–Até que não foi tão ruim assim, Nev’s, admite.- dizia Hermione após de banhar-se e sentar-se no Salão Comunal, ao lado de Neville, que fugia de uma das irmãs Patil.

–Tirando o fato que era só pra você ir, não é?

–É.

E quanto menos se espera, Ronald Billius Weasçey desce as escadas juntamente com um Harry Potter muito feliz. Aparentemente ele estava certo de que iriam ganhar no próximo jogo de Quadribol. E, quando o “casal” que estava perto da lareira percebe, se entreolham e começam a rir, quando o garoto se aproxima e a abraça, vigiando com o canto dos olhos se o ruivo se atreveria a se aproximar, coisa que fez, porém, ao outro lado do Salão, onde um animado Finnigan contava como não explodiu o caldeirão pela primeira vez em três meses na aula de Snape.

–Por que você fez isso, Neville?

–Rony estava vindo para cá, e se não me engano, estava com aquele olhar de “ vou te cantar”.- mentiu Neville.

–Oh.

–Sabe, Hermione, acho que já está ficando tarde e é melhor já irmos deitar.- Gina acabara de intrometer-se na conversa, percebendo o quão depressivo seu irmão ficara.

–Hã, mas amanhã é domingo.

–E você não quer aproveitar o dia lá fora?

–Não estou te reconhecendo, Gina.

–É que só quero minha melhor amiga de volta, Mione.

–Está certo, nos vemos amanhã então. Boa noite Nev’s.- e, ao se aproximar-se dele, o garoto beijou-lhe a bochecha, próximo ao canto da boca, corando imediatamente, implorando desculpas.

***

Na manhã seguinte, durante o café, Blásio Zabini continuava pensativo, o que preocupava Draco, que nunca tinha visto o amigo tão estranho.

–Blás, tem certeza que você está bem mesmo?- perguntou o loiro.

–Absoluta, Draco. Só estpou um pouco cansado.

–Se você diz... Pode me passar o suco de abóbora, Astória?

–Claro, Malfoy. Respondeu a garota, mordendo levemente os lábios, passando o bendito suco para o garoto loiro.

–A propósito, Astória, querida, a senhorita poderia me acompanhar em um passeio depois do café?- propôs o garoto, utilizando a mesma técnica de Zabini: ser cavalheiro ao extremo.

E, por falar em Zabini, quando escutou o que seu amigo pretendia fazer, apenas bufou e revirou os olhos, pensando que mais uma vez seu serviço cupido não haveria de dar certo.

–Eu adoraria.

Minutos depois, Draco havia levado a menina Greengrass até a Torre de Astronomia, onde podia-se ver todo o jardim do castelo coberto de neve.

Após alguns minutos de conversa, não deu outra: Malfoy beijava a garota ferozmente. Ele sabia que garotas como ela não mereciam, e talvez até não gostassem de ser beijadas com delicadeza.

Num movimento rápido, as mãos da menina já estavam na gravata de Malfoy, o puxando mais para perto, amarrotando sua camisa, desgrenhando seus cabelos loiros. Inconscientemente, as mãos do rapaz repousavam na sua da garota, puxando-lhe os cabelos, e, quando a moça começara a arfar, Draco separou-se brutalmente dela, assustado por conta de um grito.

Pirraça havia mais uma vez, aprontado com segundanistas, e, quando o garoto se deu por conta, Astória saía de fininho, apavorada.

Quando ele lhe perguntou o motivo de fugir, ela apenas respondeu-lhe que havia se dado conta o quanto gostava de Flint, que queria apenas uma prova de seus sentimentos.

Embora Malfoy não tivesse acreditado muito, agradeceu mentalmente por Pirraça tê-lo assustado. Nunca, em todas as garotas com já ficara antes, tinha se sentido tão mal depois do ato.