Let bygones be bygones escrita por Ally Mikaelson


Capítulo 2
Fucking Wake Up Call


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novin' novin'! Here we go again!



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Alexandria's POV (dias atuais).

Eu acordei com um pulo e respirando rápido, praticamente arfando. Aquele pesadelo me perseguia desde o começo da minha existência, desde a noite que eu havia vivido tudo aquilo, mas nunca iria me acostumar a reviver minha morte toda noite. Percebi que só havia acordado porque meu celular vibrava e tocava na cômoda ao lado da cama e estendi a mão para atender. Assim que vi quem ligava fiz uma careta e pensei melhor, decidi simplesmente ignorar a ligação pegando uma toalha e indo para o banheiro. Preparei um banho quente, colocando meus sais favoritos e suspirei quando a água morna entrou em contato com a minha pele. Era quase que um ritual para mim tomar um banho quente e demorado depois de acordar de pesadelos, para relaxar e me ajudar a pensar normalmente de novo. Eu estava tentando afogar os resquícios do pesadelo quando o toque do meu celular me tirou de meus devaneios.

"Merda" sussurrei, saindo da banheira e me enrolando na toalha, sabia que ele não iria me deixar em paz enquanto não falasse com ele. Peguei o telefone e atendi.

"O que foi?" disse, num tom irritado.

"Uh, que forma grosseira de atender um velho... amigo. Não acha, querida?" a voz do outro lado revidou e eu revirei os olhos.

"Desembucha, Klaus, o que você quer de mim? Sim, eu sei que você quer algo, essa é a única razão lógica de você estar me ligando às cinco da manhã. E espero que seja algo importante, você interrompeu meu banho." resmunguei.

"Hm, banho... Isso quer dizer que você está, sozinha, em casa, nua... Que tal tratarmos nossos assuntos pessoalmente e eu chegar aí na sua casa em dez minutos?"

"Niklaus, é melhor ir falando logo o que você quer comigo senão vou desligar em 5... 4... 3..." disse, apressando-o, sabendo que ele falaria o que queria.

"Ok, ok, acalme-se, docinho, tudo que eu quero é um pequeno favor seu..." bufei, sabia que provavelmente não haveria nada de pequeno nesse favor. "Eu preciso que você o encontre." E naquele momento eu soube exatamente de quem ele estava falando.

"Klaus... Eu acho que você já sabe, mas, bem, eu e ele não estamos nos melhores termos nos últimos tempos... Não estamos bem há quase um século, para ser mais clara."

"Eu sei, docinho, mas eu preciso saber exatamente onde ele está e só você pode fazer esse... servicinho para mim." Sabia que havia algo errado, porque Klaus iria querer encontrá-lo?

"Você passou os últimos séculos cobrindo cada minúsculo rastro seu, mudando-se constantemente, para despistá-lo, para mantê-lo longe... Por que você iria querer encontrá-lo agora?"

"Essa é uma questão que não lhe diz respeito e não lhe interessa, apenas encontre-o e irei pagá-la da melhor forma que consigo imaginar. A forma que inclui eu, você, uma cama e nada de roupas." era incrível como eu podia até imaginá-lo ao dizer aquilo, provavelmente com um sorriso malicioso e debochado nos lábios.

"Niklaus, você realmente é o vampiro mais pervertido que eu já conheci em toda a minha existência."

"Faço sempre o meu melhor, querida. Então, temos um acordo?" suspirei. Eu sabia que não haveria outra solução. Ou eu aceitava o trato de Klaus ou ele iria me perseguir durante o tempo que fosse até conseguir o que queria. Mas eu não iria sair daquele "negócio" de mão vazias. Não mesmo.

"Eu quero dinheiro, Klaus. Muito." pude escutar quando ele riu do outro lado da linha.

"Isso não é problema, amor, nunca foi." Era verdade, os Mikaelson sempre foram abastados e, depois de viver por séculos, dinheiro acabar por se tornar algo como poeira: começa a se acumular em montes com o passar do tempo.

"Mas eu não quero apenas isso, amor" eu disse, com uma voz doce e falsa, enfatizando a palavra amor, "Eu quero minha adaga e quero ela em minhas mãos, não cravada no meio do meu peito enquanto passo anos jogada num caixão com meu nome escrito." Aquilo havia sido golpe baixo, mas eu não iria perder a oportunidade de jogar algo na cara de Klaus e ainda por cima deixar claro o que queria.

"Caramba, essa doeu, Allie, estou imensamente machucado."

"Como se você tivesse algum sentimento." murmurei.

"Eu posso te ouvir, sabe."

"Sim, sei, como se eu me importasse... Mas, voltando ao assunto, sem estaca sem acordo. Ah, e eu a quero comigo antes de começar a procurá-lo." pressionei-o, Klaus precisa saber que eu estava falando sério.

"Tudo bem, iriei entregá-la sua amada adaga, mas se pensar em me trair ou me enganar, juro que eu mesmo irei cravar essa mesma adaga no seu coração." eu, mais que todos, sabia como Klaus não brincava com suas ameaças e não pestanejaria antes de torná-las realidade.

"Ah, Niklaus, você é um doce de pessoa, sabia? Eu aceito seu acordo, quando terei a adaga? Você sabe, quanto antes eu a tiver, mais cedo poderei começar minha busca..." apoiei o celular no ombro enquanto procurava por roupas de baixo na gaveta.

"Mandarei alguém deixá-la em sua casa até o fim do dia." sorri, ele realmente queria que eu começasse logo "Ah, eu escolheria o conjunto azul, bem sexy e destaca seus olhos." ouvi seu riso baixo.

"Como...?" não tive tempo de concluir, Klaus simplesmente desligou na minha cara. "Idiota" pensei em voz alta, jogando o celular na cama e voltando a olhar a gaveta. Acabei vestindo o bendito conjunto azul, era o único que conseguia encontrar na bagunça que era meu guarda-roupa, e escolhi um vestido preto um pouco acima do joelho. Assim que terminei de pentear e secar meu cabelo, deixando os cachos soltos, ouvi a campainha tocando.

Desci as escadas e assim que abri a porta vi um cara lindo, parado na minha varanda, com um pacote na mão.

"Você é... Alexandria Bad'omen?" ele perguntou.

"Sim." respondi, sem entender o que se passava. "Por quê?" ele me entregou o pacote que trazia, junto com um bilhete com meu nome escrito no que reconheci ser a caligrafia de Klaus.

"Obrigada" eu disse, sorrindo para o rapaz, provavelmente um dos vampiros que trabalhavam para Klaus, e percebi quando ele me olhou dos pés a cabeça, para depois me olhar, também sorrindo.

"Bem, se você quiser meu número é só pe..." não o dei tempo de terminar e fechei a porta. "Tchau" falei, já dentro de casa e alto o suficiente para que me ouvisse.

Fui para a cozinha e sentei no balcão, lendo o bilhete.

"Aqui está, querida, aproveite.

–Niklaus

P.S.: minha outra oferta de pagamento ainda está de pé."

Eu não pude deixar de rir e abri o pacote. Lá estava a adaga. A única coisa que havia me subordinado a Klaus durante toda minha existência.

"Ah, eu vou encontrar você..." sussurrei, passando a adaga de uma mão para outra "Vou encontrá-lo, querido Elijah."


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Notas finais do capítulo

Heheh, postando um capítulo rapidão porque essa fic vai ser bem grandona! Ah, e porque minha amiga quase me mata querendo que eu poste logo! Enfim, novamente, obrigada se você leu, deixa um recado dizendo o que achou! Beijos e até a próxima! ♥