelo.

—Malfoy, fique calmo, CALMO! É claro que continuo pensando assim. Já disse que é a sua vida, não posso interferir. Olhe para mim, Draco – Hermione colocou as duas mãos em torno do rosto do namorado, fazendo-o olhar para ela. – quando aceitei namorara com você, na verdade, quando aceitei o seu beijo, já sabia que teria de fazer isso. Se antes sabia que era condenado a algo ruim, porque justamente agora vou me importar?

Draco apenas respondeu com um beijo desesperado, deixando poucas lágrimas caírem enquanto era abraçado.”

O dia parecia mais frio do que o normal, visto que entravam no verão. O tempo voava, mal tivera tempo de se despedir de Hermione, pois achava difícil ela realmente querer ficar com ele depois de terminado.

Observava a garota de longe, rindo com seus melhores amigos no meio do jardim. Uma brisa suave surgia, trazendo consigo o cheiro de Hermione, tendo feito Draco fechar os olhos e aspirar o aroma instintivamente. Cada vez mais angustiado de ter que dar a notícia, recostou-se em uma das pilastras presentes e continuou a observar. O pôr-do-Sol começava, era chegada a hora, precisava falar com ela. Tomou coragem e aproximou-se.

—Hermione, preciso falar com você.

—Não vê que ela está ocupada, Malfoy?

—Rony! Eu não enxoto Lilá, então fique quieto.

—Vamos, Rony. Ouvi Simas nos chamando lá atrás. – Dino puxava o amigo pela camisa, afim de deixar o casal a sós.

Sem palavras, apenas segurou na mão de sua namorada e a conduziu para uma área mais reservada.

—Draco? Está tudo bem?

—Não, Hermione. Preciso que você faça algo para mim. Quando o Sol se pôr completamente, preciso que você se esconda, fique protegida, mas prometa que não irá tentar me ajudar ou salvar.

—Draco, mas o que você está falan... Oh meu Deus. O que exatamente irá acontecer aqui, Malfoy?

Draco olhava para o chão, sem palavras. Tentava falar, porém nada saía.

—Apenas se proteja. Não vou suportar te perder.

Imediatamente, Malfoy atacou os lábios da morena de forma desesperada, sofridamente. Repousou as duas mãos ao redor da cabeça de Hermione, enquanto a garota agarrou-se ao pescoço dele. Pararam apenas quando sentiram a escuridão tomar conta do céu, seguido de diversos gritos.

Separaram-se lentamente, apenas dando tempo de colarem levemente as testas, ouvindo um...

—Me desculpe. –sendo sussurrado da boca masculina.

Hermione observou o namorado afastar-se totalmente, com o olhar vazio, sacar a varinha e sair correndo. Inicialmente olhando para ela, mas ao ganhar velocidade virou de costas e desapareceu de vista.

—HERMIONE! – Rony a gritava, pensando ter colocado a amiga em perigo.

—RON! O QUE ESTÁ ACONTECENDO?- já havia corrido até o amigo, se desesperando.

—Comensais, Hermione. Comensais da morte invadiram o castelo.

—Como...? –a garota perguntou para o chão.

—Não faço a menor ideia, mas temos que proteger o castelo. VAMOS!

E saíram a correr pelo castelo. Enquanto duelavam, tudo ia se encaixando. Os pedidos sôfregos do rapaz, o encontro mais cedo. Seu sumiço. E então sua ficha caiu.

Seu namorado foi quem deu início à invasão no castelo. O pedido de desculpas... Ele realmente estava se sentindo culpado. Por um pequeno descuido, quase fora atingida por um feitiço. Porém, um contra-ataque chegou bem a tempo, salvando-a. Nunca se soube de onde viera.

Enquanto isso, muitos andares acima dali...

Draco olhava apavorado para Dumbleodore, que insistia em saber como havia conseguido montar o ataque e trazer os comensais para dentro de sua escola.

Dumbleodore enrolava o pobre garoto na maneira que podia, esperando Severo chegar. Sabia que ele não iria conseguir matá-lo. Estava tudo indo perfeitamente quando um grito agudo é ouvido no andar debaixo.

— Alguém está resistindo com valentia.

Malfoy enrijeceu-se com esta frase, provavelmente ficou mais pálido do que já estava. Conhecia aquela voz, e Dumbleodore também. Hermione havia gritado levando pânico ao namorado. Tremendo na base, Malfoy não sabia se podia confiar mais em sua voz.

Escondido naquela sala, Harry assistia tudo de olhos arregalados, não conseguia acreditar que Malfoy realmente era um comensal e que pretendia matar seu Diretor. Estava ainda mais assustado por deduzir que Hermione sabia de tudo.

***

Morto.

Dumbleodore estava morto, e Harry em choque. Draco deprimido por ver a cara de Hermione quando a fofoca de que era essa sua missão. Face de puro terror. Após o velório e enterro do ex- diretor, Malfoy procurou a namorada, para tirar a limpo a situação.

Era uma manhã quente, onde os poucos que sabiam era o quarteto da Grifinória.

—Hermione, por favor. Você tem que me escutar. Você me prometeu...

—Está certo, Malfoy. Agora entendo o porque de tanta preocupação. Mas, como pode? –perguntou indignada, não conseguindo se controlar, esmurrando o peito do namorado.

—Não pude. Não consegui fazer. Snape simplesmente chegou e o matou. Não tiver coragem, Hermione. Ouvi o seu grito e perdi todas as forças. –Draco já havia se ajoelhado no chão, abraçando a cintura de Hermione, chorando feito um bebê.

—Gritei por que quase me acertam. Na verdade, um crucio me atingiu, mas já estou bem. Creio que você esteja sofrendo mais do que eu.

Malditos...— apertava a sua cintura, com raiva. Apenas queria que tudo aquilo acabasse de uma vez por todas.

—Querido, eu te perdoo. Era seu dever. Te prometi que não iria me importar. E no final das contas, você não fez. Va ficar tudo bem.

A garota o puxou para cima, o abraçando mais uma vez, roçando de leve seus lábios.

—Não sei o que faria se te perdesse, Hermione...

—Por falar nisso... – afastaram-se subitamente, um olhando o outro nos olhos.- Não devemos nos ver por algum tempo, Draco.

—Mas... Mas você disse que tinha me perdoado Hermione. Não pode me deixar assim e... – o desespero era nítido em sua voz.

—Calma, não estou terminando com você, apenas dando um aviso. Eu, Harry e Ron teremos que sair para fazer uma coisa. Deve durar um ano no máximo. Sei que as coisas vão ficar complicadas agora, mas vamos dar um jeito de nos comunicar. O que acha de feitiços de pensamento e espelho?

—Acho que não consigo viver sem você.

Após isso, ele a guiou para um dos vestiários e fizeram amor até o horário de almoço, se preparando para o longo tempo de abstinência que teriam um do outro.

A caça as Horcrux havia começado.


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