Galväne escrita por Perfil Inativo


Capítulo 9
Ilusão.


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIII LEITORES *3*
TUDO BOM?
ESPERO K GOSTEM O/



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De algum modo bizarro o exército Gigantai parecia ter duplicado de tamanho. Nasuada foi ao encontro do Gigantai, e começou a conversar com ele na língua Urgal que ela havia aprendido nos últimos anos, assim como a linguagem élfica e a anã. Leapoy demonstrou um pouco de surpresa com o quanto Nasuada sabia á respeito deles, mas não recuaram. O Gigantai não disse o motivo da captura de Arya e Fírnen, apenas disse que estavam incapacitados de atacar, mas estavam vivos. Nasuada ordenou que fossem embora, mas não o fizeram, então se prepararam para a batalha. A luta foi terrível, Nasuada quase perdeu mais da metade dos Urgals e os Gigantais perderam apenas uma parte de seu exército. Eram fortes e mesmo com as forças somadas dos dragões não foi suficiente. A Rainha temia isso, sabia que mais uma investida agora seria arriscado, a cidade Urgal seria destruída. Ela se via encurralada e com pouca força para lutar. Ângela conseguiu falar com ela uma noite através de magia. Se mandassem tropas agora demoraria demais. Eally teve uma ideia incomum e improvável, mas que Thorn concordou, e logo depois Murtagh também concordou. Seria complicado, talvez fosse adiantar, talvez fosse a solução que Nasuada procurasse. Quando a noite caiu, colocaram seu plano em ação. Nasuada foi sozinha ao encontro do exército vermelho, e a deixaram passar até o meio do acampamento, onde havia um trono improvisado, um círculo grande de Gigantais e o líder, Leapoy. Ela lhe ameaçou sem medo, com a espada em sua bainha. Ele claro não lhe deu ouvidos, então chegou a hora de mostrar suas habilidades. Eally, Murtagh e Thorn estavam incumbidos de usar a ilusão e fazer um tigre quase idêntico á da memória do sonho da Rainha, como os Gigantais o chamavam: Gruarak. A ilusão veio de um ponto do céu, para cair perto da Rainha. O tigre era grande, tinha quase 5 metros de altura como a maioria dos Gigantais, um corpo musculoso com listrar pretas bem marcantes, olhos amarelos, dentes afiados e um potente rugido. Isso com certeza agitou os Gigantais. Até seu líder parecia abalado. Thorn e Eally mesclaram suas vozes para falarem com os Gigantais.

Eu sou Gruarak, senhor da escuridão, do medo e da morte. Vocês ousaram tocar no meu solo sagrado e me despertaram de minha paz. Intrusos em minhas terras, devem sair daqui ou sofrerão a minha ira.

Isso com toda a certeza provocou certo medo e temor no exército. Leapoy se levantou do trono.

–Isso é apenas uma ilusão. – ele disse e o coração de Nasuada acelerou. – Eu o matei anos atrás, com a ajuda do nosso senhor Galbatorix. Deuses não existem, você não é real.

Deuses existem, quase nunca estamos inteiramente em um mesmo lugar, nossa essência está em diversos lugares ao mesmo tempo. Acharam ter destruído uma parte de mim, mas eu não dei tanta atenção, estava ocupado com a Grande Guerra entre Eragon e Galbatorix.

Á menção desses dois nomes os guerreiros começaram a conversar em sua língua.

–Então porque deveríamos acreditar que você está “inteiro” aqui e mais importante ainda, porque os ajudaria ao invés de nós? Como podemos estar invadindo as suas terras?

Aquele Gigantai era mais esperto do que a Rainha previu, ela estava com medo de seu plano falhar. Ela falou com Murtagh rapidamente transmitindo a resposta complexa. O tigre rugiu antes de falar.

Quando há guerras até nós podemos escolher um lado para ficarmos. Quando houve a Grande Guerra muitos deuses apoiaram Eragon e Saphira, por isso obtiveram êxito em acabar com Galbatorix. Eu escolho o lado da Rainha. Seu intuito é destruir aquilo que Nasuada demorou anos para restaurar. Aqui eu escolhi ser meu lar. Vão embora, é meu último aviso.

Leapoy ficou um tempo calado. Nasuada achou que tinha conseguido.

–Se vai ficar ao lado deste povo, então fique. Nós o derrotaremos também.

O exército gritou meio forçadamente, eles pareciam duvidosos sobre a decisão do líder.

Eu sou um deus, não pode me derrotar, se decidir me enfrentar sentirá a minha fúria sobre seu exército. Rugiu para pontuar a frase.

–Nós não o tememos, e para provar isso eu o enfrentarei corpo a corpo, e usarei sua cabeça como troféu, depois acabarei com tua terra.

Aquilo fez o exército vibrar eufórico. Nasuada sabia que uma ilusão poderia ser real o bastante, mas não ao ponto de machucar fisicamente outra pessoa. Leapoy descobriria a farsa.

Não irei gastar meu tempo lutando contigo. Lutarás com Nasuada.

–Então está admitindo que tens medo de lutar comigo, ó deus! – Leapoy falou com sarcamos.

Eally e Thorn rugiram juntos criando um som poderoso que fez os Gigantais estremecerem.

Vocês são insignificantes demais para que eu gaste o meu tempo lutando com seres tão inferiores. Nasuada está aqui para defender seu povo contra o seu. Lute com ela, meu último aviso.

O tigre rosnou e então saltou para cima, desaparecendo na noite escura. Nasuada se virou e foi embora passando entre os Gigantais ainda meio atordoados. Eally apareceu a e pegou. O plano em parte havia funcionado. Ela não sabia se estava pronta pra enfrentar... um Gigantai sozinha. E mesmo que conseguisse, não queria dizer que o exército fosse embora. Ela era mais fraca que Leapoy, os dois sabiam.

Não se preocupe, você vai conseguir. Mas Nasuada conseguia sentir que seu dragão também estava temerosa. Ela conversou com os Urgals sobre isso e ficou quase até o amanhecer se preocupando. Mas Murtagh apareceu e quase a obrigou a deixar essa preocupação de lado. Ele a levou um pouco para longe da cidade Urgals, fez a alimentar (ele sabia que ela não comia bem e nem com regularidade). Foi a primeira vez que ficaram de fato sozinhos desde... bem, desde que ela havia sido presa pelo Rei Tirano. Aos poucos a conversa foi voltando para o passado, e acabaram tocando em assuntos delicados. Era difícil para o Cavaleiro, ele sempre se lembrava do quão... idiota fora ao deixá-la, mas depois daquela conversa ela entendeu. Não foi fácil para nenhum dos dois, mas precisavam ter aquela conversa. Ela se sentiu um pouco mais leve, mas isso não iria amenizar a dor que ainda sentia por aqueles tempos. Fora difícil se tornar Rainha, e depois Cavaleira, sempre a fazia lembrar de Murtagh. Mas agora ela viu o quanto ele mudara, toda aquela máscara que ela se lembrava de que ele usava não existia. E ela gostou deste novo jeito dele. Ela recebeu um abraço apertado dele antes de entrar em sua tenda para tentar dormir um pouco. Claro que isso não seria possível. Havia provavelmente a maior prova da sua vida: lutar contra um inimigo muito mais poderoso que ela para salvar Alagaësia. Ela seria capaz disso?

Ela precisa ser capaz.


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