Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 10
"O que é isso?"


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Um beijo para Tamiresdr pelo review. Boa leitura :)



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Draco andava até a masmorra para a aula de Poções com o Prof. Slughorn. Atropelando Crabbe, Goyle e Zabini, Pansy Parkinson vinha em seu encalço, falando sem parar. A garota não dava um descanso.

–-... e eu não sei como você ainda não lançou um Avada Kedavra naquela sangue-ruim ridícula! Não sei por que Dumbledore não colocou pessoas das mesmas casas para fazer a patrulha. Aí a gente podia ficar junto né, Draquinho...

–- Hm. O velho acha que com isso a gente vai acabar coma “rixa” das casas.

Pansy deu uma risada escandalosa.

–- O Ministério devia colocar alguém decente para ser diretor de Hogwarts. E mandar o velho Dumby direto pro St. Mungus.

Zabini deu uma risadinha.

–- Já que não vão mudar, pelo menos lança um abaffiato onde você ficar. A voz da Granger irrita!

Olha quem fala, Draco pensou, mas resolveu guardar para si. Pansy não era de todo ruim, só queria chamar a atenção ou algo do tipo. Ela seguia cegamente às suas ordens, e ainda podia servir de “consolo” quando ele estivesse na seca (o que era difícil de acontecer). Então achava que podia tolerá-la mais um pouco.

A garota interrompeu seu falatório, e encarou a porta da sala.

–- O que foi, Pansy? – Blás Zabini perguntou.

–- Estranho, estou com a sensação de que esqueci alguma coisa... – ela disse, com os olhos vidrados, mas logo depois, abanou a mão em frente aos olhos. – e ninguém falou com você, Blás...

As orelhas do garoto se esquentaram.

Draco ouvia tudo com desinteresse. Só queria que o dia passasse logo para encher o saco da Granger durante a patrulha. Se continuasse naquele ritmo, a garota não resistiria, e Draco ganharia a aposta. Tudo exatamente como o planejado.

Hermione entrou na masmorra sozinha, um pouco esbaforida, e se juntou à Harry e Ron. Aos poucos, a sabe-tudo ia recuperando o contato com o ruivo, e Draco bufou ao ver a cena.

–- Mas como é burra essa sangue-ruim... – Pansy comentou. – Mesmo o Weasley tendo chifrado ela, ela não desiste não? Que persistência! – ela disse mais alto, com o intuito de fazê-la ouvir. Draco riu para disfarçar, mas na realidade, não tinha achado tanta graça assim.

Hermione se virou para ela com a expressão de ódio, mas que logo se transformou um sorriso zombeteiro. Draco sorriu de volta, esperando que a garota fizesse um escândalo. Mas ela fez algo muito diferente.

Ao invés de sacar sua varinha e começar a gritar, Hermione apenas sorriu para Pansy, passando a impressão que sabia de algo que ela não sabia, e por fim, passou o indicador pelo pescoço e mandou um beijo para Draco.

Mas que merda foi essa?

O sorriso de Pansy desapareceu, e reapareceu no rosto de Draco. Rony, Harry, Blás, Crabbe e Goyle apenas observaram, completamente atônitos. Hermione Granger mandar um beijinho ao invés de um insulto à Draco Malfoy? Isso é que é surpresa!

Aos poucos os alunos iam preenchendo a sala, e, o professor entrou. Falando baixinho, Ron se virou para Hermione, com os olhos arregalados.

–- O que foi isso, Hermione?!

–- Mione... Mas o que...

Hermione limitou-se a sorrir.

–- Por Merlin, vocês levam tudo muito a sério! Vocês realmente acham que eu tenho alguma coisa com a doninha? Por favor, né?

–- Não foi o que pareceu ali... – Harry comentou, arqueando as sobrancelhas.

–- Harry, aprenda: se quer irritar Pansy Parkinson, tem que pegar no seu ponto fraco, que também atende pelo nome Draco Malfoy.

Rony a fitou, desconfiado.

–- Ah, vai saber né... Nesses últimos dias, você vem estado bem próxima dele... – Rony disse, cruzando os braços.

Hermione corou, claramente ofendida.

–- Você fala como se eu é que tivesse escolhido isso... Mas quando você estava lá, se engolindo com a Lilá, não tinha ninguém te obrigando, não é?

–- Ei! N-não... – Rony abriu a boca para retrucar, mas nenhum som saiu de lá.

–- Pelo amor de Deus, calem a boca vocês dois! – Harry disse, num sussurro.

O Prof. Slughorn dizia alguma coisa, mas Hermione não conseguia mais prestar atenção. Possessa, a menina sentou-se ainda mais longe de Rony, deixando um Neville entre eles.

A poção do dia era a do antídoto para a Amortentia. O professor estufou o peito, e agitou sua varinha. Vários caldeirões instantaneamente apareceram em cima das mesas.

–- Caso não se lembrem, na aula passada, nós preparamos a Amortentia. – o professor deu um sorriso para Hermione, e seus bigodes se enrolaram para cima. – Hoje, eu quero que aprendam a fazer o seu antídoto. A página com as instruções está logo após o modo de preparo da poção do amor. Peguem seus exemplares de Estudos Avançados no Preparo de Poções, e podem começar.

Hermione folheou o livro, e encontrou a página indicada.

“Adicione a pele de Ararambóia picada no caldeirão e ferva por 20 minutos. Depois tire-a do fogo, coloque um acônito e mexa no sentido horário e ela vai ficar com uma cor lilás. Após isso, devolva ao fogo e coloque o bezoar. Deixe-a ferver por 30 minutos, assim quando ferver, ela vai ter um aparência vermelha. Retire do fogo novamente e coloque o segundo acônito. Mexa no sentido anti-horário. Quando terminar ela vai ter de ficar de cor azul bem escura ou um verde brilhante.”

Hermione seguiu as instruções, mas sua cabeça estava bem longe. Na verdade, não tão longe assim. O que ocupava seus pensamentos estava há duas mesas de distância.

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Draco tinha acabado de colocar o benzoar em sua poção, e agora esperava-a ferver, com tédio. Desde que Snape saíra do cargo, as aulas de poções não tinham mais graça. Além disso, ficava um pouco difícil fazer alguma coisa durante uma crise de ciúmes de Pansy.

A cena de Hermione mandando-lhe um beijo seguido de um gesto de “vou-te-matar” não saía de sua cabeça. Aquela sangue-ruim estava aprontando alguma coisa. Mas isso nem era o mais preocupante. Pansy tinha simplesmente surtado.

Hermione não tinha aparentado estar preocupada com a tentativa de insulto de Pansy, e decidiu provoca-la ainda mais. Infelizmente, ela não sabia o estado em que a garota ficava quando irritada.

Se estivesse apenas irritada, seria melhor, pensou Draco. Ela podia ficar irritada de boca fechada.

–- Você viu o que aquela sangue-ruim ridícula, corna, metida a sabe-tudo fez? Draco, ela teve a ousadia de mandar um “beijinho”!! Onde já se viu? Ela me ofendeu, me insultou, e ainda flertou com você na cara dura? Mas é uma biscate mesmo! E paga de santa... Garota estúpida! Se eu pegar ela... Vou torcer aquele pescoço e derramar o sangue ruim dela por toda a Hogwarts! – Pansy simulou o gesto de enforcamento. – E você! Não fez absolutamente nada! Não... Você sorriu! Se ela vier tentar te conquistar, coitadinha, você não tem o que reclamar! Eu vou é achar muito bem feito! – a garota cravou a faca em que estava picando a pele de Arambóia com todas as suas forças na mesa, fazendo um baque surdo.

Draco, que mexia a poção no sentido anti-horário, como dizia o livro, assustou com o barulho, e derrubou um pouco na mesa. Com todo aquele falatório, não havia um santo que aguentasse.

–- Pansy, será que dá pra você calar a boca?

A menina se calou, e o fitou. Sua expressão era um misto de incredulidade com raiva.

–- D-draquinho...

–- Antes que você pergunte, eu não estou defendendo a Granger, por Merlin! Só que não dá pra fazer alguma coisa com você reclamando a aula inteira! Deixa a sangue-ruim com os amiguinhos à altura dela, tipo o Longbottom.

Pansy soltou uma risada escandalosa, ainda que o fitasse com desconfiança.

A aula acabou, e os alunos começaram a sair aos poucos da sala, formando uma leve “muvuca” na porta da masmorra.

Draco foi abrindo o caminho, e sem querer deu um encontrão com Hermione.

–- Olhe por onde anda, sangue-ruim!

Hermione limitou-se a bufar.

–- Vá para o inferno! – a garota disse, e saiu irritada da sala.

Draco sorriu para o chão, e notou um vidrinho que cintilava no chão. Tinha certeza que pertencia à Granger, e caiu com o encontrão. Curioso, abaixou-se para pegá-lo.

–- Mas o que é isso...?


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Notas finais do capítulo

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