Skinny Love escrita por Queen


Capítulo 23
You and I.


Notas iniciais do capítulo

HEY HO, LET'S GO. Então galerinha do bem, sei que estou sumida e tudo mais, então gostaria de pedir desculpas e tals, na boa. Assim, gostaria de agradecer a todos os reviews do capitulo passado, todos eles são importantes para mim! Ultimamente algumas pessoas tem reclamado por culpa dos erros ortograficos, eu já to tentando arrumar isso, okay? okay. Espero que gostem do capitulo, eu to meio bolada com ele porque assim que escrevi ele eu recebi uma critica muito chata: "Não sei como a Karol consegue escrever tão bem romance sem nunca ter vivenciado um" Qual é galera, só porque eu sou uma magrela encalhada não signifca que eu não saiba o que é amar, okay? Tudo bem que eu nunca tive um namorado e tals, e nunca fui de tá ficando com muitos garotos e blah blah blah, mas mesmo assim, isso não tem nada haver. Eu fiquei meio que mal, mesmo essa "piada" sendo muito ironica e indireta, mas okay, tá tudo bem. Espero que gosteeeeeeemmmm please!



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Reyna limpava o chão com uma careta e Jason chorava ao seu lado, ajudando-a. Eu não podia reconforta-lo, não enquanto nossa mãe continuava vomitando pela casa. O barulho de fungos e soluços preenchiam o silêncio que reinava na sala de estar. Reyna tentava fazer Jason parar, mas ele continuava chorando, as lagrimas grossas densas escorrendo pelas suas bochechas. Suspirei.

Luke colocou o braço direito da minha mãe e colocou ao redor do seu pescoço, fiz o mesmo do outro lado e colocamos minha mãe no sofá. Seu hálito cheirava a bebida e ela balbuciava coisas desconexas. Senti vontade de chorar, de gritar, de questionar. Mas eu precisava se manter forte ao lado de Jason, precisava estar intacta.

– Obrigada. – Sussurrei para Luke e ele assentiu. Havia se passado quatro dias desde o dia em que ele havia dito que me amava e aquilo havia sido muito importante para mim, de certa forma. É bom saber que seu melhor amigo lhe ama e não está magoado com você por coisas do passado, é reconfortante. – Sabe, você não precisava fazer isso.

– Você queria o que? Que eu deixasse sua mãe jogada no meio da rua? – Neguei. Foi assim que ele a encontrou, dormindo como uma mendiga perto da sua casa. Fiquei com o coração na mão quando ele chegou com ela em seus braços na porta da minha casa, eu não soube exatamente o que fazer e Jason ficou apavorado. Depois, minha mãe acordou, mas não estava totalmente sã e saiu vomitando pela casa, enquanto Jason começava a chorar e eu encarava aquilo tudo horrorizada. – Então...

Ele deixou a frase no ar e eu assenti. Encarei a minha mãe, que dormia com a boca aberta. O cabelo estava um completo ninho de rato, o rosto sujo e a expressão cansada. Senti que meus olhos estavam começando a ficar úmidos, então respirei fundo e desviei os olhos dela para Luke que se aproximou e me abraçou.

– Vai ficar tudo bem. –Ele sussurrou e eu fechei os olhos. Por que a minha vida era como uma montanha russa sem fim? Em um momento eu estava tão alegre, tão feliz, havia superado tantas coisas. Em outro, eu estava desolada, querendo me trancar em meu quarto, se esconder. Sentindo culpa por isso estar acontecendo, por minha mãe estar se afogando cada vez mais na bebida. Eu estava com medo, com medo de voltar para a depressão novamente. Você nunca sabe quando vai ter uma recaída. – Calma.

Abri os olhos e vi que Jason já havia parado de chorar e estava levando nossa mãe para o quarto, separei-me de Luke e fui ajudar Jason. Nós subimos as escadas com o peso dela suspenso sobre nós, abrimos a porta e eu comecei a tirar a sua roupa enquanto Jason ia para o banheiro preparar a banheira. Quando ele voltou nós dois a colocamos lá dentro e demos um banho rápido nela, que ficava se remexendo e reclamando da água estar fria. Então ela vomitou novamente, e dessa vez foi a minha vez de chorar. Chorei, chorei de uma forma que nunca pensei que choraria por ela.

– Eu sou uma fraca. – Balbuciei. Jason iria protestar, mas então eu o cortei: – Se eu não tivesse tido essa minha fase tão problemática ela não estaria assim hoje e você não teria ficado em coma. Céus, por que eu sempre tenho eu estragar tudo? Por que tudo o que eu toco se acaba?

– Quer parar com isso? – Ele disse rude e grosso, engoli em seco. – Como você ousa se chamar de fraca depois de tudo o que você passou? Depois de ver nosso pai morto, entrar em depressão, ver seu namorado ir para outro país, ter distúrbios alimentares, presenciar o acidente do seu irmão e vê-lo em coma, para depois ir para um clínica se recuperar e voltar de lá transformada? Vai deixar um problema que pode ser facilmente ser resolvido acabar com toda a sua facilidade? Acorda, Thalia. Porra, você é muito dramática, na boa! Se toca, todos nós temos problemas, mas em vez de deixar eles abalar nossas estruturas devemos enfrenta-los.

Você tá me dando um sermão? Você?!

– Sim, eu, qual o problema?

– Você, um bundão é chorão e tá me dando sermão?!

– E você é uma magrela chata dramática! Sua idiota!

– Eu? Você que é um idiota. Seu babaca!

– Cala a boca, cara de pinheiro!

– Quem você pensa que é para me mandar calar a boca? Seu retardado que só sabe desmaiar!

– Argh, eu te odeio!

– E Eu te amo!

– Eu também te amo, imbecil.

Então começamos a rir. Sim, rir, no meio daquele caos todo. Deixei minha mãe se afundar na banheira e dei um abraço forte em Jason, que não parava de sorrir. Foi com ele que aprendi que sorrir faz bem, foi com ele que aprendi a sempre superar os problemas com a cabeça erguida.

Tiramos minha mãe da banheira, colocamos um roupão nela e ela capotou na cama. Nós dois soltamos uma risadinha com isso, saímos do quarto com sua mão ao redor da minha cintura e a minha ao redor do seu ombro. Descemos as escadas e encontramos Luke e Rayna deitados no sofá.

– Ela tá dormindo, talvez acorde apenas amanhã – Declarei quando os dois perguntaram pela minha mãe, soltei-me de Jason e fui para o lado de Luke. – Acho que está tudo bem.

Jason assentiu com um sorriso de lado, mas ao olhar para o seus olhos percebi que ele estava um pouco tenso e triste, mas eu sabia que tudo ficaria bem. Olhei para Luke e indiquei a porta com a cabeça, saímos da sala lado a lado e fomos até a varanda.

– Eu prometi a Sam que levaria ela para o parque hoje, você quer ir? – Ele perguntou e eu pensei um pouco. Seria legal passar a tarde com eles, mas eu estava preocupada com Jason e com a minha mãe, não poderia deixa-los sozinho. – Sei o que você está pensando, mas sua mãe está bem, está em casa, e Jason tem a companhia de Reyna.

– Mas é isso o que me perturba. – Declarei. Eu e Reyna havíamos ido para Santa Monica. No começo, ela sempre ficava meio receosa quando eu a influenciava a falar mais sobre seus problemas, percebi ali que eu poderia ser psicóloga e que eu talvez iria trabalhar com isso, pois fiquei muito feliz ao ver ela desabafando comigo. Reyna não queria sair de casa, mas as vezes eu a arrastava para a praia e ela se comunicava com algumas pessoas. Aos poucos, ela foi voltando ao normal. Tivemos diversos problemas, um deles foi a constante vontade que Reyna tinha de se cortar. Todas as noites ela se cortava, mesmo sem motivos, ela se cortava. E eu não podia fazer absolutamente nada, ficava na porta do banheiro implorando para que ela saísse, mas ela se mantinha quieta, e quando saia dizia “Vamos esquecer isso”, então eu entreva no banheiro e a pia sempre estava meio suja de sangue. Por mais que eu pedisse, implorasse para que ela parasse com isso, ela inventava alguma desculpa. Eu gostaria de, alguma forma, tomar a sua dor para mim, fazer com que ela sentisse ao menos um pouco de alivio, mas eu não era capaz disso, não era capaz de fazer milagres. Mas, tivemos melhoras, no fim de tudo, quando em uma bela quinta feira ela pediu para irmos a um luau que estava na praia, ela riu e cantou, e pela primeira vez na vida havia visto Reyna realmente feliz. Então, era hora de voltarmos para casa. – Reyna é uma caixinha de surpresas, nunca se sabe o que ela pode fazer. Jason já está com problemas demais e se ele ficar preocupado com ela pode fica louco.

– Ela não seria capaz de fazer isso.

Assenti. Eu confiava em sua palavra, acreditava nele e nela também. Ele me dirigiu um sorriso despreocupado e eu sorri de volta. Não sei por que, mas eu queria abraça-lo e não soltar mais, queria segurar a sua mão e colocar a cabeça no seu ombro. Queria conversar com ele sobre coisas bobas, só para poder ouvir a sua voz. Era bom estar ao seu lado, ele me fazia bem.

***

–Eu quero ir no carrossel – Samantha falou fazendo biquinho. Estava com a boca melada, pois comia uma maçã do amor. O parque estava cheio de crianças, casais e familiares. Eu segurava a mão da Sam de um lado enquanto Luke segurava de outro. – Por favor, Lukito.

– Nós já fomos no carrossel, Sam – Luke disse entediado, mas sorria. Sam revirou os olhos e eu olhei suplicamente para Luke. – Tá, mas só dessa vez.

– Eba! – Sam saiu correndo até o carrossel e eu e Luke sorrimos. Próximo ali havia uma maquina de algodão doce, pensei por um momento se comeria aquilo ou não. As vezes, do nada, eu tinha vontade de não comer mais ou colocar tudo para fora, mas aí me lembrava que eu precisava me manter firme. Fui até a pequena barraquinha e pedi um, Luke disse que iria dividir comigo.

– Eu sempre demoro comer algodão doce, sabe? Eu coloco na boca e fico esperando derreter. – Luke comentou comendo ao meu lado, percebi que havia um pouco de algodão grudado na sua bochecha, me segurei para não rir. – É mais gostoso.

– Eu prefiro comer tudo de uma vez.

– Você é tão sem graça.

– Sim, eu sou, mas você me ama. – Debochei e Luke corou. Gargalhei e limpei a sua bochecha que estava melada, ele parecia meio constrangido. Nossas mãos estavam próximas e então enlaçamos nossos dedos. Ficamos de frente para Samantha, que parecia em dúvida entre comer a maçã do amor ou abrir os braços para sentir o vento. Acabou por fim optando por jogar a maçã no chão, já que ela estava com o rosto sujo de açúcar e um bico frustrado. Luke e eu gargalhamos. – Sua irmã é uma gracinha.

– Eu sei. Ela é meiga e muito mimada, além de que é esperta. Ela tem apenas cinco anos e quer aprender a falar Espanhol, dá para acreditar? Já consegue pronunciar várias palavras e ela quer aprender a pronunciar o inglês britânico mais corretamente.

– Ela é um tipo de prodígio ou o quê?

– Ela é muito inteligente, não posso negar. Acredito que ela será como a Annie, porém menos... Hm... Como posso dizer... – Ele pensou o pouco, parecia medir as palavras, com medo de ofender a mim ou a Annabeth. Sorri com isso. – Vulgar, entende?

Assenti e então Samantha saiu do carrossel, ela parecia muito chateada. Percebi que tinha algumas crianças atrás dela rindo, seus lábios tremiam e seus olhos azulados estavam marejados. Luke se ajoelhou na sua frente quando ela começou a fungar, parecia se controlar para não chorar. Luke a abraçou e então ela começou a soluçar, passou os braços ao redor do seu pescoço e começou a chorar. Aproximei-me, sem saber exatamente o que fazer, enquanto Luke parecia muito confiante. Percebi ali que ele seria um ótimo pai e me peguei pensando na possibilidade de meus filhos terem um pai igual a ele. Eu ficaria orgulhosa de mim mesma

– O que houve, Sam? –Ele perguntou manhoso acariciando seus longos cabelos loiros e ela continuou chorando, sem dizer nada. Nossos olhares se cruzaram e percebi que ela estava magoada com algo. – Ei, Sammy, fala alguma coisa.

– Não me chame de Sammy, Luke. Você sabe que eu odeio quando me chamam assim. – Ela disse ruge se afastando dele e dando um peteleco na sua cabeça. As mãozinhas tentava limpar as próprias lagrimas que caiam em seu rosto. Fungou algumas vezes antes de continuar: – Um garoto que estava brincando no carrossel comigo disse que eu não poderia ser amiguinha dele e nem brincar com ele, pois eu sou gorda. Ele disse que eu sou gorda e o brinquedo poderia quebrar com o meu peso. Além de que eu não consegui comer aquela minha maçã! Meu rosto está grudento, mas mesmo assim não consegui morder aquela maldita! E estão rindo de mim! Eu quero ir embora!

– Samantha, você não está gorda, está linda. – Falei e peguei a sua mão, levando-a em direção a roda gigante, ela me olhou desconfiada como se eu estivesse mentindo, bufei. – Querida, aos olhos do Pai você é maravilhosa! Você é uma obra prima, Samantha. Antes mesmo de você nascer Ele já imaginava como você seria, ele planejou cada detalhe seu perfeitamente. Você é a semelhança Dele, Samantha. Para Deus você é uma princesa perfeita, então não deixe nada nem ninguém dizer ao contrario, estamos entendidas?

Ela assentiu, parecia melhor. Dei um beijo em seu rosto e ela apertou a minha mão, Luke estava atrás de nós e ria baixo, parecia ter gostado da forma como tratei Samantha. Fui na bilheteria e comprei dois ingressos. Eu não subiria naquela joça com eles, meu pavor à altura não permitiria isso.

– Luke, desde que chegamos percebi que a Samantha não para de olhar para a roda gigante, ela está curiosa. Leva ela pra mim?

– Você não vai com a gente?

– Tenho medo de altura, lembra? - Perguntei e ele assentiu, parecia sem graça. E estava mesmo, todos os brincados ali tinham algo relacionado à altura, por isso eu não havia ido em nenhum deles. Luke havia ido duas vezes seguidas na montanha russa, e parecia ter gostado. Já eu encarava horrorizada e enjoada a forma como o carrinho subia e depois descia rapidamente, chegava a ficar tonta.

Nós tivemos que esperar na fila quem estava na frente. E no meio de tantas pessoas avistei Rachel entrando em uma das cabines com seu irmão Tony e Will. Eles três pareciam estar se divertindo, ela ria e falava algumas coisas e Will assentia encantado. Sorri com isso e acenei para eles, que acenaram de volta.

Quando chegou a vez de Luke Samantha ela começou a fazer birra.

– Eu só vou depois que a Thalia for.

– Mas Samant...

– Ah não Tathá! Por favorzinho, só uma vez! – Ela perguntou com a voz fina demais. Samantha era bem mimada e insistente às vezes, isso chegava a me incomodar. Revirei os olhos e neguei. – Por favor! Você vai primeiro com o Lukito e me diz se é divertido!

– Vamos lá, Grace. Você não vai cair, eu juro. – Luke falou e pegou a minha mão. Arregalei os olhos.

– Não posso! Se eu for com quem a Samantha vai ficar?

– Ela pode ficar conosco. – Rachel propôs. Estava ao lado de Will, que brincava com Tony, esse que hora ou outra encarava Samantha por tempo demais.

Eu soltei um suspiro e olhei para Luke, que me encarava com seus olhos intensos cheios de expectativa. Assenti minimamente e ele sorriu, puxou-me quase contra a minha vontade para dentro da cabine. Fechei os olhos quando começou a rodar e fechei o punho ao senti o vento bater contra o meu rosto e um frio subir na minha espinha.

– Vai ficar com os olhos fechados durante os quinze minutos? – Luke perguntou debochadamente e beliscou meu braço, eu estava a um bom tempo com os olhos fechados.

– E são quinze minutos? Tudo isso? – Perguntei apavorada e ele riu.

– A nossa volta sim. Alguns casais pediram mais tempo e outros pediram para que a roda gigante ficasse parando as vezes no alto, então liberaram um tempo extra para nós.

– Estamos lá no alto ou embaixo? – Perguntei receosa.

– No alto, a vista tá linda.

Abri os olhos vagarosamente, estava curiosa e com medo. Minhas mãos começaram a soar. Olhei para baixo e fiquei tonta por culpa da altura, olhei desesperada para Luke que automaticamente pôs seu braço ao redor dos meus ombros e me puxou para perto, minha cabeça ficou pressionada no seu peitoral.

– Apenas relaxe – Ele sussurrou e beijou a minha testa, para logo em seguida beijar minha cabeça, o que fez com que meus cabelos bagunçassem um pouco, mas ignorei. – Apenas comece a curtir esse momento, entende? Aproveite esse céu estrelado, essa lua cheia, a vista que temos do mar e dos arranhas céu, as pessoas que estão ali embaixo parecendo formiguinhas coloridas. Apenas... Relaxe, Grace.

Fiz o que ele pediu e me foquei em não olhar para baixo, aos poucos fui ficando menos tensa e não sentia mais vontade de gritar. Me acomodei mais perto dele e inalei sua fragrância amadeirada. Ficamos um tempo assim, a roda gigante rodando e rodando, sem fim, mas não era repetitivo, chato e muito menos automático, era mágico, era um momento único.

Estiquei o braço para frente sem mais nem menos e encarei meus dedos longos e finos, Luke fez o mesmo e então percebi o quanto suas mãos eram grandes e másculas.

– Por que homem tem as mãos tão grandes e grossas?

– Isso é meio complicado, mas não é querendo ser machista nem nada disso, mas existem algumas tarefas que apenas homens conseguem cumprir. As mulheres tem as mãos delicadas, elas podem trabalhar pesado mas ainda sim terão as mãos delicadas. As pessoas do sexo feminino sempre tem algo delicado, desde a pontinha do pé até a raiz do cabelo.

– E o que é delicado em mim?

Ele virou o rosto e me encarou, foi então que percebi o quanto estávamos próximos, ele encostou sua testa na minha e encarou meu rosto por um tempo, depois desceu o olhar para o meu corpo e então disse baixinho, como se estivesse me contando um segredo:

– Seus olhos são lindos e penetrantes, além de diabólicos, como você já sabe. Suas sobrancelhas são bem feitas e seus cílios são longos, o que faz com que seus olhos chamem mais atenção do que o necessário. Seu nariz é levemente arrebitado e seus lábios são fartos. Resumindo: seu rosto é delicado, suas mãos são delicadas, seu corpo é delicado, você é delicada, Thalia.

– Isso foi um elogio?

– Acho sim. – Ele deu de ombros, como se não ligasse muito para isso. Meu coração palpitava.

Nossos rostos ainda estavam próximos e ele me encarrava com aqueles olhos azuis curiosos. Estávamos embaixo, e então em um piscar de olhos estávamos no alto novamente. Só que dessa vez a roda gigante deu uma pausa.

– Bom, deve ter sido. Amigos fazem elogios uns aos outros, certo? Eles observam detalhes uns nos outros, certo? Amigos fazem isso, não é?

– Não sei, talvez sim, mas eu não quero ser só seu amigo.

Então ele me beijou.

E foi tão inesperado e intenso que tudo o que fiz foi retribuir. Seus lábios sobre os meus eram tão doces e macios, e eu percebi que eu ansiava por aquele momento mais do que ele. Minha corrente sanguínea estava trabalhando rapidamente, sentia um frio na barriga e uma sensação gostosa. Seu beijo era feroz, como se quisesse aproveitar cada segundo que tínhamos.

A roda gigante voltou a rodar novamente e então me afastei de supetão, Luke me encarou envergonhando, seus olhos estavam com a expressão de medo por rejeição, então eu me aproximei novamente.

Ele segurou meu rosto com as mãos, olhei bem no fundo dos seus olhos e assenti. Seus lábios tocaram os meus novamente e eu não conseguir pensar em mais nada, nem na minha mãe bêbada, Reyna consolando Jason ou nos gritos eufóricos de Samantha por nós dois estarmos nos beijando. Havia apenas eu e Luke ali. Havia apenas nós dois em nosso pequeno infinito. Havia apenas as suas mãos nas minhas costas, tentando me puxar cada vez mais para perto, sua respiração entrecortada no meu rosto. Minha mão passou pelos seus cabelos cor de areia macios e a outra ficou na sua nuca, pareciam se unir perfeitamente. Luke cheirava a sabonete de verbena com capim de limão. Eu já havia dormido e acordado com aquele aroma preso em mim, sem saber se era imaginação ou não. Nós nos afastamos e eu não consegui esconder um sorriso.

A roda gigante foi parando aos poucos e quando descemos Samantha nos encarava chocada, os olhinhos brilhando e a boca aberta. Mas não disse nada, apenas ficava fazendo gestos de beijos com a boca, eu e Luke estávamos corados. Rachel e Will apenas sorriam.

O caminho de volta foi calmo e silencioso. Meus pés estavam em cima do porta luvas, como de costume, e o meu braço estava para fora da janela do carro. Eu fechava os olhos ao sentir o vento noturno bater contra o meu rosto, estava tocando R U Mine e Luke cantarolava baixinho. Meus pensamentos estavam longe, desde a Dona Dora (Eu estava com saudades dela) até o nosso beijo. Samantha estava em silencio, comendo a sua maçã do amor, parecia finalmente ter sucesso e não havia sujado o rosto uma vez sequer, às vezes repetia a mesma frase diversas vezes: - O Tony é tão legal, quando vamos ver ele novamente? E eu ria de lado.

Quando chegamos Samantha foi correndo para casa enquanto Luke e eu continuávamos dentro do carro. Estávamos nos encarando e eu não conseguia desviar os olhos da sua boca, por isso respirei fundo, abri a porta do carro e desci. Caminhei na direção de casa com Luke ao meu lado, quando cheguei à minha porta cruzei os braços e me virei de frente para ele.

– Boa noite Luke – Sussurrei e dei um beijo rápido nele, quando nos afastamos minhas bochechas ardiam e ele estava meio abobado, parecia se sentir realizado. – Até logo

Não consegui dormir naquela noite. Vez ou outra um par de olhos azuis atravessavam meus pensamentos e eu me perdia neles, além de ainda sentir meus lábios inchados e formigando.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me pelos erros, okay? Espero que tenham gostado, sério. Me digam o que acharam pelos reviews, ESPERO QUE MUITA GENTE SEJA SINCERA, OKAY? E ah, eu to chegando com fic nova negada! Só que é original e eu vou postar no meu outro perfil, que pra quem não sabe é o skye miller, e só vou postar quando SL acabar, perto de novembro, por aí. Até mais amiguinhos do core
! Queen
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