A Love Unraveled escrita por Penumbra


Capítulo 81
Capítulo 81 – Diante da verdade...


Notas iniciais do capítulo

Ta ai mais um capítulo curto, mas empolgante espero que gostem e é isso... Boa leitura...

Musica do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=bpOSxM0rNPM



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Capítulo 81 – Diante da verdade...

P.O.V. Castiel

– Porque eu vou ser pai... – suspirei, soltando a fumaça e a espalhando pelo ar. – Por isso...

... Algumas horas atrás ...

“Em pouco tempo ela já não estava mais naquela sala, nem ela nem ninguém, o que eu havia feito, novamente agindo como o idiota que eu sempre sou, meu corpo todo doía, mas não se comparava nada a dor de perdê-la.”

– Droga... – disse alterado, arrancando alguns fios que me prendiam a uma máquina, uma enfermeira chegou e me olhou assustada.

– O que você está fazendo? – ela se aproximou e eu terminei de me soltar.

– Eu não quero mais ficar aqui, estou ótimo... – disse me sentindo um pouco dolorido.

– Não pode, você só vai receber alta daqui alguns dias... Ainda está em um estado frágil... – disse e eu á encarei.

– Eu disse que estou ótimo... – disse e entrei numa quartinho, encontrei lá minhas roupas e me troquei rapidamente.

– Você não pode sair... – disse ela. – Deite-se agora...

– Procure alguém que me impeça, ai depois conversamos gracinha... – disse saindo e olhando para os lados, na esperança de que ninguém me visse.

“Um médico começou a vir em minha direção, e eu fui obrigado a entrar num corredor, vi ela de longe, sentada conversando com Rosalya ela sorria docemente, minha cabeça parecia prestes a explodir, mas me forcei a me aproximar mais um pouco.”

“Seu sorriso me reprimia, apesar de tudo era bom saber que alguma coisa a fazia rir, era óbvio que não se tratava de qualquer coisa, não a ponto de eu o invejar, não era um garoto... Era aquele filho que ela não muito longe teria.”

“Tinha ciúmes de um ser que nem sequer existia ainda... Era deprimente, mas ver sua reação graças á ele era encantador, me fazia ver o quanto eu deveria valoriza-la, mas eu tinha que sempre estragar tudo.”

“Podíamos ser... Não sei, não só eu e ela...” – pensei e logo neguei a cabeça, gemi com a dor.

“A poucas distâncias podia ver ela olhar para Rosa e evidentemente era sobre o bebê, suas mãos pousavam em sua barriga, ela nem parecia estar grávida, sem o teste não perceberia tão cedo.”

“Sorri fraco, por alguns segundos imaginei que se ela estava tão feliz assim por esse filho, nós poderíamos ter tido um... Não que me agradasse, eu precisava estar preparado para isso, não queria ser o tipo de pai que meu pai é.”

“Mas por ela, eu faria qualquer coisa, eu daria o meu jeitinho, só para ver aqueles sorrisos escaparem de seus lábios.” – desviei meu olhar delas e oprimi um ruído da minha boca.

“Eu estava sem força alguma, cansado como um velho... Era ridículo...”

– Por que me atirou para frente antes do carro me atingir, por que salvou o bebe, por que me salvou se ia causar tanto arrependimento para você em Castiel? – gritou ela e seus olhos umedeceram

“Por quê?” – pensei meio a um sorriso.

– Não é óbvio... – disse á olhando. – Porque eu á amo... E se eu não posso mais tê-la, ao menos quero lembrar de algum modo de você, não como lembrança... Com sua fisionomia... Com sua presença...

“Suspirei, olhando para frente, o que eu fazia aqui, eu deveria ter ido embora, para qualquer lugar, menos... Menos para onde eu não teria alternativas... Se meu pai não a aceitava de tal jeito, imagina se soubesse que estava grávida.”

“E pior... Um filho que não era meu...” – bufei.

– Nem sempre não tê-la significa que eu preciso te perder... – disse e á olhei mais uma vez.

“Percebi que Mel caíra no sono, imagino ela deveria estar bem cansada, e havia feito de tudo para me ver, e ainda sim, nada havia se ajustado para ela.”

“Rosalya levantou seu rosto e me viu, fiz um gesto com as mãos pedindo silêncio, me aproximei lentamente em sua direção e ela entrou na frente de Mel.”

– Você não presta... – disse ela e eu á fitei.

– Não preciso que me diga o óbvio... – disse e ela pareceu surpresa. – C- Como ela está?

– O que você faz aqui? – perguntou ela.

– Só me responda... – á olhei sentando-me ao lado da Mel.

– Como que você acha? – perguntou e eu gritei por dentro.

– Imaginei que ela se estabelece rápido... Como sempre...

– “Estabelece rápido”? Ela não é um objeto... Ela pode ser forte, mas ainda é uma pessoa, uma garota... – disse ela me encarando. – Entende como ela está sofrendo?

–... Sim... – disse e olhei então para Mel, seu rosto angelical me fascinava, afastei seu cabelo de seus lindos olhos. – Cuide dela, por favor...

– É engraçado vindo de você... – disse ela e eu passei com a parte de trás de minha mão sobre a face dela.

– Só faça o que pedi... – disse. – E não diga que eu estive aqui, entendeu?

– Eu não sou a Miih...

– Então entende, sabe pelo que eu estou passando, não peço por mim, só por ela... – disse um pouco alterado, ela então se moveu, e sua face ficou em minha frente.

–... Tudo bem, mas não é por você... – disse ela e eu agradeci, me afastei devagar dela, para não acorda-la.

“Ela se moveu de leve, chamando por meu nome e eu senti uma dor no meu peito, me aproximei um pouco dela, lembrando daquela noite em que ela me beijara, ela provavelmente nunca descobrira ser real.”

– Se afaste dela... – disse ela num sussurro.

Castiel, eu preciso te dizer...

– Diga... – sussurrei em seu ouvido.

Meu... Seu... Nosso... – ela murmurou e eu não entendi direito.

– O que isso significa? – perguntei olhando para Rosa, ela me olhou um pouco estranha.

– Nada que ela não tenha te contado... – disse. – Agora saia... Se ela acordar e ver você, ela vai entrar em choque, e eu não quero que ela se estresse por tão pouco...

–... Certo... – disse á olhando por mais um tempo e aproximei nossos lábios, senti algo segurar meus braços.

– Você pediu para cuidar dela, isso inclui impedir você de se aproximar dela... – disse ela e eu assenti, puxando meu braço, á olhei e dei um selinho em seus lábios, me afastando.

– Obrigada Rosa... – disse e me retirei dali, por sorte nenhum dos médicos me viram saindo do hospital, mas ao sair tive uma surpresa no estacionamento.

– Você deveria estar lá dentro... – disse Jessy com um buque nas mãos. – São pra você...

– Por que não enfia em um lugar... – disse a empurrando de leve e seguindo meu caminho.

– Olha seu estado... – ela ignorou meu comentário. – Se quer chegar em casa eu sou a única que pode te ajudar...

– Eu vou sozinho...

– Mal fica de pé... – riu. – Vem eu te ajudo... Com o maior prazer... – disse ela sussurrando a última parte em meu ouvido.

– Pare de se aproveitar... - disse fraco entrando no carro, ela colocou o meu cinto, pondo seu corpo para trava-lo.

"Ela me olhou piscando e sorriu, fechou a porta e deu à volta, ela sentou-se ao meu lado e fez o mesmo consigo."

– Por que você não aproveita um pouco? - perguntou ela olhando para o espelho e passando batom nos lábios.

– Vamos embora... - disse olhando para a janela, mas senti sua mão contra a minha, isso me fez a encara-la na mesma hora.

– Por que salvou ela? - perguntou ela.

– Não interessa...

– Mas interessa a seu pai... Aposto que ele quer uma resposta bem mais... Complexa, se você me entende... - ela me olhou e eu sorri fraco.

"Me aproximei dela e ela fez o mesmo, sorrindo."

– Como eu disse, não se meta... - disse e voltei a minha posição inicial.

– Olha aqui Castiel... - disse ela segurando meu braço. - Eu não sou idiota, sei que o que você sentia por ela não mudou...

– Tem razão, não mudou...

– Só que ela já tem suas prioridades...

– Você precisa sempre me dizer o óbvio não é?! - perguntei alterado e ela deu os ombros.

– Eu só estou te aconselhando... Sabe a seguir em frente...

– Se acha que eu desistirei dela está enganada, eu darei um jeito... Em breve...

– Seria interessante ver ela com um filho nas mãos e Josh aproveitar disso para se aproximar dela... - disse ela rindo e eu tentei não ligar.

– Acho que isso só iria gerar mais filhos... - riu ela e eu gritei.

– Faz o seguinte, conte essas suas versões para quem não tem nada melhor para fazer, agora bota a porra desse pé no acelerador e vá até minha casa. - disse e ela suspirou, fazendo o que eu disse.

– Tem medo de ser verdade?

– Não, não tenho medo disso... - disse. - Só me preocupo como isso pode afetar a ela...

– Que nobre de sua parte... - disse ela e eu resmunguei. - Mas eu tenho que admitir, eu a invejo...

– Por quê? - perguntei desinteressado.

– Você não desiste dela, seu amor por ela é verdadeiro... Mesmo que não possa tê-la você discorda disso... Tenta corrigir isso...

– Você faz o mesmo a mim... - disse e ela negou.

– Não, meu amor é só ilusão, sem resposta, incompreendido... O seu amor por ela é não só correspondido, mas os dois desejam isso acima de tudo...

– Eu já fui apaixonado por você... - disse e ela riu.

– Éramos crianças, meus desejos não são seus lábios, não o suficiente... - disse ela sorrindo e me olhando. - Se sabe "se for comer doce é melhor se lambuzar..."

"Ri com aquilo, embora tudo que ela tivesse feito eu não guardava más lembranças dela, ela ainda era minha prima."

"Chegamos em casa e eu agradeci, corri para meu quarto e me atirei na minha cama, fechei os olhos e depois os abri."

"Olhei no relógio, eu adormecera, me espreguicei e então vi meus pais me encararem sérios. Ergui-me e me sentei na cama esfregando o rosto.”

– Como pode fazer aquilo? Sua mãe ficou preocupada... – disse ele e eu bocejei, me levantando.

– Dela eu não duvido... – disse indo até meu armário e pegando uma blusa e a vestindo.

– Você sempre acha que eu não me preocupo com você... – disse ele batendo a porta do meu armário com força.

– Isso quebre, você que irá pagar seu otário... – disse e ele levantou seu punho e minha mãe o segurou.

– Querido mantenha a calma...

– Ele me tira do sério... Você é um peso para mim... Não pode ser como sua irmã, ela não faz nada de errado, age naturalmente e anda com pessoas certas... Mas você...

– Se você veio até aqui para falar mal de mim pode ir embora, e outra coisa papai... – disse o encarando sério. – Da próxima vez que você levantar a sua mão para mim vai ser a última coisa que você vai fazer com ela... – disse e sai do meu quarto os deixando lá.

“Desci correndo as escadas e me sentei no sofá, percebi que eles me seguiam.”

– O que querem? – perguntei.

– Você tem sorte de sua mãe ainda acreditar em você, pois por mim eu te mandava para bem longe... Se quer atenção você terá...

– Há, como fez com Ketlyn? – perguntei sério. – É por isso que ela é assim, ela evita chamar a atenção de vocês... Se eu quisesse atenção de vocês estaria contente pela sua presença... – disse me levantando e o encarando.

– Você é um monstro...

– Monstro? Eu sou seu reflexo, o que eu sou hoje é graça a você... – disse o olhando, minha mãe me olhou.

– Castiel respeite seu pai...

– Mande ele me respeitar, ai eu penso no caso... Sabe você só me fez um favor quando me emancipou... – disse sorrindo e ele socou meu rosto, olhei para baixo, passando a mão na minha boca, ela sangrava.

“Minha mãe ficou calada e se afastou um pouco perplexa, á olhei e ela tinha lágrimas no rosto.”

– Olha a maravilha de pai que eu tenho... – ri e então revidei, ele caiu na mesa de centro quebrando-a. – Nunca mais encoste em mim ou eu acabo com você, juro por tudo que eu desprezo em você...

– Parem, já chega. – disse minha mãe alterada e eu á olhei. – Se vão se comportar como duas crianças a mamãe aqui vai impor limites em vocês, você Castiel trate de subir pro seu quarto e refletir sobre o que fez, e aproveite para descansar, mas tarde teremos uma conversa bem séria...

– Eu não vou a lugar nenhum... – disse e ela me olhou furiosa.

– Quer mesmo discutir comigo? – perguntou ela e eu então neguei. – Me obedeça e não teremos problemas...

– Okay... – disse suspirando.

– E você amor, se encostar de novo no meu filho não vai ser ele que vai fazer algo com você, vai ser eu mesma... – disse ela e ele se levantou um pouco machucado com alguns vidros em seu corpo. – Agora vou preparar o almoço e se algum de vocês entrarem naquela cozinha enquanto ele não estiver pronto eu não responderei por mim...

“Ela se retirou e eu olhei para meu pai, ele fez o mesmo e nós sorrimos.”

– Ela voltou... – dissemos juntos.

“Dei meia volta e comecei a subir as escadas, mas ele me chamou.”

– Castiel viram alguns médicos aqui mais tarde, esteja preparado... – disse ele.

– Eu não precisos de mais médicos como aqueles do hospital que nem ao menos sabem o que eu tenho ou estou sentindo... – disse e ele negou.

– Não são esses tipos de médicos que eu me refiro... Sua mãe se permitiu chamar uns psiquiatras para tratar do seu vício...

– Ela não fez isso, fez? – perguntei irritado.

– O que você acha?

– Que ela fez isso 99,9% para me provocar... – disse subindo o resto das escadas. – E... Ãhn... Obrigada por me avisar...

– Não me agradeça... Aliás preciso que faça algo por mim...

– O que? – perguntei vendo sua bondade ir embora.

– Não deixa que sua ex-namorada pise aqui novamente, ou eu não responderei por mim... Entendeu? – perguntou e eu assenti relutante.

– Mas eu preciso que você faça algo por mim também... Se ela aparecer aqui não diga que estou me tratando... Entendeu?

– Foi um prazer negociar com você... – ele se sentou e eu então bufei indo para o meu quarto.

“Entrei lá e tranquei á porta, psiquiatras? O que ela tinha em mente com tudo isso, agora eu iria ser obrigado a me tratar, já que ficaria em casa, olhei para o lado e vi Ketlyn lá.”

– O que faz aqui? – perguntou ela e ela suspirou.

– Preciso te contar uma coisa... Que descobri sobre á Mel...

– Por favor, não fale dela... Eu estou cansado de ouvir seu nome... – disse me sentando na cama.

– Eu acho que você vai querer saber a verdade...

– Do que você está falando? Que verdade é essa? – perguntei alterado.

– Eu sei que cabe á ela dizer, mas vendo a maneira como a trata, isso nunca será possível...

– Você vai me dizer ou não? – á olhei irritado.

– Mel não está grávida... – disse ela e eu fiquei um pouco surpreso.

– Do que está falando, claro que ela está... Eu vi o teste... Eu senti aquela coisa dentro dela...

– Agora eu sei por que ela não contou... Coisa? ela negou com a cabeça. –... Castiel eu quis dizer que ela não está grávida de Josh...

– Não... – ri incrédulo. – Como não? Ela mesma me disse, aquelas fotos... E se não foi mentira e se foi verdade... – levantei alterado.

–... Ela está grávida de você Castiel... – disse ela calmamente e eu parei de falar.

– D- De m- mim? – perguntei.

– Ela mentiu, você odiou tanto a ideia de ser de Josh que ela usou isso para provoca-lo, já que até então ela não sabia a verdade entre Jessy e você... – disse e eu continuei em silêncio.

– Ela mentiu para mim... Mentiu sobre um filho meu... – disse alterado e Ket me olhou.

– Castiel fique calmo... Se te contei é por que sei que você não fará nada que prejudique ainda mais ela... Se ela não contou espere até lá...

– Ela mentiu... – sussurrei. – Eu não sei se fico irritado ou contente por a verdade por trás disso tudo... Não posso esperar...

– Mas você vai... – disse ela e eu neguei.

– Não posso... Não posso... – disse aflito levantando o colchão da minha cama e encontrando uma caixa de cigarro com um único dentro, o acendi um pouco desesperado.

–... Por quê? Por que não pode esperar mais um pouco? - perguntou ela e eu á encarei sério.

–...Porque eu vou ser pai... – suspirei, soltando a fumaça e a espalhando pelo ar. – Por isso...


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Notas finais do capítulo

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