Nova Terra escrita por Raposa das Bibliotecas


Capítulo 11
Sor Ilis


Notas iniciais do capítulo

Como disse antes: capítulos de Sor Ilis são para maiores de dezoito! Não se esqueçam.



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A pele deles dois estava suada, e o esfregar de carne sobre carne fazia um barulho estranho. A mulher não conseguia se mexer e não podia revidar ao estupro. Sor Ilis cuidava do movimento da dança. Assim que chegou ao seu ponto ele saiu de cima dela e ainda pelado disse:

–Já eu volto, minha querida.

Ele fechou a porta de madeira, ela sentiu algo molhado em suas pernas e com muito sacrifício conseguiu ver algo vermelho. Sangue escorria pelas pernas. A dor ardia até sua alma. Seus machucados já tinham cicatrizado, criando casquinhas amarronzadas, bem claras. E por conta do unguento, algumas das casquinhas tinham pequenas manchas verdes.

A porta se abriu com um barulho de soco e o Sor entrou carregando um balde de madeira com alguns panos brancos.

–O que é isso?

–Isso? É água e panos. Vou te limpar, para mais tarde. –Disse ele, sorrindo.

Sor Ilis mergulhou o pano no líquido transparente, torceu e começou a passar pela perna dela, limpando o sangue que escorria.

–Me desculpe por isso. –Ele ainda sorria. –Eu estava empolgado, sabe? O que é isso? –Disse ele pressionando a área entre a coxa e a vagina.

–O quê?

–Desculpe. Acho que te machuquei.

Ele mergulhou novamente o pano, tirou o excesso de sangue e torceu o pano e voltou a limpá-la. Ele passou o pano por cima dos machucados avermelhados que pulsaram e ela gritou.

–O quê?

–Ardeu!

–Ah, desculpa.

–O que você está usando para me limpar?

–Não sei. Peguei isso com o Mestre da Torre Norte. Ele disse que limpa e desinfeta. Acho que é isso. Mas ele me deu isso pra passar na minha espada.

–E por que está passando em mim?

–Pra você ficar inteira limpa e desinfetada.

Ele voltou a limpá-la. Aos poucos o excesso de sangue sumiu. Ele voltou para sabe-se lá onde, deixando ela sozinha. Agora ela sentia o alivio da solidão e pôs-se a chorar. Ainda não entendia como chegou ali. Ainda tinha esperanças de que Lorde Julie iria descer até o calabouço e a resgataria. Que seria como nos primeiros dias de paz entre eles, que transavam quase todas as noites.

Mas então tudo se esvaiu.

Ela não entendia muito bem o que acontecia com eles. Estavam bem, e de repente, tudo acabou.

Talvez fosse Qimin crescendo. Ou algo assim.

Mas agora ela estava morta.

Raiva vibrava seu coração.

E a porta se abriu novamente. Sor Ilis entrou trazendo consigo mais dois Sors. Sor Urus, Mão De Chicote e Sor Tairus, Mão Valente.

–Eu disse para vocês que ela é bonita.

–Tem certeza? –Disse Sor Urus esfregando uma mão na outra e mordendo o lábio inferior, morrendo de vontade de saltar na mulher e possui-la toda para ele.

–Milorde não disse que não podíamos possuí-la. Ele só disse que ela tem de ser morta.

Sor Tairus caminhou lentamente até ela.

–Qual seu nome?

Ela olhou para Sor Ilis que assentiu.

–Keyla. –Mentiu.

E Sor Tairus a beijou, mas ela mordeu-lhe a língua, que sangrou. Sor Tairus deu-lhe um tapa no rosto, com a luva da armadura ainda na mão, marcando todo seu rosto.

–Hey! –Reprovou Sor Ilis. –Tem que ser com jeitinho. Assim.

Ele a beijou devagar, por mais que ela não quisesse, não revidou, pois sabia que eles a podiam matar ali e agora. Pensava que se não revidasse, podiam ajudá-la a sair dali.

–Entendi.

Sor Tairus a beijou, como Sor Ilis, e ela não revidou. Seu beijo tinha gosto de sangue, sinal que sua língua ainda sangrava. Quando o beijo se acabou, ela olhou para as cordas que prendiam sua mão e Sor Urus entendeu. Desatou os nós, deixando suas mãos livres. Quando Sor Tairus a beijou novamente, ela segurou seu pescoço, o puxando mais para ela.

Ele aprovou com um sorriso malicioso.

Logo já estavam os três despidos. Desataram os nós de suas pernas, e forçaram-na a ficar de quatro. Sor Ilis deitou-se no chão, entrando pela vagina, Sor Urus ficou atrás, e Sor Tairus na frente. Todos dançando.

O choque de carne proporcionava prazer para os três. E dor para ela. Logo vai acabar. Homens não aguentam tanto tempo. Logo vai acabar. Homens não aguentam muito tempo. Ela ficou dizendo para si mesma, repetidas vezes, mas não acabou tão fácil assim. Quando um gozava, ele tirava um tempo, sentado na cadeira dela, e quando o outro gozava, ele sentava e o que estava sentando, dançava com ela. Foram assim por umas cinco vezes. No final, Sor Ilis saiu de trás dela.

–Gostou?

Ela não disse nada. Todos os três ficaram sentados, enquanto ela chupava-os, revezando. Um minuto para cada. Quando enjoaram dela, sentaram-na na cadeira, amordaçaram suas mãos e seus pés, porém, frouxamente, e foram embora.

Mas algo aconteceu, ela conseguiu esconder uma faca deles no meio de suas roupas, que estavam em um canto da cela. Aos poucos, ela conseguiu chegar lá, após desabar com a cadeira e ir se arrastando pelo chão. Cortou as amarras e ficou esperando e esperando. Pois a noite logo passa e a vingança também. Pois a vingança é doce, porém não tão doce quanto a morte.

Ela contou as estrelas. Agora podia andar de um canto a outro, e limpou-se com o líquido transparente que Sor Ilis trouxera mais cedo. O líquido ardia seus machucados, sangue saia de áreas vergonhosas, onde somente um marido podia tocar, mas ela sabia que vida de meretriz não era fácil. E se pudesse trocar aquilo ali pela sua antiga vida, não pensaria duas vezes.

Assim que se limpou, dançou a lâmina na pedra, tentando deixá-la mais afiada, para que lambesse o pescoço de Sor Ilis e que ele ficasse conhecido como O Eunuco e não como O Penetrador.

Ela sentia suas mãos suarem no cabo da faca. Era um suor de medo e de ansiedade. Ao amanhecer, ela podia estar livre, ou podia ser morta por ele e por seus amiguinhos. Rezou a noite toda para que somente ele viesse. Que ele viesse sozinho, assim ela poderia matá-lo mais facilmente e ensinaria que não se come uma mulher por diversão.

A não ser que se pague muito bem.

Aos poucos, o sol foi nascendo. Preguiçosamente, sua luz atravessou as frestas da porta, e o barulho de uma armadura, ferro batendo em ferro, tomou conta do corredor de pedra lá fora. Ela ouviu a porta se abrindo e ficou decepcionada.

Não era Sor Ilis que ali estava. Por um momento, pensou que seu plano iria por água abaixo, mas então esperou. Somente Sor Tairus estava ali.

–Quero você só pra mim. –Disse ele apertando as bochechas dela, levantando sua cabeça.

Começou a se despir, e a se masturbar. Quando seu pênis já estava ereto o suficiente, sem perceber que não tinha mais nenhuma corda, ele entrou nela.

–Está gostoso? –Ela perguntou.

–Você não faz ideia.

E o sangue molhou suas mãos. Ela sentia o calor dele. O quão molhando ele é. A lâmina entrou na barriga de Sor Tairus, mas por incrível que pareça, ele não parou a dança, dançou mais rápido ainda.

E gozou.

Seu corpo caiu com um baque mudo.

Ela pôs Sor Tairus de quatro, com a bunda virada para a porta. Suas mãos amordaçadas e sua cabeça escondida da visão por causa da posição de seu corpo.

Deu trabalho, mas ela conseguiu. Vestiu a armadura dele, pegou a faca, e enfiou o cabo na bunda de Sor Tairus, que com certeza gritaria.

–Está gostoso? –Ela perguntou para o cadáver e saiu, fechando a porta.

Caminhou, assoviando.

Por enquanto, tudo estava dando certo.

Por enquanto.


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