Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 11
O sumiço das memórias


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Um beijo para Tamiresdr e para Alea Carolina Guimarães pelos reviews. Boa leitura :)



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Hermione saiu da aula de poções sorrindo, vitoriosa. O primeiro passo da prévia do plano de Gina já tinha sido concluído. Só de ver a expressão no rosto da ridícula da Pansy Parkinson, e a surpresa de Malfoy, Hermione já sentiu como se o dever estivesse cumprido. Mas pelo contrário, só estava começando.

Depois de mais uma aula, finalmente deu o intervalo, que ia ser seguido do jantar. Hermione desceu correndo até a Sala Comunal, e foi arrumar suas coisas antes de ir para a patrulha.

Organizando a bolsa, sentiu que estava faltando alguma coisa. Tentando desesperadamente lembrar o que era, arregalou os olhos quando finalmente chegou à conclusão do que era: o vidrinho com as memórias de Pansy.

Hermione começou a entrar em pânico. Deu tão duro para fazer a garota esquecer, para que, por um deslize, ele lhe escapasse como areia nos dedos. Desesperada, começou a andar em círculos, imaginando onde estaria nesse momento, e se alguém sabia do que se tratava.

Gina entrou na Sala Comunal, e achou estranho a situação da amiga.

–- Mione? – a ruiva chamou.

Hermione a fitou, com a expressão de choque.

–- G-gina... O vidrinho. As memórias.

–- O que tem ele?

–- Sumiu... – Hermione fez o gesto com as mãos.

Gina arregalou os olhos.

–- Como assim “sumiu”?

–- E-eu não sei, estava na minha bolsa esse tempo todo, mas agora eu fui arrumar as coisas para a patrulha, e ele não está mais aqui!

–- Ou seja: o seu Obliviate não serviu de nada, porque as memórias estão à solta por aí.

Hermione passou as mãos pelo rosto.

–- Eu espero que mais ninguém saiba da existência da Penseira... Senão... Mas ninguém tem a senha do gabinete do Dumbledore.

–- Mione, ainda assim é arriscado, porque não precisa necessariamente da Penseira para ver as memórias. Você pode simplesmente coloca-las em sua mente, e ver...

Parvati Patil entrou na Sala Comunal, acompanhada de Lilá Brown. Lilá fez uma careta de desgosto. Hermione esperou as duas saírem, e retomou a conversa.

–- Gina, eu estou ficando nervosa!

–- Calma, amiga. Sem pânico. Vai ver você guardou em outro lugar, no dormitório, sei lá, e não se lembra...

–- Não! Eu tenho certeza de que estava na minha mala. Mas ninguém mexeu nela, porque eu não a larguei um segundo sequer...

–- Então você deve ter esbarrado em algo ou alguém... Aí caiu.

Hermione tapou a boca com as mãos.

–- O que foi? Mione, você está me assustando!

–- Ah não, não, não! Não pode ser... Não ele...

–- Não me diga que...

–- Sim! Eu dei um encontrão com o Malfoy agora na saída da aula de Poções. Droga! Ele deve ter pego o vidrinho!

–- Bom, pelo menos você vai vê-lo agora de noitinha, e pode pedir de volta.

Hermione a fitou, arqueando as sobrancelhas.

–- E você realmente acha que ele vai me dar o vidrinho assim, fácil? Só de eu pedir? Pensa, Gina! É o Malfoy. Ele tem o dom de complicar as coisas simples, esqueceu?

–- Isso é fato, mas se você tiver sorte, talvez ele peça um beijo em troca, ou sei lá. Mas nada que você já não tenha feito antes, certo? – Gina deu uma piscadela.

Hermione corou.

–- Ginevra!

–- Caramba, eu já falei que é Gina. E sem desespero. Você vai atrair a atenção do povo que está entrando!

–- E eu estou com cara de quem está se importando? As memórias da Pansy acabaram de parar justo nas mãos do Malfoy, a última pessoa que poderia ter acesso a isso!

–- Ok, hora de se desesperar. – Gina disse, franzindo a testa. – Mas não vai adiantar nada. Pense pelo lado bom, pelo menos você sabe com quem está.

–- Eu suspeito que esteja com ele. Xereta como a doninha é... Mas de qualquer forma, qualquer um pode ter pego. Inclusive o Harry ou o Ron, que sabem sobre a Penseira, e sabem a senha da sala do Dumbledore.

–- E qual é?

–- Que eu me lembre, ele gosta de tortinhas de limão.

Gina riu.

–- Isso é bem a cara dele.

As duas conversavam, e supunham teorias para o destino das memórias de Pansy enquanto iam para o refeitório que já ia ficando cheio. Harry veio caminhando em direção às duas.

–- Mas onde é que você se meteu, Mione? Depois da aula do Slughorn eu nem te vi mais.

–- Ah, é que eu... tive que correr. Sabe como é, o dever chama. Tenho a patrulha para fazer essa noite.

–- Com o Malfoy... – Harry resmungou, começando a se servir. – Eu realmente fiquei pensando... Rony está certo. Vocês andam muito próximos ultimamente.

Hermione corou.

–- Harry! Como eu já disse para aquela cenoura estúpida, que além de tudo, parece ser surda também, eu não pedi para me aproximar dele, ou fazer a patrulha dos monitores-chefe com ele, ou sequer dirigir a palavra à ele. Então não pensem que eu estou me divertindo com tudo isso, porque eu não estou.

–- Ok, bom saber disso. Mas de qualquer forma... Se ele já não é um Comensal, vai se tornar. E quanto menos você se relacionar com ele, melhor.

–- Não. A única relação que eu tenho para com ele é simples e puro ódio. Mas... ele pode ser o que for, mas não acho que se uniria ao Voldemort.

Algumas pessoas viraram a cabeça para os três.

–- Está defendendo o Malfoy? Mione, o pai dele é um Comensal. Você acha que ele não vai o obrigar o filhinho a seguir os passos do papai? – Harry disse, sarcástico.

Hermione deu de ombros.

–- Não ainda... – Hermione comentou, e o assunto se encerrou. O jantar correu em silêncio por um bom tempo, até que Harry perguntou:

–-Mione... eu achei lá perto das masmorras...

Hermione se engasgou com a tortinha de abóbora. Gina deu tapinhas em suas costas, e quando a menina finalmente conseguiu falar, foi em um sussurro quase inaudível.

–- Q-q-que?

–- O seu distintivo de monitora. Estava caído na escada, eu acho que com essa pressa toda que você saiu de lá, deve ter deixado cair. – o menino disse, entregando o broche.

Gina e Hermione se entreolharam, e a morena colocou o distintivo nas vestes e suspirou, aliviada.

–- Por que esse nervosismo todo?

–- Não é nada, Harry, eu só engasguei mesmo... – Hermione disse, recuperando o fôlego. – Bem, se me dão licença, eu tenho que me arrumar para a patrulha. Obrigada Harry!

–- Eu vou com você. – Gina disse, apreensiva, e seguiu Hermione para fora do refeitório, e deixando um Harry completamente confuso para trás.

Passando pelo retrato da Mulher Gorda, e subindo para o dormitório feminino, as duas não trocaram uma palavra. Sentando em suas respectivas camas, as duas começaram a rir.

–- A sua cara foi impagável, eu devia ter tirado um foto! – Gina disse, em meio a risadas.

–- Por um momento eu achei que estivesse com Harry, e se ele achasse um vidrinho com memórias, eu duvido muito que ele fosse devolvê-lo sem dar uma olhada antes.

–- Conhecendo o Harry, eu também duvido. – Gina disse, rindo, e bateu as mãos. – Acho que está na hora de você se arrumar para o encontro... digo, para a patrulha.

–- Não é um encontro!

Gina arqueou uma das sobrancelhas, com um sorriso zombeteiro.

–- Basicamente, é um encontro. Você está se arrumando toda para que mesmo?

–- Eu estou me “arrumando toda” porque eu estou seguindo o plano, e porque você não ia me deixar sair daqui enquanto não achasse que eu estou no mínimo aceitável diante dos seus termos. – Hermione disse, com os braços cruzados, e Gina riu.

–- Ainda bem que você me conhece... Agora senta ai, e vamos começar.

Gina agitou sua varinha, e mais uma vez, Hermione ficou incrivelmente arrumada. O uniforme estava justo de um jeito nada vulgar, mas se tornou provocante no corpo dela. Por algum milagre, os cabelos da menina estavam alinhados, e modelavam seu rosto de um jeito delicado. E o rosto não trazia nenhuma maquiagem. Hermione ficava mais bonita sem ela.

–- Então... Ande logo, já vai acabar o horário do jantar, você tem uma patrulha para fazer.

Respirando fundo, Hermione saiu do dormitório, e passou pelo retrato da Mulher Gorda, indo para a sua mais nova diversão (ou tortura) noturna.


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Notas finais do capítulo

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