Too Much To Ask escrita por Luisa Stoll, Pin


Capítulo 47
Capítulo XLVI - O caos domina


Notas iniciais do capítulo

Demoramos? Sim? Desculpe, mas estamos um pouco ocupadas nesse feriado, ok? E além do mais, estamos com bloqueio criativo, então divirtam-se aí u.u



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POV Isabella

Ah, ótimo, não tem como aparentemente ficar uma semana sem guerra? É tudo o que eu peço, uma semana. Ou é um novato que chega abalando tudo, ou meu pai que tenta se meter na minha vida, ou um dos meus amigos morre, ou um titã poderoso resolve nos usar de palito de dente.... que é isso, né? Daqui a pouco Caos renasce e tenta usar o planeta terra de bolinha de ping pong. Sério, é brincadeira, não tirem nenhuma ideia desse meu comentário.

Matei alguns cães infernais e não pude deixar de pensar que poderia estar assistindo Once Upon a Time uma hora dessas. Mas ok, quem mandou ser filha de um deus, e não um deus qualquer, o deus mais hot da eternidade. Tá, voltando ao assunto da guerra. Teríamos um longo trabalho depois. O ambiente estava destruído, tinha semideuses feridos por todos os lados, e até os deuses, que vieram nos ajudar, já estavam ficando esgotados.

Aqueles monstros não acabavam. Como é que conseguiríamos nos livrar de tudo aquilo? Uma arai foi na direção de Leo. Luisa olhou para o monstro, que se debateu e caiu no chão, se desfazendo em pó. Sinceramente? Eu não fazia ideia de como ela tinha conseguido fazer aquilo. Parecia que ela não tinha sofrido dano algum! E talvez não tivesse mesmo. Pelo que eu sabia, aquelas maldições atacavam mais o lado psicológico, e este era o lado que ela melhor conseguia controlar.

Voltei a olhar para os monstros, que estavam prestes a atacar. Um ser esquisito lá, acho que era uma empousa, me atacou, e eu cortei sua garganta. Olhei para Julie e vi que ela estava cercada de cães infernais, provavelmente tinha conseguido treiná-los para ajudá-la em batalha. Brissy ainda não tinha reaparecido, provavelmente ainda estava com problemas com Agasias. Alawara, Abnara e Heitor tinham sumido dentro da floresta, e isso começava a me preocupar.

– Argh - Murmurei - Isso não vai acabar nunca? Poxa, não tem como piorar MESMO né?

Por que eu falei, oh, deuses, por quê? No mesmo instante avistei uma Hidra.

– Eu ainda vou me bater pelo fato de não conseguir segurar minha língua - disse.

Explodi, literalmente, como uma vez que estava tentando fazer o bolo do aniversário do Heitor. Explodi em uma chuva de raios solares, acabando com o animal.

Flechas voavam por todo o Acampamento. O som das espadas batendo nos seres era bem audível. Eu queria apenas abrir os olhos e descobrir que era tudo um pesadelo.

Mas é claro que não era.

Ronnoc explodiu um bando de monstros, e aparentemente foi o fim. Mas eu não podia crer muito nisso. O Acampamento estava praticamente destruído. Semideuses estavam caídos por todos os lados. Chamas brotavam em partes da vegetação. O pó dourado dos monstros cobria o chão...

E alguns aliados estavam desaparecidos.

Ajudei Luisa a levar alguns semideuses para a enfermaria. Estávamos entre os poucos que não tinham sofrido danos graves.

POV Leo

Quase virei churrasquinho de Leo umas três vezes, pelo menos continuaria gostoso. Ácido, água, fogo, lama, pó de monstro, fui encharcado por vários elementos nas últimas horas.

Vi que Isa estava com problemas, e não pude ajudá-la, que droga de namorado eu sou? Pelo menos Evan também estava ocupado o suficiente para ignorar o ocorrido. Quando Ronnoc, por fim, deu o golpe final, eu desabei. Me joguei no chão, e jurei a mim mesmo que não levantaria até tirar uma boa soneca. Se bem que, nem se eu quisesse, conseguiria levantar.

Senti mãos me colocarem sobre uma maca, para poder me levar para a enfermaria. Na verdade, a enfermaria estaria mais lotada que o resto do Acampamento. Abri um pouco os olhos e vi que Isa e Luisa carregavam a maca. Tudo bem que eu não pesava muito, mas devia admitir que força era outra qualidade delas. Bom, qualidade entre aspas, pois no momento em que elas resolvessem quebrar a minha cara... acho que elas realmente conseguiriam. Sozinha, a Isa conseguiria isso... mas enfim.

Me levaram rapidamente para a enfermaria e desapareceram novamente, provavelmente para cuidar de algum outro campista. Calista se aproximou de mim. Certamente era ela quem estava responsável pela parte médica na situação. Ela estava com algum frasco na mão, o qual continha um líquido azulado. Ela despejou algumas gotas em uma toalha e colocou sobre a minha testa. Adormeci imediatamente.

Acordei, tempos depois, sentindo gosto de bolo de chocolate, com recheio de brigadeiro e cobertura de marshmallows: néctar. Abri os olhos e olhei em volta, percebi que néctar não deveria ser desperdiçado comigo, me senti a pessoa mais saudável do mundo, comparado aos meus companheiros.

POV Julie

Estava na enfermaria. Sorte que, assim como eu, a grande maioria dos curandeiros podia ao menos ficar em pé. Olhei para todos aqueles feridos. Quanto antes começasse o trabalho, antes eles estariam curados, e menos sofreriam. Um garoto que eu não reconheci, mas que pela aparência e músculos um tanto exagerados devia ser filho de Ares, tinha a perna em carne viva. Talvez tivesse sido queimado com veneno, ou algum ácido... Coloquei um monte de neve sobre o local e esperei um minuto. A neve rapidamente mudara de cor, ficando mais esverdeada. Veneno. Peguei um frasco na minha caixa de remédios e poções e coloquei na neve. Depois disso, fui em direção a uma garota, que estava com o braço em um ângulo estranho. Quebrado. Achei melhor deixá-la assim até que Luisa viesse. Eu era melhor para tratar queimaduras e cortes, e não fraturas e torções.

Uma outra garota ao lado possuía cortes pelos braços, rosto e tronco. Peguei mais um monte de neve e coloquei sobre os ferimentos, juntamente com algumas gotas de outra poção.

Luisa chegou na enfermaria e eu dirigi o olhar para ela, e depois para a garota com o braço quebrado. Ela foi rapidamente para lá e começou a mexer no braço ferido. A garota soltou um grito de dor quando Luisa conseguiu colocar seu braço no lugar, e depois colocou uma tala ao redor do braço. Alguns goles de néctar, e se direcionou para um menino, que possuía a mão aparentemente com os ossos triturados. Uma careta surgiu no rosto de Luisa, provavelmente pena. Pegou um bisturi e começou uma cirurgia.

Desviei o olhar e fui tratar de uma filha de Hermes, obviamente mais nova, que estava ardendo em febre. Precisava descobrir o que ela tinha antes de começar a tratá-la.

POV Isabella

Que filha de Apolo miserável! Eu deveria estar, sei lá, curando os doentes da enfermaria, mas não, digo, eu estava, mas não completamente concentrada, tudo o que me importava era se Leo ficaria bem. Demorei tempo demais para chegar até ele, então Calista deu um jeito nele. Não que não tenha sido eficiente, mas não é nada comparado a minha cura instantânea. Enfim, estou ficando cansada e meus poderes estão se esgotando.

– Papai - chamei - sei que sempre que pode o senhor se fez presente, e agora, mais do que nunca, preciso de sua ajuda.

Olhei para os lados, vendo Evan, Malcolm e Lacy deitados em suas respectivas macas, destruídos. Uma lágrima percorreu meu rosto.

– Papai, venha, e se não puder nos ajudar, me mande uma ajuda.

Uma luz enorme invadiu o local e dele saiu um cara lindo, pele clara, alto, cabelos levemente bagunçados e... roxos?

– Fentey! - gritei meio sorrindo.

– Hey, gatinha, temos problemas por aqui não é? Seu pai está no Olimpo e me mandou. Venha, coloque isso - me entregou um colar, com um pingente do sol, que brilhava mais que tudo o que eu já tinha visto. - e vamos arrumar essa bagunça.

Assim que toquei o pingente, me senti mais forte do que nunca, e ao colocá-lo no pescoço, uma aura dourada me envolveu.

– O que é isso? - sorri - Uma bênção instantânea?

– Mais ou menos isso - ele sorriu também, e que sorriso lindo... pera, porque eu pensei isso? Foco, Isa, foco. - Não o tire mais do pescoço e seu pai vai te ajudar, sempre, mesmo não vindo ate aqui.

– Bom, então, vamos trabalhar, gatinho - ele sorriu na última palavra... por que eu estava agindo assim?

Em menos de uma hora, todos os campistas com alguma chance de vida estavam curados.

– Isso foi, literalmente, brilhante - sorri.

– É - ele sorriu também - Tão brilhante quanto Apolo, ou você...

– Er... então, fica até quando?

– Ah - ele fez uma careta - É o que eu ia perguntar, posso mandar uma Mensagem de Íris?

Assenti e fomos até o chalé da própria, onde a conexão era melhor. Ele jogou uma moeda ao ar.

– Oh, Lady Íris, deusa do arco-íris, aceite minha oferenda. Mostre-me Lorde Apolo.

Rapidamente Apolo apareceu ao telão e ele estava... com uma mulher? Então era por isso que ele não tinha vindo? Porque planejava me dar mais um irmão? Bonito, senhor Apolo, bonito. Olhei para Fentey que tentava conter um ataque de riso, provavelmente por minha expressão. A garota saiu por um minuto....

– PAPAI - gritei, ele se assustou.

– Princesa, Fentey, o que fazem por aqui?

– Como assim o senhor já esta planejando mais um filho? E quase na minha frente?

Ele deu de ombros.

– Deuses também precisam se divertir. Então, o que querem? Ah, Fentey, não poderei te buscar essa noite, se você pode me entender - os dois sorriram. Bufei. - Então? Algum problema se você passar a noite aí?

– Docinho? - a filha de Drew gritou.

– Tenho que ir crianças, amo vocês.

E a ligação se desfez.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Uma recomendação, quem sabe?

(Para quem não consegue imaginar o Fentey: http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F-isYBDdbXWWQ%2FUJCdxbg2G6I%2FAAAAAAAAKV8%2FQ1v_8a1SeJ4%2Fs1600%2Flook-masculino-roxo-02.jpg&h=fAQHTLSkG)



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