POV' Malfoy

'Crac!' Era o único som que a masmorra Sonserina escutava após irem para o Salão Comunal. Quem o fazia? Ora, o bonitão aqui! O motivo? A mentira e a comparação da Parkinson. Após comparar a Granger com uma maçã (ambas são gostosas e beijáveis na minha opinião,problema?); Espalhou para metade da escola que tinha dormido comigo nas férias! O que é uma grande mentira, já que a única que dormiu em minha companhia fora a corberta e Filomena, meu Grifo de pelúcia (algo contra?).

Ah! E como eu fazia o barulho? Fácil, conjurando vasos de porcelana e os tacando na parede! Já estava com o rosto vermelho quando Blás finalmente aparece no quarto, reclamando do barulho:

–Cara, seu estoque de vasos não acaba nunca?

–Não!- quase gritei para o coitado.

–Se acalma Draco; a essa hora os amigos delas já a acalmaram...

–Mas o que? De quem você tá falando?- não entendia nada.

–Granger...-responde um Blásio com um sorriso travesso no rosto

–Não me importo com ela.-respondi ríspido.

–Mentira, eu te conheço muito bem- responde ele rindo.

Apenas fiquei calado. Blásio Zabini me conhecia muito bem. Afinal, o que seria de um melhor amigo se não conhecesse o outro bem até demais? Após contá-lo que toda minha irritação se devia as mentiras de Pansy, ele pareceu compreender. Disse que tentaria me ajudar a resolver a mentira, mas não tinha certeza de nada.

–Cara, como você "percebeu" que a Granger importa um pouquinho pra mim?- perguntei curioso.

–Seu olhar sobre ela no encontrão do trem, como ficou irritado ao falarem aquilo, a sua preocupação se ela estaria bem ou não, e o mais importante: a tempos que você não a chama mais de Sangue-Ruim.- disse ele com um sorriso maldoso nos lábios.

Somente dei um risinho abafado e olhei para o chão, dizendo que iria tomar um banho. Quando finalmente me deitei, uma pequena onde de algo desconhecido me invadiu. Não consegui evitar não me lembrar do Longbottom correndo atrás da Granger. A raiva me invadiu de tal forma que só consegui me acalmar ao me lembrar do encontrão. O brilho surpreso naqueles olhos castanhos, a proximidade dela... quando me deparei, estava preso em um labirinto escuro, totalmente perdido; A única coisa que escutava eram gritos, uma gargalhada horrível e um sussurro...

"Por favor, me ajude Draco, socorro..."

Que era seguido de um grito de dor e soluços. Aquela voz, era ela. A meses a escutava em meus sonhos, desde que os pesadelos invadiram minha mente. Eu sabia quem era a dona da voz, só não entedia os pedidos de socorros. Não entendia ainda mais o por que dentre todas as súplicas, ela sempre me chamava, como se estivesse presa em algum lugar de verdade...

E, como sempre, acordei no meio da noite, completamente encharcado de suor, apavorado por finalmente compreender que a voz estaria em perigo. Este tinha sido o sonho mais "real" que já tivera desde então. De tão desesperado que estava não reparei quando lágrimas silenciosas rolaram pelo meu belo rosto. Após jogar uma água, não queria dormir de novo, mas foi só a imaginar ali, deitada ao meu lado, que adormeci rapidamente, sem mais nenhum sonho.