The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee


Capítulo 7
VII - Chamas Azuis e Passados Revelados.


Notas iniciais do capítulo

Hey, quero reviews hein.



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Merida

Foi graças a Soluço que os quatro encontraram um lugar para ficar.

Não fazia sentido voltar ao mundo bruxo – sendo que o lugar mais próximo era Hogsmeade, que já estava toda tomada por Gothel – então tiveram que traçar seu caminho pelo mundo dos trouxas.

Ela sabia bem o caminho para casa, mas não sabia em qual direção deveria ir para sair do país. Soluço sabia. Eles andaram por horas e horas até ele encontrar uma estalagem no meio do mato.

Era um progresso. Se estava no meio do mato, estavam cada vez mais longe de Londres.

A estalagem era pequena e feita de madeira, mas as pessoas eram gentis e não fazia perguntas. Isso agradou Merida. Escolheram um quarto só para os quarto, já que não tinham dinheiro trouxa suficiente para alugar um para cada.

Ninguém se importou muito com isso.

Assim que chegaram, Merida decidiu que já era uma boa hora para treinar. Afastou-se dos amigos e foi para trás da estalagem com a varinha em mãos.

Tentou reproduzir o escudo mais de uma vez. Não conseguiu.

Então procurou outra coisa. Pegou a varinha de volta.

Lacarium Inflamarium – sussurrou.

Chamas azuis saíram de sua varinha e se acomodaram na grama seca aos seus pés. Fogo era o elemento da Grifinória, talvez ela pudesse fazer algo de útil com ele.

Largou a varinha mais uma vez, e encarou as chamas.

Puxou a manga das vestes para cima e se concentrou.

– Cresçam – pediu – cresçam.

De início as chamas só crepitaram. Merida foi ficando com tão frustrada com sua falha, com tanta raiva de sua incapacidade, que soltou um berro alto que além de ecoar pelo vale, fez as chamas formarem um círculo a sua volta.

Ela riu. O cansaço acabou levando-a a se sentar no chão, e o fogo se apagou.

– Parabéns, Merida – ela disse para si mesma. Então levantou-se e tentou outra vez.

. . .

Soluço

Soluço estava a quilômetros da estalagem em que se hospedaram.

Como Merida, ele queria treinar. Embora ela estivesse treinando seu dom especial de formar escudos (aliás todos tinham algum poder único, exceto ele), Soluço decidiu treinar seu elemento.

Ele conhecia muito sobre plantas. Era ótimo em Herbologia e poderia colher a morte e a salvação de alguém só de sentir o cheiro... Mas não conseguia fazer plantas crescerem.

Ele gritou com elas, xingou elas, amaldiçoou elas, e chorou sobre elas. Nada ocorreu. A grama continuou movendo-se apenas com o vento, as árvores permaneceram como sempre estiveram.

– Seu inútil! – sussurrou para si mesmo.

Ele fechou os olhos; tentaria mais uma vez. E quando começou a se concentrar, uma voz o chamou.

– Soluço?

Ele se virou bruscamente. Rapunzel estava de pé com os braços cruzados. Os cabelos dourados continuavam presos na costumeira trança, para que não se arrastassem pelo chão.

Ela estava linda como mil nasceres do sol.

– Oi – ele disse.

Ela sorriu.

– Treinando seu elemento? – perguntou.

– Sim – ele respondeu – sem sucesso.

– Hum... Por que não treina seu “poder especial”?

– Porque não tenho nenhum. – quando Soluço disse, não queria ter saído tão amargurado. Mas há sentimentos que simplesmente não conseguimos camuflar com a língua.

Rapunzel, porém, ainda sorria.

– Claro que tem – insistiu – todos nós temos. Até Merida! E sinceramente, acho que ela é Herdeira... e ter poderes especiais é algo que todo Herdeiro deve ter.

Ele deu de ombros.

– O que sugere?

Ela enrubesceu.

– Sente-se comigo. Vamos tentar uma coisa.

Ele se sentou na grama e Rapunzel se sentou na frente dele, tão próximos que seus joelhos se tocavam. Ela olhou fundo nos olhos dele, e uma paz pairou sobre Soluço ao encarar aqueles olhos verdes como a grama do vale ao redor.

Ela suspirou.

– Poderes são evocados com sentimentos – explicou, soando como uma professora – ódio, frustração, medo... amor.

Ela ficou um pouco mais vermelha.

– Soluço – disse – quero que feche os olhos.

Ele fez o que ela pediu. Tudo ficou só escuridão, mas ele ainda sentia a brisa sobre seu rosto, a grama em seus pés e os joelhos de Rapunzel tocando os seus.

Ela segurou suas mãos.

– Temos que trazer um desses sentimentos à tona – continuou – ás vezes é mais fácil que se concentrar. Prepare-se, porque vou te deixar assustado.

Ele sorriu. Como alguém como Rapunzel o deixaria assustado?

Logo ele sentiu as mãos dela sobre seu pescoço, e empurrando-o em direção a seus lábios. Ela lhe deu um beijo que, definitivamente, não o deixou assustado. E, sim, surpreso.

Ele segurou os ombros dela, e ao tempo que o beijo fluía, o coração de Soluço se acelerava.

Então algo aconteceu.

A escuridão de seus olhos fechados tomou outro rumo. Ele não estava mais no vale, beijando Rapunzel, estava num grande castelo de tijolos azul-marinho... Mais especificamente, estava no quarto de um bebê, enfeitado por luas e estrelas amarelas.

Havia um berço no canto do quarto, lá uma criança dormia.

Soluço escutou um barulho na janela. Achou que fosse a chuva forte do lado de fora, mas era uma pessoa. Uma mulher encapuzada que se esgueirou para dentro do quarto, segurando uma adaga.

Ela tropeçou ao entrar. Tudo foi acontecendo rápido demais... O bebe começou a chorar, um guarda entrou no quarto. Soluço se surpreendeu quando a mulher gritou Avada Kedavra e sua adaga virou uma varinha.

Um casal entrou no quarto, provavelmente os pais da criança. E quando o pai lançou-se sobre a bruxa para tirar a varinha de suas mãos, a luz verde explodiu contra seu corpo. Matando-o.

Soluço se afastou. Logo eram seus lábios que haviam se descolado dos de Rapunzel.

Ela o encarou, curiosa. Ele a encarou, assustado.

– Você tinha razão – ele disse a ela.

Rapunzel franziu o cenho.

– Descobriu seu poder?

Ele a encarou. Era familiar. Tinha as mesmas bochechas rosadas e cabelos dourados que o bebê da visão dele. Não demorou muito para Soluço descobrir que eram a mesma pessoa.

Também não demorou muito para ele descobrir o poder dele.

– Muito mais que isso – respondeu a ela.


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Notas finais do capítulo

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