Revenge! escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Nada de Avadas ou Crucios contra mim por favor!
Não me matem por causa do capitulo.... eu sei, a Sophie ainda é pequena e tals, mas tudo a seu tempo. ok?
beijinhos e espero sobreviver até o proximo cap (esta noite)
POV ROSE
– O que raio aconteceu lá dentro, Rose? – Perguntou Harry irritado. O sermão já durava alguns minutos. – Nós tínhamos a oportunidade perfeita para a apanhar! E tu deixaste-a escapar!
Segurei-me para não começar a chorar. Eu não iria chorar por estar a ser repreendida. Ainda mais por uma decisão que voltaria a tomar se a situação se repetisse.
Olhava diretamente nos olhos do tio Harry enquanto ele falava comigo.
– E o pior, é que nem parece que te importas com isso – acusou. – De que lado é que estás, afinal? Não a queres ver presa? Não queres que ela pague pelo que fez ao teu pai?
– Ok, chega! – Disse, levantando-me do sofá. Harry estava em pé á minha frente, a minha mãe estava sentada ao meu lado, e o grupo que foi comigo em missão espalhado pela sala. – É, obvio que eu quero que ela pague por tudo o que fez! Isso não está em causa!
– Então o que está em causa?- Perguntou Harry, quase a gritar. Todos à nossa volta, estavam calados a observar. – Talvez o ponto da questão seja o fato de tu não servires para a Ordem de Fenix! Talvez seja o facto de tu não saberes comportar-te numa missão! Nesse caso, és inútil na captura da Parker!
A minha mãe arfou com as palavras de Harry. Ela sabia o quanto eu me tinha esforçado nestes 6 anos, para ajudar em tudo o que podia, mesmo estando longe.
– Ótimo! – Declarei. – Que eu saiba, foram vocês que me chamaram! Eu estava bem longe disto tudo, e mais importante, a Sophie estava segura! – Gritei. – Eu posso ser inútil e tudo mais, mas tu não tens o direito de me acusar de estar do lado dela! Tu fazes ideia de quantas noites eu fiquei acordada a tentar ajudar-vos! Ou de quantas vezes eu me coloquei em perigo, e á minha filha, para obter informação! – As lágrimas de raiva inundaram-me os olhos, mas eu não as deixaria escapar. – Tu podes dar-me os sermões que quiseres, podemos ficar a noite toda nisto, mas eu faria exatamente o mesmo que fiz hoje se a situação se repetisse!
– Isso só prova que não estás apta para entrares na Ordem – concluiu o tio Harry.
Suspirei, tentando acalmar-me.
– Eu nunca pedi para entrar – afirmei com a voz no tom normal. – Eu nunca quis estar no meio da guerra. A única coisa que eu quero, e sempre quis, é a minha filha o mais longe da Parker possível! E isso foi-me retirado, a partir do momento em que pisei Londres, para ajudar o Al.
– Rose – a minha mãe chamou. Olhei na sua direção.
– Não, mãe, o tio tem de saber – disse. Olhei para ele. – O tio tem de saber que todas as decisões que eu fiz nos últimos 6 anos, ou todas as decisões que eu farei, serão a olhar pelo bem-estar da minha filha. E nada do que o tio me diga, vai mudar isso – conclui. – Agora, com licença, eu tenho de ir deitar a minha filha.
Virei costas e subi as escadas em direção ao quarto ocupado pela Sophie.
Rachel tinha ficado com ela durante o tempo da missão, e eu agradecia-lhe por isso, no entanto parte do acordo que eu tinha com a minha filha era responder-lhe a uma pergunta por noite.
Entrei no quarto e Sophie sorriu, sabendo o que se seguiria. Rachel despediu-se e saiu do quarto.
– Então querida, o que vais queres saber hoje? – Sentei-me á sua frente.
Sophie ajeitou-se nos lençóis antes de me responder.
– Eu quero que me contes a história do avô – afirmou.
– Mas eu já te contei todas – disse confusa.
– Tu nunca me contaste como o avô era contigo – informou.
Eu suspirei.
POV SCORPIUS
Rose saiu disparada pelas escadas. Todos ficamos a olhar para Harry.
– Bolas, Harry, não precisavas falar assim com ela – repreendeu Hermione.
– Só por ela ser tua filha não vai ter tratamento especial – admitiu Harry. – Ela desperdiçou uma boa oportunidade para apanharmos a Parker.
– Eu não vou discutir contigo – concluiu Hermione. – Eu só acho que a Rose deve ter tido um bom motivo para a ter deixado ir!
– E ela tinha – falei pela primeira vez desde que tínhamos voltado para casa. Todos olharam para mim. – A Parker ameaçou a Rose com a vida da Soph, eu estava lá ao lado. Eu ouvi!
– Porque é que ela não explicou isso? – Perguntou Harry.
– A Rose é orgulhosa – afirmei. – Ela nunca iria admitir que tu a repreendesses e ainda por cima dar exlicações.
– Ela devia ter-me dito – disse Harry. – Isso muda tudo! Agora sinto-me mal por ter reclamado tanto.
– Pois, mas eu se tivesse no lugar dela faria o mesmo – admiti.
– O quê? Deixar a Parker ir embora ou não explicar o porquê de a ter deixado ir?
– As duas coisas, – conclui.
Subi as escadas para o primeiro andar, cruzando-me com Rachel.
– A Rose?
– Está no quarto com a Sophie – informou ela.
Segui em direção ao quarto e antes de bater á porta, pude ouvir a voz de Rose.
– Então querida, o que vais queres saber hoje? – Perguntou ela.
Como assim o que queria saber? Movido pela curiosidade, deixei-me ficar encostado á parede ao lado da porta, a ouvir. Sabia que era errado, mas isos não me impediu.
– Eu quero que me contes a história do avô – disse a voz da menina.
– Mas eu já te contei todas. – Rose pareceu-me confusa.
– Tu nunca me contaste como o avô era contigo – informou Sophie.
Avô? O Ron?
Sophie queria saber como o Ron tratava a Rose? Estranho!
– Bem, querida, o teu avô era o homem mais carinhoso que eu conhecia – começou Rose. – Desde que eu me lembro que ele costumava ir deitar-me á noite e contava-me várias histórias. Acho que algumas ele inventava!
– Porque dizes isso, mamã?
– Acredita em mim quando digo que algumas daquelas histórias não faziam sentido nenhum! – ouvi o riso de Rose e logo de seguida o de Sophie. – Mas continuando, o teu avô ensinou-me muitas coisas. Foi ele o primeiro a dar-me uma vassoura e foi ele que me ensinou a jogar Quidditch.
– Eu também quero aprender – informou Sophie.
– Talvez um dia eu te possa ensinar – ofereceu Rose.
– Boa, mamã – Sophie estava entusiasmada. – Mas continua a contar. Como é que o avô era?
– O teu avô era… - Rose pareceu um pouco confusa com a palavra a usar para descrever Ron. – Ele era teimoso e muito orgulhoso! – Ah, agora eu sabia de onde vinha o feitio de Rose. – Mas ele também protegia a família com todas as forças que tinha!
Mais uma característica que a Rose herdara. Sorri sozinho.
– Tu sentes saudades dele – Sophie afirmou. Não era uma pergunta.
As vezes assustava-me com a inteligência daquela miúda, mas tento Rose como mãe não era difícil saber onde Sophie a tinha ido buscar.
– Sim, querida, eu sinto – admitiu Rose, triste. – Muitas! Mas porque é que escolheste o avô hoje?
Silêncio.
– Sophie? – Chamou Rose. – Porque quiseste falar do avô hoje? – Repetiu.
– Porque eu queria saber como era ter pai – explicou a menina.
A voz dela… Mesmo não estando a ver Sophie, eu sabia que ela estava triste.
Porquê Rose? Porque não deixaste a Sophie conhecer o pai?
– Lamento, querida – disse Rose. – Mas as coisas são muito complicadas agora!
– Eu sei mamã – afirmou Soph. – Não te preocupes, eu estou bem!
Ouvi Rose suspirar.
– Está na hora de dormires – informou.
Ouvi a cama a ranger um pouco, calculei que fosse Sophie a deitar-se.
– Boa noite – desejou Rose.
E a porta abriu-se.
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Lembrem-se do que vos pedi, sff