Revenge! escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 7
Declarações


Notas iniciais do capítulo

ola ola!!!
Cap muito sentimental, na minha opiniao!
e na vossa?



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POV SCORPIUS

E a porta abriu-se.

Obvio que não tive tempo de sair dali antes de Rose me ver.

Ela olhou para mim e eu percebi que haviam lágrimas nos seus olhos.

Rapidamente, virou-me as costas.

– O que estás aqui a fazer? – Perguntou de costas voltadas, enquanto limpava os olhos.

–Eu vinha saber se tu estavas bem – admiti. Ela olhou para mim, ainda havia vestígios de lágrimas no seu olhar.

– Já viste – disse ela, sem emoção na voz. – Já podes ir embora.

Virou-se e encaminhou-se para as escadas. Segui-a.

– Porque não dizes a Sophie quem é o pai dela? – Perguntei.

Rose parou a meio das escadas e olhou para mim.

– Tu ouviste a conversa?

– Ouvi – admiti. Ela manteve o meu olhar durante alguns segundos até que voltou a andar.

– Não me respondeste – indiquei, seguindo atrás dela.

– Deixa-me em paz, Malfoy – pediu.

– Voltamos aos apelidos? – Odiava quando ela fazia isso.

Rose não parou na sala, ela seguiu para o jardim, saindo pela porta dos fundos.

Num canto mais afastado do jardim, havia uma enorme arvore para onde Rose andou. Reparei que havia um baloiço pendurado num ramo e calculei que aquele lugar fosse especial para Rose.

– Porque não me deixas em paz? – Perguntou ela, de costas.

– Porque eu não te consigo perceber, Rose – admiti. – E eu quero perceber-te!

Rose voltou-se para mim e eu vi lágrimas a escorrerem pela sua face. Ela estava a chorar em silêncio.

– Tu nunca me vais entender, Scorpius – afirmou ela.

– Isso não é verdade – contrariei. – Eu percebo-te, até certo ponto – ela olhou para mim confusa. – Rose, eu conheço-te, por muito que tu insistas em dizer que não!

– Mas Scorp…

– Deixa-me acabar – pedi. Rose ficou calada á espera. – Eu conheço-te, muito bem até. Eu sei que tu és teimosa e, provavelmente, a pessoa mais orgulhosa que eu conheço. Sei que fazes tudo para proteger a Sophie e foi por isso que deixaste a Parker ir embora – afirmei. – Sei que por muito mal que estejas vais tentar sempre por um sorriso na cara, e a maioria das vezes consegues. Tu consegues enganar todos á tua volta, exceto a mim – informei. - Conheço a tua mania irritante – sorri – de quereres saber sempre tudo. E sei que só existem duas maneiras de te por vermelha, ou fazendo-te corar ou irritando-te. E quanto á segunda, eu sou pró nisso! – Rose riu-se um pouco, entre lágrimas. Fiz-lhe companhia. – Rose, eu conheço os teus olhos com a palma da minha mão, eu já vi todo o tipo de sentimento e emoção neles – disse, tocando na bochecha dela com as pontas dos meus dedos. Ela não se afastou e eu sorri com isso. – E depois há os pequenos detalhes. A maneira como reviras os olhos quando achas algo extremamente óbvio. A maneira como colocas o cabelo atrás da orelha quando estás envergonhada. O vinco que fazes aqui , – toquei-lhe na testa – quando lês. Quando troces um pouco o nariz quando achas que algo não está bem. E depois, a minha preferida, a maneira como mordes o lábio inferior quando te tentas controlar para não dizer nada que não devas ou, simplesmente, quando estás distraída.

Quando acabei, Rose não disse nada, ficou a olhar para mim.

Cinza no azul!

Como eu tinha sentido saudades disto! Sorri.

Rose era a única pessoa que me conseguia enfrentar, mesmo quando eu estou chateado. E isso era uma das muitas coisas que eu amava nela.

Para minha surpresa, Rose começou a chorar de novo e eu fiquei sem saber o que fazer.

– E-eu o-preciso ir – anunciou ela e deixou-me sozinho.

POV ROSE

Ele não podia ter dito aquilo! Não podia!

Corri a chorar em direção ao meu quarto! E como nada parecia correr como eu queria, bati em alguém e cai no chão.

– Estás bem? – Perguntou Al, ajudando-me a levantar. Depois olhou para a minha cara e viu as lágrimas. – Oh, Rose, o que se passou? Quem te magoou?

– N-ninguém – admiti. – E-eu é que sou uma idiota!

Albus abraçou-me.

– Pronto, tem calma – pediu. – Anda, vamos para o meu quarto. Lá contas-me tudo!

Al levou-me para o seu quarto e ficou algum tempo a tentar acalmar-me. Toda aquela situação lembro-me quando tínhamos 11 anos, e eu corria até ele porque o Scorpius me tinha feito chorar. Bem, a situação não era muito diferente agora!

Passados alguns minutos, ambos adormecemos, tal como fazíamos quando eramos mais novos.

Acordei com a luz do sol, a bater-me na cara. Sentia Al deitado ao meu lado. Abri os olhos e sorri.

Tinha saudades de passar tempo com o meu primo. Para falar a verdade, eu sentia saudades de tudo o que fazia antes. Falar com Al, brincar com Lexi, discutir com Scorpius…

– Bom dia – desejou Al, bocejando.

– Bom dia – retribui.

O meu primo sentou-se na cama e olhou para mim. Eu já sabia o que vinha a seguir. O guião era sempre o mesmo. Al acalmava-me, adormecíamos, na manha seguinte eu explicava o que tinha acontecido.

– Rose…

– Já sei – interrompi-o. – O que se passou Al é que eu sou idiota!

– Conta-me tudo, desde o inicio – pediu.

E eu contei. Contei a conversa que tive com Scorpius há 6 anos atrás, mesmo ele já sabendo. Contei-lhe sobre todas as vezes que Sophie me perguntou pelo pai. Contei-lhe a conversa que tive com a minha filha na noite anterior e como Scorpius a tinha ouvido. Por fim, contei-lhe a conversa que tive com o próprio Scorp.

– E é por isso, Al – finalizei. – Ele não podia ter-me dito aquilo. Como é que ele pode ser tão simpático comigo quando eu lhe estou a esconder a verdade sobre a Sophie?

– Porque não lhe contas? – Quis saber Albus.

Olhei para ele.

– Porque… - não sabia como explicar. – Porque tenho medo, Al!

– Medo? – O meu primo ficou confuso.

– Sim! – Confirmei. – Como é que eu lhe vou dizer que ele tem uma filha? Ele iria odiar-me! Eu não quero que ele me odeie – admiti. – Eu não quero voltar a ver aquele olhar de ódio que eu via no primeiro ano de escola. Não quero! Eu não posso! Eu não iria aguentar! – Por esta altura, as lágrimas já tinham voltado aos meus olhos.

– Mas Rose, ele tem o direito de saber – afirmou Al.

– Eu sei – concordei. – E é por isso que eu sou idiota! Eu devia-lhe ter contado mal sobre da noticia! Devia ter engolido o orgulho naquele dia e ter-lhe contado – admiti. – Mas eu não consegui. Eu fui orgulhosa demais! E olha onde esse orgulho me levou – fiz um gesto com a mão que indicava todo o meu corpo. – Olha onde isso levou a Sophie! E isso é o pior, ver a minha filha a sofrer por causa do meu orgulho!

– Rose – chamou ele. Olhei-o. – Tu tens de perder o orgulho, pela tua filha!

– Eu sei, mas tu também sabes como eu ficava de todas as vezes que ele me humilhava no 1º ano – disse. – Ele odiava-me! Eu não quero que isso se repita! Ele não pode saber!

– E então o quê? A tua filha cresce sem pai? – Acusou. – Ele vive sem saber que tem uma filha? Rose, isso não pode continuar!

– Al, por favor – pedi.

– Não, Rose! Tu tens de contar! – Afirmou. – Felizmente para ti, contar é algo que te cabe a ti fazer, pelo que tu decides quando o vais fazer – disse ele. – Mas pensa bem, Rose. A tua filha anda triste assim, tu vês isso. Por muito que ela tente esconder, tu consegues ver!

– Eu vou contar – prometi. – Dá-me só algum tempo, por favor!

– Tudo bem - concordou. - Mas diz-me uma coisa. Tu ainda não os esqueces-te, pois não?

– Sempre que eu olho para Sophie, eu vejo o pai dela - admiti. - É impossivel esquece-lo!

POV SCORPIUS

Ele odiava-me! Eu não quero que isso se repita! Ele não pode saber! – Ouvi Rose dizer.

– E então o quê? A tua filha cresce sem pai? – Acusou a voz de Albus. – Ele vive sem saber que tem uma filha? Rose, isso não pode continuar!

– Al, por favor – pediu Rose, suplicante.

– Não, Rose! Tu tens de contar! – Afirmou. – Felizmente para ti, contar é algo que te cabe a ti fazer, pelo que tu decides quando o vais fazer – disse Al. – Mas pensa bem, Rose. A tua filha anda triste assim, tu vês isso. Por muito que ela tente esconder, tu consegues ver!

– Eu vou contar. – Rose prometeu. – Dá-me só algum tempo, por favor!

– Tudo bem - concordou. - Mas diz-me uma coisa. Tu ainda não os esqueces-te, pois não?

– Sempre que eu olho para Sophie, eu vejo o pai dela - informou Rose. - É impossível esquece-lo!

E esta tinha sido a conversa que eu não queria ouvir. Serio, eu não tinha apanhado o habito de ouvir atrás das portas, mas quando sai do meu quarto para ir tomar o pequeno-almoço, a voz de Rose prendeu-me a atenção.

Suspirei e preparei-me para descer as escadas quando ouvi um choro.

Sophie!

Corri em direção ao som. Abri a porta do quarto e vi Sophie em pé ao lado da cama. Cama de Rose, percebi momentos depois.

– Que se passa Soph? – Eu estava preocupado e confuso ao mesmo tempo.

Sophie olhou para mim, com os olhos avermelhados por causa do choro.

– A m-mamã d-d-desap-desapareceu – disse a menina a chorar.

Aproximei-me dela e ajoelhei-me, ficando da sua altura. Ela abraçou-me e eu retruibui.

– A mamã não desapareceu – informei. – Ela está a falar com o tio Al.

– N-não, e-eu acordo s-sem-sempre a m-mamã – argumentou a menina. – E e-ela não e-está na c-cama!

– Sophie, olha para mim – pedi calmamente. Soph afastou-se de mim, apenas o suficiente para me olhar. – A mamã está com o tio Al – repeti. – Ela nunca te iria deixar – garanti. – Anda, eu levo-te até ela!

Peguei Sophie ao colo e dirigi-me ao quarto de Al, onde tinha ouvido Rose.

Nem Rose nem Albus estavam no quarto, o que não contribuiu para acalmar a Sophie.

Desci as escadas e entrei na cozinha.

– Olha ali a mamã – disse para Sophie. Rose olhou na nossa direção e sorriu para a filha. – Ves? Eu disse que ela não te ia deixar.


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Notas finais do capítulo

opinioes??
o que gostaram mais?
o que gostaram menos?
o que acharam das declarações de rose e scorpius?
E do momento entre filha e pai?