Haviam se passado cinco dias desde a revelação e muitos ainda os encaravam perplexos. Não conseguiam acreditar que era possível acabar com a rixa de casas. Neville e Blásio ainda estavam chateados por não terem sido eles os cupidos de fato, mas se alegravam com a felicidade do casal.

O tempo estava passando, e ficava cada vez mais próximo do fim da missão concedida à Draco. Ele admite que o seu namoro com Hermione o fez esquecer um pouco, mas a ameaça se tornava cada vez mais presente em seus sonhos, o fazendo voltar com força total.

Hermione percebeu que seu namorado havia ficado um pouco mais distante durante a semana que se passara. Bolsas escuras haviam se instalado abaixo dos olhos dele. Havia tirado cinquenta pontos de um primeiranista que tropeçara em sua capa. Mal humor presente quando não estava com ela, e sumiços repentinos que duravam horas até.

Qualquer um pensaria que ele poderia estar traindo a mesma, mas ela além de confiar, sabia que deveria ter algum dedo de Voldemort no meio. Por falar nele, era óbvio que monitorava seus aliados, remexendo suas cabeças a procura de traidores. E sendo um deles, Malfoy não poderia escapar de uma inspeção, mesmo que essa fosse durante um sonho. Voldemort já havia descoberto sobre seu namoro com a Granger, e por mais improvável que parecesse não se importava com o fato dela ser uma sangue-sujo. Ele acreditava que todos merecessem uma diversão, e o fato dele tê-la pedido em namoro, fosse só para continuar “fodendo” ela. Afinal, quem era ele para julgar seus seguidores, sendo que o mesmo em sua época de Hogwarts havia dormido com algumas nascidas-trouxas, que julgava serem gostosas. Óbvio que depois as descartava (e as vezes matava). Além de que, Hermione não tentava converter o jovem Malfoy para o bem, como ele mesmo tinha visto, ela sabia onde era o seu lugar e a única interferência fora na parte da maquiagem, onde o próprio Voldemort gostou da solução para infiltrados. Ele não mexeria com ela.

Decidida a descobrir o que estava acontecendo, Hermione visitou o vestiário masculino depois do treino de Quadribol, em que Draco a esperava.

–Tudo bem com você? –perguntou o abraçando.

–Melhor agora. –respondeu ainda abraçado a ela, beijando-lhe sua cabeça.

Sem delongas, ele selou seus lábios num beijo apaixonado, envolvendo a cintura fina com seus fortes braços, a trazendo para mais perto. Já Hermione, afunda sua mão esquerda nos cabelos loiros, puxando os fios platinados, enquanto arranha a nuca do garoto. A coisa havia começado a esquentar e quando menos perceberam Draco já estava com a camisa aberta e Hermione só de sutiã. Ela o havia encurralado na parede, beijando seu pescoço quando sente um leve empurrão.

–Hermione, por favor, me desculpe.

–O que aconteceu?

–Eu não consigo, não hoje. - terminando com um bocejo.

–Oh meu Deus, quantas horas de sono você tem por dia, Draco?

–Duas horas já está sendo muito. Me desculpe amor, essa droga de missão que está me enlouquecendo! –furioso, sai a passos largos, se sentando no banco, apoiando sua cabeça nas mãos.

–Draco... Não é culpa sua, você sabe. Será pior se não fazê-la.

–Hermione, me prometa que independente do que ela seja, você não vai terminar comigo. –suplicou, com lágrimas nos olhos.

Assustada, apenas sussurrou:

–Tem minha palavra. –apenas confortou o choro silencioso de seu namorado assustado. Tinha ido em busca de respostas, e as havia conseguido.

Draco ainda se sentia mal por não ter conseguido satisfazer sua namorada naquele dia, nunca imaginou que brocharia com uma garota, mas o cansaço havia falado mais alto. Tiveram um tempo antes do jantar, que foi totalmente gasto por Hermione zelando o sono de seu amado, que em meio a ressonados baixinhos, agarrava mais e mais a cintura da menina, que passava carinhosamente os dedos por seus cabelos, o ninando.