The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee


Capítulo 9
IX - Cela e Sonho.


Notas iniciais do capítulo

Bia Valdez, minha cara leitora diva e perfeita, muito obrigada pela recomendação!!!! Ficou maravilhosa e linda! Me dá até uma felicidade vê-la ao lado da capa da fic (sempre me pego sorrindo!). Espero que goste desse cap, pois o dedico a você ;)

Bom, gente, também queria recomendar a fic da minha best (quero que você comente aqui sua feia!) Daughter of Magic, que se chama THE HAMMER THIEF. É uma fanfic de Percy Jackson só que de Mitologia Nórdica ;)

(pronto, criatura, agora venha comentar e recomendar minha fic na sua u.u)

Ah! Aproveitem o cap ;)



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Rapunzel

Os sentidos foram voltando da mesma forma que foram embora. Em partes.

Primeiro ouviu um pinga-pinga. Se estivesse totalmente sã, teria em mente que havia alguma goteira em algum lugar da sala em que se encontrava. Seu raciocínio já pensaria que deveria estar chovendo e a sala era ao ar livre... Ou, a goteira poderia ser de esgoto. E ela poderia estar no subterrâneo.

Mas Rapunzel não estava sã. Ela ouvia, mas não conseguia conectar o som ao pensamento. Se sentia tonta e enjoada (esses foram os segundos sentidos a voltar, depois de ter desmaiado).

Apenas quando abriu os olhos, que conseguiu pôr o cérebro para funcionar.

Estava numa masmorra escura, com tijolos azuis escuros nas paredes. As grades negras estavam à sua frente, revelando um corredor sombrio onde outras celas se encontravam. Olhou para o teto e viu a goteira no canto da sala, a água que pingava era preta como petróleo.

Estava no subterrâneo. Dã.

Uma mecha do cabelo loiro foi para frente e ela o pôs para trás da orelha, duas coisas importantes se tornaram óbvias naquele simples gesto:

Primeira Coisa Importante: ela não estava amarrada, o que significa que havia modos muito mais eficientes para mantê-la dentro da cela... Magia. Claro que sim! Ela já ouvira falar de prisões onde só grades são necessárias, pois se alguém tentar sair não vai ficar muito bem depois.

Segunda Coisa Importante: haviam soltado seu cabelo. Ela não fazia ideia do que isso significava, ou como sabiam (se é que sabiam mesmo) de seu dom mágico de curar qualquer coisa. E, quem quer que havia raptado a ela e aos amigos, jamais poderia saber.

Arrastou-se para perto das grades, ainda um pouco tonta. Nem cogitou a ideia de tocar nelas, para acabar não explodindo ou morrendo instantaneamente... Só queria ver onde estava, ter uma mínima noção do ambiente.

Então escutou passos, e vozes.

– Nós lamentamos muito, senhorita – disse uma voz masculina submissa. Rapunzel deduziu que deveria ser um guarda ou algum tipo de criado... Mas o que fazia ali?

– É bom lamentarem mesmo! – disse uma irritada voz conhecida. A loira sentiu a esperança e a confusão crescerem abundantemente dentro dela, pois a voz que havia escutado era de Merida – quero que soltem meus amigos agora!

– Mas o senhor Fergus...

– O senhor Fergus vai dar um soco no meio da sua cara se descobrir que sua inútil equipe de Defesa raptou quatro adolescentes bruxos, sendo um deles sua própria filha!

O homem não disse mais nada depois disso.

Logo, Rapunzel conseguir ver fogo. Uma tocha estava acesa, na mão do homem que agora era visível. Ele era alto e musculoso, e vestia um belo traje vermelho e dourado (as cores da Grifinória).

Ao lado dele vinha Merida, ainda vestindo suas vestes de Hogwarts. Sua expressão não estava nem um pouco feliz, mas ao ver Rapunzel se esticando em meio as grades para chamar sua atenção, amenizou-se.

A ruiva se aproximou correndo, ignorando as outras celas, e se ajoelhou perto de Rapunzel. A corvina mal conseguia falar, pois o alívio era tão desesperador que lhe fechava a garganta.

– Punz! – exclamou a amiga – está acordada, que bom!

– Merida... – foi a única palavra que conseguiu sair da outra.

Merida virou-se.

– Venha, inútil, venha – disse para o cara alto.

Ele se aproximou correndo, as chaves balançando e tremendo em suas mãos. Ele colocou uma delas na maçaneta e girou. Em menos de dois segundos, a porta da cela estava aberta. E nada separava Rapunzel da liberdade.

Ela estava confusa, no entanto.

E esse sentimento é o bastante para nos fazer saber como falar novamente... não é?!

– As celas não são mágicas? – perguntou, avaliando a porta aberta.

– Não... – Merida lhe respondeu – papai deixa o corredor escuro e os prisioneiros soltos dentro da cela para pensarem que sim. Sempre funcionou.

– Papai? – repetiu a Corvina, a tontura ainda firme e intensa.

– Sim. Conseguimos chegar em nosso destino afinal... Estamos no Castelo DunBronch.

. . .

Soluço.

Enquanto estava desmaiado, Soluço sonhara com um incêndio. Fogo negro vindo de todos os cantos, encurralando-o, sem deixar espaço para fugir.

Depois disso, ouviu o choro de uma criança. O fogo se apagou, e ele tinha para onde correr... Mas, logo à sua frente havia um cesto, desses que você leva para pique niques, e o choro parecia vir de lá.

Soluço hesitou antes de dar meia volta e correr antes que o fogo voltasse, mas o choro parecia mais insistente. Um som que lhe partia o coração.

Também vencido pela curiosidade, o jovem se aproximou do berço.

Dentro do cesto havia um bebê. Era uma menina, nua, com a pele morena e os pequenos olhos cor de âmbar. A julgar pelo seu tamanho e fisionomia, tinha acabado de nascer.

Em seus pés, havia um bilhete. Mas dentro dele não havia instruções sobre a criança, nem uma carta para a própria criança ou nenhum tipo de recomendação para quem a encontrasse ali – no meio do nada.

Só havia uma palavra, seu nome.

Gothel.

Depois disso o sonho mudou de repente. Soluço estava numa verdejante planície, próxima a uma mansão grande e medonha. A construção era preta e se parecia com essas casas de filmes de terror que você não consegue ver sozinho.

No alto de uma Colina, havia uma jovem. Vestia roupas que deveriam ser da década de 40 ou 50, e não estava sozinha. Havia um rapaz com ela, pálido e com cabelos negros que batiam na altura do pescoço.

Os dois eram tão familiares...

Ás vezes, quando sonhamos, identificar uma pessoa é a coisa mais fácil do mundo. Você sabe quem ela é, mesmo ser conseguir vê-la. Mas ali, numa boa distancia, e vendo os dois perfeitamente, Soluço não conseguia lembrar quem eram.

Nem mesmo depois de ver o nome dela, no sonho anterior.

O lufano tentou se aproximar, flutuando sobre a grama como se fosse um fantasma. Ao chegar na Colina, não conseguiu ver o rosto dos dois jovens, pois sua visão ardia como se tentasse olhar para o sol.

Ao invés disso olhou para suas mãos.

Havia um corte de faca em cada palma, jorrando um líquido escarlate.

As duas mãos se tocaram, e os dedos se entrelaçaram uns nos outros.

Soluço ouviu o mesmo sussurro, repetido em duas vozes diferentes.

– Juntos para sempre – sussurrou ela.

– Juntos para sempre – sussurrou ele.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??????



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