O Coração do Vento escrita por shimotekun


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Contrato




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–Alan, Yui ficou com Marc... - Foi a primeira coisa que Alan ouviu quando chegou no colegio na quarta (no dia seguinte após o salto), Renato se deu o trabalho de lhe passar essa informação.

–Marc Correia?

–Sim, é incrivel não é? achei que ela gostava de caras mais certinhos...

–Tá, mas o que eu tenho a ver com isso?

–Você gosta dela.

–Eu? de onde você tirou isso?

–Da sua cara, é tão óbvio quanto as intenções do diretor ao zelador.- (Desde a terceira série todos no colégio podiam perceber que o diretor tinha mais do que um "relação de negócios" com o zelador, pelo menos pelo ponto de vista do diretor, o zelador Ritch tem repulsa a homosexuais e só não enfiou a mão na cara do diretor ainda porque precisa do salário).

–Não exagera.

–É verdade não é? você é afim dela.

–Se for, não te interessa, pode por favor me deixar em paz?

–Tá, eu só te contei porque eu não queria que você se declarasse pra ela e quebrasse a cara.

–Humpf, está claro que você não me conheçe, xau.

Finalmente conseguiu se livrar dele, Alan provavelmente era a pessoa que menos gostava de saber da vida dos outros naquele colégio recheiado de fofoqueiros, e ele sabia que provavelmente Yui não ficaria com Marc Correia nem que a dessem um navio de presente.

Alan odiava quando alguem chegava apenas para falar da vida de outras pessoas, ainda mais quando se tratava de Yui, e ainda mais pra falar dela com... outro cara, era insuportável, ainda que ele tivesse a certeza de que isso não era verdade, a imagem ficava se repetindo na sua cabeça, Yui e Marc, se beijando, ele sentia um aperto no coração, não era apenas de ciúmes, era um medo descontrolado se sem noção de que ela ficasse com outra pessoa que não ele.

O Sinal havia tocado para a aula de educação física, Alan descia a escada do seu prédio, acompanhado por centenas de tracinhos brancos que circulavam suas pernas e braços e fugiam pela grade a sua frente, enquanto descia sentiu novamente um tipo de vertigem, seus pés se levantavam do chão com tanta facilidade e deciam mais dificilmente, se segurou no corrimão da escada, novamente para se certificar de que não ia sair voando. Uma ideia passou por sua cabeça, tinha que testar.

Alan subiu de volta a escada pulando facimente de cinco em cinco degraus, e chegou a varanda que havia aterrissado no dia anterior e olhou pra baixo, havia consultado em um livro que falava sobre seu colégio, eram 23,6 metros, será que morreria na queda? ou iria descer lentamente como se estivesse afundando em um tanque com água? quando percebeu já estava em cima do muro da varanda, olhou para o céu, "seria incrível voar" pensou.

–Falando sozinho Alan? - A voz de psicopata de Gor soou atrás dele. Pelo jeito havia pensado alto, bem que ele achou que seu pensamento tava muito nítido.

–Hm, É, estav...

–Pensando que seria incrível voar!!! BUM! Gor havia saltado e atinjido Alan com um chute nas costas atirando-o metros a frente... e abaixo...

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O Coração do vento

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Foi como estar num tubo de vento gigantesco, antes que Alan pudesse encostar no chão, uma rajada poderosa de ventoo pegou vindo de baixo e diminuiu a velocidade de sua queda, por impulso, deu um giro pra frente e encostou a ponta do pé no chão, e aterrisou.

–OOOOQUEEEEE??????????????????????????. -Gritou Gor

–C,C,Co,mo???????????COMO???? SEU ANORMAAAAL!

Alan correu em direção a quadra, em dois passos andou metade do caminho no terceiro, parou de repente, enquanto o vento seguiu na mesma velocidade que ele estava antes, fazendo a areia deslizar pra frente, naquele momento, o vento pareçeu mais consolador, a tristeza começou a oculpar o coração de Alan, Yui estava bem a sua frente, rosto a rosto com Marc, ele a envolvia com os braços, é pelo jeito estavam juntos.

–MARC ME SOLTA!!!! - "Ham?"

–Marc! seu idiota! - Marc tentava se aproximar do rosto dela lentamente enquanto ela se debatia.

Ele estava forçando ela.

–EI!!! Solta ela!!! - Quando deu por conta já havia gritado. Alan deu dois passos longos pra frente e em um segundo seu pé direito estava do rosto de Marc, a voadora o atingiu com tanta força que o fez voar 14 metros e atingir em cheio a parede da arquibancada da piscina, o vento girava rapidamente ao redor deles.

– Quer lutar é garoto? - Marc já estava levantado, ele era lutador de Box, e se aproximava rápido, mas Alan não podia imaginar Marc mais rápido que ele, desviou de três socos seguidos facilmente e se preparou para acertar um na barriga, assim que fechou seus punhos, centenas de traços brancos se acumularam girando furiosamente ao redor de seu punho direito, a areia no chão começou a subir pela força do vento, e todos sentiram um impacto sufocante quando Alan desferiu seu golpe o vento rasgou um buraco na camisa de Marc e o atirou pra cima, quando caiu ficou tonto mas logo se recuperou, tossindo muito, Marc olha para Alan e berra: -Monstro!!! - e numa velocidade que Alan não esperava ele é acertado por um soco no rosto que faz sua boca sangrar e tudo ficou preto.

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–-------------------------The Heart of the Wind–---------------------------------------------------

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O mundo havia tomado uma cor diferente, Yui estava sentada de costas para a grade do campo de futebol com a mão na boca, ao seu redor, o campo era tingido de vermelho assim como todo o resto, tudo agora parecia um quadro composto por diversos tons de vermelho, Alan podia sentir seu coração pulsando lentamente, mas com uma força absurda, de forma que chegava a doer, ele não pensava em mais nada, apenas em focar os olhos em Marc, quando Marc entrou em seu campo de visão, ele era o ponto vermelho sangue, e Alan queria ver mais dessa cor, o verdadeiro vermelho sangue, antes que pudesse pensar em se mover, já estava atrás de Marc, que virou assustado gritando alguma coisa imperceptivel ao estado de Alan, -"preciso destruílo, ele acertou meu rosto, vou acertar o dele tambem!!!" Marc recebe incontaveis socos, até que Alan em um salto acerta o rosto de Marc com as costas dos punhos fechados e o faz girar 360 graus, depois desse golpe Marc cai desmaiado no chão, e Alan sente o chão atingir suas costas.

O céu mostrava nuvens espalhadas e havia folhas voando para todos os lados, ele podia escutar o som do vento agora, e então recuperando os sentidos pouco a pouco pôde ouvir o grito de Yui, ela estava encolhida e em pânico, havia cortes por toda sua roupa e alguns em sua perna, o que teria feito aquilo?

–Yui!!!- Alan consegue forças para chegar até ela. - Yui, vamos vou te levar a enfermaria.

–Alan... o..o que..o que foi isso?, o que está acontecendo com você? Disse Yui enquanto era carregada nos braços.

–Como todo mistério que se prese, você não acreditaria em mim se eu te contasse.

–Depois do que eu vi!

–Você sentiu o vento girando forte e viu um garoto levando uma surra, não é nada de tão anormal quanto o que está acontecendo comigo.

–Estou ficando com medo.Era realmente o que seus olhos expressavam.

–Normal. Respondeu Alan

–Mas eu estou mais preocupada do que amedrontada, me conte! Insistia Yui

–Vi um dragão dentro de uma lagoa, pedi pra controlar o vento e depois disso passei a enxergar traços brancos e fiquei leve como aquela mulher da propaganda de iogurte diet.

Yui parecia estar segurando o riso.

–Acredito em você. Disse ela.

–Obrigado.

–Não é muito difícil, vi você saltar o que? 16 metros?

–23,6 metros. Corrigiu, já estavam quase na enfermaria, passaram por um grupo de garotas que conversavam baixo, elas olharam surpresas pra a cena de cinema, um garoto que parecia ter saído da guerra levando nos braços uma menina com a roupa em pedaços.

–Pois é, depois dessa eu vi que você realmente estava leve, então isso faz completo sentido, depois, hm, se você puder, quero que me conte como tudo aconteceu, direitinho.

–Hum, quando isso começar a fazer algum sentido pra mim, eu te conto. Alan estava vermelho, Yui parecia se preocupar com ele, ele queria muito contar tudo a ela, confiava nela, mas tinha a impressão de que não era o momento, e ainda tinha muitas duvidas a tirar.

Yui fecha os olhos rapidamente e quando abre está sobre a cama da enfermaria, a enfermeira Melly acabava de entrar.

–Yui?? queridinha, o que aconteceu com você??

–Hm, onde está Alan? Perguntou Yui desnorteada.

–Alan? não vi ele sair daqui, foi ele quem te deixou aqui? A velhinha de cabelos loiros presos numa trança que descia até sua cintura se sentou numa pequena cadeira de madeira e a olhou como se buscasse um indicio de que ela havia batido com a cabeça.

–O que houve com você queridinha, vamos me diga, está toda acabada, deixe-me cuidar de você.

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Alan decidiu matar a aula de educação física, e todas as outras aulas do dia, iria na lagoa, queria ter a chance de encontrar o dragão novamente fazer-lhe umas perguntas. Todos que ficaram na sala na hora da aula de educação física o olharam assustados quando foi até sua sala buscar sua mochila, na volta encontrou Marc que o olhava furiosamente, Marc deu um passo em direção a Alan de punhos cerrados, Alan não queria brigar novamente, ainda mais com alguem que não conseguia dar um passo firme se quer. Continuou indo em frente e quando passou pelo furioso debilitado, escutou um baque, Marc estava caído no chão, tentou acertar Alan com um soco, mas este se desviou tão naturalmente e facilmente que nem o próprio percebera.

–Nunca mais agarre a Yu... Nunca mais agarre qualquer garota daquela forma, ou pode acabar sendo morto pela pessoa que ama essa garota; eu poderia ter te matado, eu queria, mas ainda não sou frio o bastante. Marc o olhava com desespero.

–Ainda não. Destacou Alan.


Estava frio na lagoa, o que não era normal, geralmente a temperatura ambiente sempre está acima dos trinta graus, Alan passava pelo primeiro parque no caminho ao lugar onde foi mordido pelo dragão, percebeu algo diferente ao pisar na areia, era como pisar em algo quase líquido, não era sólido nem fofo, a areia se moldava no formato de seu pé antes que o encostasse no chão, e a cada passo pequenas nuvens de areia eram sopradas de baixo do seu pé como se estivesse andando uma areia extremamente fina. Um pássaro piou alto em algum lugar, mudando o foco da atenção de Alan: Assim que levantou a cabeça avistou um rapaz, teria facilmente um metro e setenta e oito ou um e oitenta, seu cabelo era branco como as nuvens leves e pendiam de sua testa cachos que cortinavam seus olhos, olhos brancos, completamente brancos, a presença daquele rapaz assustava Alan de alguma forma, apesar de sua conciencia dizer que era apenas um garoto provavelmente cego, Alan tinha a impressão intuitiva de que aqueles olhos fazios o focavam. Quando se deu conta estava parado olhando para o rapaz, de uma forma completamente indiscreta, e quando percebeu isso o rapaz se desencostou do muro de um duplex roxo e branco e deu um passo em direção a Alan, apenas isso, depois ele havia sumido.

"Um fantasma" Pensou Alan.-"Esse parque é assombrado, que medo!", "melhor eu encontrar aquele dragão logo". Nesse instante uma corrente leve de vento passou por Alan, e ele sentiu que ela o estava levando a algum lugar, então continuou a andar, os traços de vento apontavam pra frente, este caminho o levou a um campo de futebol de areia onde o vento girava feliz levantando pequenos rodamoinhos de areia, a grade que protegia o campo estava enferrujada e havia um buraco feito no lado esquerdo do campo por onde Alan pode se esgueirar para o outro lado da grade.

O vento girava ao redor de Alan e saia numa dança veloz e brincalhona.

–Dragão, você está aí?- Disse Alan em voz alta olhando ao seu redor logo em seguida para checar se ninguem o ouvira. Não havia ninguem nos arredores da lagoa.

–Por que você não apareçe dragão idi....- BUUUFFFFF - A poeira do campo subiu com força quando uma grande pegada com cinco dedos equipados com garras apareçeu na areia fofa... BUFFFFF, BUFFFFF, as pegadas se adiantaram, o vento soprou com força no rosto de Alan e os grãos de areia pareciam cortar sua pele...BUUFFFFFF, a ultima pegada se formou, seguidas por um caminho grande que se estendia por trás das pegadas traseiras, milhares de traços brancos giravam rapidamente ao redor do que parecia pouco a pouco ser o dragão que Alan havia visto dentro da lagoa, o vento rugiu com um estrondo atirando boa parte da areia pra fora do campo, e ali estava ele, um dragão-serpente em seus aparentes 17 metros de comprimento, suas costas eram cobertas de um pelo branco-metálico, não havia asas, o conjunto - pescoço, peito e calda eram revestidos de couro cinza-claro, dois chifres saiam do topo de sua cabeça, logo abaixo olhos azuis perfeitos em pupílas verticais focavam os olhos de Alan com seriedade, a face do dragão lembrava em muito o focinho de um lobo, porem muito maior e mais severo e de aparencia imponente.

–Precisamos ter uma conversa muito séria rapaz.- Disse o dragão.

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–-------------------------------------Kaze no Kokoro

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–Você é o dragão que me deu esses poderes. Wind Nogard não é? agora me lembro... - Disse Alan. Apesar do tamanho das guarras e dentes daquele imenso mosntro a sua frente ele não passava medo a Alan.

–Não te dei poderes garoto, fizemos um contrato, esqueçeu? O Vento soou ao meu redor, trazendo a voz do dragão enquanto ele andava em circulos a minha volta.

–Contrato? mas eu não... espere, estou lembrando de algo

=------------------------------------------------------------continua----------------------

Nas profundezas da mente de Alan, de pouquinho em pouquinho começaram a surgir partes do diálogo entre ele e Wind Nogard.


"Aceitaria qualquer desafio? qualquer um mesmo?"

"Qual quer um".

-Ei, pera aí. Você não me deu os termos do contrato. Disse Alan.

-Eu daria, mas você não questionou qual seria o desafio. Respondeu o dragão.

-Tem razão, respondi sem pensar que faria tudo. E não acho que iria querer outra coisa, estou gostando disso. Mas...

-Mas? não precisa me dizer pirralho, eu vi tudo!, como você é fraco. Disse o dragão repentinamente.

-Hm?!

-Quando você se sente ofendido fica com cara de bosta. Rugiu o dragão.

-O QUE? do que é que você tá falando? calma, por que está me ofendendo? Disse o menino. (Seu tom de voz havia aumentado)

-Idiota! Cuspiu o dragão com um estrondo, fazendo levantar bastante areia.

-Rrrrrrrgh. Era Alan que rugia agora.

-Humpf, até o Marc é uma pessoa melhor que você. Nogard atacou novamente.

Essa foi o fim do pavio de Alan.

-RRRAAAAAA!!!! Alan disparou com um soco que devia ter acertado o focinho do dragão, mas este, sumiu em um segundo.

E então Alan levou uma rasteira de um garoto que estava atrás dele.

-CONTROLE-SE! Gritou o garoto.

Alan estava completamente confuso, de onde estava, estirado no chão, olhou pra cima e viu um jovem alto, extremamente branco, com olhos brancos e cabelo branco. Seu cabelo era muito bagunçado e se alongava à pouco abaixo dos ombros. Ele vestia uma camisa social esportiva branca aberta por cima de uma camiseta regata, também branca. Usava uma calça jeans branca com detalhes azul claro e um AllStar converse branco com as estrelas das laterais e cadarços (desamarrados) azul claro.

-Quem raios é você? Perguntou Alan ainda tonto devido a queda.

Nessa hora os cabelos do menino cresceram e se estenderam até ficarem mais compridos do que dois postes de rua um em cima do outro, o garoto então alçou voo e seus imensos fios de cabelo o envolveram, dando a ele a forma de uma serpente gigantesca, que após uma lufada de vento tornou-se Wind Nogard.


-Isso foi incrível. Disse Alan quase sem ar.

-Você deve controlar suas emoções menino. Disse o dragão. Agora sua voz assumia um tom muito calmo.

Esse é o contrato, você terá o domínio e a responsabilidade sobre os ventos da região nordeste da América do sul. Em troca, terá a obrigação de controlar sua mente, suas emoções. Ou grandes desgraças poderão acontecer”.

A medida que aprimorar seu autocontrole suas habilidades também irão melhorar. Agora que você possui as características do vento, isso se tornará mais difícil pra você do que para uma pessoa qualquer”.

-Existem formas de perder os poderes? Perguntou Alan.

-O vento agora é a essência da sua alma, se você perder esses poderes, morrerá.

-Hm...

-O que me diz? Agora que sabe as condições que você aceitou?

-Ha! Eu nunca vou perder estes poderes. Respondeu Alan, com um sorriso confiante.

Uma rajada de vento passou por toda a área em volta da lagoa.

O dragão havia desaparecido.

Controlar as emoções”. Pensou o garoto. “Vai ser complicado”.

   No restante do dia, Alan praticou suas habilidades, com a lagoa sem pessoas, podia dar grandes saltos, fazer o vento  sacudir árvores na direção de seus socos, ou levitar pequenas folhas. Percebeu que quando inspirava, o vento se reunia a seu redor em espiral, e que quando soltava o ar ele se afastava fazendo as árvores responderem com o farfalhar das folhas.

  Quando estava anoitecendo, deitou em umas barras de ferro em um parquinho, olhou para cima e pensou em Yui.

  “Queria saber como ela está agora”. Pensou. “O que será que ela pensa de mim depois do que aconteceu”?   

 -”Não pensa nada de mais”. Respondeu uma voz dentro de sua cabeça.

-Hm?!

-”Oi”. Disse a voz do dragão.

-”Wind Nogard? Você se comunica comigo por telepatia?”

-”Não, eu estou aqui do seu lado”.

Ao olhar para o lado, deitado em um dos pequenos ferros ao lado dos que Alan descansava, estava uma miniatura de dragão. Desta vez Wind Nogard tinha pouco mais que o comprimento do antebraço de Alan.

-Você pode assumir qualquer forma?

-Não é tão fácil quanto parece, sou o único espirito de vento que pode.

-Massa. Você pode falar comigo pela mente?

-Não é bem pela mente, não me comunico com seu cérebro, me comunico com sua alma através do vento.

Basicamente é o som, sua alma capta as vibrações sonoras melhor que seu sistema auditivo”.

-Massa...

-Espera, como você sabe que ela não pensa nada de mais? Perguntou Alan.

-Posso saber o que as pessoas sentem, e captar um pouco dos seus pensamentos.

-O que?! Que legal! Eu posso fazer isso?

-É claro que não.

-Mm? Que saco. Porque?

-Você é humano, não pode saber o que os outros humanos pensam.

-Mas você pode me contar. Disse o garoto com um sorriso de esperança.

-Posso.

-Sério?!

-Mas não vou.

-Porque? A Noite já havia caído, a lagoa estava escura e só era possível escutar o som dos morcegos, Alan havia esquecido da hora.

-Porque não tem graça. Disse o dragão, e depois deu uma risada.

-Que tipo de espirito mestre você é? Adora tirar onda. Disse Alan um pouco irritado.

-Vá pra casa, está ficando tarde. Disse Wind Nogard.

-Tem razão não tinha reparado. Vai ficar perigoso.

-Não precisa correr menino, eu estou cuidando de você. Disse o dragão, de uma forma que soou paternal a Alan, depois de dizer isso ele havia desaparecido novamente.




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Notas finais do capítulo

desculpem, alguns problemas emocionais recentes me impedem de me concentrar na historia... =/
Nossa 'o' tempão que não volto aqui, eu tinha parado por problemas emocionais -_-
ok, problemas emocionais vencidos, estou pronto pra continuar, agora com mais maturidade, espero que a historia agrade =D



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