Amor eterno escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 2
Nascendo um amor


Notas iniciais do capítulo

Espero que este capítulo esteja melhor que o anterior, comentem rs



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Apesar de Benjamin adorar escutar a voz de Juliana, ele queria mesmo era voltar a vê-la, voltar a olhar aquele olhar maravilhoso, aqueles olhos lindos, aquele sorriso lindo que ele considerava o mais bonito do mundo. Depois de quatro anos afastados, Benjamin volta da escola e começa a escrever frases e poemas, algumas ele até colocava no Facebook, mas as que ele mais gostava, ele deixava anotado em um caderno, como as frases:

"A quem mais amamos, menos sabemos falar", "É comum cometer erros na vida, o problema é cometer o mesmo erro duas vezes", essas duas frases foram as de maior sucesso dele, sendo que a última foi a mais comentada.

No ano seguinte, Benjamin estava escrevendo uma nova frase quando recebe uma ligação de Juliana:

–Benjamin, eu tenho que fazer um trabalho, mas preciso ir até a biblioteca da cidade pra pesquisar porque aqui na biblioteca da escola eu não achei o que eu quero, você topa ir lá comigo?- perguntou ela.O coração do menino bateu mais forte e ele quase deixou o telefone cair no chão, "como assim? Será que finalmente a chance de revê-la chegou, eu vou poder falar com ela de novo?" E claro, ele não pensou duas vezes e disse:

–Claro que topo.Onde a gente se encontra pra ir?-ele disse, tentando esconder a empolgação.

–No portão da minha casa, de lá, a gente pega o ônibus, pode ser?-perguntou Juliana.

–Fechado.-disse ele, desligando o telefone e pulando de alegria, tanto que Carla estranhou, mas deixou ele ir até lá.

Chegando em frente à casa da menina, Benjamin lhe deu um abraço apertado e bem demorado, tamanha era a saudade.Assim, pegaram o ônibus e Benjamin foi contando pra ela sobre o que ele tem feito, das frases que ele escreveu e tudo mais.

–Puxa que legal. Um dia me traz uma frase dessas pra eu ler.-disse ela, empolgada.

–Claro que sim.-disse ele.

Terminado o trabalho, saíram, e foram se encaminhando para o ponto de ônibus quando Juliana disse à Benjamin:

–Puxa, nem me lembro de quando eu vim aqui pela última vez, acho que foi à uns sete anos atrás, sei lá.-disse ela, ele ficou meio intrigado, sete anos sem ir à um lugar daquele? Por quê? Sendo assim, ele tentou aproveitar pra passar mais um tempo com ela.

–Então vamos fazer o seguinte: nos últimos anos, foram feitas muitas mudanças aqui, vou ser seu guia-turístico e mostrar quais são. Pode ser?-disse ele.

–Claro, por mim tudo bem.-disse ela.

Durante mais ou menos duas horas, eles passaram por algumas praças, pelo Teatro Municipal da cidade, pelo Museu Nacional de Belas Artes e muitos outros lugares, até chegarem à uma floresta vazia, mas florida, que Benjamin costuma ir tirar fotos quando tem tempo pra passar por ela, a garota ficou admirada com a beleza do lugar.

–Puxa, que lugar lindo, você vem sempre aqui?-perguntou ela com um sorriso vasto.

–Só quando tenho tempo.disse ele, com ares de muita importância.

Eles se sentaram na relva macia e conversaram por um longo tempo.

–Temos que vir aqui mais vezes.-ela disse.

–Basta me ligar e eu te trago aqui.-disse ele.

–É, mas só nas férias agora.-ela disse.

–Sim, mas elas já estão perto, e por você eu posso esperar o tempo que for necessário, pra qualquer coisa.-disse ele.

–Ah, brigada.-ela disse.

–De nada, isso foi o que me disse uma voz no meu sonho, pra "nunca desistir daquilo que você mais gosta".-ele disse, torcendo pra que ela não notasse a cara vermelha dele.

–Você já sonhou comigo?-perguntou ela, impressionada.

–Sonho todo dia.E todo sonho a gente faz algo diferente: vamos ao cinema, ao shopping, à praia, no último a gente foi ao parque brincar no trem-fantasma.

–Que fofo.-ela disse, baixinho.-Eu também acho que já sonhei com você, mas não me lembro nem como foi.

–Pra mim, você vale mais do que todas as barras de ouro desse mundo.-disse ele, que adorou ser chamado de "fofo", pela garota que ama.

–Brigada.-disse ela, admirada.

–Olha o meu coração como bate quando eu estou com você.-ele queria que ela notasse que ele estava apaixonado por ela, queria conquistar o coração da menina de qualquer jeito. Ele conduziu a cabeça dela ao seu peito, ela o envolveu com os braços e fechou os olhos, enquanto ele fazia o mesmo, até carinhos na cabeça dela ele fez.Eles ficaram naquela posição durante muito tempo, até o silêncio que os cercava passou a incomodar, até que ela sem querer olhou para o relógio dele e viu que já eram quatro e meia da tarde e foi a primeira a quebrar o forte silêncio:

–Já são mais de quatro horas.Temos que ir.-ela disse, sentindo um pouquinho de tristeza, já que estava tão bem ali.

–É.-ele disse, relutante.-Vamos.

Levantaram-se, foram até o ponto do ônibus e embarcaram, onde Juliana diz à Benjamin:

–Esse foi um dia perfeito.-ela disse com um sorriso largo.

–É mesmo.Pena que acabou.-disse ele com um sorriso tímido.

Ao descerem do ônibus, andaram mais uns quarteirões até chegarem à rua que Juliana mora, onde o garoto não se contém e diz à garota:

–Olha, eu adorei o dia de hoje, tava com muita saudade de você.Fazia um tempão que eu não te via, gostei de te ver de novo Ju.-disse ele, era a primeira vez que ele a chamava de Ju, e curiosamente, era também a primeira pessoa que a chamava assim.

–Eu também.-ela concordou.

–Sabe, ninguém nunca me chamou pra sair assim, como hoje, você foi a única até agora que me convida.-disse ele, encabulado.

–É mesmo?- ela disse, surpresa.

–É sim.E é por isso que eu gosto de você, você é tão diferente das garotas que eu já conheci.

–Diferente, tipo...esquisita, diferente...chata...?-ela perguntou, confusa.

–Diferente...surpreendente.-e ele discretamente pegou a mão dela, pra ficarem de mãos dadas, mas ela pareceu não se importar.-De um jeito bom.Você me diz coisas que ninguém nunca diz, além de ser a única pessoa que me deixa feliz ao conversar.

–"Que palavras lindas, obrigada."-ela pensou em dizer, mas era muito tímida pra dizer isso, então, apenas disse:-Você também é bem surpreendente.

–Sério? Como?- ele perguntou, impressionado.

–Bom, você pra mim é exatamente tudo o que você disse de mim, além disso, eu só consegui fazer amizades depois que eu te conheci, então, esse é o ponto que me chamou atenção.-ela disse.

–É mesmo.E eu fiquei bastante surpreso com isso, porque achei que ninguém ia ligar pra nossa amizade.-ele disse, tentando conter o sorriso.

–Pois é.-ela disse.Depois de um instante de silêncio, eles finalmente chegaram na porta da casa dela e pararam, onde ela aproveita e pergunta:-Você, também me acha feia, gorda, chata, como todo mundo?

–Não.Te acho maravilhosa.-ele disse e fez um esforço pra não corar.

–Você é maravilhoso também.-ela disse, sorrindo de orelha a orelha.

Ao que ela terminou de dizer isso, eles foram aproximando seus rostos, devagar, e quando estavam prestes a se beijar, foram interrompidos pela pai da garota, que tinha acabado de sair pra procurá-la, já que ela estava demorando.

–Minha filha, por quê demorou tanto?-perguntou seu Jorge.

–Eu fiquei aqui conversando com ele e perdi a hora pai.-ela disse, aliviada e ao mesmo tempo decepcionada por ter sido interrompida.

–Tudo bem, então chega de papo e entre logo!-berrou Jorge, tão alto que a vizinhança inteira escutou.A menina se despediu de Benjamin com um rápido "tchau" e entrou em casa, só depois de escutar os passos do rapaz indo embora foi falar com seu pai.

–Pai, por quê o senhor gritou daquela forma e ainda lançou aquele olhar de exterminador pra ele?-perguntou ela, assustada.

–Pensa que eu não vi o clima entre vocês? Parece até que vocês iam se beijar.-disse Jorge, num tom de voz calmo.

–Não, eu só ia dar um abraço nele.-ela disse.

–Eu não sou otário filha, vai logo tomar seu banho que o jantar já vai ser servido.-disse Jorge, com expressão chateada.

...


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Notas finais do capítulo

E agora? O que Benjamin e Juliana vão fazer depois desse quase-beijo? Aguardem o próximo capítulo e descubram, mas não deixem de comentar esse hein, falou? Abraços.



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