Dont escrita por Tamy Black


Capítulo 15
Away From You


Notas iniciais do capítulo

E vamos com mais um capítulo da Don't.
Falo com vocês mais embaixo.
Divirtam-se!



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No capítulo anterior:


- O que você quer, Edward? – fui extremamente grossa, sem necessidade.

- Precisamos conversar.

 

-x-

 

Sinceramente, eu não estava com nenhum um pingo de vontade de conversar com ele. Suspirei pesadamente e tomei fôlego, encarei seus orbes verdes mais uma vez e senti a intensidade que ele me olhava.

- Ok... Vamos conversar. – eu disse.

 

Just a Girl – Miley Cyrus

(n/a: escutem, please!)


Edward me soltou e respirou fundo, ainda me encarando intensamente. Tentei desviar de seus olhos hipnotizantes, mas parecia que eles tinham uma espécie de ímã, não conseguia quebrar o contato visual que tínhamos.

 

- Bella... – começou – Eu quero que você me ouça, depois pode tirar suas conclusões. – eu somente assenti com a cabeça – Bom, eu queria te pedir perdão novamente...

- Edward...

- Não, me deixa falar. – me interrompeu – Eu não agüento essa situação, Bells. – disse, triste – Eu sei que disse muitas coisas erradas, que não confiei em você, mas eu me arrependo amargamente de tudo...

- Edward, eu já perdoei você. – eu disse, o interrompendo – Nós já conversamos sobre isso, quando você bateu a porta da minha casa...

- Sim, mas você não me deixou falar! – me interrompeu, exasperado – Bella, eu sinto a sua falta a todo instante... Perdoe-me por não ter acreditado quando me disse da primeira vez, eu estava cego...

- E agora você enxergou a luz! Aleluia. – ironizei.

- Bella, por favor... – pediu – Eu preciso de você... – me encarava intensamente, pude ver que seus olhos estavam cheio de lágrimas.

- Pensasse nisso antes de me dar as costas e acreditar naquela... – suspirei e senti meus olhos começar a marejar – Pensasse antes de ter dito tudo aquilo... – minha voz começou a embargar.

- Bella, eu sei que fiz mal... Mas, eu estou aqui... Implorando pra que você volte a ser a minha amiga... – ele disse – Eu sinto muito a sua falta.

- Eu não posso Edward. – eu disse – Na verdade... – hesitei, dizer isso vai me matar por dentro – Eu não quero. – e o encarei seriamente.

- Você não... – e ele me olhava confuso.

- Não, eu acho que o melhor pra mim, é continuar afastada de você. – eu disse – Acho que você pode compreender o porquê. – sorri, em meio às lágrimas que caíam pela minha face.

- E como você lidava com isso antes de eu saber? – ele entendeu o que eu quis dizer.

- Pelo simples fato de você não saber. – respondi – Edward, o fato de eu amar você é complicado demais... Nem eu mesma entendo, então, faça o favor de me esquecer... Se você realmente gosta da sua amiga – apontei para mim −, deixa-a em paz... Quieta no canto dela, eu prefiro assim.

- Mas Bella...

- Não Edward. – disse, mais uma vez irredutível – Você me magoou e eu te perdoei, mas não posso voltar a sua vida como era antes. Entenda isso.

 

 Edward não disse nada, então eu dei a conversa por encerrada. Deixei-o ali e fui pro meu carro. As lágrimas já escorriam descontroladamente pelo meu rosto, mas eu não estava ligando pra isso. Dei partida no meu carro e saí do estacionamento cantando pneu, percebi que Edward ainda não tinha saído do lugar aonde eu o deixei.

 

Enquanto o meu choro era soluçante e desesperado, ia dirigindo pelas ruas de Forks. Nem percebi quando eu já estava em casa, simplesmente estacionei de qualquer maneira o meu carro e fiquei dentro do mesmo, chorando e chorando...

 

Somente quando eu pensei que o choro tinha aliviado por alguns instantes, eu saí de dentro do carro e o travei. Corri para dentro da minha casa, dei graças aos Céus por meus pais terem ido visitar a minha avó, o combinado seria eu ir pra lá depois da prova, mas eu não tinha condições para sair de casa. Fui direto para o meu quarto e desabei na cama, eu soluçava tanto... A dor era enorme...

 

Parecia que tinha algo sendo arrancado com toda a força de dentro do meu peito. Eu queria sumir, mas eu já tinha a minha válvula de escape... Era só esperar o resultado.

 

(...)


Eu passei o restante do dia trancada no meu quarto, sem falar com ninguém. Até desliguei meu celular, pois o mesmo estava tocando insistentemente. Eu sabia que era a Alice e então eu somente mandei uma mensagem a ela dizendo que eu queria ficar sozinha e não queria falar com ninguém, depois disso eu desliguei o aparelho e me recolhi sob minha cama, chorando tudo que eu podia chorar.

 

Meus pais só voltaram pra casa no fim da tarde, minha mãe estava preocupada por eu não ter ido e quando me encontrou jogada na cama, me confortou e disse que qualquer fosse à dor que eu estava sentindo iria passar em algum momento. Ela sabia do que eu sentia pelo Edward, então ela já estava meio que a par do que estava acontecendo. Mamãe me deixou quieta no meu quarto e disse que se eu precisasse de algo era para chamá-la. Sophia, minha anjinha, ficou comigo por alguns minutos, mas eu disse a ela para me deixar só e ela o fez.

 

Eu não conseguia acreditar que consegui negar o pedido tão desesperador dele...

 

“- Bella, eu sei que fiz mal... Mas, eu estou aqui... Implorando pra que você volte a ser a minha amiga... – ele disse – Eu sinto muito a sua falta.”


Eu podia amá-lo mais do que tudo no mundo, mas a mágoa era imensa. Por que as coisas não podiam ser um pouco mais fáceis? Eu podia muito bem gostar de alguém que não fosse somente o meu grande amigo, não podia? Podia até realmente gostar do Dan, que era muito melhor do que a irmã.

 

Não consegui dormi pelo restante do final de semana. A insônia era irritante, por mais que eu deitasse na cama a merda do sono não vinha! Eu já devia estar com olheiras enormes. Mas durante a madrugada, desisti de dormi e a inspiração para escrever canções me atingiu por completa. Pelo menos isso tinha um lado bom. Eu podia ter dito a ele que queria me afastar, mas só Deus sabe o quanto eu precisava dele na minha vida...

 

Sei não é fácil entender o porquê de eu ter dito a ele que não podia mais ficar perto dele. Eu só fiz pelo bem de nós dois, pois eu me conhecia muito bem pra saber que se eu voltasse a ficar perto dele novamente, como se nada tivesse acontecido, eu sofreria novamente, ele encontraria outra garota, eu choraria de novo e o ciclo se repetiria. Talvez ele não fizesse isso na minha frente pelo fato de agora saber que eu o amo, mas isso aconteceria novamente.

 

Talvez eu estando longe dele, eu consiga superar esse amor complicado, e isso viria a calhar se eu passasse na bendita prova. Eu creio que consegui, eu espero que eu realmente consiga! Porque eu estando a quilômetros longe de casa, longe dele, fica bem mais fácil de me conformar e superar.

 

O final de semana passou com um raio, então a segunda-feira chegara depressa e eu tinha aula com o Edward pela manhã, para melhorar. Eu estava com uma roupa bem despojada, porém arrumada. Nem tomei café, passei batido pela sala, não estava a fim de dar satisfação para os meus pais, somente queria ir logo pra escola e acabar com aquele martírio. Coloquei meus óculos escuros, numa tentativa inútil de esconder as minhas imensas olheiras.

 

Peguei meu carro e saí da garagem de casa, dirigi o mais rápido possível. E para a minha alegria, consegui chegar à escola em tempo suficiente de não ter quase ninguém ainda. Peguei minhas coisas e fui adentrando a passos largos pelo recinto educacional que eu brevemente não faria mais parte. Fui até o meu armário e peguei meu livro de biologia com meu caderno. Fui andando lentamente até a sala de aula com o volume máximo dos fones do meu ipod que estavam em meu ouvido.

 

Sentei-me na minha carteira de sempre e fiquei perdida nas músicas que eu escutava, os minutos foram se passando e as pessoas já iam entrando na sala de aula. Até que meu olhar encontrou os olhos de Edward, eu ainda estava de óculos escuros e ele nem percebera que eu estava o olhando. Só de vê-lo eu senti os meus olhos arderem e as malditas lágrimas quentes saltaram dos mesmos, mas eu passei a mão por minhas bochechas impedindo que elas se alastrassem.

 

Tirei os óculos quando o professor Banner entrou na sala de aula, mas eu sentia os olhos do Cullen sob mim. Pra melhorar a minha situação, parecia que o tempo não estava colaborando comigo, pois o tempo estava passando arrastado por demais. Acho que esses foram os dois horários de biologia mais longos de toda a minha vida escolar. Suspirei de alívio quando finalmente o sinal indicando que a aula tinha terminado tocou. Peguei minhas coisas rapidamente e saí como uma bala da sala.

 

Depois de um horário de cálculo com o Dan, nós fomos para a cantina e o Dan me perguntou se eu estava melhor, já que a Alice tinha passado as informações do meu sumiço no final de semana. Assim que demos na vista das pessoas na cantina, vi o Edward logo de cara. Ele estava sentado à mesa com seus amigos de sempre: Tyler, Eric, Ben, menos o Mike, mas aí também era pedir demais. Nossos olhares se encontraram, mas eu os desviei rapidamente, vi Alice, Jasper – que não estava com o Edward hoje, milagre! − e Meg em nossa mesa costumeira e quando eu encontrei com os olhos da minha prima, a mesma estava olhando para como eu estava abraçada ao Dan, depois nos encaramos e ela desviou rapidamente o olhar. Hum... Aí tem.

 

Eu e o Dan nos aproximamos da mesa e cumprimentamos as meninas. A Meg estava estranha, não me encarava nos olhos e estava alheia a toda a conversa na mesa. Estranho... Alguns minutos antes do intervalo terminar, a Meg disse que iria ao banheiro e se levantou da mesa sem falar com ninguém. Logicamente que eu fui atrás dela, Daniel não entendeu nada e a Alice fez menção de me seguir, mas eu disse a ela para ficar.

 

Fui atrás da Meg e a vi entrar no banheiro, apressei o passo e fiz o mesmo que ela. Assim que passei pela porta a vi sentada no chão do banheiro com a cabeça encostada nos joelhos e podia ouvir os soluços. Andei até a minha prima e me agachei, apoiei uma mão na parede e com a outra toquei em seu braço. Meg levantou a cabeça aturdida e assim que seus belos olhos azuis encontraram os meus, ela se assustou.

 

- O que houve Meg? – fui direta.

- Nada. – ela respondeu de imediato.

- Não minta pra mim, Meg. – sorri – Eu te conheço muito bem, sabia?

- Não é nada, Bella. – disse, desviando seus olhos dos meus.

- Meg, você sabe que as Swan mentem mal que só. – ri e ela riu também, de leve.

- É. – concordou – Isso é um mal genético. – bufou e limpou as lágrimas.

- Pode me dizer o que aconteceu? – perguntei, cautelosa.

- Não quero falar sobre isso, Bella. – pediu.

- Meg... Eu sou sua prima, sua melhor amiga... – comecei o discurso que ela usava comigo quando eu estava na mesma situação que ela – Eu te amo como se fosse minha irmã, me conte o que te aflige, por favor? – perguntei docemente.

- Isso não vale, Isabella Swan. – ela disse, semicerrando os olhos, indignada.

- Claro que vale, Megan Swan. – disse do mesmo modo e nos encaramos por poucos segundos, depois caímos na gargalhada.

- Ok... – ela suspirou depois do acesso de risadas – Eu não sei como você vai reagir a isso, Bella... – começou, nervosa pelo seu tom de voz e eu continuei calada, para que ela continuasse a falar – Eu juro que tentei não ficar a fim dele, mas... – lágrimas voltaram a escorrer de seus olhos – Eu não consegui. – disse baixinho.

- Está falando do Dan, não é? – a indaguei e Meg assentiu com a cabeça – Meg, eu percebi isso ainda pouco quando você nos viu abraçados...

- Jura? – gemeu.

- Sim. – ri – Mas não se preocupe, você sabe que eu e o Dan não temos mais nada. – disse séria – Somos somente bons amigos.

- Mas ele ainda gosta de você, Bells... – murmurou – É notável quando ele te vê.

- Eu e ele já conversamos, eu já disse a ele que não podemos ser mais que isso... E também, eu não gosto dele para algo mais... – fui dizendo – Daniel é um cara perfeito, tem tudo para atrair uma garota, o jeito doce dele é tudo! – ri – Mas eu não o quero como namorado, Meg. Ele merece alguém que realmente goste dele...

- Sério isso? – ela me indagou.

- Seriíssimo! – empolguei-me – E você pode ser essa garota.

- Ah Bella! – exasperou-se – Claro que não!

- Claro que sim, Megan Swan. – disse com firmeza – Você gosta dele, pelo que percebi agora, mais até do que aparenta.

- Como eu pude ficar de quatro por um cara que mal conheço?

- Como eu fui me apaixonar pelo meu melhor amigo? – rebati.

 

E nós rimos.

 

- Eu não sei o que fazer, Bella. – ela me confessou.

- Eu tenho certeza que a Alice sabe. – e gargalhei, Meg me acompanhou – Agora vamos sair daqui e falar com a baixinha, que provavelmente deve estar quicando de tanta preocupação.

 

Meg assentiu e foi lavar o rosto para tentar eliminar os resquícios do choro de outrora. Nós saímos do banheiro e logo vimos Alice e Dan próximos a ele, eu puxei o Daniel pra fora das duas, a fim de distraí-lo e deixei a Meg com a Alice. A baixinha era mil vezes melhor do que eu nesse assunto de conquistar um cara.

 

Daniel ficou preocupado com a Meg, tanto que ficou me perguntando o que ela tinha. Eu o enrolei e aproveitei a situação para jogar uns verdes, ele ficou desconsertado quando eu o indaguei o motivo da preocupação. Daniel sorriu e coçou a cabeça, sinal de confusão. Eu ri internamente, sabia que não demoraria muito para que o meu amigo estivesse de quatro pela minha prima.

 

Voltamos para as aulas restantes da tediosa segunda-feira. Eu fiquei tão contente com o fato de a minha prima estar gostando de um cara bacana que me perdi imaginando o quão bonito ficaria esse casal, tanto que quando menos percebi o dia já tinha terminado. Fui tranqüila até o meu armário pra pegar umas coisas e deixar outras, fechei o mesmo e quando me virei para sair dei de cara com ninguém menos que Edward Cullen.

 

- Bella. – ele disse, como um cumprimento.

- O que você quer Edward? – suspirei.

- Bella, eu...

- Edward! – o interrompi, ríspida – Eu acredito que já dissemos tudo o que tínhamos para dizer, eu não vou voltar a ser...

- Eu sei, Bella! – esbravejou, me interrompendo – Mas eu preciso de você. – murmurou, me encarando com seus belos esmeraldas.

- Eu não preciso de você. – eu sei que aquilo era uma grande mentira, mas eu precisava fazer isso.

 

Eu encarei o choque através de seus olhos, mais uma vez. Deixei-o sem palavras e como eu não estava a fim de que ele as encontrasse saí o mais depressa dali, meio que atropelando as pessoas por onde passei. Cheguei ao meu carro e destravei o alarme, entrei de qualquer maneira e saí dali rapidamente. Enquanto dirigia, não consegui segurar as lágrimas.

 

Eu sabia que estava sofrendo, que estava morrendo por dentro, mas o melhor era ficar longe dele.

 

-x-


N/a: Então, mó drama nesse capítulo, não é? *risos* Bom, as coisas não ficarão assim eternamente, pra quem já leu quando eu postava no TF, sabe disso. –qq

 

A Don’t está praticamente terminada em meu computador, falta só eu terminar de escrever o último capítulo e o epílogo... E plim, cabou-se! DD:

Mas ainda tem um bom tempo para ela ser terminada de postar. Eu estou postando dois capítulos durante a semana, um na segunda e outro na quinta, acho que vocês perceberam isso na semana passada. É pra ver se eu chego onde parei lá no TF. *suspira*

 

Outra coisa, amores... Quando eu disse pra vocês passarem na Just Friends, não era pra esquecer a Don’t! *risos* E gostaria de fazer um pedido, que tal umas recomendações legais, uh? *pisca* Adoro recomendações, a Do e a JF tem duas cada, e eu quero mais até o fim da fic, ok? *sorrisão*

 

Até quinta-feira. ;]

 

Beijos,

Tamy Black.


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