Contos Peculiares de Percy e Annabeth escrita por SexyLady, BiahMulinPotter


Capítulo 3
Capítulo 3: Opa, Conversa de Mãe e Filho


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é um pouco constrangedor hahahah
Não tem o mesmo ritmo dos anteriores...
O próximo é mais divertido. Já está sendo feito, ok?
Espero que gostem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/436141/chapter/3

Percy's POV

Era noite de baile na Goode High.

Eu, é claro, levei minha namorada, Annabeth Chase, como par. Ela estava deslumbrante. Usava um vestido azul que marcava sua cintura e maquiagem leve que realçava seus olhos tempestuosos.

– Olá, estranha. - Falei enquanto abria o vidro do carro. - Você está linda.

– E você está atrasado. - Ela revirou os olhos. - Como sempre...

Olhei para o relógio do painel.

– Só dois minutos!

– Está bem, Cabeça de Alga. - Annabeth suspirou. Acho que gostava de bailes tanto quanto eu.

Saí do carro. Minha mãe sempre dizia: "Um cavalheiro deve abrir a porta para a namorada".

Annabeth examinou-me atentamente.

– Você está incrível, sr. Jakcson. - Admitiu, um sorriso brincando em seus lábios.

Dei uma voltinha para mostrar meu smoking.

– Isso? Peguei emprestado do Paul... Ficou bom?

– Perfeito. - Ela me beijou. - Até posso perdoar o atraso.

Deveria ter respondido algo mais apropriado, mas o beijo de Annabeth tinha derretido meu cérebro, então, a única coisa que consegui dizer foi:

– Ah... tá.

Abri a porta do carro para a filha de Atena e ela piscou para mim.

Já no ginásio, até tentamos dançar. Mas eu não sou esse tipo de cara. Não levo o menor jeito. Pisei tanto no pé de Annabeth que sugeri que nos sentássemos.

– Pelo visto seus talentos como dançarino não mudaram nada desde a última vez. - Ela riu.

Lembrei-me de nossa última dança, no Olimpo, há alguns anos.

Antes que pudesse responder, meu padrasto, Paul Blofis, apareceu.

– Então, estão se divertindo? - Perguntou.

– Sim, senhor Blofis. - Annabeth respondeu.

– Pode me chamar de Paul, Annabeth. Afinal, já nos conhecemos há algum tempo. - Ele sorriu. - Bem, vou para casa. Meu turno aqui terminou. - E, mudando o tom de voz para um "falso sério": - Não façam nenhuma gracinha.

Não demoramos muito no baile. Estávamos ambos entediados. Bebemos um pouco de ponche, mas ele tinha sido batizado por algum engraçadinho.

– Podemos fazer algo mais interessante... - Sugeriu Annabeth.

– O quê, por exemplo? - Perguntei. Ela mordeu o lábio inferior.

– Que horas são?

– Quase duas...

– Acha que seus pais estão dormindo? - Sorriu maliciosamente.

– Ah... - Sorri também. - É provável. Mas, se estiverem acordados, podemos usar a entrada de incêndio. Eles não vão escutar.

– Olha, Cabeça de Alga, até você pode ser inteligente em algumas horas. - Ela brincou.

– Eu sei... Espera. Ei!

Annabeth riu.

– Percy, eu retiro o que disse. Não foi inteligente. - Disse Annabeth quando chegamos à janela do meu quarto pela escada de incêndio. Eu a tinha trancado antes de sair.

– Podemos entrar pela porta da frente. Eles devem estar dormindo agora.

Devo dizer que não foi uma boa ideia.

Andamos nas pontas dos pés para não fazer barulho, passamos pela sala e por metade do corredor. Quando estávamos quase alcançando a porta, ouvimos um barulho na cozinha. Corremos, mas só tive tempo de enfiar Annabeth pela porta antes que Paul chegasse ao corredor.

– Achei que tivesse escutado um barulho. - Ele falou.

– É, sou só eu. - Tentei agir com naturalidade, encostado na porta. - Completamente sozinho.

Tive vontade de bater em minha própria testa.

– Sei... - Segui o olhar de Paul até a porta às minhas costas. Um pedaço do vestido de Annabeth ficara preso.

Olhei para meu padrasto sem saber o que dizer.

– Tudo bem. - Ele sorriu conspiratoriamente. - Vou dizer a sua mãe que chegou muito cansado e que não deve ser incomodado de manhã. Tenha um bom sono.

– Obrigado. - Sussurrei. Meu padrasto era incrível.

– Disponha. - Ele piscou.

Entrei no quarto e sorri para Annabeth, aliviado.

Ela me puxou para um longo beijo e nos jogou em minha cama.

Ambos estávamos exaustos pela manhã. Passáramos a noite acordados. Annabeth descansava a cabeça em meu peito quando ouvimos vozes.

"Já passou da hora de acordar." Minha mãe reclamou.

"Sally, você conhece os jovens. Percy chegou tarde, merece um descanso." Paul respondeu.

"Está bem, mas ele já teve descanso. Está quase na hora do almoço."

Meu padrasto suspirou.

"Querida, Percy vive correndo de um lado para o outro, matando monstros, titãs, e todos esses outros seres mitológicos. Ele merece um momento de adolescente." Agora, ele estava apelando...

"Ok, você tem razão."

Eu tinha o melhor padrasto do mundo! Devia essa ao Paul.

– Percy, é melhor eu ir. - Annabeth levantou-se depressa.

– Tem razão. Eu te levo até a estação de metrô.

Eu e a Sabidinha nos vestimos, destranquei a janela e descemos pela escada de incêndio.

Estava me sentindo leve e magnífico quando voltei para casa, alguns minutos depois. Tinha sido uma ótima noite com a minha namorada.

Subi pela escada e entrei pela janela cantarolando uma música qualquer do Guns N' Roses. Nem teria percebido a pessoa sentada em minha cama se ela não tivesse pigarreado.

Mãe?– Gelei.

– Acho que precisamos ter uma conversa, mocinho.

Engoli em seco, sem saber o que dizer.

– Foi mal, Percy, ela me pegou. - Paul disse da porta, parecia igualmente apavorado.

Minha mãe lançou-lhe um olhar.

– Com você eu me entendo depois. Agora... - Voltou-se para mim. - Onde estávamos?

– Ah...

Paul fez um sinal para que me calasse.

– Você tem o direito de permanecer em silêncio; tudo o que disser poderá e deverá ser usado contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. - Ele definitivamente assistia a muitas séries policiais.

– Paul! Isso não é um interrogatório. É uma conversa entre mãe e filho. - Ela revirou os olhos. - Percy, Annabeth dormiu aqui?

– Não. Quero dizer, talvez. Mais ou menos. - Minha mãe levantou as sobrancelhas. - Não tecnicamente.

– O que quer dizer com "não tecnicamente"?

– Bem... Nada.

– Ela passou ou não passou a noite aqui?

– Positivo.

– Sem permissão? Debaixo de nossos narizes?

– Ah... Na verdade, eu tive permissão.

– Culpado. - Paul fez uma careta. - Sally, isso não é justo. Percy não é mais um garotinho.

Minha mãe ficou em silêncio por tempo demais. Pensei que fosse arrancar nossas cabeças, como eu fizera com a Medusa.

– Eu sei que não. - Ela disse, finalmente, levantando as mãos, parecia infeliz. - Pelo menos usou preservativo?

– Sim, senhora. - Respondi.

– Está vendo? Ele sabe o que está fazendo. Essa conversa é inútil. - Já disse que Paul é incrível?

– Ok. - Minha mãe fechou os olhos e suspirou. - Só não faça mais isso aqui em casa.

Ela passou a mão pelo meu cabelo e saiu.

Alguns minutos depois, Paul se aproximou.

– Ela quis dizer: "Só não me deixe saber se você fizer isso de novo aqui em casa" - Sussurrou e eu ri, a tensão deixando meu corpo. Foi melhor do que eu pensava.

A situação ficou meio estranha com a minha mãe por uns dias. Annabeth evitou encontrá-la, estava meio envergonhada. Com o tempo, as coisas foram voltando ao normal. Ela não gostava da ideia de eu estar crescendo. Isso era aceitável, é claro. Afinal, era minha mãe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews e recomendações ;)