Secret Lover's-Dramione escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 28
Capítulo, hã... ah, algum número aí


Notas iniciais do capítulo

desculpem pelaa demora, semana de provas... provavelmente deve ter saido uma porcaria, me desculpem



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POV’ Hermione

–Tá tudo bem com você, Herm’s?- Neville me perguntou, preocupado com meu estado emocional.

–Sim, claro, Nev’s.

Apenas me limitei a responder isso.

Eu precisava de um tempo sozinha, ou provavelmente surtaria mais uma vez. Agradeci mentalmente por ele ter tido a brilhante ideia de me trazer para os jardins, me tirando de toda a confusão que se estabelecia nos corredores. Eu precisava de um tempo. Como se não bastasse eu estar totalmente confusa com tudo ao meu redor, ainda tinha de lidar com afirmações falsas a meu respeito.

Desde que cheguei aqui, apenas consegui sentar-me embaixo de uma antiga árvore e olhar para o horizonte, observando o lago negro, sentindo o vento frio e gélido bater em meu rosto.

–E você precisa de alguma coisa?

–Acho que apenas ficar um pouco sozinha... Você sabe o que deu em Luna para ela agir daquele jeito todo... estranho?

–Ela só queria ajudar, mesmo que do jeito dela.

–Acho melhor eu ir avisar os meninos que não era verdade aquilo, se Gina pensar que isso pode ser verdade, ela seria capaz de acabar comigo. Você vem comigo, Neville?

–Sabe, porque você não fica aqui relaxando, colocando os pensamentos no lugar, enquanto eu vou dar o recado? Eu sei que você precisa de um tempo sozinha, Herm’s.

–Então, nos vemos no almoço?

–Com certeza.

E dito isso, Neville desapareceu de visto, saindo correndo para desmentir aquela terrível história.

Recostei-me a árvore e fechei os olhos.

Apenas sentia aquela brisa suave e meio gélida ao mesmo tempo bater contra meu pálido rosto, deixando minas bochechas levemente rosadas, bagunçando meus cabelos.

Suspirei pesadamente, abraçando minhas pernas abrindo os olhos, bem a tempo de ver a lula gigante saltar pelo lago.

E foi aí que o vento mudou de direção. Trazendo consigo aquele doce cheiro de madeira, menta e... Gel. Soube imediatamente que algum Sonserino se aproximava, porém, o cheiro de gel acabou entregando na hora o indivíduo que tentava se esconder. O farfalhar da grama também ajudou a identificar que não estava ficando louca.

E eu estava certa.

Draco Malfoy sentou-se ao meu lado, seguindo meu olhar e se deparando com a lula dando piruetas. O silencio que se instalou até que era agradável, mas, se ele veio até aqui, provavelmente queria alguma coisa.

–Você acreditou em tudo aquilo, Malfoy?- minha angústia era notável.

–Não. Você não me parece o tipo de garota que quer todos na cama, Granger.

–E eu não sou...- sussurrei as palavras para evitar o choro que estava preso em minha garganta.

Ele pareceu perceber que havia algo errado, pois logo em seguida perguntou, um tanto atrapalhado:

–Hey, você tá bem?- parecia que tinha um leve tom de preocupação em sua voz.

Aflita, sabia que não ia conseguir mentir por muito mais tempo, então, decidi me abrir com ele, afinal, éramos amigos agora, não?

–Definitivamente, não. Porque todos acham isso de mim, Malfoy? A culpa não é minha se nenhuma garota quer ser amiga de um rata de biblioteca, e somente eles que entendem. Nunca quis isso, essa ideia de todos na cama é repugnante! E quanto a Neville, a culpa não é minha se somos amigos. E Harry, eu nunca faria nenhum mal a ele, muito menos a seu namoro, ele é como um irmão pra mim... Porque insistem em espalhar calúnias sobre mim?- quando acabei de falar, não tinha percebido, mas lágrimas silenciosas brotavam dos meus olhos e insistiam em cair. Continuava abraçada com minhas pernas, a respiração ainda acelerada, com meus ombros envoltos em braços quentes.

Pera, braços quentes?

Percebi que em frações de segundo Malfoy havia passado seu braço pelo meu ombro, me envolvendo em um abraço meio desajeitado e tímido.

–Provavelmente porque eles tem inveja de você, Granger. Você é a pessoa mais inteligente e esperta que já conheci.

–Até mais que você, Malfoy?

–Hã... Acho que temos um empate nessa situação.

–Não me diga?

–Digo sim.

–Então... o que te fez vir até aqui?

–Pensei que estivesse precisando de companhia, e como vi que o Longbottom saiu correndo parecendo que tava com diarreia, pensei em vir até aqui. Não gostou? Se quiser eu posso ir embora.

–Não precisa, eu realmente queria a companhia de alguém. E sei que não foi só por isso que veio até aqui, com risco de alguém te ver me abraçando. Anda, pode me perguntar.

Ele parecia nervoso, tanto que terminou com o abraço e fixou seu olhar no horizonte.

Pouco tempo depois ele voltou seu olhar para mim e me perguntou:

–Você gosta dele?

–Tenho motivos para acreditar que não.

–Oh! E quais seriam?-me perguntou com uma sobrancelha levantada, com um sorriso nos lábios.

–Ele gosta de outra, é meu melhor amigo e creio que meu coração já pertença a outra pessoa.

–E quem seria?

–Um pote de Nutella. Vamos nos casar em Dezembro. Você pode ser o padrinho se quiser.

Ao menos consegui aliviar a tensão que se instalara no momento que revelei gostar de alguém.

Credo, garoto esquisito.

–Sabe, tenho aula agora, você também deveria ir para sua, Srta. Granger.

–Creio que sim.

Após ele me ajudar a levantar, fomos juntos até o castelo, onde cada um foi para uma direção oposta, seguindo para a aula.

Pelo menos eu tinha conseguido melhorar meu humor.


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