Capítulo 82 - Reencontro/Decisão/Flagra

"Espere eu ainda não acabei..." - eu olhei para Alice irritado.

P.o.v. Melissa

"Acordei em casa e vi que ao meu lado lado e soava Rosa e minha mãe, Rosa me olhava indiferente e minha mãe parecia um pouco aflita."

– O que eu...

– Você dormiu lá no hospital e então eu e Leigh te trouxemos para sua casa. - disse Rosa.

– E... Como ele está?

– Muito melhor que você... - resmungou. - Ele saiu do hospital sem autorização e agora está em casa...

– Talvez agora eu possa vê-la! - disse.

– Quem sabe... - ela disse. - Eu preciso ir já está tarde, por favor descanse e se precisar de qualquer coisa me ligue...

– Mas já?

– Eu preciso ir, Leigh e eu vamos sair...

– Entendi tudo... - disse e ela sorriu. - Tchau dona Rosa!

– Tchau Rosalya...

– Duas rosas se dão bem... - disse e ela sorriu se sentando ao meu lado.

– Preciso te contar algo, na realidade te mostrar alguém...

– O Phil está aqui?

– Não... É outra pessoa... Que esteve muito tempo fora... Eu só tive contato com ele hoje cedo, por isso estava querendo te encontrar...

– Para de fazer tanto mistério, quem é afinal de contas? - perguntei curiosa.

"Vi alguém entrar a porta e meu olhar percorreu seu corpo todo, dos pés a cabeça, um homem de estrutura alta e magra de cabelos cacheados e loiros."

"Seus olhos de cor azuis, e seu rosto angelical, me levantei na mesma hora e o olhei admirada. Não podia ser..."

–... Pai?

P.o.v. Castiel

"Ela me olhou um pouco aflita e eu apaguei meu cigarro em minha mão..."

– O que está fazendo?

– Qualquer dor é melhor que essa... - disse e me sentei na cama.

– Por que diz isso...?

– Eu nunca quis dividir o amor dela com ninguém... Mas agora as coisas mudaram... - disse suspirando.

– Nada mudou... Vocês se amam... Ela ter um filho seu não te agrada?

– Me agrada... Não sabe como... - disse. - Mas não quero ser o tipo de pai que nós dois temos...

– O que tem de errado com ele? - perguntou.

– O que não tem, você deveria perguntar... - disse. - E se Mel não me dizer nada, se esconder isso de mim por muito tempo...

– Ela não fará isso...

– E se fazer? E se eu me tornar um pai que não pode presenciar a vida de seu filho... Ver ele crescer... Ou...

– Castiel ela não vai fazer isso...

– A mamãe disse à mesma coisa do papai... - disse irritado e tentei relaxar, mas era impossível.

– Castiel eu não sabia que ia ficar tão mal... Eu vou chamar a mamãe... - disse ela e eu neguei segurando seu braço.

– Acham que estou ficando louco ou algo parecido? - perguntei e ela sorriu.

– Se isso é por causa dos psiquiatras... É para seu bem... E é melhor que a clínica para a qual você ia, eles vão te ajudar... - ela se soltou.

– E se eu não quiser ajuda? - perguntei.

– Felizmente você não tem essa opção... - disse ela.

– Eles não podem achar que ainda tem algum direito sobre mim, eu sou emancipado...

– Foi uma questão delicada... - suspirou. - Eles perguntaram se eu concientizava em concordar com...

– Com o que? - perguntei sério.

– Que você não estava capacitado para tomar esse tipo de decisão e que nesse caso nossos pais podiam intervir...

– E você foi lá e concordou, certo?

–Não... Mas Jessy sim... - disse ela. - Está irritado com ela?

– Não... Ela só fez isso para meu bem... Sei disso mais que qualquer outra pessoa...

– Então vai se tratar?

– Sim...

– E você também vai falar com a Mel, pelo que vi...

– Não, eu não vou... Mas ela vai... Não a deixe entrar...

– Mas... Mas você acabou de dizer...

– Eu não quero vê-la, não agora... Não sem eu poder ter certeza sobre o que eu quero... - disse e ela assentiu.

–... Foi o papai não foi?

– Também... Mas não sei, acho que realmente tem algo de errado comigo...

– Não há nada de errado com você... Talvez eu seja o problema, então não pense besteiras... Não acredite neles...

– Me diz o que que há com você ultimamente..?

– Não se preocupe, talvez seja melhor você focar em seus problemas...

– Tem razão, eu nem sei o que quero... Mas não sei, preciso vê-la, mesmo que precise a olhar com desprezo, preciso saber como está...

– Eu darei um jeito...

– É meu filho entende, preciso saber se está bem... Saber se eles estão bem!

– Quem é você? - perguntou sorrindo.

– Não enche... Vai me ajudar, não vai?

– Sim, farei com que nosso pai não descubra...

– Valeu...

– Para a sua sorte, é bom que seja uma menina... - ela disse e saiu, eu ri.

– Uma menina? - perguntei a mim mesmo. - E ver os olhos da mãe... Por que não?!

... ( Hawaí ) ...

P.o.v. Guilherme

"Acordei e peguei meu celular, havia uma mensagem de Maggie e dizia não muita coisa, apenas um adeus."

–... Então ela tomou uma decisão...

"Fiquei meu celular e olhei para o quarto da Alice, que ficava do meu lado, talvez eu devesse ir vê-la, já que me evitara desde tudo aquilo que nós passamos."

– Pode deixar Mag... Eu direi a sua mãe que foi melhor assim... - disse e joguei o celular na cama, me arrumei e então bati na porta, ninguém abriu.

– Alice... Será que pode abrir? Sou eu...

"Não ouvi nada e resmunguei, olhei para a maçaneta e olhei para os lados, puxei-a e a porta travou."

– Droga... Fechada... - disse e assobiei tirando um grampo do bolso. - Certo eu não tenho esse direito... Mas ela pode não estar bem...

"Com um pouco de dificuldade abri à porta e então entrei sem que nenhum das camareiras visse. Olhei ao redor do quarto, que lugar era aquele."

"Vi ela na cama dormindo, estava exausta, vi ao seu lado um copo de café e um notebook, seu quarto tinha computadores para todo lado e reparei em captores de som."

– Que merda é essa...

"Me aproximei dela e vi que ao seu lado tinha fotos de Maggie e de sua mãe, várias e ao seu lado uma câmera, a qual provavelmente usara."

– Eu não acredito... - disse perplexo.

"Vi fotos nossas, daquele dia, foto de nós dois... Ela estava nos espiando... Ela me vira e ficara perplexa, ela ia indo embora mas eu a segurei."

– Espere eu ainda não acabei... - eu olhei para Alice irritado.

–... Guilherme? - ela me olhou séria. - Não é o que você pensa... E- Eu posso explicar... - seus olhos estavam enfestados de água.