Galväne escrita por Perfil Inativo


Capítulo 10
Vitória.


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIII POVIN *3*
TUDO BEM COCÊS?
COMIGO ESTÁ DE BOAS /O
EU DEMOREI DEMAIS PRA ESCREVER DETALHADAMENTE ESSE CAPÍTULO, ESPERO QUE GOSTEM *3*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437330/chapter/10

Murtagh entrou na tenda da Rainha quando ela terminava de arrumar sua armadura dourada. Ele sorriu e admirou Nasuada, era ridículo impedir a si mesmo de admirá-la, era a mulher mais bonita que conhecera, nem mesmo as elfas com seu jeito e olhar felino chegariam aos pés dela. Ela tivera alguns dias de descanso até hoje, onde confrontaria Leapoy. Ela sorriu para ele, mas ele percebeu que ela estava com certo temor.

–Pronta?

–Acho que não. – ela respondeu prendendo o cabelo em um coque.

–Não há o que temer, se não tiver medo vai vencê-lo. Sabe que embora ele seja mais forte, você é mais resistente e determinada. Todos sabemos o quão corajosa e dedicada é.

–E seu eu não for?

–Você é. – ele lhe lançou um olhar de confiança e colocou a mão no ombro dela. – Eu acredito em você. – ele disse na língua antiga.

Ela se assustou com a confiança que ele lhe dissera, mas ele parecia calmo, como se confiasse nela a própria vida. Talvez os Urgals confiassem. Era muita pressão. Ela deixou um suspiro sair dos lábios. Ela se encostou de leve em Murtagh. Ela era mais baixa que o Cavaleiro, e ela pode ouvir o coração do outro bater calmamente. Ela se focou nisso e começou a relaxar e a se acalmar. Ficaram em silêncio até ouvirem uma corneta soar, e toda a calma que Nasuada conseguiu se dissipou e seu coração acelerou fortemente.

–Tudo vai acabar bem, eu, Thorn e Eally vamos proteger você.

–Isso é uma luta corpo a corpo, seria injusto.

Murtagh revirou os olhos e os dois saíram da tenda. Os Urgals estavam todos reunidos e a espera dela, enquanto o exército Gigantai estava perto, e seu líder a esperava na campina. Eally se aproximou e assim como Thorn e Murtagh lhe desejou boa sorte. Ela empunhou sua espada e andou até o outro. Os Urgals gritaram assim como os Gigantais e os dragões. O Gigantai parou perto dela. Ele usava sua espada feita de osso de dragão, uma armadura vermelha. Ela viu que estava sendo parcialmente acompanhada pela ilusão do tigre-deus Gruarak. Ele rugiu para os Gigantais e ficou um entre os dois exércitos.

–Em uma luta corpo a corpo, espero que saiba que todos os tipos de sua magia são proibidos, Cavaleira.

–Estou ciente disto Leapoy, minha magia não interferirá em nosso combate. Eu lhe darei as condições: nossa luta será até a morte. Se eu ganhar, teu exército recua para fora de Alagaësia e nunca mais retornará. Se tu ganhar, eu cederei meu trono.

–Não é isso que queremos, e sim a destruição de Alagäesia.

Nasuada sabia que seria arriscado.

–Então estamos acertados. Jure pela língua antiga.

Os dois fizeram seus juramentos. Nenhum dos dois recuaria. Nasuada respirou fundo e foi para o ataque.

Nem o escudo iria conseguir amenizar a força do golpe de espada do Gigantai. Era como se estivesse lutando sozinha contra um dragão. Leapoy não era rápido, mas forte ele era. Nasuada tinha medo de sua espada não resistir, mas ela o fazia. A espada feita de osso talvez não conseguisse cortar sua pele, mas a pancada que recebesse poderia machucá-la seriamente. Ela bloqueava com todas as forças que podia, tentando ser mais rápida e mais ágil, mas tudo o que conseguira foram alguns arranhões leves na armadura. Ela estava frustrada, e começou a ficar cansada e lenta. Então ele conseguiu golpeá-la e derrubá-la. Ela rolou para não ser esmagada e recuperou a espada. Leapoy investiu mais furiosamente até acertá-la várias vezes. Ele conseguiu acertá-la bem forte na barriga e ela caiu para trás. A armadura amassada estava cortando-a por dentro e sentia tudo girar.

–Precisa de descanso Rainha?- ele falou com sarcasmo.

–Não...

Ela se concentrou. Força não seria o resultado, e sim a agilidade. Então seu coração desacelerou e ela tirou a armadura. Seu dragão a questionou mas ela apenas esvaziou a mente. Entrou em “modo automático” e atacou. O Gigantai não pareceu tão surpreso assim. Mas ele não esperava que ela fosse tão rápida. Nasuada se movia tão rápido quanto Arya. Não era magia, disso tinha certeza. Como Eragon lhe contara, não estava se movendo nem rápido nem devagar demais, estava se movendo da forma que deveria. As imagens ao seu redor eram distorcidas, apenas a do guerreiro á sua frente eram nítidas. Então ela atacava cada lugar que conseguia, cortando a armadura. Como Leapoy poderia se defender de algo que ele mal via? O pior é que sabia que ela não estava usando magia. Então ele em desespero tentava acertar qualquer coisa, e no fim conseguiu atingi-la no flanco. Ela caiu, tinha quebrado uma costela. Ele não lhe deu tempo para levantar, acertou novamente em seu flanco e ela sentiu uma dor brutal do lado direito do corpo e gritou. Eally rugiu de frustração. Nasuada se levantou com dificuldade e segurou sua espada. Foi quando ela entrou realmente em pânico. Ela iria ser morta, tudo estaria perdido. Ela não podia... mas como? Dizem que quando está prestes a morrer a vida passa diante de seus olhos. Não foi isso que Nasuada viu. Ela viu Alagaësia sendo devastada. Então ela desvirou da espada e a quebrou com a sua. Leapoy pareceu finalmente surpreso. Então ela sem perder tempo cravou sua espada no coração do Gigantai e ele caiu. Os Urgals vibraram vitoriosos. Nasuada se aproximou do outro.

–Eu venci. Seu exército recuará para sempre.

Então Leapoy sorriu e Nasuada sabia que algo estava errado.

–Você jurou pela língua antiga, não se pode mentir na língua antiga. – ela disse.

–Está certa. Eu não menti, mas infelizmente... eu não sou o líder deste exército. Apenas nosso Rei manda em todos, este não é meu exército. É de Kowet.

Então Leapoy morreu. Nasuada ouviu o som do outro exército pronto para atacar. Murtagh apareceu ao lado dela.

–O que foi?

–Eles vão atacar. – ela avisou e quando tentou correr caiu. A dor em suas costelas voltou.

–Se machucou? – ele perguntou do lado dela.

Então os Gigantais gritaram e começaram a correr.

–Vá, eu vou tentar detê-los. – Nasuada disse.

Murtagh a encarou incrédulo então a pegou no colo antes de mais protestos e correu. Eally rugiu furiosa e correu até eles, e quando passaram por ela, ela cuspiu fogo contra os Gigantais. Thorn se juntou á ela enquanto Nasuada contava o que acontecera. O pouco exército que ela ainda tinha se posicionou, mas Murtagh a obrigou a não atacar para que ele pudesse cuidar dos ferimentos dela.

–Pronto, agora vamos atacar... – Nasuada se levantou pegando a espada.

–Não de frente. Temos que encontrar Arya e Fírnen.

–Eu não posso abandonar todos, eles precisam que eu fique na frente.

–Thorn e Eally farão isso.

Antes que ela argumentasse Murtagh a puxou e os dois correram até o acampamento. Havia poucos Gigantais lá para enfrentar. Então chegaram á uma pequena depressão, onde Fírnen estava dormindo amordaçado. Arya também estava lá machucada e dormindo também. Nasuada foi acordá-la. A elfa e o dragão meio perdidos acordaram. Nasuada lhe contou tudo, e então os três subiram em Fírnen e ele decolou. Quando Eally e Thorn vieram ao encontro dele, a Rainha conseguiu ver a batalha, e como estava difícil. Quando montou em seu dragão elas compartilharam a mesma raiva. Era a sua terra, seu povo, sua vida... tudo podia ser destruído.

Mas elas não deixariam.

–Ataquem de cima, eu e Eally atacaremos de frente. – ela disse determinada.

Antes que um dos dois discordasse as duas foram para o chão, então Nasuada desmontou perto dos Urgals e começou a atacar os Gigantais que tinham na sua frente. Eally também, nenhuma das duas com qualquer pena apenas uma raiva gigante. Ela quase não se lembrava de como havia conseguido derrotar tantos, mas ela conseguiu. Urgals a ajudavam, ela tinha alguns ao seu redor e ao redor de Eally, e depois do que pareceram horas os Gigantais começaram a recuar. Então Thorn e Fírnen impediam-os de fugir, e a Rainha sabia que devia acabar com todos, até o último. Não sabe se foi exatamente isso que aconteceu, mas uma hora, quando sentiu todo o seu corpo arder foi que sentiu que havia desmaiado e estava sendo carregada pelo Cavaleiro com Arya do lado dele. Os dois pareciam cansados e com alguns cortes leves. Não queria imaginar como ela estava. Ela foi deixada por ele no banheiro e Arya encheu a banheira para ela.

–Acha que pode tomar conta de si mesmo? – a elfa perguntou.

–Tenho. E tenho certeza de que também precisa cuidar de si mesma, pode ir, eu vou avisar se precisar de alguém.

A elfa assentiu e se foi. Nasuada com dificuldade cuidou de si mesma e depois foi direto dormir. Quando acordou Arya e Murtagh estavam ali ao lado dela.

–Bom dia. – Murtagh disse e lhe deu um pequeno sorriso.

–Bom dia... eu dormi por muito tempo?

–O suficiente para se recompor. As Urgals estão á sua espera.

–Certo.

Eles andaram pela cidade até chegarem á estrutura principal onde as Urgals fêmeas estavam. Nasuada viu Fírnen dormindo perto dali, e Eally e Thorn deitados e conversando. As perdas foram terríveis, mas agora tinham a certeza que Alagaësia estava segura. As fêmeas agradeceram aos três igualmente. Elas insistiram para comemorarem isso com muitas festas durante a semana toda. Nasuada encarou os dois Cavaleiros. Murtagh sorriu e Arya concordou.

–Que comecem as festas. – ela disse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!