A descendente de Qetsiyah escrita por OnceUponAWriter


Capítulo 5
Capítulo 5 – Eu Me Importo




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Assim que você saiu da enfermaria, todo mundo foi correndo preocupado ver como você estava, Damon saiu logo depois e você o olhava friamente. Todo mundo resolveu voltar a procurar Katherine, mas você não sabia de nada. Klaus e Rebekah disseram que tinham assuntos familiares pra resolver e os dois se despediram. Rebekah cochichou no seu ouvido: “Se você morresse, eu iria até o inferno atrás de você pra te matar com as minhas próprias mãos. Não se atreva a me assustar assim de novo, bitch”. Já Klaus te abraçou forte e pediu desculpa por não estar lá pra te salvar, você o olhou com ternura e abraçou ele de volta, você disse que ele não precisava ser o seu herói sempre, mas ele disse que sim. Os irmãos Mikaelson se despediram de você e logo Elena, Jeremy e Caroline estavam na sua frente.

—Sabe, você nos deu um baita susto. —Disse Caroline.

—Me desculpem, não vai mais acontecer. — Você disse sorridente.

—Melhor mesmo, se você morresse, Bonnie me matava. — Disse Jeremy

Você olhou pra Jeremy sem entender, como assim Bonnie o mataria? Ele percebeu que falou bobagem e tentou concertar dizendo: “É que eu sonho muito com ela, sabe, então...”.

—Eu entendi. —Você não deixou ele terminar de falar porque sabia que a cada palavra ia acreditar menos e menos. Estava convencida de que todos estavam escondendo alguma coisa.

—É, podemos ir? —Disse Elena, impaciente.

—Vem cá, eu ainda não entendi qual é o seu problema. —Você disse.

Elena já vinha te irritando há muito tempo, isso tinha que parar.

—Eu não preciso te responder. —Elena retrucou.

—AH NÃO, não vão começar agora! Elena, *seu nome* acabou de sair do hospital, da um tempo pra ela. *Seu nome*, depois vocês discutem, brigam ou se matam, você tem que descansar e eu e Elena temos coisas a fazer... —Disse Caroline.

—Acho melhor a gente ir indo antes que essas duas se matem. — Disse Jeremy para Caroline.

Caroline pegou Elena pelo braço e a arrastou consigo e com Jeremy.

Agora só restavam você, Damon e Stefan. Damon te olhava, triste, você não conseguia ficar braba com ele por muito tempo, você suspirou e disse: “Tá, foi mal.” Damon não disse nada, apenas se virou de costas e começou a andar.

—Vou arranjar algo pra você comer, você deve estar com fome. —Damon disse enquanto ia embora. —Stefan, não deixe que ela se machuque até eu voltar.

Damon já tinha ido, ele ia voltar logo, você só tinha esse momento a sós com Stefan para agradecer, você olhou para ele e chegou mais perto, devagar, ele te olhava como se não existisse nada a sua volta.

—Obrigada. —Você disse. —Foi você quem me trouxe pra cá.

Ele deu um passo a frente e beijou, de leve, seu rosto. Você olhou nos olhos dele e os dois se aproximavam cada vez mais. Stefan estava a um paço de arrancar um beijo seu.

—Não... eu não posso. —Você disse, virando o rosto para o lado, hesitante.

Stefan baixou a cabeça, suspirou e te olhou: “Eu sei o porquê, e esse porque tem um nome... Damon.”.

Você o olhou com piedade e disse: “Não, esse porque tem mais que um nome... esse porque é indecisão, confusão e medo.”.

—É possível que o meu, seja um desses nomes?

Você baixou a cabeça, envergonhada, já estava ficando vermelha, fez sinal se sim com a cabeça e virou de costas no mesmo instante. Não podia negar que Stefan mexia com você.

—Então eu acho que só tenho que esperar. —Stefan disse, sorrindo.

Você involuntariamente riu, achou fofa a atitude de Stefan, ouviu a risada dele e não conseguiu não rir, que risada engraçada.

—Parece que vocês se divertiram. —Disse Damon.

—Você podia ter demorado um pouco mais, Damon. —Disse Stefan.

—Não, obrigado. —Disse Damon, sorrindo ironicamente. —Bom, acho que já podes ir procurar... aquilo.

—Aff, sim, sim, eu sei.

—Procurar o que? — Você perguntou, curiosa.

—Umas coisinhas que o Damon precisa. —Disse Stefan, olhando pro irmão.

Stefan olhou pra você e disse: “Eu volto.” Deu meia volta e saiu andando. Damon havia trazido algumas coisas pra você comer, ele estendeu a mão com um sanduiche, mas você não estava com fome. Você não disse não, só balançou a cabeça em gesto negativo.

—Vamos, vou te levar pro seu quarto.

Vocês começaram a caminhar, deram alguns passos, mas logo você parou. Você ainda estava meio fraca, o remédio tinha feito efeito, mas não te curou totalmente. Damon percebeu que você estava cansada, ele pôs a sacola com o seu lanche no chão e andou em direção a você. Você olhou pra ele, sem dizer nada e fez uma cara de braba. Ele te olhou e também fez cara de brabo.

—Marrenta.

—Chato.

Damon virou, se abaixou e fez um gesto para que você subisse nas costas dele.

—Eu não sou mais criança pra ir na cacunda. —Você disse, indignada.

—Mas você ta agindo como uma.

—Não.

Damon se levantou e virou de volta pra você, ele parou na sua frente e perguntou: “Não vai subir, então?”

—Não. —Você repetiu.

Damon revirou os olhos e disse: “É você quem me obriga a fazer esse tipo de coisa.”. Você franziu as sobrancelhas, sem entender. Ele rapidamente te pegou no colo e disse: “Ok, vamos.”. Você ficou furiosa com Damon, começou a se debater e gritar pra ele te soltar, mas ele não soltou. Você percebeu que por mais que se esforçasse Damon não ia te largar, então você se acalmou e vocês foram quietos durante o caminho todo.

Depois de um tempo caminhando, vocês finalmente chegaram na entrada do prédio ‘S’.

—Tá, agora me solta.

—Não.

—Sério, Damon, me larga.

Damon te olhou e disse: “Não até você estar segura no seu quarto.”. Vocês já estavam no prédio, Damon subia as escadas devagar, sem muito esforço. A porta do seu quarto ainda estava aberta, ele simplesmente entrou e te colocou no chão.

—Deu? —Você perguntou, furiosa.

—Deu. —Respondeu Damon.

Você olhou bem fundo nos olhos dele, sua mão se moveu quase que involuntariamente, o barulho foi alto, você deu um tapa em cheio no rosto dele. O tapa fez Damon virar o rosto, ele te olhou surpreso e você disse: “Por que? Por que você mente tanto? Por que é tão chato e arrogante? E...”.

O vento começava a soprar forte e entrava pela janela aberta, Damon desviou o olhar e você continuou falando.

—Parece que você tem prazer em esconder coisas de mim, parece que você sabe que isso me deixa irritada e faz isso só pra me provocar. Você mentiu sobre o colar, mentiu sobre quando nos conhecemos, acho inclusive que foi você que fez Stefan mentir pra mim agora a pouco. Você obviamente esconde muitas coisas de mim e o que me deixa mais irritada... É QUE EU ME IMPORTO!

Damon ficou surpreso, chegou um pouco mais perto e perguntou: “Como você sabe que eu menti?”

—Eu não sei como, eu simplesmente sei, quando é você, eu não sei por que, mas eu consigo muito bem distinguir o que é verdade e o que não é, acho que você não é bom em mentir... Mas a sua pior mentira foi justamente a que eu mais acreditei...

Damon levantou a cabeça e te olhou fixamente nos olhos, ele estava triste, espantado, não sabia mais o que fazer.

— E qual seria essa mentira?

Uma lágrima começou a correr dos seus olhos e você falou em voz baixa: “Quando você prometeu que ia me proteger.”.

Damon arregalou os olhos, você virou de costas e começou a chorar, logo a terra começava a tremer, outro terremoto, você estava ficando exaltada demais, o vento não cessava, seus cabelos voavam. Damon te puxou pela mão e você caiu nos braços dele, ele pôs a mão direita por trás da sua cabeça e a mão esquerda nas suas costas. Seus braços estavam espremidos contra o peito dele e sua cabeça recostada nos ombros dele, ele estava te abraçando forte.

Quando você percebeu, ele também estava chorando: “Desculpa.” Ele dizia. O terremoto ficava cada vez mais forte, tudo tremia, sua visão começava a ficar nublada, você estava perdendo o foco.

—Não! Não, não, não, fique aqui, fique comigo. —Gritou Damon desesperado ao perceber que você estava ficando fora de si.

Você podia perder o controle a qualquer momento, Damon não sabia o que fazer.

—Por favor, não me deixe. —Ele disse baixinho, te apertando mais.

O terremoto não parava, rachaduras se abriam nas paredes, o vento soprava forte.

—Eu... não vou. —Você disse, quase apagando.

Damon, com lágrimas nos olhos, tirou a mão de trás da sua cabeça, você inclinou a cabeça pra trás, olhando diretamente pra ele e ele disse: “Eu não quero que isso seja um adeus.”.

O vento soprava e o chão tremia. Você não conseguia mais falar, estava com sono, perdendo os sentidos.

—NÃO! Você não pode, não agora, por que... Por que... MERDA! EU TE AMO!

—Da...mon... —Foi a ultima coisa que você conseguiu dizer.

Damon arregalou aqueles lindos olhos azuis, chegou com o rosto mais perto e te beijou. Os lábios dele eram quentes, você sentiu aquele beijo como se fosse o primeiro, foi a última coisa que você sentiu antes de apagar, foi aquela sensação que te trouxe de volta, que te parou. A boca dele na sua, os braços dele te envolvendo, era tudo surreal.

Você desmaiou, mas não perdeu o controle, tinha alguma coisa em Damon que conseguia domar a fera existente em você. Ele te pôs na cama e ligou para Jeremy.

—Hey pequeno Gilbert, você ainda tem o remédio, certo?

—Sim, o que aconteceu?

Damon parou um pouco, suspirou e continuou a falar: “Bom, ela desmaiou de novo, pelo menos não está com febre.”.

—Tenho sim, já vou para aí. Ah, o terremoto recente, por acaso foi ela?

—Hum, foi, mas não se preocupe, ela vai melhorar.

—Ok, to indo...

—Bem que você podia deixar o Jeremy cuidando dela e vir aqui ficar um pouco comigo, né. — Gritou Elena, do outro lado do telefone.

—Desculpa amor, agora não dá.

Damon ouviu o telefone desligar rapidamente, Elena ficou com raiva. Ele te olhou e decidiu que naquele momento, nada era mais importante. Ele se aproximou de você, chegou perto de seu rosto e ia te beijar de novo.

—Presumo que cheguei na hora errada. —Disse Elijah.

—Nossa! Essa é a hora mais conveniente. —Disse Damon, ironicamente.

—E se eu lhe dissesse que tenho informações sobre Katerina?

Damon se levantou rapidamente e ficou de pé na frente de Elijah.

—Conte-me tudo.

—Estou ciente de que você e Katerina se encontraram na estrada e que ela lhe enganou. Mas tenho fontes, das quais eu não posso revelar os nomes, que disseram saber do paradeiro de dela.

—Então, onde suas fontes acham que ela está?

—Aqui, Damon, aqui na Whitmore College.

—O QUE? POR QUÊ?

—Não sabemos ao certo, mas este lugar não é uma faculdade como outra qualquer.

Você começou a acordar, abriu os olhos devagar e olhou para os lados, sem conseguir ver muita coisa.

—Acho melhor deixa-los sozinhos. —Disse Elijah, enquanto se encaminhava até a porta. Ele olhou pra trás e falou seriamente para Damon: “Proteja a garota.”. Damon assentiu com a cabeça e Elijah foi embora.

Você olhou pra ele, confusa, olhou para o seu quarto e para sua cama.

—Como eu vim parar aqui? Foi você quem me trouxe, Damon?

Damon não entendeu, chegou mais perto e perguntou: “Você não se lembra?”.

Você negou com a cabeça e deu mais uma olhada no quarto.

—Acho que foi você, sim, mas só me lembro disso, por que?

—Não se lembra do que aconteceu quando chegamos no quarto ??

—Não, quer me explicar o que está acontecendo, Damon?

—Na verdade, não.

Você olhou pra Damon com uma cara de “Sério mesmo?” e ele deu aquele sorrisinho irônico que te irritava, mas te deixava nas alturas.

—Eu te trouxe, você desmaiou, Elijah veio aqui falar comigo, nada demais.

—Por que será que eu to sentindo que você ta mentindo?

—Porque você é paranoica, talvez?

—Idiota — Você disse, dando uma risada.

—Desajeitada.

Você suspirou, puxou o ar bem fundo e tentou se concentrar em uma coisa que não fosse Damon. O quarto ficou quieto por um momento.

—Cadê o Stefan? —Foi a primeira coisa que veio a sua mente. Você perguntou aquilo quase instintivamente.

—Por que? —Perguntou Damon, com os cabelos pretos e brilhosos cobrindo as lagrimas daqueles profundos olhos azuis.

—Por que o Stefan? —Perguntou ele, novamente.

Você baixou a cabeça e pensou. “Não sei, acho que é pra não pensar em você.”. O silêncio era berrante, até você dizer: “É que ele disse que ia voltar e...”.

—Quem está mentindo agora?

Você ficou surpresa com o que ele disse, levantou a cabeça devagar e fixou os seus olhos nos dele. Ele chegava mais perto de você quando o telefone dele começou a tocar.


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