Capitulo 14 – Festas Parte I

Acordei indisposta, mas mesmo assim levantei, me animei quando lembrei que hoje era Sexta-Feira, também me lembrei da festa, não tinha o que usar, mas eu não me preocupei com isso.

Tomei um banho e depois tomei um café, lembrei que Castiel falou que pensaria a respeito da Festa, á essas horas ele já não ia mais. Vi a hora e já estava atrasada, sai correndo e peguei meu Skate. Cheguei à escola ainda tinha alguns alunos entrando.

Cheguei à sala e adivinha a professora já tinha chegado.

– Atrasada. – ela disse, era uma professora bem velha e de todas, ela era a pior.

– Foi malz. – disse. – É... Psôra Suzana, eu posso entregar o trabalho semana que vem?

– Foi malz? Esses jovens. – disse ela bufando. – E não a entrega era hoje.

– Mas...

– Sem desculpas, você ficará com nota vermelha esse bimestre.

– Mas se minha mãe ficar sabendo ela me mata.

– Que pena. – ela disse. – Mas um para o clube do Castiel.

– Olha professora, por mais que eu esteja errada, o máximo que você pode fazer é dar um trabalho de recuperação.

– E por quê? Se você não fez um, por que faria o outro?

– O sua Anta, escuta... – disse e depois me dei conta do que falei.

– PRA FORA!

– Mas eu... Ah dane-se. – dane-se e observei a sala. – Tchau pessoal. – disse e a maioria respondeu. – Prof.ª se importa se eu falar rapidinho com o Nathaniel?

– Não, quem sabe ele não fala alguma coisa que sirva.

– Obrigada. – disse e fiquei agachada pra falar com ele.

– Qual é o problema Mel? – ele perguntou.

– Nath preciso de um favor seu, você me deve isso.

– Está bem, o que quer?

– Poe meu nome no seu Trabalho.

– O QUE? – ele gritou.

– Cala a boca. – disse tampando sua boca. – Por favor, ela nem vai lembrar que fui eu, ela é velha, esquece das coisas rápido. - soltei minha mão da sua boca e selei nossos lábios rapidamente.

–... E- Eu não posso, isso é errado... - ele disse um pouco corado.

– Está bem. – disse me levantando. – Desculpe senhor certinho, deve ser muito legal, sempre fazer a coisa certa. – disse e sai da sala, estava mais irritada comigo por ter feito aquilo, qual era meu problema? Vão dizer que eu sou uma p*t*.

E mais... Agora vou ouvir um monte da minha mãe, óbvio que ela não vai vir até aqui. O que é uma droga, seria uma bela desculpa para ela finalmente se importar comigo.

Fiquei passeando pelos corredores, e vi Castiel no escadão.

– É... Oi. – disse.

– Oi. – ele disse nem me olhando.

– Se importa? – perguntei o que aconteceu comigo era pra eu estar alterada e dizer. "Esse lugar é meu".

– Sim... - disse friamente.

– Não faz mal. – disse cansada dele e me sentei ao seu lado.

–... – ele me olhou, me encarando.

– Que foi, perdeu alguma coisa!? – disse irritada, odiava as pessoas que me encarava.

– Idiota. – ele disse e se virou voltando a usar seu MP3.

–... – fiquei ouvindo música, não queria falar com ele.

–... Por que está aqui? – ele perguntou um pouco baixo.

– Falou comigo?

– Não com minha vó.

– Ohh, me desculpe não tinha visto. – disse revirando os olhos e ele riu. – Por que você é tão estúpido?

– Eu estúpido?

– Não Castiel, sua avó. – disse, ele era patético ás vezes. – Mas respondendo sua pergunta eu não fiz o trabalho de Inglês. Você fez?

– Óbvio que não, por isso estou aqui.

–... Eu porque falei mal ela. – disse dando de ombros.

– Você é louca.

– Não foi minha intenção, mas ela provocou. Agora sou do grupo do Castiel. – disse pulando e depois fechei a cara.

– Ela disse isso?

– Sim, legal não? – disse irônica.

– Ô. – ele me acompanhou. – Ela devia se aposentar.

– Com certeza, vou fazer um discurso para a Diretora, quem sabe né?! – disse sorrindo.

– Sabe que não é uma má ideia.

– Quem disse que não era?

–... – ele só confirmou. – E seu pé?

– Está melhorando ainda. – disse. – Não vou poder usar salto, porque eu sou um desastre com ele, e se eu torcer esse pé, já era.

– Hum. – ele riu.

Não falamos mais nada, a aula era dupla então ficamos praticamente 1h sem lição, UHU. Depois voltamos para a sala e depois não nos falamos mais, as aulas passaram rápidas e eu me concentrei bastante, pois as provas já estavam para começar. Depois finalmente a aula acabou e pude ir embora.

Cheguei a casa e como estava cansada acabei dormindo, acordei era umas 15h ficaram ouvindo algumas músicas e depois fui num restaurante não muito longe dali. E fiquei por algumas horas lá, só observando o ambiente, estava vazio devido o horário. Logo em seguida um barulho de um sino soou, era quando alguém entrava.

Segui o barulho e me deparo com ele, era Castiel. Ele estava acompanhado por uma garota que parecia ter a minha idade, ele não me notou, eles então foram se sentar e começaram a conversar.

Quem era ela? Castiel nunca me disse que tinha namorada?

Eles ficavam rindo toda hora, ele parecia se divertir com ela, certa hora ela colocou um pouco de sorvete em seu nariz e ele fez o mesmo, os risos eram contagiantes.

Não sei o que me deu, mas levantei e fui até a garçonete, era uma conhecida minha, disse que eu queria servir aquela mesa, onde Castiel estava, ela achou estranho mais a convenci dizendo que talvez fosse trabalhar e queria fazer um teste.

https://www.youtube.com/watch?v=_HKH7Emy1SY

Ela me deu a bandeja que continha dois cafés, fui até a mesa deles e servi a garota, eles conversavam sobre algo de viagem fora do país, a garota tinha voltado e ela ficaria na casa dele...

Quando ouvi isso foi justamente quando ia servir Castiel, acabei por acidente derrubando café em sua calça, ele me olhou e eu desviei o olhar.

– Desculpe, senhor... - tentei disfarçar minha voz, peguei rapidamente um pano para o secar.

–... Eu te conheço? - ele quis olhar meu rosto, mas eu comecei a secar sua calça, aquilo estava feio, a sorte é que não aparentava pela cor da calça, mas continuava úmido.

– Está tudo bem? - a garota perguntou e eu assenti.

– Eu sou nova, desculpe... Eu vou secar isso rapidinho...

– Não precisa... - ele disse e sorriu de lado, como se debochasse.

– Eu faço questão... - disse cínica.

– É melhor não... - ele disse e eu continuei a secar só que com um pouco de rapidez. - Oh... - foi então que me dei conta onde eu secava, estava tão atordoada que nem me tocara.

E agora podia perceber que ele estava excitado, parei imediatamente e me ergui.

–... O que houve? - a garota perguntou e eu me senti corar.

–... E- Eu... - não terminei de pronunciar as desculpas.

– Eu tentei evitar... - disse ele. - Não é verdade, Mel? - ele me olhou e eu o fitei, como o desgraçado sabia, o olhei novamente envergonhada.

–... Perdoem... Eu já vou... - disse tentando sair, mas ele segurou minha mão.

– Por que não senta aqui Mel e toma alguma coisa com a gente... Ou se você quiser pode continuar o que fazia antes... - ele me olhou e sorriu maliciosamente.

– Seu... - ia xingar ele com todas minhas forças, mas aquela garota me cortou.

–... Vocês se conhecem? - ela me olhou com uma cara feia e eu neguei.

–... É claro que nos conhecemos... - ele disse sorrindo falsamente e eu puxei minha mão da dele. - Ela é da minha escola...

–... Com licença meu expediente acabou, preciso ir embora... - disse e a garota assentiu.

Respirei fundo e pretendia sair dali no mesmo instante, tirei o avental rapidamente, mas alguém puxou meu braço me levando para o lado que era uma espécie de corredor para os banheiros, tanto feminino como masculino.

– Me solta! - disse irritada, era óbvio que era Castiel.

–... Achou mesmo que eu não saberia que era você? - ele perguntou me encarando e eu o fitei, eu nem devia estar ali. - Responde... - ele virou meu rosto com sua mão e me fez olhá-lo, houve um silêncio e então ele abaixou a mão.

– Como sabia? - perguntei.

–... Sua mão te entregou... - ele disse e a me mostrou, a cicatriz do cigarro, eu sorri, como era idiota.

– Desculpe, eu sou uma idiota... - disse e tentei sair, mas ele me segurou.

–... Você estava me espionando? - perguntou ele e eu o olhei.

– Não...

– Então porque aquilo tudo...? - ele me olhou e eu bufei.

– Queria saber quem era a garota...

– É minha irmã... - disse ele e eu sorri aliviada, mas depois o fitei, eu era uma estúpida.

– Foi mal... - disse e ele me fez encostar na parede.

– Achou que era minha namorada? - perguntou ele sorrindo e eu me senti desconfortável, mas não menti.

–... Talvez...

–... Eu não namoro... - ele sussurrou no meu ouvido. - Eu fico... - ele completou.

–... Então ela era...

– Ela também não era minha ficante... - ele disse sorrindo e acariciando meu rosto com a palma da mão.

–... Desculpe... - disse e olhei para baixo, vi que não tinha adiantado tentar limpar a sujeira que eu fiz, ri com aquilo. - Você está ridiculo...

– Obrigado... - ele disse erguendo meu rosto.

– Não foi um elogio... - disse.

– Não agradeço por isso... - ele sorriu maliciosamente e eu corei.

– Você é tão insensível... - disse e ele sorriu.

– Sou? - ele disse e eu sorri.

– É...

– Duvido... - disse ele.

– Como assim duvida?! - disse e desviei meus olhos do seu, ainda estávamos tão próximos. - Acha que não é?

– Sim... - ele disse.

– Mesmo? Olha para nós dois... Isso não é nada agradável... Nada sensível... - disse e ele riu.

– Sem problemas posso deixar isso agradável. - ele disse e colou nossos lábios.

"Ele mordiscou meu lábio e eu fiz o mesmo, puxei sua gola e o beijei com intensidade, ele me segurou pela cintura a acariciando e dando leves beijos em minha boca, algo tão gostoso."

Ele sorriu e eu via seu olhar de diversão, não queria ser só a ficante dele... Meus beijos tinham calor, os dele era delicados e precisos, como se soubesse o lugar sensível para me fazer querer mais.

Ele encostou minha cabeça na parede e me olhou, separando nossos lábios, respirei ofegante.

– Ainda sou insensível? - ele perguntou e eu fiquei com o meu pensamento na cabeça.

Uma de suas ficantes... Isso não...

–... V- Você é um idiota... - disse o empurrando e saindo dali.

Fui para casa e era 18h30, é eu fiquei bastante tempo fora. Lembrei-me da festa, começaria 20h, fui olhar meu guarda-roupa e não tinha nenhuma roupa, todas estavam ultrapassadas, não que eu ligasse, mas eu queria impressionar alguém, caso ele fosse.

Sai correndo e fui numa loja um pouco antes da escola, fiquei sabendo que o Leigh trabalhava lá.

– Oi, como posso aj... – ele disse e parou de falar quando me viu. – Você?

– Não se assusta. – disse sorrindo. – Eu não tenho tempo para brincar, então preciso de um vestido e preciso que me ajude.

– Está bem. – ele disse e escolheu alguns vestidos para mim, mas não gostei de nenhum.

– Não, muito brilho.

– E esse?

– Não, muito decotado.

– Olha esse é o último. – ele disse já cansado.

– Perfeito.

– Ótimo, mas ele não é barato.

– Não tem problema, com o cartão da minha mãe resolve.

– Sua mãe é uma pessoa muito boa.

– Se pensa que ela me deu está enganado, eu peguei faz uns meses.

Finalmente tinha o vestido, fui para a casa e me arrumei

http://www.polyvore.com/melissa_festa/set?id=105727211

Fui dar uma olhada no espelho e tinha ficado perfeito, tirando o fato de não poder estar de salto, o que me deixaria um pouco baixa.

Olhei a hora e já era a hora de sair. Peguei meu Skate e sai. Cheguei à casa da Rosalya, era linda e enorme por fora, nem imaginava como deveria ser por dentro, escondi meu Skate e toquei a campainha, nada.

Esperei e nada, então entrei, estava a maior zona, o som alto, muita gente, não conhecia nem metade das pessoas presentes.

Música do Fundo: http://www.youtube.com/watch?v=CcCw1ggftuQ

Vi Rosalya, ela estava linda, e o seu vestido tinha ficado perfeito nela.

http://www.polyvore.com/rosalya_festa/set?id=105602642

– Oi Mel. – ela disse me abraçando. – Você veio, e você está linda.

– Obrigada. Você também está.

– E os garotos estão na sua mira.

– Acho que o seu plano não deu certo. – disse sorrindo.

– Pelo visto, você é o centro da festa. – ela disse e foi puxada por um bando de garotos. – Mas eu também.

–... – ri.

Avistei Violette e Iris, elas também estavam lindas.

Violette: http://www.polyvore.com/violette_festa/set?id=105614823

Iris: http://www.polyvore.com/iris_festa/set?id=105618001

Fiquei num canto da festa, alguns garotos ficavam me olhando, mas eu nem dava bola.

Depois vi ele entrando, senti um alívio pensei que não viria.

P.O.V. Castiel

Cheguei à festa, estava uma zoeira, pessoas dançando, feito doidas, e me puxavam para dançar, mas eu sai de lá.

Vi o Lysandre e me juntei a ele, nós ficamos conversando e bebendo, enquanto olhávamos as garotas dançar.

– Por que está tentando evitar ela? – perguntou Lysandre.

– Como assim?

– Qual é, você não me engana, você só veio por causa que ela pediu.

– De quem está falando? – disse me fazendo de desentendido.

– Você sabe que é da Mel. Se estiver procurando ela, perdeu seu tempo ela saiu daqui faz alguns segundos, acho que foi para um lugar mais vazio.

– Não estou.

– Fiquei sabendo que vocês estão brigados. – disse ele dando de ombros.

– Quem foi o desgraçado?

– Parece a Mel falando. – ele disse e deu mais um gole na bebida. – As pessoas, “eles” viviam comentando de vocês.

– “Eles” são uns imbecis.

– Mas são uns imbecis que estão certos.

– Pode ser.

– Vai lá falar com ela.

– EU? Pra que?

– Pra se desculpar seu idiota, é sua chance.

– As notícias correm. Ei você me chamou do que?

– Vai logo.

– Está bem.

Essa era a minha chance de me desculpar com a Mel.

P.O.V. Melissa

Algumas garotas começaram a cercar ele e...

– Oi Mel. – disse Violette entrando na minha frente e tampando minha visão.

– É oi. – disse.

– Estava de olho em quem? – perguntou Iris, que estava a seu lado. Ela seguiu meu olhar e parou no Castiel. – É o Castiel.

– Não.

– Não mente Mel, nós sabemos que você e ele já ficaram.

– O QUE? – disse me engasgando com a bebida.

– É brincadeira da Iris. – disse Violette dando uma cotovelada na Iris. – Mas ficamos sabendo que vocês brigaram.

– Quem foi o desgraçado?

– As pessoas comentam. – disse Iris, e depois se calou.

– Comentam o que?

– Nada. – disse Violette.

– Agora você vai dizer.

– Não é nada, a Iris que está bêbada.

Disse Violette e depois saiu com a Iris, o que as pessoas comentavam sobre eu e Castiel?

Não aguentava mais ficar ali, o som estava insuportável e parecia que o lugar estava ficando cada vez mais cheio. Fui em direção a um corredor da casa e lá não havia muita gente, eu entrei e dei de cara com a piscina da Rosalya, ela era enorme.

Tirei meu tênis e molhei meus pés, estava cantando uma cantiga de ninar que minha mãe adorava cantar pra mim.

– Mel? – disse uma voz.

Eu me virei e vi Castiel, o que ele fazia aqui?

Continua....