Novas Perspectivas escrita por Celine Packer


Capítulo 2
1x02 - COMEÇANDO A TRANSIÇÃO


Notas iniciais do capítulo

Como disse, cada semana posto um novo capítulo, espero que tenham gostado do primeiro como também do segundo, estamos abertas à críticas, elogios e sugestões!



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Estava claro, muito claro, seus olhos ardiam por baixo das pálpebras, se olhassem a luz diretamente então, a dor seria insuportável, estava queimando, tudo, além dos olhos que flamejavam, seu corpo estava em chamas, como se algo a consumisse dolorosamente aos poucos e não fosse acabar nunca, cada artéria ardia, cada veia pulsava, cada vez mais, parecia que seu sangue que estava ali dentro de si, sendo bombeado pelo coração não era o necessário e seu corpo parecia não aguentar tanto tempo sem e em resposta disso todo corpo queimava implorando por reposição.

De repente alguém abre forçadamente seus olhos, soltando palavras como se fossem um sufoco do qual era mortal a ele, perguntando se ela estava viva ou era capaz de escutá-lo, quando ela realmente consegue abrir os olhos e focalizar, percebe que há um homem alto em sua frente lhe encarando de modo como se sua vida dependesse disso, de saber se ela estava bem. Ele é loiro, cabelo levemente encaracolado curto e penteado para cima, olhos verdes vibrantes, seu formato da boca é o mais perfeito que seus olhos tinham visto, seu corpo então era sobre-humano, o homem mais escultural que Ellie já vira, então percebeu que não estava em casa.

Ela não estava de ressaca, mas lembrava de ter enchido a cara no dia anterior, ela acha que foi no dia anterior afinal nunca conseguiu dormir mais que 12 horas, e como seria possível, mas esse não era o problema sua dor estava ficando impossível aguentar, insuportáveis gritos começaram a sair deliberadamente de sua garganta e não conseguia fazê-los pararem, se retorcia de tanta dor, mas não era qualquer dor nas costas que costumava ter, e sim dores absurdas não musculares, porém em todo e qualquer caminho que seu sangue percorre ardia, fervia e pulsava como se fosse rasgar sua pele implorando por sangue, precisava disso mais que tudo na vida, parecia que dependia disso ou iria finalmente morrer.

Aquele homem não parava de olhá-la com um sorriso se sobressaindo em meio aqueles lábios rosados, eram perfeitos, mas não entendia o sorriso, afinal ela precisava de um médico urgentemente, pois estava morrendo a dor estava a matando.

Além da dor constante e interminável, ela não sabia onde estava e quem era aquele homem, havia tanta claridade que era difícil encará-lo, ela estava em um lugar amplo e com poucos móveis, estava deitada em uma grande cama, e aquele homem sorrindo sem nem sequer parecia querer ver seu sofrimento e cooperar.

A dor estava cessando, as veias diminuíram a intensidade com que pulsavam no seu corpo, e o calor estava passando, parecia que alguém a tinha injetado morfina e logo a dor incessante voltaria e todo sofrimento seria real novamente, porque isso não seria um sonho, a dor era irreversível para apenas ser um sonho, até que seus pensamentos e dúvidas são interrompidos, o misterioso homem decide falar depois de ver tudo aquilo e não ajudar agora está a olhando fixamente como se o mundo dele estivesse aos seus olhos e nada mais fosse necessário, mas isso era ilusão dos pensamentos mirabolantes de Ellie, afinal ela nem sabia onde estava e quem ele era.

– Então - diz ele - Creio que não está em um dos seus melhores dias, querida - Ele sorriu de canto querendo esconder o sarcasmo saindo de sua boca.

Ellie estava irritada seu corpo estava relaxado demais devido a dor ter sido tanta que a deixou impossibilitada de sequer mover as pernas, então ela apenas o observou, querendo uma continuação da frase, querendo saber o porquê de tudo.

Entretanto ele deu continuidade, dizendo:

– Se eu lhe disser o que aconteceu com você e porque está aqui, não irá compreender então se acalme e durma mais um pouco talvez mais tarde eu volte ver como você está, querida.

A resposta a deixou mais nervosa ainda, queria ver Cami, o que ele havia feito com ela? O que ele quer dizer com, “que ela não iria compreender”, são tantas perguntas, e sua irritação apenas aumenta, se ela pudesse se mexer fugiria o mais rápido possível dali, e então ela apagou.

Quando Ellie abre os olhos não doem mais parecem que acostumaram com o ambiente, e assim seria possível analisar onde ela está, percebeu que ainda deve ser cedo e não há ninguém, quer dizer, o homem misterioso por perto, de tal modo que teve chance de ver que na verdade está em um local muito alto onde é possível ver toda Nova Orleans, ela conhece aquele lugar, na verdade já viu de sua casa, é o prédio mais estranho e alto que ela já vira, tem cerca de mais de 50 andares, sendo que o andar que ela se encontra ao invés de vidros são janelas de vidro temperado muito grosso, com alguns sofás ao redor do cômodo e uma TV, e a cama em que ela está.

Ela não teve mais as terríveis dores, e ainda não voltou a ver o homem, mas ainda teme que a qualquer instante as dores voltem e ela não seja capaz de suportá-la. Ela decide tenta levantar e abrir uma janela para tomar um ar fresco, com certa dificuldade ela apoia os pés no chão, desequilibrando-se e graças a TV que serviu como apoio ela não caiu, com muita dificuldade ela chega até as janelas que bastam apenas empurrar para abrir, quando ela as empurra um raio de sol as atravessa encostando os braços de Ellie que instantaneamente começam a torrar, e entram literalmente em chamas, a dor é fatal, nunca sentiu nada igual, ela perde total controle da situação e cai de joelhos no chão, em chamas, sua pele queimando rapidamente, morrendo.

Seus gritos estridentes, a dor representada em seu desespero, quando o homem chega e cessa o fogo fechando as janelas abertas por ela, e a recolocando na cama, com a pele queimada. Novamente ela sente a tontura a sensação que irá desmaiar e luta com todas suas forças contra isso quando, desmaia.

Quando acorda percebe que passou algumas horas desde que entrou em chamas, não havia mais claridade, todavia a lua estava alta e linda reluzindo na noite, seu corpo estava um pouco dolorido ainda, mas nada comparado ao dia anterior prefere nem pensar sobre, então vagas memórias passam sobre sua mente que estava “desaparecida” e não sabia notícias de Cami, pois a última vez que viu seu celular foi antes de sair para festa quando retornou às ligações de seus parentes e milhões de mensagens de texto de sua mãe, seu pai falecera quando Ellie tinha apenas 5 anos tem vagas memórias sobre ele, já sua mãe cumpriu bem ambos papéis em sua vida, e agora estava novamente casada com Rob há 2 anos, quando viu todas as mensagens as respondeu carinhosamente como as recebeu, e havia ido na festa com Cami, depois disso está confuso, a rua, vulto, a dor, as chamas e agora a espera.

Foi quando ela escutou alguém se aproximando da porta de entrada, e quando abriu, era o homem, ele estava coberto de sangue em toda sua camisa e principalmente a área do rosto, sua face resplandecia satisfação, quando percebeu que Ellie estava acordada o observando, seu rosto foi de puro horror, e os seus pensamentos estavam piores, o desespero estava estampado em seu rosto e em seu coração, não passaria mais um segundo sequer ali, e se levantou e começou a correr porta afora.

Não deu tempo de chegar até a porta do apartamento que o homem praticamente voou para chegar até ela a segurando pelo pescoço dizendo:

– Você não irá a lugar nenhum, depois de tudo que aconteceu não sairá das minhas mãos!

Ellie estava com tanta raiva que seus pensamentos não se alinhavam para uma resposta concreta, então ele prosseguiu a colocando na cadeira mais próxima:

– Meu nome é Klaus, eu não iria lhe contar até achar que estivesse melhor, eu lhe dei a cura você sofreria apenas o começo da transformação e voltaria à vida e eu apagaria sua memória de tudo isso, para você se esquecer do que passou e apenas voltar para casa, mas eu não posso, não consigo deixá-la ir, me desculpe.

Seus pensamentos pareciam de uma criança aprendendo a ler, embaralhados e confusos, como se tudo que alguém tentasse explicar fosse nulo, seu nome era lindo exatamente como ele, porém não compreendia onde queria chegar com isso, e quando menos esperava, ao ouvir os balbucios de desculpas, seu pescoço foi quebrado e ela caiu nos braços de Klaus, morta.


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Notas finais do capítulo

Enfim, semana que vem terá o terceiro capítulo, espero que tenham gostado desse, no próximo estão por vir algumas revelações..