Revenge! escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
ola ola!!!
Cap muito sentimental, na minha opiniao!
e na vossa?
POV SCORPIUS
E a porta abriu-se.
Obvio que não tive tempo de sair dali antes de Rose me ver.
Ela olhou para mim e eu percebi que haviam lágrimas nos seus olhos.
Rapidamente, virou-me as costas.
– O que estás aqui a fazer? – Perguntou de costas voltadas, enquanto limpava os olhos.
–Eu vinha saber se tu estavas bem – admiti. Ela olhou para mim, ainda havia vestígios de lágrimas no seu olhar.
– Já viste – disse ela, sem emoção na voz. – Já podes ir embora.
Virou-se e encaminhou-se para as escadas. Segui-a.
– Porque não dizes a Sophie quem é o pai dela? – Perguntei.
Rose parou a meio das escadas e olhou para mim.
– Tu ouviste a conversa?
– Ouvi – admiti. Ela manteve o meu olhar durante alguns segundos até que voltou a andar.
– Não me respondeste – indiquei, seguindo atrás dela.
– Deixa-me em paz, Malfoy – pediu.
– Voltamos aos apelidos? – Odiava quando ela fazia isso.
Rose não parou na sala, ela seguiu para o jardim, saindo pela porta dos fundos.
Num canto mais afastado do jardim, havia uma enorme arvore para onde Rose andou. Reparei que havia um baloiço pendurado num ramo e calculei que aquele lugar fosse especial para Rose.
– Porque não me deixas em paz? – Perguntou ela, de costas.
– Porque eu não te consigo perceber, Rose – admiti. – E eu quero perceber-te!
Rose voltou-se para mim e eu vi lágrimas a escorrerem pela sua face. Ela estava a chorar em silêncio.
– Tu nunca me vais entender, Scorpius – afirmou ela.
– Isso não é verdade – contrariei. – Eu percebo-te, até certo ponto – ela olhou para mim confusa. – Rose, eu conheço-te, por muito que tu insistas em dizer que não!
– Mas Scorp…
– Deixa-me acabar – pedi. Rose ficou calada á espera. – Eu conheço-te, muito bem até. Eu sei que tu és teimosa e, provavelmente, a pessoa mais orgulhosa que eu conheço. Sei que fazes tudo para proteger a Sophie e foi por isso que deixaste a Parker ir embora – afirmei. – Sei que por muito mal que estejas vais tentar sempre por um sorriso na cara, e a maioria das vezes consegues. Tu consegues enganar todos á tua volta, exceto a mim – informei. - Conheço a tua mania irritante – sorri – de quereres saber sempre tudo. E sei que só existem duas maneiras de te por vermelha, ou fazendo-te corar ou irritando-te. E quanto á segunda, eu sou pró nisso! – Rose riu-se um pouco, entre lágrimas. Fiz-lhe companhia. – Rose, eu conheço os teus olhos com a palma da minha mão, eu já vi todo o tipo de sentimento e emoção neles – disse, tocando na bochecha dela com as pontas dos meus dedos. Ela não se afastou e eu sorri com isso. – E depois há os pequenos detalhes. A maneira como reviras os olhos quando achas algo extremamente óbvio. A maneira como colocas o cabelo atrás da orelha quando estás envergonhada. O vinco que fazes aqui , – toquei-lhe na testa – quando lês. Quando troces um pouco o nariz quando achas que algo não está bem. E depois, a minha preferida, a maneira como mordes o lábio inferior quando te tentas controlar para não dizer nada que não devas ou, simplesmente, quando estás distraída.
Quando acabei, Rose não disse nada, ficou a olhar para mim.
Cinza no azul!
Como eu tinha sentido saudades disto! Sorri.
Rose era a única pessoa que me conseguia enfrentar, mesmo quando eu estou chateado. E isso era uma das muitas coisas que eu amava nela.
Para minha surpresa, Rose começou a chorar de novo e eu fiquei sem saber o que fazer.
– E-eu o-preciso ir – anunciou ela e deixou-me sozinho.
POV ROSE
Ele não podia ter dito aquilo! Não podia!
Corri a chorar em direção ao meu quarto! E como nada parecia correr como eu queria, bati em alguém e cai no chão.
– Estás bem? – Perguntou Al, ajudando-me a levantar. Depois olhou para a minha cara e viu as lágrimas. – Oh, Rose, o que se passou? Quem te magoou?
– N-ninguém – admiti. – E-eu é que sou uma idiota!
Albus abraçou-me.
– Pronto, tem calma – pediu. – Anda, vamos para o meu quarto. Lá contas-me tudo!
Al levou-me para o seu quarto e ficou algum tempo a tentar acalmar-me. Toda aquela situação lembro-me quando tínhamos 11 anos, e eu corria até ele porque o Scorpius me tinha feito chorar. Bem, a situação não era muito diferente agora!
Passados alguns minutos, ambos adormecemos, tal como fazíamos quando eramos mais novos.
Acordei com a luz do sol, a bater-me na cara. Sentia Al deitado ao meu lado. Abri os olhos e sorri.
Tinha saudades de passar tempo com o meu primo. Para falar a verdade, eu sentia saudades de tudo o que fazia antes. Falar com Al, brincar com Lexi, discutir com Scorpius…
– Bom dia – desejou Al, bocejando.
– Bom dia – retribui.
O meu primo sentou-se na cama e olhou para mim. Eu já sabia o que vinha a seguir. O guião era sempre o mesmo. Al acalmava-me, adormecíamos, na manha seguinte eu explicava o que tinha acontecido.
– Rose…
– Já sei – interrompi-o. – O que se passou Al é que eu sou idiota!
– Conta-me tudo, desde o inicio – pediu.
E eu contei. Contei a conversa que tive com Scorpius há 6 anos atrás, mesmo ele já sabendo. Contei-lhe sobre todas as vezes que Sophie me perguntou pelo pai. Contei-lhe a conversa que tive com a minha filha na noite anterior e como Scorpius a tinha ouvido. Por fim, contei-lhe a conversa que tive com o próprio Scorp.
– E é por isso, Al – finalizei. – Ele não podia ter-me dito aquilo. Como é que ele pode ser tão simpático comigo quando eu lhe estou a esconder a verdade sobre a Sophie?
– Porque não lhe contas? – Quis saber Albus.
Olhei para ele.
– Porque… - não sabia como explicar. – Porque tenho medo, Al!
– Medo? – O meu primo ficou confuso.
– Sim! – Confirmei. – Como é que eu lhe vou dizer que ele tem uma filha? Ele iria odiar-me! Eu não quero que ele me odeie – admiti. – Eu não quero voltar a ver aquele olhar de ódio que eu via no primeiro ano de escola. Não quero! Eu não posso! Eu não iria aguentar! – Por esta altura, as lágrimas já tinham voltado aos meus olhos.
– Mas Rose, ele tem o direito de saber – afirmou Al.
– Eu sei – concordei. – E é por isso que eu sou idiota! Eu devia-lhe ter contado mal sobre da noticia! Devia ter engolido o orgulho naquele dia e ter-lhe contado – admiti. – Mas eu não consegui. Eu fui orgulhosa demais! E olha onde esse orgulho me levou – fiz um gesto com a mão que indicava todo o meu corpo. – Olha onde isso levou a Sophie! E isso é o pior, ver a minha filha a sofrer por causa do meu orgulho!
– Rose – chamou ele. Olhei-o. – Tu tens de perder o orgulho, pela tua filha!
– Eu sei, mas tu também sabes como eu ficava de todas as vezes que ele me humilhava no 1º ano – disse. – Ele odiava-me! Eu não quero que isso se repita! Ele não pode saber!
– E então o quê? A tua filha cresce sem pai? – Acusou. – Ele vive sem saber que tem uma filha? Rose, isso não pode continuar!
– Al, por favor – pedi.
– Não, Rose! Tu tens de contar! – Afirmou. – Felizmente para ti, contar é algo que te cabe a ti fazer, pelo que tu decides quando o vais fazer – disse ele. – Mas pensa bem, Rose. A tua filha anda triste assim, tu vês isso. Por muito que ela tente esconder, tu consegues ver!
– Eu vou contar – prometi. – Dá-me só algum tempo, por favor!
– Tudo bem - concordou. - Mas diz-me uma coisa. Tu ainda não os esqueces-te, pois não?
– Sempre que eu olho para Sophie, eu vejo o pai dela - admiti. - É impossivel esquece-lo!
POV SCORPIUS
Ele odiava-me! Eu não quero que isso se repita! Ele não pode saber! – Ouvi Rose dizer.
– E então o quê? A tua filha cresce sem pai? – Acusou a voz de Albus. – Ele vive sem saber que tem uma filha? Rose, isso não pode continuar!
– Al, por favor – pediu Rose, suplicante.
– Não, Rose! Tu tens de contar! – Afirmou. – Felizmente para ti, contar é algo que te cabe a ti fazer, pelo que tu decides quando o vais fazer – disse Al. – Mas pensa bem, Rose. A tua filha anda triste assim, tu vês isso. Por muito que ela tente esconder, tu consegues ver!
– Eu vou contar. – Rose prometeu. – Dá-me só algum tempo, por favor!
– Tudo bem - concordou. - Mas diz-me uma coisa. Tu ainda não os esqueces-te, pois não?
– Sempre que eu olho para Sophie, eu vejo o pai dela - informou Rose. - É impossível esquece-lo!
E esta tinha sido a conversa que eu não queria ouvir. Serio, eu não tinha apanhado o habito de ouvir atrás das portas, mas quando sai do meu quarto para ir tomar o pequeno-almoço, a voz de Rose prendeu-me a atenção.
Suspirei e preparei-me para descer as escadas quando ouvi um choro.
Sophie!
Corri em direção ao som. Abri a porta do quarto e vi Sophie em pé ao lado da cama. Cama de Rose, percebi momentos depois.
– Que se passa Soph? – Eu estava preocupado e confuso ao mesmo tempo.
Sophie olhou para mim, com os olhos avermelhados por causa do choro.
– A m-mamã d-d-desap-desapareceu – disse a menina a chorar.
Aproximei-me dela e ajoelhei-me, ficando da sua altura. Ela abraçou-me e eu retruibui.
– A mamã não desapareceu – informei. – Ela está a falar com o tio Al.
– N-não, e-eu acordo s-sem-sempre a m-mamã – argumentou a menina. – E e-ela não e-está na c-cama!
– Sophie, olha para mim – pedi calmamente. Soph afastou-se de mim, apenas o suficiente para me olhar. – A mamã está com o tio Al – repeti. – Ela nunca te iria deixar – garanti. – Anda, eu levo-te até ela!
Peguei Sophie ao colo e dirigi-me ao quarto de Al, onde tinha ouvido Rose.
Nem Rose nem Albus estavam no quarto, o que não contribuiu para acalmar a Sophie.
Desci as escadas e entrei na cozinha.
– Olha ali a mamã – disse para Sophie. Rose olhou na nossa direção e sorriu para a filha. – Ves? Eu disse que ela não te ia deixar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
opinioes??
o que gostaram mais?
o que gostaram menos?
o que acharam das declarações de rose e scorpius?
E do momento entre filha e pai?