Altas Loucuras em Hogwarts escrita por Guedes


Capítulo 19
A festa


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys! Aqui estou eu com mais um capítulo! E queria dizer que eu AMEI os comentários do capítulo anterior!
Bem, capítulo fresquinho para vocês, espero que gostem! ;=)
P.S.: shippers Alvelize (créditos do nome do shipp à leitora larypotter, que o criou há séculos atrás) se preparem.
P.S.2: os links são apenas complementos, não tem nada nele que não esteja escrito no texto, então se você não quiser abrir, não tem problema!



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POV Ennelize

Oh. Meus. Deus, era tudo o que o meu cérebro conseguia processar. Alvo Severo Potter realmente tinha acabado de tentar me beijar? Ele tinha me pedido desculpa. OK. Nós tínhamos feito uma guerra de bolinhas de neve. OK. Ele tinha me acompanhado até a entrada do Salão Comunal da Corvinal. OK. Ele tinha tentado me beijar. Não OK.

Por isso, eu saí correndo. Não porque eu não quisesse– porque eu queria -, mas porque eu estava… assustada? Nem eu mesma sabia.

Eu passei direto pelas garotas no Salão Comunal e fui para o dormitório. Chegando lá e me joguei na cama e gemi:

– Eu sou uma idiota.

– Nós podemos saber o motivo? - perguntou Megarret entrando no quarto junto com Mariana. Elas se sentaram em suas respectivas camas e me lançaram um olhar inquisitivo.

Expliquei tudo o que tinha acontecido a elas, desde o momento em que eu saí do Salão Principal depois do almoço, até o momento do visgo. Elas não tiraram o sorrisinho malicioso do rosto a história inteira.

– Eu sabia! - gritou Megs. - Eu disse que vi que ele estava olhando para ela no café da manhã! Você me deve um galeão, Mariana!

– Mais tarde - resmungou a outra.

– Duas coisas. Primeira: por que ninguém me avisou disso? Segunda: eu não acredito que vocês fizeram uma aposta às minhas custas! - exclamei.

– Hã, foi mal - desculpou-se Meg, mas eu vi quando ela lançou para Mariana um olhar de “você vai me pagar mais tarde”. - Mas e então, o que você vai fazer agora?

– Eu não sei!

– Hum. Porque você não explica a ele a sua situação? - sugeriu Mari.

– Ah, claro - retruquei irônica. - Seria tipo: “Ei, Alvo, lembra aquela hora em que você tentou me beijar e eu saí correndo? É, pois então, eu fiz isso porque estava completamente apaixonada por você e estava assustada. Mas agora vamos esquecer o que eu acabei de dizer e voltar a ser amigos!”

– Você não necessariamente precisa contar a parte de estar apaixonada - sugeriu Megarret.

Dei um suspiro.

– Sabe o que eu acho? - indaguei para o dossel da cama. - Que o castelo é grande o suficiente para que eu possa me esconder de Alvo, até que eu seja obrigada a conversar com ele.

***

Eu levei minha sugestão a sério. Pelos próximos cinco dias consegui, eu não sei como, dar um jeito de não esbarrar com Alvo pelos corredores. Nós estávamos na reta final da organização da festa, o que me dava motivos para passar horas na Sala Precisa. Quando Rose veio me perguntar sobre o porquê de eu estar ignorando Alvo, eu simplesmente usei a festa como desculpa. Ela me lançou um olhar que dizia que sabia que eu estava mentindo, mas simplesmente ignorei e fiquei me perguntando se Alvo teria contado a ela sobre o nosso quase beijo.

Então, finalmente - ou não -, já era dia 31 de dezembro.

E eu só saí do meu dormitório para tomar café da manhã, almoçar e jantar.

Quando a noite finalmente chegou, eu estava nervosa. Nunca ido a uma festa antes. Sim, eu sei que eu disse que já tinha ido a umas das festas de James, mas tecnicamente não contava. Essa foi a mais curta de todas, e eu fui embora na primeira hora, quando não tinham chegado nem um terço dos convidados.

Melhor dizendo: eu nunca permaneci em uma festa.

Com um suspiro, fui até o meu guarda-roupas e o abri. Fitei-o por longos dez minutos até que Meg saiu do banheiro usando um vestido prateado sem alças e saltos roxos. O cabelo dela estava preso em uma trança colorida. Ela estava muito bonita.

Ah, pensei, então é assim que pessoas normais se vestem para ir a uma festa.

– Você não está pensando em ir com essa roupa, né? - indagou minha melhor amiga, apontando para as roupas que eu usava.

Eu dei de ombros.

– Até que não é uma má ideia.

Ela me lançou um olhar de “de jeito nenhum!” e nós iniciamos um longo diálogo sobre o assunto. No final eu estava usando uma jaqueta jeans fechada com uma camiseta branca por baixo, uma saia florida que ia até os joelhos e o meu bom e velho All-Star de cano médio preto. Ela me convenceu também a colocar um batom rosa claro, passar maquiagem e usar acessórios (é, que estava muito influenciável naquela noite).

Ao terminar de me arrumar, sorri para a garota refletida no espelho. Ela era bonita, diferente e ao mesmo tempo não deixava de ser eu.

***

Eram oito horas em ponto.

Eu estava parada em frente da porta da Sala Precisa, as garotas tinham ficado na Torre da Corvinal; James pedira que antes que a festa começasse (às oito e meia) os que ajudaram na organização o encontrassem na sala.

E o problema era: isso incluía Alvo.

Respirei fundo. Vamos lá, Ennelize, repreendi a mim mesma, você não vai poder fugir disso para sempre. Mais cedo ou mais tarde você vai ter que falar com ele. Fiz uma prece silenciosa e entrei na sala.

Estava tudo lindo, modéstia parte. Afinal de contas, quando se tem uma sala mágica que dá tudo o que você precisa, organizar uma festa é incrivelmente fácil.

Com exceção da parede em que estava e a do lado direito, todas as outras eram janelas enfeitiçadas para mostrarem os jardins lá fora e o teto também (obra da Sala). Eles formavam um ambiente circular. Ambas foram ideias de Rose.

Por falar na ruiva, ela estava perto da entrada conversando com alguém. Fui andando em sua direção, mas parei no momento em que vi quem era a sua companhia. Já estava dando meia volta quando:

– Ennelize! - ouvi a voz da minha amiga grifinória. Com um suspiro, voltei ao meu caminho anterior.

Alvo me olhou de cima a baixo - DESCARADAMENTE, só para constar - antes de finalmente voltar a olhar para o meu rosto e dizer:

– Quem é você e o que você fez com Ennelize Stanford?

Fechei a cara.

– Eu sei me arrumar quando quero Potter. E esse seu comentário não foi nada gentil.

– Foi mal - ele comentou voltando a me analisar (sério, se ele continuasse com isso eu ia dar-lhe um bom soco). Já estava começando a me arrepender de ter ido de saia. - É só que... você não parece... você.

Franzi a testa.

– Isso foi uma ofensa ou um elogio? - perguntei lançando a ele um olhar de "é melhor que seja um elogio". Ele sorriu de lado e eu me segurei para não derreter naquele mesmo lugar.

– Definitivamente um elogio - decretou ele.

Eu sorri de volta.

– Acho bom - retruquei.

– Ei! - exclamou ele. - Essa é a parte em que você diz "você também está muito bonito, Alvo".

Eu ri. Mas Alvo estava mesmo muito bonito. Ele estava com uma blusa social azul clara por baixo de uma jaqueta de couro preta, uma calça jeans escura e tênis pretos.

– Vou pensar no seu caso - falei.

Ele sorriu.

– Espero que esteja de bom humor hoje. Mas caso não... nada melhor que uma festa para animar alguém, não é?

Eu ia fazer um comentário sobre mesmo que ele estivesse certo em ambas as hipóteses as chances de eu dizer isso seriam mínimas, mas James - que estava em pé em cima de uma cadeira - pigarreou naquele exato momento.

– E aí, pessoal? - chamou. - Bem, eu não sou muito bom em discursos, como alguns de vocês sabem...

– Não é mesmo - sussurrou Alvo no meu ouvido. Dei uma cotovelada de leve nas costelas dele.

–... então vou ser curto e direto - continuou o outro Potter. - Foi ótimo organizar isso com vocês, pessoal. Vocês são ótimas pessoas e eu espero poder repetir essa experiência mais vezes! Então é isso. Boa festa!

Ele desceu da cadeira e eu me virei para Al:

– Seu irmão é sempre tão enrolado assim? - perguntei, o que o fez rir.

– Sempre - confirmou.

***

Duas horas já haviam se passado desde o início da festa. Todos os convidados já haviam chegado e ela estava bastante... agitada.

Os irmãos Scamander tinham, não me pergunte como, colocado músicas bastante agitadas em um volume que para poder ser escutado você deveria encostar a boca no ouvido da pessoa e berrar. Fred e Roxanne tinham trago alguns fogos de artifício da loja do pai e de vez em quando soltavam um ou outro. James tinha contrabandeado garrafas de uísque de fogo e algumas outras bebidas que só maiores de 17 anos poderiam tomar (preciso dizer que várias pessoas estavam desrespeitando essa lei?). Eu e o resto dos organizadores ficamos responsáveis por zanzar por aí e impedir que arrumassem confusão.

Por isso, eu e Alvo ficamos vários minutos andando por aí e conversando sobre várias coisas ou cantando (ambos com uma voz péssima) alguma música que estava tocando e nós sabíamos a letra.

Alvo até aquele momento não tinha falado sobre o que acontecera no Natal, então eu simplesmente segui seu exemplo e ignorei o acontecido.

– Tem alguma interferência sua na trilha sonora, não tem? - me perguntou ele no início da quinta ou sexta música trouxa que tocava.

– Talvez - eu ri.

Fez-se um longo silêncio, enquanto eu cantava e Al olhava o salão ao redor, até que uma das bandejas de bebidas - que flutuavam a uma distância suficientemente boa das nossas cabeças para que pudéssemos pular sem durrubá-las - e mordeu o lábio inferior.

– O que foi? - berrei para ele.

– Nada não - respondeu.

– Anda logo, essa é a sua cara de "eu tive uma ideia mas não tenho coragem para pô-la em prática".

Ele olhou para mim e então olhou para cima e estendeu a mão para pegar uma das bandejas; ela chegou mais baixo e parou. Alvo ficou na ponta dos pés para examinar os copos lá e então escolheu um e deixou o pedaço de metal continuar seu caminho.

Olhei pasma para a bebida em sua mão.

Era uísque de fogo.

– Você está louco - falei balançando a cabeça. - Alvo você não pretende realmente...

– Beber isto? - me interrompeu ele, com um sorrisinho de canto. - Haja como uma adolescente normal pelo menos por uma noite, Ennelize.

– Eu não estou sendo anormal– retruquei. - Eu estou sendo responsável. É diferente.

– Que seja - falou ele revirando os olhos.

E então bebeu metade do copo em dois grandes goles.

Eu o fitei, pasma, enquanto ele apenas fitava o copo.

– Agora eu entendo por que James faz tanta questão de sempre ter isso nas festas - disse por fim.

– Você é um idiota.

Ele sorriu.

– Um idiota adorável. Quer um pouco? - provocou.

Em resposta apenas lancei a ele o meu melhor olhar de reprovação. Alvo riu antes de tomar mais um gole.

– Eu não vou ficar bêbado - disse ele, me lançado um olhar sério. - Relaxa, OK? Um ou dois copos não fazem mal a ninguém.

– DOIS?! - Não, ele não podia estar falando sério. Vamos lá, Alvo, caia na gargalhada, caia na gargalhada, caia na gargalhada....

– Talvez três - ponderou.

– Você não pode estar falando sério - falei balançando a cabeça e recuando um passo.

E então, para o meu alívio, ele caiu na gargalhada.

– Você parecia até a minha mãe!

– Alvo, isso é sério! – eu exclamei, tentando manter a racionalidade diante daquela situação meio estúpida, mas não consegui por muito tempo: logo nós dois estávamos gargalhando feito idiotas. Rimos aéo que nossas barrigas – pelo menos a minha – doeram.

– Viu? – ele perguntou quando paramos. - Eu disse que um copo não faria mal a ninguém. – E, como se para dar ênfase na sua fala, ele tomou mais um gole da sua bebida.

– Isso ao menos é bom? – perguntei enquanto recomeçávamos a nossa ronda.

– Mais ou menos.

– Você é louco – eu decretei.

– Acho que já entendi isso, você já pode para de repetir o tempo todo – ele respondeu. Eu percebi que ele estava próximo, pois dava para sentir sua respiração na minha nuca. Isso me deu arrepios.

Nós prosseguimos em silêncio por algum tempo, até que Alvo segurou o meu braço, me virar para ele. Ele tinha se livrado do copo (provavelmente posto de volta em alguma bandeja) e estava excessivamente perto de mim.

Tipo que nem no Natal.

– Seu hálito tem cheiro de álcool – informei. Ele sorriu.

– Era de se imaginar. Mas eu estava pensando... já que você acha que eu estou louco... por que não e dar um motivo concreto para isso?

Franzi as sobrancelhas.

– Do que você...

Mas então ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Sem maldições imperdoáveis porque assim eu não poderia escrever o próximo capítulo!
Reviews são bem vindos!