The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee


Capítulo 8
VIII - Ataque.


Notas iniciais do capítulo

PESSOAL!!! Estive fora de circuito por um teeeeempão! Sabem como é né gente, férias, verão...

Vou tentar escrever uns três capítulos hoje, vamos ver se a preguiça deixa.

Ta aí um pequenino pra vocês ;D



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Jack Frost.

No sonho, Jack não ouvia nada. Não via nada. Não sentia nada. Só havia escuridão. Era como se estivesse acordado e seus olhos não abrissem, como se o quarto da estalagem estivesse perdido num vácuo eterno. Ele se sentia preso, encurralado.

Então veio uma voz. Áspera, fria e sussurrante.

Volte para casa.

Então Jack começou a sentir um calafrio desesperador. Não conhecia a voz, não sabia a quem pertencia... Mas sabia o que ela queria. Queria que ele voltasse para Hogwarts, sua verdadeira casa. Estava chamando-o para uma armadilha.

Há sobreviventes, a voz insistiu, e sobreviverão se vier.

Jack voltou sua atenção para a voz. Sobreviventes? Do Massacre?

Ah, sim... Mas só chega nas masmorras quem merece. Você merece, filho de Sonserina?

Sentiu então que estava de pé, sendo empurrado para a um abismo profundo. Caindo na escuridão.

Acordou num sobressalto.

Precisava ir para casa. Precisava voltar. Precisava...

– Jack?

Ele ergueu os olhos e se deparou com Merida Dunbronch encarando-o. Os cabelos armados e avermelhados pareciam fogo quando misturados à luz do sol que saía da janela. Quase esqueceu que estava tendo um sonho desesperador ao ver a amiga.

Então lembrou da voz.

– Jack? – Merida chamou novamente – o que houve?

Ele se levantou, agitado. Recolheu a varinha e o casaco, as únicas coisas que ele podia chamar de “dele” fora de casa. As únicas coisas que conseguiu levar para longe de Hogwarts.

– Temos que ir... – ele disse – para a escola. Para Hogwarts... Temos que ir...

Merida agarrou seu pulso com força. Seus olhos demonstravam preocupação.

– Jack, o que deu em você?

– Um sonho – ele tentou explicar – um sonho com uma voz. E ela disse que haviam sobreviventes do Massacre... Que estão nas Masmorras... Temo que ir, Merida!

Ela segurou seus ombros e fixou os olhos nele.

– Jack – disse calma – nós temos que seguir com o plano. Tudo bem? Vamos para a casa dos meus pais, vamos descobrir sobre a Profecia e encontrar o Herdeiro de Grifinória. Depois vamos para Hog...

– É você – ele disse meio dentro do sonho, meio fora – você tem o sangue puro da Grifinória, Merida, você tem.

Ela o balançou com força. Pontos escuros do quarto começaram a se clarear por completo, mas não todos eles. Ele até podia escutar um leve sussurro da voz estranha. Ainda estaria dormindo?

– Jack, o que você tá falando?

– Você não percebeu? É você, Merida. Eu sei!

– Volta pra Terra! – gritou ela, com todas as forças que podia.

– É você – ele sussurrou mais uma vez.

Merida fez a última coisa que podia pensar...

Deu um soco, bem no meio da cara dele.

Jack caiu no chão.

E xingou.

. . .

Rapunzel

Eles escutaram o grito quando voltavam para a estalagem.

Na verdade, foi Soluço quem ouviu. Ele disse reconhecer a voz de Merida e saiu correndo na direção da construção, Rapunzel desatou atrás dele. No caminho, ouviu o grito mais uma vez. Parecia algo como “Terra” ou algo parecido.

Ela ouvia o blecaute de Soluço com atenção, e como viu um flash do que havia de mais intrigante no passado dela. Achara o poder dele incrível, mas decepcionou-se ao saber que ele não vira quem tentou roubar seu cabelo. Não vira quem matara seu pai.

Talvez estivesse exigindo demais do lufano.

Entraram na estalagem. O quarto deles ficava no andar de cima, então subiram correndo e tropeçando no próprio pé. Seus sapatos baixos faziam um som abafado sobre o piso de madeira, e não corria risco de chamarem tanta atenção.

Ao abrirem a porta do quarto, a cena era bem comum:

Jack estava com a mão direita cobrindo o rosto, ele gritava com Merida.

Merida tinha as duas mãos na cintura, e gritava com Jack.

– Eu não pedi pra me acordar! – esses eram os berros dele – muito menos desse jeito!

– Eu te ajudei, idiota! – esses eram os berros dela – ao menos agradeça e cale a boca!

– Ah! – ele sorriu com sarcasmo – ajudou muito deixando minha cara vermelha, obrigado!

– Você estava fora de si! Falou que eu era a Herdeira de Grifinória...

– Ah, por favor. Até um retardado perceberia! Só você não reparou, sua estúpida!

Rapunzel decidiu que era a hora de parar de observar.

– Ei – disse ela – vamos parar com essa discussão desnecessária?

– Fale com a Merida, ela que me esbofeteou – reclamou Jack.

– Fale com Jack, ele que estava falando que nem um maluco dentro do próprio pesadelo.

– Vou falar é com os dois – a loira gritou – porque é muita estupidez ficarem discutindo quando estamos numa luta juntos! Jack, a Merida tentou te ajudar. E Merida, se não acha ser a Herdeira por que praticou seu fogo hoje?

Silêncio.

Soluço, que Rapunzel nem sabia ter deixado o local, se aproximou correndo e com a respiração falhando.

– Sombras – ele disse com dificuldade – do Breu... Se aproximando...

Todos recolheram o pouco que sobrara deles e deixaram um dinheiro trouxa que Merida tinha guardado em cima da cômoda. Nenhum deles poderia lutar naquele momento então saíram correndo da estalagem.

Quando passaram pela porta, viram cinco soldados sombrios se aproximando. Seguravam longas espadas negras e estavam com o olhar (Rapunzel deduziu que aquele pequeno brilho vermelho deveria ser seu olho) fixo neles.

Os quatro correram, pois não podiam aparatar com Jack andando como trouxa.

Quando se enfiaram na floresta, se sentiram aliviados por terem se despistado dos Guerreiros Sombrios.

Correram alguns quilômetros (alguns pode ser traduzido por muitos) até Merida conseguir falar, ofegante e cansada:

– Estamos quase lá, gente!

Perceberam que, se não tivessem correndo risco de vida, nunca faria uma rota direta até o “quase lá” de Merida. Pois haviam saído da estalagem de tarde, e já anoitecera há um tempo.

Cansados e desesperados, desaceleraram o passo.

O maior erro deles.

Rapunzel sentiu uma mão cobrir sua boca. Os amigos se viraram, surpresos e também foram pegos. A loira não viu seus raptores, pois quando tentou focar os olhos o suficiente, sofreu uma pancada na cabeça.

Tudo ficou escuro, mas ela ainda ouvia vozes.

Algo sobre uma garota.

Depois algo sobre a Sonserina.

Então não ouviu mais nada.


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