Let bygones be bygones escrita por Ally Mikaelson


Capítulo 3
Not Daddy's Little Girl.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Desculpa pela demora, essa semana foi uma das semanas mais corridas da minha vida porque no domingo vou fazer vestibular então já sabe, correndo pra revisar tudo! Espero que gostem do capítulo novo, vou fazer um flashback para vocês entenderem mais sobre a história e o passado da Alexandria!



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~ Mystic Falls, Século 10. ~

Alexandria's POV.

Eu não lembrava muito da minha infância antes de me juntar aos Mikaelson, sabia apenas o que me contavam. E que havia sido um inferno. Nasci numa pequena aldeia onde todos eram extremamente supersticiosos e temiam qualquer tipo de "força sobrenatural". Cresci sendo contada a história que, no dia do meu nascimento, um temporal arruinou grande parte da plantação, deixando os suprimentos escassos. Enquanto os trovões rugiam do lado fora, minha mãe gritava dentro de casa, ao me dar a luz. Meu pai não sabia, mas, ainda naquela noite, perderia a esposa.

Assim que minha mãe me teve, suas forças começaram a se esvair. Contavam-me que ela só teve o tempo de me colocar nos braços e, me apertando contra o peito, repetia a mesma coisa várias e várias vezes para meu pai.

"Minha guerreira... Prometa-me, Robert, prometa-me que irá chamá-la de Alexandria... Por favor...". Alguns minutos mais tarde minha mãe faleceu.

Meu pai, Robert, me odiava. Eu, um ser minúsculo e repugnante, havia tirado a vida de sua amada. Ele repeti todos os dias para si mesmo que era incapaz de amar quem havia tirado a vida de sua esposa, e se consolava pensando "Ela me pediu para chamá-la de Alexandria, não para amá-la".

Ele me levou até as anciãs da cidade elas encheram sua cabeça com mentiras e veneno. Diziam que eu era uma aberração, um mal presságio. Meu pai, envenenado pelas anciãs, passou a me odiar ainda mais, se era possível. A aldeia inteira cochichava que eu traria o fim de todos eles, desgraça, morte.

Fui criada até meus catorze anos num porão duma espécie de Igreja da aldeia. Me alimentavam e só me deixavam sair do meu "quarto, um cômodo escuro e úmido, uma vez ao dia, apenas para tomar banho e fazer algo como uma confissão dos meus pecados, que eram basicamente ter nascido. Saia algumas vezes por ano para ver meu pai, quando na verdade eu preferia ficar trancado a ter que encarar sua expressão sempre de ódio e rancor para mim. Os anos passaram como um borrão nessa rotina.

Um dia, na aldeia vizinha, chegou uma família abastada e grande, com muitos filhos. Eu escutava as anciãs sussurrando sobre a tal família o tempo todo. Meu pai viu naquela chegada uma oportunidade de se ver livre de mim, a filha que só lhe trazia mágoas, e ainda tirar dos ombros da aldeia o peso que eu era.

A última lembrança que tenho de meu pai foi quando, num dia como todos os outros, ele apareceu e disse que eu deveria ir com ele para um "passeio". Eu rapidamente percebi que havia algo errado, primeiramente porque eu sempre era avisada previamente de suas visitas, e porque era-me estritamente proibido que saísse por aí, "perambulando" pela aldeia. Ele me levou cada vez mais longe, até que chegamos na aldeia vizinha, um lugar chamado Mystic Falls. Ele me deixou na porta de uma grande casa e me entregou uma carta.

"Entregue a carta para a dona da casa, garota" ele disse, como sempre, sem me chamar pelo meu nome e começou a andar para longe de mim. Olhando uma última vez para trás, meu pai me lançou um sorriso e eu pude vê-lo feliz pela primeira vez desde que nasci. Só após crescer é que eu compreenderia o que havia acontecido ali. Meu pai, meu próprio sangue, ficou feliz ao me deixar.

Na época, ainda sem entender nada, bati na porta da casa e uma mulher loira e bela atendeu, me olhando confusa. Entreguei-lhe a carta, esperando que assim ela pudesse me explicar o que se passava. Ela leu rapidamente, levando a mão aos lábios, surpresa, e logo olhando para mim. Por cima do ombro, chamou alguém pelo nome de "Mikael" e um homem alto e forte apareceu. Eles conversavam sussurrando, sempre olhando para mim.

Eu não entendia nada do que se passava. Quando as senhoras voltariam para me buscar e me levar de novo para meu quarto pequeno e escuro, no qual muitas vezes não sabia dizer se era noite ou dia? Decidi aproveitar o tempo que me restava ali ao ar livre, fazia tanto tempo que eu não via o céu, a não ser por uma janela ou fresta...

Ao olhar ao redor, percebi que haviam cinco crianças brincando no canteiro de flores bem em frente à casa. Eles me olhavam, curiosos, e cochichavam entre si. Eram quatro garotos e uma garoto, dentre os garotos três pareciam ser mais velhos que eu e o outro ser mais novo, já a garota loira aparentava ter minha idade. De repente, ela levantou, largando no chão flores que usava para fazer uma coroa e batendo o vestido, veio em minha direção.

"Oi!" ela disse, animada. Eu logo armei minhas defesas, depois de tantos anos acostumada a ser odiada, aquele tipo de tratamento me era estranho. Percebi quando o sorriso da garota vacilou um pouco ao me ver na defesa.

"Oi..." respondi, ainda hesitante.

"Meu nome é Rebekah e aqueles são meus irmãos Henrik, Klaus, Finn e Elijah. Como você se chama?"

"Alexandria..." disse, tentando ignorar os olhares que os outros irmãos me lançavam. Rebekah viu meu desconforto com os garotos e revirou os olhos.

"Ignore meus irmãos, mamãe sempre diz que eles são indelicados e não-cavalheirescos." ela disse "Seus olhos são lindos..." eu não entendi, nunca havia me visto num espelho parar saber que cor seriam meus olhos. "Violeta é minha segunda cor predileta, depois de vermelho. Nunca vi olhos violetas... Ah, que brincar conosco?" a garotinha disse, estendendo a mão. Eu hesitei por algum momento mas aceitei e enlaçamos as mãos, mal sabendo que ali começava a maior amizade que qualquer uma de nós duas teria.

Eu nunca soube o que havia realmente escrito na carta que meu pai havia me mandado entregar para a tal moça, que se chamava Esther e eu logo começaria a chamar de "mãe", mas sei que, após aquele dia eu passei a morar com os Mikaelson e nunca mais voltei ao meu quarto escuro.


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Notas finais do capítulo

Tava com tanta preguiça de digitar esse, ai... Enfim, tá aí, uma parte da história da Alexandria começando a ser explicada! Tenho uma pergunta pra vocês: VOCÊS PREFEREM QUE O PRÓXIMO CAPÍTULO SEJA NOVAMENTE UM FLASHBACK OU QUE EU VOLTE AOS DIAS ATUAIS? Vocês decidem! Espero que tenham gostado e mande reviews, adoro criticas!